— Kavanagh, você deve estar sabendo toda a matéria de prova, certo? Thomas revirou os olhos, se jogando na cadeira, fazendo-a ficar com apenas as duas pernas de trás sobre o piso. Os braços estavam cruzados, e ele tinha a feição de tédio como sempre. Aquela era simplesmente a aula mais chata, com a professora mais irritantemente tediosa, e ele sempre fazia questão de ignorá-la completamente. Até porque, ele fazendo algo ou não, ela chamaria sua atenção. Aquela mulher tinha um certo problema com ele, que ele não conseguia compreender. Minto, ele compreendia. Aquilo com toda a certeza era falta de macho. — Depende. — De que? — Se a matéria for de aritmética, aí estou ferrado. — Muito engraçado. Os amigos dele, minto, a sala inteira, tinha achado engraçado, porque riam. — Menos um ponto no boletim. — Como se você fosse me deixar passar na sua matéria. — Bem lembrado, comigo você não passa a não ser que faça uma boa prova. — Nem se eu fizer uma prova, vamos ser sinceros aqui
Liam chegou à escola, Bryan já o esperava na porta. Ele tinha os braços cruzados e olhava descrente para Thomas e Belle, que namoravam perto dele. Não tão perto, mas perto. Se fosse o pai da menina ali, ele já estava empurrando seu filho e puxando a filha dele para longe do namorado, e Liam não julgaria, porque ele também tinha uma filha. Ter uma filha namorando não devia ser fácil. Ele agradecia aos céus por Natalie estar solteira. Já bastava um filho namorando. Não que fosse o mesmo que ter uma filha namorando. Com certeza não era. Querendo ou não, era diferente. As pessoas compreendendo isso ou não, era muito diferente. Ora, era sua garotinha. A viu nascer, a viu crescer, acompanhou seu amadurecimento, aí vem um garoto sei lá donde e a tira de si. Era muito injusto. Sentia ciúmes sim. Que pai não sentiria? Era divertido ver Bryan olhar daquela forma para o irmão e a namorada. Era sempre o mesmo olhar. Todas as vezes havia também o momento em que ele revirava os olhos. Várias veze
Liam chegou em casa escutando uma cantoria. Era os trigêmeos. Difícil não identificar, além disso, eles eram os únicos em casa com a esposa naquele momento. Eles diziam a mesma coisa, como se estivesse lutando por algo. Era até engraçado. Mia devia estar enlouquecendo. Ele estaria. Os pequenos haviam saído mais cedo da escola, e ficado mais de uma hora sozinhos com a mãe. Trocou um olhar com Bryan, e seguiu para fora do carro, escutando seu filho do meio dizer que se negava a entrar dentro de casa. Tinha medo de os trigêmeos estarem em volta de uma fogueira, fazendo igual a índios. E o pai riu, claro. De certa forma, era bem isso que se podia imaginar enquanto escutava Mavi, Maevi e Mark cantarolando. “Queremos pizza. Queremos pizza. Queremos pizza”. Puxou seu filho pela mão, adentrando a casa. Encontrou os trigêmeos no corredor andando um atrás do outro, fazendo um círculo enquanto cantarolavam. — Posso voltar para a escola? — Você vai tirar esse uniforme e eu vou dar um jeito
Já fazia onze anos desde a chegada de Mia naquela casa. Onze anos que a vida de todos mudou completamente, inclusive de Thomas e Natalie. Eles tiveram a sorte de ela aparecer na vida deles. Porque foi quando eles conheceram uma mãe de verdade. Algo que desejavam, mesmo que não admitissem em voz alta. Thomas era quem mais escondia aqueles sentimentos, e só percebeu que deveria fazer algo sobre isso quando teve uma conversa sincera com a única mãe que ele reconhecia naquela vida. Foi aí que ele decidiu que era hora de aceitar seu pai com alguém. Mas não com qualquer uma. Só tinha uma escolha. E ela era sua babá. O que teria acontecido se seus planos não tivessem dado certo? Ele não teria Mia como mãe, não teria mais irmãos e principalmente, teria talvez Freya como mãe. Só de pensar ele se arrepiava por inteiro. Após colocar o uniforme de sempre, pegou a mochila em cima da cama e saiu, mas não sem antes dar uma olhada na fotografia em família que havia em cima da mesa de cabeceira. Sua
