A despedida de um herói
Flash's, vozes embargadas, visão turva e uma sensação estranha de hiperatividade.. Liz sentia todas essas coisas de uma só vez.
Tentava controlar aquilo mas seus movimentos pareciam incontrolaveis. Não conseguia pensar em nada além de achar que, talvez, algo estivesse errado.
Um apagão se fez e a garota loira desmaiou após horas de festa. Ela caiu em meio a várias palmeiras, poucos metros longe do mar. Um grupo de garotos viu aquela cena e foram ver o que tinha acontecido :
- Olhem só aquela garota! - disse um rapaz, se aproximando do corpo de Liz ao chão. Outros três rapazes chegaram, rindo ao ver a menina.
- Ela ta chapada.. Não vai se lembrar de nada, amanhã. - Disse outro rapaz.
- Ela é gostosa, isso sim. - um outro rapaz, disse. Esse se aproximou de Liz com más intenções. Porém, eles não repararam que Ana à observava, também.
- Deixem ela ! - Exclamou Ana, chegando por trás.
- Se eu fosse você, eu sairia daqui, agora! - Exclamou um dos rapazes.
- Você vai fazer o que se eu não sair? - Perguntou Ana, encarando o rapaz.
- Eu vou te mostrar o que eu vou fazer... - Respondeu ele, sorrindo maliciosamente - Segurem ela!
Dois outros rapazes tentaram segurar Ana, mas a garota tirou um soco inglês, ao colocar na mão (em uma rapidez) e socou a cara do rapaz que estava à encarando. Os outros saíram correndo após ver do que a garota era capaz.
Ana tentou acordar Liz de todos os jeitos, mas a loira estava realmente desmaiada. Sendo um pouco maior do que Liz, Ana conseguiu levanta-la e arrasta-la até onde estava o carro de seu pai. Colocou com cuidado o corpo da loira no banco traseiro, e colocando o cinto do jeito que dava para que Liz não caísse. Ana retirou seu casaco e botou por cima da garota desmaiada, pois ainda era de madrugada e estava frio por causa do mar.
Apesar de tudo, Ana estava com aquele frio na barriga. E olhava para o retrovisor a todo instante, buscando ver o reflexo de Liz, mesmo que desacordada, ela era linda. Os seus traços ainda eram perfeitos e o seu semblante aspirava inocência.
Peter, o pai de Ana, já estava no trabalho. Ele saia de casa por volta das quatro horas da manhã. Então, não teria problema de Liz estar lá. Desde que Peter não soubesse, é claro.
Ana se esforçou ao máximo até conseguir colocar Liz, pelo menos, em seu sofá. Já que seria impossível carrega-la escada à cima até o seu quarto. Com um cobertor ela cobriu a loira e deitou ao sofá do lado, para vigiar Liz, enquanto ela dormia.
Seu medo era que a loira passasse mal ou se assusta-se ao ver que estava em um lugar estranho. Então não queria correr o risco de que algo desse errado. Após alguns minutos, Ana acabou pegando no sono, também. Já era de manhã quando isso aconteceu.
Do outro lado da cidade, por volta de oito horas da manhã. O trânsito estava um caos, pois em um banco, extremamente utilizado pela população de Miami, um assalto acontecia. Ouviam-se gritos por todo o lado e pedidos de socorro vindo do grande prédio.
Vários homens encapuzados entraram no banco e renderem todos que estavam ali dentro. Sejam funcionários ou clientes, qualquer um :
- Todos vocês! Formem um escudo humano na porta! - Gritou um dos assaltantes. Os reféns daram-se as mãos e se colocaram de frente a porta.
O líder do grupo, segurava um rifle em sua mão, e com uma calma perguntou aos reféns qual deles era o gerente. Após algumas ameaças, um homem de meia idade, levantou a mão.
- Levante! - Gritou o líder - Você vem comigo para o segundo andar. Esse que também já estava tomado pelos homens encapuzados.
O líder e o homem de meia idade subiram até o segundo andar. Enquanto ouvia-se gritos de desespero, o gerente chorava clamando por misericórdia:
- Cale a boca! - Gritou o líder, um tanto irritado - Você vai fazer uma transferência para mim.
- Eu.. E-Eu não posso! - Disse o gerente.
- Desculpe.. Qual é o seu nome? - perguntou o líder.
- C-Craig..
- Ok, Craig. O negócio é o seguinte : Você vai fazer a transferência para mim, sem reclamar. E em troca eu não mato você e nem nenhum dos reféns. Mas se você contestar eu atiro na sua cabeça. Está claro?
- Sim.. Sim senhor.
- Ótimo! Sente-se então em sua mesa e comece o seu trabalho. - Disse líder, soltando Craig. O gerente se sentou e ainda tremendo, abriu o seu nootbook. O líder dos assaltantes apontava uma arma para a cabeça de Craig. Deixando-o ainda mais nervoso.
