Amber
Subimos as escadas juntos, o silêncio entre nós carregado de sentimentos que eu ainda tentava decifrar. A revelação do nome tinha mexido com Leonardo de um jeito que eu não esperava. Ele não tinha dito muito depois da conversa com Nonna, e isso começou a pesar em minha mente.
Ele não gostou?
A ideia de homenagear Francesca o incomodava?
Respirei fundo ao entrar no quarto. Eu precisava saber.
Leonardo fechou a porta atrás de nós, os passos lentos e medidos, mas seus olhos fixos em mim como se tentasse absorver tudo ao mesmo tempo.
"Você está bem? Se não gostou..." murmurei, sentando-me na beira do colchão.
Ele piscou, parecendo confuso.
"O quê?"
"Francesca," sussurrei, engolindo em seco. "Se for menina. Você ficou quieto. Se não gostou, podemos pensar em outro nome, não quero que—"
L
LeonardoO caminho até aMGroupfoi silencioso, mas carregado de tensão. Amber estava sentada ao meu lado, o olhar fixo na tela do celular, e Magnus dirigia, concentrado no que estávamos prestes a fazer.
LeonardoO carro avançava pelas ruas de California Springs, cortando o trânsito com uma precisão quase cirúrgica sob o comando de Magnus. O silêncio dentro do veículo era tenso, quebrado apenas pelo som das teclas sendo pressionadas com rapidez por Amber. Seu rosto estava iluminado pela tela do laptop, e sua co
LeonardoMinha paciência estava no limite. Meus nervos, em frangalhos. Minha empresa, minha família, tudo que construí foi ameaçado por traidores que estavam mais perto do que eu jamais poderia imaginar. Mas agora, o jogo acabou."Magnus, abra essa porta," ordenei, minha voz soando cortante, fria, como uma lâmina prestes a rasgar o silêncio sufocante do corredor.Magnus assentiu, deslizando a mão para dentro do paletó e pegando a chave-mestra. O clique ecoou no silêncio tenso, e com um empurrão seco, a porta se abriu.Entrei primeiro, os olhos varrendo o ambiente e parando diretamente emNádia, que estava de costas para nós, parada diante da pia, como se tivesse sido pega no flagra. Mas o que realmente fez meu sangue gelar foi asegunda figura ao lado dela.Layla.Minha assistente.A mulher que p
AmberO ar dentro da MGroup parecia mais denso, carregado de choque e incredulidade. Os corredores estavam cheios de funcionários cochichando entre si, tentando entender como duas pessoas que trabalhavam ao lado de Leonardo por tanto tempo poderiam ter traído a empresa daquela forma. A sala de segurança cibernética estava um verdadeiro caos – policiais entrando e saindo, analisando arquivos, questionando a equipe de TI, coletando provas.Leonardo estava do outro lado do corredor, ao lado de seu advogado e do investigador responsável pelo caso. Sua postura era rígida, o olhar fixo nos documentos que passava para eles. Magnus estava um pouco afastado, falando ao telefone, provavelmente organizando medidas de contenção para o estrago que Nádia e Layla causaram.A movimentação ao meu redor parecia acontecer em câmera lenta. Meus olhos varriam o ambiente, absorvendo o choque e o
AmberO telefone ainda estava quente na minha mão quando a ligação de Peter caiu.Minha respiração estava curta, meu coração martelava no peito como um tambor descontrolado. Cada palavra dele ecoava na minha mente, impregnada com aquela risada fria e cruel."Logo, Amber... logo você vai saber."Eu sabia que ele era louco, mas agora, ele não tinha mais nada a perder."Amber?" A voz de Gabriela me trouxe de volta. Seus olhos estavam carregados de preocupação enquanto ela tocava meu braço. "O que foi isso? Você está pálida."Eu pisquei algumas vezes, tentando reorganizar meus pensamentos. Respirei fundo e guardei o celular no bolso do blazer."Nada importante," menti, forçando um sorriso. "Só alguém que não vale a pena mencionar."Gabriela não pareceu convencida, mas n&
AmberO pânico apertava meu peito como um torno de aço.As ruas de California Springs passavam rápido demais pelas janelas do carro, borrões de luzes neon e postes, enquanto o veículo cortava o trânsito em alta velocidade. O motor rugia, as rodas cantavam no asfalto, e meu coração martelava freneticamente dentro do peito.O motorista olhava pelo retrovisor a cada segundo, seu maxilar travado, os dedos apertando o volante com força suficiente para esbranquiçar os nós dos dedos."Senhorita Bayer," ele disse, sua voz tensa e carregada de urgência. "Tem dois carros nos seguindo."Meu estômago despencou."Como é que é?" Minha cabeça virou bruscamente para trás, e o que vi fez meu sangue gelar.Dois SUVs enormes, pretos, avançavam rapidamente, mantendo uma distância curta, mas ameaçadora. Os faróis al
AmberO pânico tomava conta do meu corpo, cada célula tremendo em alerta máximo. Minha respiração estava errática, e a dor em meu ventre só aumentava a cada solavanco do carro. Eu sentia uma pressão incômoda, diferente de qualquer coisa que já tivesse experimentado antes. Meu coração batia descompassado, o medo me sufocando.Eu não podia perder esses bebês.O motorista continuava em alta velocidade, desviando bruscamente entre os carros, tentando manter distância dos dois SUVs que nos perseguiam. Minhas mãos agarravam o cinto de segurança com tanta força que minhas articulações doíam."Magnus, eles ainda estão atrás de nós," o motorista avisou pelo viva-voz, sua voz carregada de tensão.Minha esperança estava se esvaindo, até que ouvi o som desirenes
LeonardoAmber estava sentada na cama, a expressão serena enquanto ouvia atentamente o médico explicar os próximos passos. Mas, mesmo com o tom otimista dele, minha mente estava a mil.Uma semana.Sete dias inteiros entre a casa, o hospital e a empresa. Sete dias tentando manter Amber quieta, segura e, acima de tudo, viva. Foi um esforço desumano para convencê-la a descansar, mesmo quando o corpo dela claramente precisava. E agora, finalmente, estávamos aqui, ouvindo que o risco maior havia passado.“Os bebês estão bem,” o médico dizia, as palavras ecoando como um bálsamo para meus nervos desgastados. “Mas é essencial que ela evite grandes esforços físicos ou qualquer situação de estresse extremo. Não há necessidade de repouso absoluto, mas cuidados redobrados são imprescindíveis.”Minha mand&iac