— Thomas, você pode levar Bryan hoje? Os trigêmeos vão entrar na escola no segundo período por causa do médico. — Claro, mãe. — Eu vou dirigir. — Nem sobre meu cadáver, maninha. — Sobre ele ou não, eu vou dirigir. Você dirigiu a semana inteira e o papai prometeu que eu poderia pegar o carro hoje. — O pai prometeu, não eu. Liam e Mia trocaram um olhar cansado. — Tem certeza de que estou seguro com esses dois? — Olha só. Estão fazendo Bryan se preocupar. – Mia diz. – Filho, deixe sua irmã pegar o carro hoje. Qual o problema? Ela dirige tão bem. — Vamos então perguntar ao cachorro que ela quase atropelou semana passada se ele confiaria nela como motorista. — Não seja implicante, Thomas. – Liam pediu. — Aquilo não foi culpa minha. Ele apareceu do nada na minha frente. — Que explicaçãozinha meia boca. — Pai. Pode me levar por favor? Eu não vou aguentar isso aí, não. — Thomas, pelo amor de Deus, seu irmão de nove anos precisa que você seja um pouco menos implicante. S
Natalie ignorou completamente o fato de ver seu irmão e sua amiga se beijando ali no corredor. Eles mal tinham se encontrado, e já estavam “trocando saliva” como Bryan adorava dizer. Não que ela não fizesse o mesmo, mas era irritante quando eles podiam fazer aquilo sem se preocupar com o que diriam. Ou no caso, com o que seu pai diria. Estava escondendo o namoro desde que sua mãe revelou a nova gravidez. Surpreendentemente, tinha começado a namorar apenas duas semanas antes. Um dia antes, sua mãe teve conhecimento, assim como seu irmão do meio, que prometeu manter em segredo. Ela o adorava mais por ser fiel a ela, mesmo que soubesse que o certo era seu pai saber. E ela contaria. Na verdade, já queria ter contado, mas houve contratempos. E por isso ainda estava namorando escondido. Apenas sua mãe, seus dois irmãos e Belle sabiam sobre o namoro. E já era gente demais. Ela achava que era muita sorte seu pai não ter descoberto ainda, mesmo ela sendo tão cuidadosa. Muito mais que o irmão,
— Seus pequenos estão tendo uma boa alimentação, porque estão no peso certo, tamanho certo, a imunidade está ótima... Mia sorriu, se virando para ver seus filhos brincarem no tapete colorido, onde tinha vários brinquedos em volta. Aquela sala era uma festa para crianças. Colorida e cheia de brinquedos. E a médica era maravilhosa. Gentil, carinhosa, muito educada e observadora. — Eu acredito que já podemos retirar o medicamento de apetite. — Eu também acho, eles só não estão comendo parede, porque o gosto é ruim. A médica, riu, Mia riu, e Liam abriu aquele sorriso ladino. — Não posso contar nos meus dedos quantas vezes escuto “tô com fome” durante o dia. — Isso é bom, deixe-os comer. — Foi o que eu disse. — Só que com moderação. Liam fitou a esposa. — Foi o que eu disse. – Ele repetiu e ela revirou os olhos. – O bom é que durante a tarde eles preferem algo mais saudável. Fruta, vitamina, iogurte... A médica balançou a cabeça. — Ótimo, isso é muito bom, está explicad
Mia já estava desperta quando sentiu um dos braços do marido em volta de si. Queria descansar um pouco mais, aproveitando que não seria necessário acordar as crianças para a escola. sentiu os lábios do marido em seu pescoço, e a mão direita subindo por sua coxa, por debaixo da camisola que vestia. Conseguiu conter um suspiro quando a mão dele mudou de posição, tocando a parte interna daquela mesma coxa. Ele estava provocando-a. Sabia que ela estava acordada, e por isso provocava ela daquela maneira. Mesmo com ela virada de costas para ele, ele pode perceber que ela já estava desperta. Ela se virou para ele para avisar que os trigêmeos poderiam aparecer a qualquer instante, mas os lábios dele foram mais rápidos, e ela não conseguiu resistir. Menos ainda quando ela sentiu o dedo dele entre suas pernas, tocando em seu ponto sensível por cima da calcinha. O som que saiu da boca da esposa quando pressionou o clítoris e começou a fazer movimentos circulares no clítoris, fez com que seu memb