- Q-Qual é o número da conta? - Perguntou o gerente.
- Você vai procurar pelo nome.. É Bryan Oliver Bucker.
- C-Certo.. - Disse o gerente, pesquisando o nome que acabara de ouvir. - N-Nesse nome existem duas contas vinculadas.
- Você vai transferir para mim a conta da PetroRio. - Disse o assaltante.
- E.. Qual é o número da conta para a transferência? - Perguntou o gerente.
- Você acha que eu sou burro? - Perguntou o líder, dando uma coronhada na cabeça do gerente. - Eu quero essa quantia em dinheiro vivo.
- Mas... São 100 milhões de dólares! - Exclamou o gerente.
- Então você tem muito trabalho para fazer! - Respondeu o líder. - Vai.. Esvazie a conta e me dê o dinheiro.
O assaltante passou um rádio para os outros assaltantes e pediu para que dois subissem ao segundo andar.
Os dois outros assaltantes e o gerente começaram a encher sacolas com o dinheiro. O tempo todo o líder apontava o rifle para o gerente, passando o medo para Craig.
Após alguns minutos, onze sacolas estavam cheias com notas de 100 dólares. Ainda faltavam um restante dentro do cofre, porém o líder ainda não estava satisfeitos :
- Vocês terminem o serviço.. - Disse o líder para os outros dois, com uma brutalidade imensa, ele puxou o gerente pelos cabelos - Você vem comigo.
- P-Por Favor.. Não me mate.. - Clamava o gerente.
- Cale a boca! - Exclamou o assaltante - Agora você vai pegar o telefone e vai ligar pra polícia.
- Como é?..- Perguntou Craig, surpreso.
- Você vai ser convincente o bastante para que eles tragam o FBI até aqui.
Feito isso, não demorou muito para que começassem a ouvir barulhos de sirenes por todo o canto.
Jayden Ross, o agente especial e condencorado do FBI, assumiu o caso.Usando o gerente como escudo, o líder exigiu que a negociação fosse feita por Jayden. E assim, o agente o fez. Pensando no bem estar dos reféns, o agente aceitou entrar no prédio apenas com uma arma em sua mão e um rádio na outra:
- Ok.. O que você quer para soltar os reféns?- Perguntou Jayden, calmamente.
- Quero um carro blindado para os meus homens fugirem com o meu dinheiro. - Respondeu o líder.
- Só isso?
- Não... Não... É óbvio que não, meu caro. Eu também quero um helicóptero para eu sair daqui ileso.
- Ok.. E então você libera todos eles? - Perguntou Jayden.
- Após tudo estar conforme eu quero... Sim. Eu libero todos os reféns. Mas você tem 1 hora para atender.
Sem demorar muito, o carro e o helicóptero já estavam em posse dos assaltantes e tudo correu como o esperado. Em pouco tempo os reféns foram soltos e Jayden acompanhou o líder até o terraço, pois o gerente do banco ainda estava como refém:
- Vamos fazer uma troca, agente Ross... Você me dá sua arma e eu lhe dou o meu refém. - Disse o líder, já próximo do helicóptero.
- Ok.. - Respondeu Jayden, entregando sua arma para o assaltante - Agora me entrega o refém.
- Tome! - Respondeu o assaltante, empurrando o gerente para cima de Jayden. Apontando o seu rifle para os dois, enquanto subia no helicóptero. Jayden sentiu algo estranho em seu coração, como se aquele momento fosse o último da sua vida. E ele estava certo, após o helicóptero subir alguns metros, pela janela o assaltante atirou em Jayden, três vezes. O primeiro tiro pegou em seu peito. O segundo em sua barriga. O terceiro pegou de raspão em sua cabeça.
Foi eleDe um susto, Liz acordou sem saber onde estava. De primeiro, tentou buscar algo familiar no local. Mas até aonde seus olhos alcançavam, não encontrou nada lhe trouxesse um conforto. Mas ao se levantar do sofá, Liz viu Ana e então uma dúvida se pois em sua mente "-Como é que eu vim parar aqui?"Ana dormia toda encolhida em uma poltrona bem "desconfortávelmente pequena". Em uma das mão segurava seu celular, enquanto na outra ela segurava um conjunto de chaves.Liz tentou ao máximo levantar sem fazer nenhum tipo de barulho. Tentou ao máximo não acordar, Ana. Nas pontas dos pés procurou achar a porta, para ir embora antes que a outra acorda-se. Era tudo um tanto estranho. Tinha a ligeira sensação de que t
Não conte nada a elaEm sua casa, após tomar um banho quente e relaxante, Ana decidiu olhar no celular. Pois havia lembrado de que algo tinha chegado para ela.Ao olhar, notou que um email dizia "Leia com atenção" e ao abri-lo se espantou ao ver a cara de seu tio Rayn estampado em algum tipo de arquivo : - Então, esse é o tio Rayn! - Ela disse à si mesma.Ao rolar os arquivos, Ana notou que um nome era familiar, dentre todos os outros que estavam ali "Olivia Bucker". E logo se lembrou do primeiro dia em que viu Liz pela primeira vez. Lembrou que o nome de sua mãe também era Olivia, como o seu próprio. E Ana não conseguiu conter o nervosismo e a frustração.Em seu email es
Tudo tem um porquêToda história tem um fim. Não importa quanto tempo passe ou o quanto demore. O fim é algo inevitável. É como se fosse um ciclo pela qual todos passam um dia.Muitos encaram o fim como algo doloroso, outros encaram como o começo de uma nova vida. De um recomeço. Como se fosse uma próxima página de um livro em branco. Tudo pode ser diferente.Não se pode generalizar uma palavra. E em como as pessoas interpretam ela. Cada um vai pensar de um jeito, cada um vai vê-la de uma forma diferente.Mas o caso é que ofimnão é o que define a vida de alguém. Apenas partes dela.
