Dois meses depois :
Depois da ajuda que Aaron havia dado, o The Flowers Gay club estava indo muito bem, obrigada. Layla tinha se juntado ao clube e junto com ela Fernando Capelo veio junto ajudando a cuidar do marketing
. Estava tudo tecnicamente bem, exceto por uma única coisa : O Baile de primavera.Como todo mundo, eu também ficava muito nervosa quando o assunto era o baile. Que roupa eu usaria? Como seria? Com quem eu iria?Nada era mais assustador do que não estar perfeita naquele dia, eu já era neurótica de natureza e faltando só três dias para o baile, eu estava pirando, quase entrando em morte súbita
- Porque você está tão nervosa assim? É só um baile! - Perguntou
Parecia perfeito, tudo parecia um lindo conto de fadas prestes a acontecer. Eu estava me preparando para ir ao baile com a garota que eu gostava e aquilo parecia ser o momento mais perfeito de minha vida.No espelho eu via refletido todo o meu sonho realizado, o vestido preto perfeito, o salto fino perfeito, a maquiagem perfeita, o penteado... - Perfeito - pensei comigo mesma.Ao olhar no relógio do celular percebi que faltava 20 minutos para começar o baile, fui até a janela e Layla estava lá, linda e maravilhosa com um vestido branco brilhoso, com renda nas costas, seu cabelo loiro solto e com um batom vermelho que eu estava louca para tira-lo.Ela percebeu que eu a estava olhando e sorrio,se aproximou da janela e à abriu, eu fiz o mesmo- Está linda, Baker! - Disse ela, com um olhar admirável.
Não consigo imaginar algo tão perfeito quanto essa noite, uma tremenda felicidade tomava conta do meu coração naquele momento, ao olhar para o lado Layla estava me observando com um sorriso de orelha à orelha- Foi maravilhoso, sabia? - Perguntou Layla beijando a minha bochecha.- Foi maravilhoso pra mim, também! -Respondi.- Can.. Eu queria te dizer uma coisa.. - Disse Layla. Antes dela começar a falar, meu celular tocou e era uma mensagem de Aaron pedindo para encontrar ele no carro.- Temos que ir! -Disse olhando para Layla. Ela fez um sinal possitivo com a cabeça, colocamos as roupas e fomos de encontro ao meu irmão. Ele estava beijando a Charlotte quando chegamos pr&o
Artur saiu e me deixou sozinha naquela casa com um garoto loiro, que estava encarregado de me vigiar. Apesar disso, eu estava mais preocupada com outros assuntos. Como eu iria contar para Layla que nós não poderíamos mais se ver? Eu não saberia nem por onde começar, e além disso, eu estava trancada em uma casa, sendo vigiada. Eu olhava para os lados e não encontrava mais a saída daquilo, até o desespero começar a vir. Eu precisava falar com a Layla, eu não podia sumir e abandoná-la.Nesse momento, eu comecei a chorar. Meu pai tinha morrido na minha frente e eu estava prestes a abandonar a garota mais especial que já conheci, além dos meus amigos e minha família. Era surreal demais para se engolir.O garoto loiro deve ter visto que eu
Onze anos após a morte de Rayn Anderson:Voar ainda era um pesadelo em minha vida, mas depois da minha pequena viagem, eu precisava ir para casa, finalmente a minha casa. Peguei a estrada, poupei o fôlego que ainda me restava e fui.Voltar a essa cidade parecia, para muitos, uma coisa sem importância alguma, mas para mim, era de extrema euforia. Passaram-se tantos anos, que eu não me lembro de quase nada, das casas, das pessoas, do ar, do meu próprio quarto. A única coisa que ainda permanecia da mesma forma era minha moto, após anos mantendo ela, milhares de dólares gastos para deixá-la da mesma forma foram usados, mas valeu a pena.Ao chegar próximo à minha antiga casa, não pude controla
A angústia era tanta que eu mal consegui dormir. Pesadelos iam e voltavam, flashes na minha cabeça não paravam.Aquela dor parecia que iria demorar muito para passar. Eu rolava na cama quando acordei pensando que eu tinha ouvido a voz da Layla mas era só um dos meus sonhos.Será que isso era o sentido do amor? Ficar feliz por ela amar uma outra pessoa, estar nos braços de um outro alguém. De me sentir honrada apenas por ter tido ela em minha vida por alguns únicos meses? Eu não sei. Da mesma forma que se esse for o resumo do que eu sinto, eu teria muito desgosto. Mas ao mesmo tempo eu não consiguiria desejar algum mau para aquela que eu amo. Acho até que tenho maturidade o bastante para lidar com isso.Me leva
- Bom, eu estou a fim de comemorar a volta da minha linda irmã!- Seria uma boa, meu amor. - disse Charlotte, concordando com a ideia.- Eu topo qualquer coisa com vocês. - respondi.- Então vamos, senhorita Megan Acaster! - exclamou Aaron, rindo.Entramos no carro do meu irmão e eu fui no banco de trás. Durante todo o percurso, eu via o quanto Aaron e Charlotte estavam felizes. Eles riam um do outro, se beijavam, pegavam um na mão do outro, enquanto eu só conseguia imaginar Layla ali do meu lado. É difícil para mim estar nessa cidade, reviver os lugares por onde eu passei e perceber que o tempo passou e as pessoas seguiram suas vidas.
Os dias de trabalho não poderiam ser mais eletrizantes. Apesar de toda aquela movimentação, de estar novamente com a farda do F. B. I, eu ainda estava me sentindo triste por dentro.Arrisco a dizer que a paisagem do meu novo escritório não ajudava muito, a cor laranjada do por -do-sol penetrante, dava uma ótima combinação com o verde escuro das folhas nas árvores. Aquilo remetia a horas e horas de interminavéis e longos suspiros dados por alguém que tinha uma vaga lembrança de contemplaçâo. A última vez que eu havia visto um por-do-sol tão bonito quanto, eu estava na praia com uma garota.Talvez os suspiros eram uma somativa de várias outras coisas, talvez eu estivesse um pouco frustrada com o rumo que minha vida havia tomado. Me lembro de ter sonhado com a Juilliard
Em meio a vários drinks, eu enlouquecia junto a descarga de ansiedade que explodia dentro de mim, minha perna tremia fazendo com que eu ficasse ainda mais nervosa que o normal.Em menos de vinte minutos eu iria estar no mesmo ambiente em que a Layla estava. Borboletas no estômago não são suficiente para demonstrar o que eu estou sentindo nesse momento. Não sei o que pensar sobre isso. Não sei se devo ou não obedecer o meu coração. A quinta taça de vinho falava por sí só, a coragem que havia em mim se desfez a partir do momento em que me lembrei que fazia onze anos que eu não a via. Eu precisava ser forte, coerente, objetiva e todas essas outras palavras de encorajamento que conheço. Era praticamente banal o esforço mental que eu estava tentando fazer. Meu rosto estava ardente, queimando. Já não sabia mais se era nervosismo ou o álcool fazendo efeito,o que não fazia nenhuma diferença para mim naquele momento: - Você está bem? - Perguntou Aaron, colo