AmberA luz suave da manhã atravessava as cortinas quando abri os olhos, sentindo minha cabeça ainda pesada das discussões da noite anterior, além do sonho... um sonho perturbador que ecoava em minha mente.Eu estava furiosa, meus dedos voando pelo teclado enquanto códigos e mais códigos surgiam na tela. Havia descoberto algo, algo que me deixou em um estado de fúria que nunca tinha experimentado antes. As imagens eram confusas, fragmentadas, mas a sensação de traição era tão real que fez meu estômago revirar mesmo agora.Balancei a cabeça, tentando afastar aquela memória, ou seria apenas um sonho? Era frustrante não conseguir distinguir entre realidade e imaginação. Cada fragmento de memória que voltava p
Leonardo"Pronto papà" atendi o telefone assim que me afastei da sala, já reconhecendo o número italiano."Leonardo, che casino è questo?("Que bagunça é essa?)" a voz grave de Tomaso Martinucci soou do outro lado, misturando italiano e português como sempre fazia quando estava nervoso. "Que história é essa de sequestro? Em que confusão você se meteu?"Passei a mão pelo rosto, tentando manter a calma. Era tudo que eu não precisava agora, meus pais se metendo nessa história."Non ti preoccupare (não se reocupe), papà. Está tudo sob controle.""Sob controle?" ele riu sem humor. "Os jornais americanos estão falando q
AmberA manhã tinha sido divertida, quase me fazendo esquecer dos problemas que nos cercavam. Mas assim que entramos no laboratório e vi Peter Calton sentado na sala de espera, senti como se todo o ar tivesse sido sugado do ambiente.Louis apertou meu pescoço com mais força, escondendo o rosto em meus cabelos. Bella, nos braços de Leonardo, fez o mesmo. O silêncio das crianças era ensurdecedor, elas, que minutos antes tagarelavam no carro, agora estavam mudas de medo."Vem, vamos sentar aqui," Leonardo guiou-nos para o canto oposto da sala, enquanto Magnus e outros dois seguranças formavam uma barreira discreta entre nós e Peter."Mamãe..." Louis sussurrou tão baixo que mal pude ouvir. "Ele vai me leva embola?"
LeonardoO silêncio no carro era ensurdecedor. Pelo retrovisor, via os pequenos ainda assustados, e Amber... ela parecia ter construído um muro ao seu redor, os cabelos presos em um coque tão apertado que chegava a parecer doloroso."Louis," chamei suavemente quando chegamos ao hotel. O menino ergueu os olhos vermelhos para mim. "Vem cá, campeão."Assim que saímos do carro, o peguei no colo. Seu pequeno corpo ainda tremia."Sabe o que eu vi hoje?" falei, ajeitando-o em meus braços. "Vi um garotinho muito corajoso, que tentou defender a mãe dele.""Mas eu só cholei," ele fungou, escondendo o rosto em meu ombro."Ei," levantei seu queixo delicadam
LeonardoAssim que chegamos no hotel, tive que mandar que tanto Amber quanto as crianças saíssem escoltadas e cobertas pelos ternos dos seguranças. Uma leva de repórteres e paparazzis já nos esperavam."Foi igualzinho no desenho..." Bella falou rindo assim que entramos na suíte.""Somos cebelidades." Louis falou e todos acabaram rindo."Crianças, fiquem com as babás. Sua mãe e eu precisamos conversar." eles me olharam um pouco impactados pelo timbre mais firme da minha voz, mas não questionaram."Preciso que você venha comigo," falei assim que as babás as levaram para o quarto."Agora?""Agora." minha voz não deixava espaço para discussão. "Precisamos intervir antes que as palavras de Calton se tornem verdades abso
AmberFechei a porta do escritório com tanta força que meus dedos formigaram. A raiva e o medo se misturavam em meu estômago enquanto corria pelos corredores do hotel. Leonardo ia destruir tudo, me expor, nos colocar em risco. E para quê? Para provar que podia vencer Peter em seu próprio jogo? Que me c
LeonardoO estrondo da porta fez com que eu me soltasse na cadeira, esmurrando o apoio do braço.
LeonardoO sangue fugiu do meu rosto quando Magnus soltou a bomba. Mas foi só por um instante, antes de sentir a ira explodir dentro de mim, queimando como fogo. Era uma fúria que não sentia há anos, algo tão visceral que minhas mãos tremiam.
Último capítulo