Amber
Voltamos para o hotel e, antes que eu pudesse abrir a porta do quarto, Leonardo me surpreendeu ao me pegar no colo com uma facilidade que só ele parecia ter. Um grito de surpresa escapou dos meus lábios, seguido por uma gargalhada.
"Leo, o que você está fazendo?!" exclamei, tentando não me debater muito.
"Entrando com minha esposa no quarto como manda a tradição," ele respondeu com um sorriso travesso.
"Você é louco," ri, enquanto envolvia meu braço ao redor do pescoço dele.
"Pode até ser," disse ele, sem perder o ritmo. "Mas não vou arriscar anos de azar por não cumprir isso como deve ser."
Eu apenas ri, me rendendo ao momento. Ele atravessou o quarto comigo nos braços, e foi só quando me colocou no chão que percebi o que estava ao nosso redor. Meu coração quase parou.
O quarto estava completamente
AmberOs olhos de Leonardo continuavam fixos nos meus, como se fossem capazes de ler cada pensamento que passava pela minha mente. A atmosfera ao nosso redor parecia densa, carregada de algo que ia muito além do simples desejo. Era paixão, era entrega.Seus lábios encontraram os meus novamente, e dessa vez, não havia suavidade. Havia posse, um ímpeto voraz que fazia meu corpo inteiro responder. Meus dedos se enroscaram em seus cabelos enquanto ele me puxava ainda mais para si, como se precisasse do meu contato para sobreviver."Você é minha, Amber," ele murmurou, sua voz rouca e cheia de intenção."Para sempre," respondi, sem hesitar, minha voz já embargada pelo calor do momento.Ele desceu os lábios pelo meu pescoço, deixando beijos e mordidas leves que enviavam ondas de prazer pelo meu corpo. Quando suas mãos deslizaram pela lateral do meu corpo, segurando m
AmberAcordei com a luz do sol invadindo o quarto de hotel. A claridade refletia nos lençóis brancos, criando um contraste perfeito com a decoração luxuosa ao nosso redor. Mas minha atenção estava em outra coisa: o brilho da aliança em meu dedo.Girei o anel de noivado com o polegar, admirando como ele combinava perfeitamente com a aliança que Leonardo havia colocado na noite passada. Era um gesto simples, mas carregado de um significado que ainda me fazia sentir uma onda de emoção atravessar meu corpo.Estávamos casados.Virei-me para olhar para Leonardo, que ainda dormia profundamente ao meu lado. Seu rosto estava tranquilo, os traços relaxados. Mesmo assim, havia algo poderoso em sua presença, algo que me fazia sentir segura, como se o mundo inteiro pudesse desabar e ele ainda estaria ali, me segurando."Você está encarando,"
Magnus Depois de passar apenas um dia fora, mas com a sensação de semanas em meio a uma missão que parecia interminável, retornar à mansão em Aspen trouxe um raro momento de alívio. Assim que atravessei a porta, o som de risadas me envolveu, e a visão da família Martinucci reunida na sala dissipou parte da tensão que eu carregava. Os pais de Leona
GabrielaMagnus ainda me segurava nos braços, como se quisesse me proteger de tudo que acontecera. Seu calor era reconfortante, mas minha mente estava muito longe para processar aquele momento."Magnus," murmurei, afastando-me dele com cuidado. "Eu preciso... preciso de um minuto.""Gabriela, está tudo bem," ele disse, tentando manter a calma enquanto me olhava com preocupação.Balancei a cabeça, pressionando as mãos contra as têmporas, tentando conter a avalanche de pensamentos que ameaçava me sufocar. Mas era inútil. O peso de tudo, desde as ameaças de Derek até o alívio repentino de saber que ele estava sendo capturado, estava me esmagando.Minha respiração começou a acelerar, e o aperto no peito era sufocante. Não conseguia pensar, não conseguia focar."Eu não consigo," sussurrei, mais para mim mesma do que para el
LeonardoO avião atravessava as nuvens com uma suavidade que só fazia minha mente vagar. Amber estava sentada ao meu lado, seu sorriso tranquilo me trazendo uma paz que há tempos eu não sentia. Ela havia tomado uma medicação para o voo, o que afastava os enjoos que tanto a incomodaram na ida para Vegas. O alívio em vê-la assim, relaxada, era um bálsamo para minha ansiedade."Você acha que os gêmeos vão nos dar bronca por termos demorado tanto?" Amber perguntou, sua voz carregada de humor.Ri baixo, segurando a mão dela. "Se depender da Bella, sim. Ela vai fazer um sermão digno de um pequeno general. Louis provavelmente só vai querer saber o que trouxemos de Vegas."Ela riu, e o som era como música para os meus ouvidos. Amber se inclinou, descansando a cabeça no meu ombro, e eu a envolvi com um braço. Por um momento, t
PeterA sala estava silenciosa, mas a bagunça ao meu redor refletia o caos que dominava minha mente. Papéis espalhados pela mesa, contas atrasadas acumulando-se em pilhas ameaçadoras, e a garrafa de uísque pela metade ao lado do copo vazio que eu segurava. Eu estava afundando, e tudo o que construí parecia escorrer pelas minhas mãos como areia.Meu telefone tocava incessantemente, mas eu ignorei. Devia ser mais um credor ou, pior, um dos poucos investidores restantes que ainda acreditavam que minha empresa tinha salvação. A verdade era que eu estava sem saída. Os valores das ações haviam despencado, e a única oferta que recebi era ridícula, um insulto. Owen havia conseguido um valor decente ao vender sua parte, mas para mim, a proposta era um reflexo da percepção do mercado: "Peter Calton está destruindo a empresa."Soltei um riso amar
AmberEstava deitada na cama, o celular em mãos, apenas navegando pelas redes sociais enquanto aproveitava o silêncio do quarto. O dia tinha sido tranquilo, e aquele momento era raro, só meu. A luz da tela iluminava meu rosto, mas minha mente estava longe, perdida entre pensamentos sobre como nossa vida estava começando a encontrar equilíbrio.De repente, uma manchete chamou minha atenção:"Peter Calton é preso sob acusações de ameaças, extorsão e tentativa de assassinato!"Meu coração disparou, e me sentei na cama, meus olhos fixos na tela enquanto lia cada detalhe da notícia. Era como se o ar ao meu redor tivesse mudado, ficando mais leve.Antes que eu pudesse processar completamente o que aquilo significava, a porta do quarto se abriu, e Leonardo entrou com um sorriso que eu não via há tempos, algo entre triunfo e al
MagnusA mansão estava em silêncio absoluto. A noite havia sido calma, repleta de conversas leves e risos na sala de estar. Eleonora e Tomaso se despediram cedo, levando os gêmeos para o quarto depois de uma noite animada. Amber e Leonardo pareciam tranquilos, aproveitando a rara paz que conquistaram após tantos meses de turbulências. Tudo parecia perfeito.Eu estava no quarto, deitado ao lado de Gabriela. O som da respiração dela era suave, quase imperceptível, e o calor do seu corpo contra o meu era um conforto que eu não sabia que precisava até tê-la ali. Sua presença tinha o poder de silenciar meus demônios, pelo menos por algumas horas.Mas, como sempre, a calmaria foi interrompida.Uma explosão ecoou pela mansão, seguida por um tremor que fez as paredes vibrarem. O impacto foi tão forte que o abajur na mesinha ao lado da cama caiu, quebrando-se no chão. Gabriela acordou sobressaltada, os olhos arregalados e a respiração descompassada."O que