Magnus
Depois de passar apenas um dia fora, mas com a sensação de semanas em meio a uma missão que parecia interminável, retornar à mansão em Aspen trouxe um raro momento de alívio. Assim que atravessei a porta, o som de risadas me envolveu, e a visão da família Martinucci reunida na sala dissipou parte da tensão que eu carregava.
Os pais de Leona
GabrielaMagnus ainda me segurava nos braços, como se quisesse me proteger de tudo que acontecera. Seu calor era reconfortante, mas minha mente estava muito longe para processar aquele momento."Magnus," murmurei, afastando-me dele com cuidado. "Eu preciso... preciso de um minuto.""Gabriela, está tudo bem," ele disse, tentando manter a calma enquanto me olhava com preocupação.Balancei a cabeça, pressionando as mãos contra as têmporas, tentando conter a avalanche de pensamentos que ameaçava me sufocar. Mas era inútil. O peso de tudo, desde as ameaças de Derek até o alívio repentino de saber que ele estava sendo capturado, estava me esmagando.Minha respiração começou a acelerar, e o aperto no peito era sufocante. Não conseguia pensar, não conseguia focar."Eu não consigo," sussurrei, mais para mim mesma do que para el
LeonardoO avião atravessava as nuvens com uma suavidade que só fazia minha mente vagar. Amber estava sentada ao meu lado, seu sorriso tranquilo me trazendo uma paz que há tempos eu não sentia. Ela havia tomado uma medicação para o voo, o que afastava os enjoos que tanto a incomodaram na ida para Vegas. O alívio em vê-la assim, relaxada, era um bálsamo para minha ansiedade."Você acha que os gêmeos vão nos dar bronca por termos demorado tanto?" Amber perguntou, sua voz carregada de humor.Ri baixo, segurando a mão dela. "Se depender da Bella, sim. Ela vai fazer um sermão digno de um pequeno general. Louis provavelmente só vai querer saber o que trouxemos de Vegas."Ela riu, e o som era como música para os meus ouvidos. Amber se inclinou, descansando a cabeça no meu ombro, e eu a envolvi com um braço. Por um momento, t
PeterA sala estava silenciosa, mas a bagunça ao meu redor refletia o caos que dominava minha mente. Papéis espalhados pela mesa, contas atrasadas acumulando-se em pilhas ameaçadoras, e a garrafa de uísque pela metade ao lado do copo vazio que eu segurava. Eu estava afundando, e tudo o que construí parecia escorrer pelas minhas mãos como areia.Meu telefone tocava incessantemente, mas eu ignorei. Devia ser mais um credor ou, pior, um dos poucos investidores restantes que ainda acreditavam que minha empresa tinha salvação. A verdade era que eu estava sem saída. Os valores das ações haviam despencado, e a única oferta que recebi era ridícula, um insulto. Owen havia conseguido um valor decente ao vender sua parte, mas para mim, a proposta era um reflexo da percepção do mercado: "Peter Calton está destruindo a empresa."Soltei um riso amar
AmberEstava deitada na cama, o celular em mãos, apenas navegando pelas redes sociais enquanto aproveitava o silêncio do quarto. O dia tinha sido tranquilo, e aquele momento era raro, só meu. A luz da tela iluminava meu rosto, mas minha mente estava longe, perdida entre pensamentos sobre como nossa vida estava começando a encontrar equilíbrio.De repente, uma manchete chamou minha atenção:"Peter Calton é preso sob acusações de ameaças, extorsão e tentativa de assassinato!"Meu coração disparou, e me sentei na cama, meus olhos fixos na tela enquanto lia cada detalhe da notícia. Era como se o ar ao meu redor tivesse mudado, ficando mais leve.Antes que eu pudesse processar completamente o que aquilo significava, a porta do quarto se abriu, e Leonardo entrou com um sorriso que eu não via há tempos, algo entre triunfo e al
MagnusA mansão estava em silêncio absoluto. A noite havia sido calma, repleta de conversas leves e risos na sala de estar. Eleonora e Tomaso se despediram cedo, levando os gêmeos para o quarto depois de uma noite animada. Amber e Leonardo pareciam tranquilos, aproveitando a rara paz que conquistaram após tantos meses de turbulências. Tudo parecia perfeito.Eu estava no quarto, deitado ao lado de Gabriela. O som da respiração dela era suave, quase imperceptível, e o calor do seu corpo contra o meu era um conforto que eu não sabia que precisava até tê-la ali. Sua presença tinha o poder de silenciar meus demônios, pelo menos por algumas horas.Mas, como sempre, a calmaria foi interrompida.Uma explosão ecoou pela mansão, seguida por um tremor que fez as paredes vibrarem. O impacto foi tão forte que o abajur na mesinha ao lado da cama caiu, quebrando-se no chão. Gabriela acordou sobressaltada, os olhos arregalados e a respiração descompassada."O que
LeonardoO silêncio pesado no esconderijo do subsolo era interrompido apenas pelos soluços abafados de Bella e Louis, que agora estavam mais calmos, ainda sendo consolados pelas babás. Amber estava em meus braços, tremendo levemente, e eu podia sentir seu coração disparado contra o meu peito. Magnus estava ao lado, sua postura firme e alerta, enquanto Tomaso, mesmo tentando parecer calmo, deixava transparecer a tensão em cada linha de seu rosto."Magnus," comecei, minha voz mais baixa, mas carregada de determinação. "Obrigado por manter todos a salvo. Como sempre, você fez o impossível parecer fácil."Ele apenas assentiu, sua expressão séria como sempre, mas havia algo em seus olhos que demonstrava o peso da responsabilidade que ele carregava."Mas eu decidi," continuei, olhando para Amber e depois para Tomaso. "Nós vamos para a It&aacut
GabrielaNo quarto, o silêncio só era interrompido pelo som dos passos de Magnus, que andava de um lado para o outro, claramente insatisfeito com minha decisão. Eu estava sentada na beirada da cama, os dedos brincando nervosamente com a barra do meu suéter enquanto buscava as palavras certas para convencê-lo."Magnus," comecei, minha voz baixa, mas firme. Ele parou e me olhou, o cenho franzido, os olhos escurecidos de preocupação. "Eu pensei muito sobre isso. Sei o que é importante para você, e estar com os Martinuccis agora é crucial. Eles precisam de você, Magnus. Você é mais do que um chefe de segurança para eles. É a linha de defesa deles."Ele cruzou os braços, balançando a cabeça em negação antes mesmo que eu terminasse. "Gabi, isso não significa que eu vou te deixar sozinha. Você é importante para mim."
LeonardoA movimentação pela mansão era intensa. As malas já estavam sendo carregadas pelos seguranças, e todos pareciam compartilhar a mesma tensão. A decisão de partir para a Itália tinha sido rápida, mas necessária. Não havia mais tempo a perder depois do ataque à nossa casa.Amber estava ao meu lado, quieta, mas eu sentia seu nervosismo. Sua mão agarrava a minha com força, como se precisasse se segurar em algo sólido para não desmoronar. Olhei para ela e apertei sua mão de volta, tentando passar alguma segurança."Vamos ficar bem," murmurei, mas nem eu estava completamente convencido. O peso da responsabilidade estava esmagador, e a incerteza sobre o que viria nos próximos dias não ajudava.Magnus apareceu na sala com um semblante sério, como sempre. "Os carros estão prontos. Vamos sair pela rota de