Amber
Era estranho ver o ruivo voltando gradualmente ao meu reflexo. Como se uma máscara estivesse sendo removida lentamente, revelando alguém que conheci há muito tempo.
"Olha só isso," Sophie surgiu com um aplique nas mãos. "Que tal alongar? Deixar o CEO com a cara no chão?" olho para ela interessada, mas não posso falar isso.
Rindo, balanço a cabeça. "Não é nada disso. Só preciso me sentir eu mesma de novo. Se achar que o comprimento trará mais de mim, pode colocar."
"Ah, não precisa mentir," ela piscou, aplicando mais um produto. "Todo mundo sempre viu como o sr. Martinucci olha pra você. Desde sempre."
LeonardoEu não via a hora de ficar a sós com Amber. Desde o momento em que ela passou pela porta da suíte, algo dentro de mim despertou. Era como se o tempo tivesse voltado, como se ela finalmente tivesse retornado para mim. Aquele tom de vermelho que tanto me fascinou desde o primeiro
Amber"O que você quer dizer com isso?" perguntei, confusa com suas palavras sobre matar Peter. Sobre prazer."Ele não só te tirou de mim, como tirou toda a essência de quem você era. Ele te destruiu de tantas formas que você ainda nem percebeu, B.""Quando eu voltar a fazer terapia, eu sei que..." mas sua expressão furiosa me dizia que não era pouco o que eu tinha acabado de contar a ele."Não vamos mais falar sobre isso. Eu não consigo processar mais nada." ele falou tenso."E sobre o que as crianças falaram, sobre Calton estar na tv e...""Chega B, não quero falar sobre ele, ou sou capaz de ir agora mesmo até a casa dele, e acabar de uma vez com a mísera existência dele." pressionei meus lábios um contra o outro, e abaixei meus olhos. O peso dele voltou a cama e ergui meus olhos para encarar aquele homem enorme, que se inclinav
LeonardoO peso leve de seus dedos explorando meu peito quase me fazia perder o controle. Mas precisava me manter quieto, deixar que ela descobrisse seu próprio ritmo, suas próprias vontades."Não sei o que fazer," ela confessou, sua voz tremendo levemente. "Eu não podia..." segurei sua mão e a levei a meus lábios, a encarando."Faça o que quiser," murmurei, resistindo a vontade que continuava a crescer. "Explore. Descubra. Sinta."A luz suave do abajur criava sombras douradas em sua pele, seus cabelos vermelhos caindo como uma cortina quando ela se inclinou sobre mim. Seus dedos traçaram uma cicatriz antiga próxima ao meu ombro.
LeonardoDeixar aquele quarto foi uma das coisas mais difíceis que já fiz. Meu corpo inteiro protestava, cada célula gritando para voltar para Amber, para terminar o que tínhamos começado. Em quinze anos dirigindo a MGroup, nunca tinha sentido os negócios como um inconveniente. Até agora."Eu não me lembro de ter dado todo meu tempo a eles." falei batendo a porta a minhas costas.Magnus arregalou os olhos assim que me viu, seu rosto corando levemente. Seguindo seu olhar, percebi minha camisa aberta e a mancha evidente em minha calça, provas claras do que tinha interrompido."Me desculpe, chefe," ele gaguejou, desviando o olhar. "Tentei falar com Layla, mas ela não atende.
Leonardo"Entendo seu interesse, Vancelos," mantive minha voz casual, observando Amber se inclinar levemente para frente em sua cadeira. "Mas preciso avaliar se consigo encaixar seu projeto em nosso portfólio. Acabamos de fechar uma expansão mundial significativa.""Martinucci," ele praticamente cuspiu meu nome, "você sabe muito bem o potencial do meu projeto.""Potencial não é garantia," girei minha caneta entre os dedos. "Qual seria seu investimento inicial?"Amber mordeu o lábio, uma ruga de concentração surgindo entre suas sobrancelhas. Era a mesma expressão que ela fazia durante nossas reuniões estratégicas."T
AmberO nome de Peter fez meu corpo inteiro tremer. Era como se todo o progresso das últimas horas evaporasse com aquelas duas palavras.Leonardo me puxou contra seu peito instantaneamente, seus braços me envolvendo como uma fortaleza."O que ele quer?" sua voz saiu controlada, mas pude sentir a tensão em seu corpo."Pediu para falar com o senhor," Magnus respondeu. "Disse que não sairá daqui até você ouvi-lo.""Exigente, não?" ele riu, mas seus olhos estudavam meu rosto com atenção. "Deixe-o esperando.""Sim, senhor."Magnus saiu da sala, mas eu percebia que o olhar de Léo não abandonava minhas reações."O que ele pode querer aqui?" falei finalmente."Vai exigir ver as crianças, ou levá-las daqui." meus olhos se arregalaram."Mas estamos sob proteção judicial..." falei com a voz embar
LeonardoA fúria ainda corria em minhas veias, misturada com uma satisfação sombria. Calton tinha finalmente mostrado seu verdadeiro rosto, não para mim, que sempre soube quem ele era, mas para as câmeras de segurança que registraram cada segundo de sua explosão.Ele veio até mim, e não o contrário. Ele simplesmente cavou a própria cova.Os olhos de Amber não desgrudavam da mancha vermelha em minha camisa. O medo em seu olhar me levou três anos atrás, ao dia em que ela simplesmente desapareceu. Na época, prometi que se a encontrasse, eu a faria pagar por tudo o que tinha me feito perder. Mas agora, que eu via que nada daquilo foi proposital, e que o plano ia bem além do que eu imagi
Leonardo"Você está errada." repeti, observando seu peito subir e descer rapidamente sob meu corpo."Como posso estar errada? Você tem um relacionamento com ela, não importa se é contrato ou não." seus olhos me desafiavam, mesmo quando seu corpo respondia ao meu toque."Primeiro," rocei meus lábios em seu pescoço, sentindo-a estremecer, "Martina não me traz qualquer sentimento a não ser repulsa.""Mas...""Segundo," minha mão deslizou por sua cintura, "Peter tentou usurpar sua identidade, forçando-a ser quem nunca foi. Essa imagem de ratinha assustada não combina com você.""Leonardo..." sua voz falhou quando mordisquei seu pescoço."E terceiro," ergui o rosto para encará-la, "a única mulher que já importou nessa história toda está bem aqui, debaixo de mim, tentando encontrar desculpas para fugir novamente.""Não estou fugindo," ela protestou, mas suas mãos já subiam por minhas costas. "Só não quero ser a outra.""A outra?" não contive o riso. "B, você sempre foi a única. Por que acha