Uma mensagem inesperadaEm outras circunstâncias, Liz já teria surtado pela morte de alguém tão próximo à ela, porém, ter dormido na casa de Ana era algo que ela não podia ignorar por tanto tempo.Só conseguia pensar em como aquela garota mexia com os seus sentindos e em como seus olhos pareciam hipnotiza-la todas as vezes em que ela os encarava.Borboletas no estômago já não definiam mais a sensação de estar apaixonada. Apaixonada? Liz não sabia sequer nomear aquilo. Preferiu até não rotula-lo. Em sua cabeça era como se fosse único e exclusivamente seu. Um sentimento totalmente novo. Que não precisava ser chamado de nada. Apenas senti-lo era suficiente. Talvez assim seria mais f&aa
Olho por olhoTudo poderia ser diferente. O rumo das coisas poderiam ter tomado um outro caminho. Ela poderia ter sido feliz ao lado da pessoa que sempre amou.Nada à fazia mais feliz do que estar ao lado dela. Naquela praia... Praia? : - Eu só estive na praia uma vez. Não? - Ela pensou. Mas imagens continuam vir em sua mente.-"Eu sempre vou te amar" - "Você tem que ficar à salva" - "Eu não posso estar com você" - "Seja feliz" - Ela dizia, com brilho nos olhos. E daquele janela, as duas se namoravam sem parar ao som de seu violão velho.Seu coração batia mais forte do que o normal. E uma sensação de que...: - Eu me lembro de tudo. Meu deus. O que foi que eu fiz? - MEGAN!!!!Layla
CerejaMedo...Do que o medo é capaz de fazer com alguém ? Ele é capaz de impedir tantas coisas. De descobrir novos lugares, novos gostos. De sentir coisas novas, de se apaixonar e se entregar com todo o amor que vive dentro de cada um.O medo faz com que as se escondam dentro de um casulo. Faz com que tenham de suprimir toda aquela vontade de demonstrar a tal felicidade. O medo de ser rejeitado os coloca em uma bolha e com isso, acabam sufocados com coisas que não permitam dizer ou mostrar para ninguém.Alguém um dia disse que precisam ter, pelo menos, vinte segundos de coragem. Para fazerem o que quiserem. Terem a chance de mudarem algo. Fazerem a diferença para sí mesmos. Fazerem tudo acontecer, tudo o que for possível e impossível.
Megan AcasterTudo era novo. Até porque passar dez anos presa dentro de um cubículo, sem janelas e escuro, faria qualquer pessoa esquecer que existe um mundo do lado de fora.Não seria, então, diferente com Megan. Ela havia esquecido, mesmo que por um momento breve, de como as coisas eram do outro lado das grades. E de como tudo parecia estar diferente. Dez anos são muito coisa.Megan estava sem a chave de seu apartamento, sem a chave da Rowling Story ou qualquer outra coisa que lhe pertence-se. Tudo estava à mãos de seu irmão, Aaron. A qual ela não via a muito tempo.E ao estacionar a moto na antiga garagem de sua família, ouviu-se um estalo na porta principal e um garotinho ruivo, de onze a
AlcateiaO irmão da ruiva não tinha mais poder algum em cima de sua irmã caçula. Sua autoridade estava falha fazia tempo. Megan podia ser doce e gentil mas a sua raiva e sede de vingança ultrapassava quaisquer outra parte de sua personalidade.Já em seu apartamento, após a maravilhosa noite com a família Baker, a ruiva não tinha tempo a perder. Colocou-se a dormir em sua cama e tentou acalmar seus ânimos para o que estava planejando para o dia seguinte.As horas passavam de pressa, a noite havia se tornado dia, tanto que Megan sentiu não ter dormido quase nada. Mas acabou pondo a culpa em sua ansiedade.Sem fazer muito cerimônia, a ruiva tomou um belo banho e vestiu seu antigo uni