Edgar desligou o telefone, pelo menos no trabalho as coisas pareciam estar se encaminhando, agora era exercitar todas as técnicas de negociação que tinha aprendido e desenvolvido na companhia do pai ao longo dos anos, seu pensamento então voou até São Paulo, mais precisamente para o escritório do seu pai.
“Caralho! Eu precisava falar com o meu pai sobre o problema em Minas, mas se eu abrir a boca ele vai me mandar prá lá resolver e eu não quero sair de Santa Catarina antes de fechar a compra do terreno, preciso primeiro garantir o Escala.”
Ele então procurou no celular o contato de Décio o engenheiro responsável pela obra em Minas Gerais, um condomín
As horas passaram lentamente e Kátia olhava para o contato enviado por Rita, salvo apenas como Chefe? no seu celular, um frio na barriga incomodava, afinal ela nunca tinha trabalhado na área da alimentação, tudo o que ela possuía era um caderno de receitas antigo, sem capa e com páginas manchadas. A formação dela também não ajudava em nada, como a faculdade de Administração iria ajudar ela a ser doceira? Kátia balançou a cabeça para espantar esses pensamentos, ela precisava de um emprego e na realidade não tinha nada a perder, suspirou profundamente e então enviou uma mensagem.Kátia: Boa tardeKátia: Meu nome é Kátia Meyer, a
Edgar passou no hipermercado indicado por Douglas e seguiu para a casa de Kátia, ele já tinha ouvido durante o churrasco de domingo tudo o que os amigos dela tinham feito e conhecia talvez melhor que ela mesma as desventuras deles para que estivesse tudo pronto quando ela retornasse para Camboriú, o que deixou o engenheiro realmente curioso com o resultado final da surpresa. Ele parou o carro na frente do endereço indicado e observou a casa que externamente ainda tinha uma aparência abandonada, o que não o surpreendia em nada, mas ele prestou uma atenção especial a arquitetura do imóvel, se ele estivesse correto essas paredes teriam pelo menos trinta centímetros de espessura. O telhado, de telhas francesas cobertas de limo era um indicativo da idade do imóvel, ele já ti
Naquela noite Edgar dormiu bem, ele estava feliz sem entender claramente a razão, talvez ter finalmente encerrado o noivado tivesse tirado um peso enorme das suas costas e depois de ter sido o “ entregador” da pousada, sentiu que a vida podia ser menos complicada e desejou ardentemente por viver assim, como Kátia e os amigos, que se apoiam sem reservas e a qualquer tempo. Na manhã seguinte a curiosidade foi maior e já que ele estava de partida, tomou coragem para questionar Douglas diretamente: - Bom dia, Edgar. O café já está servido. - Bom dia, Douglas. Já estou indo até lá, mas depois podemos conversar?
A noite foi longa, mas produtiva, as geleias ficaram prontas e logo pela manhã Kátia foi a entrevista levando ambas para que Dona Rosemar que mesmo antes de conversar com ela foi logo a cozinha e sem nenhuma cerimônia recheou dois bolinhos e provou. - Isso! Perfeito! Doce na medida certa e ainda é possível sentir qual é o sabor da fruta. Vamos para o escritório, temos muito o que conversar. Mas antes de sair ela se virou e olhou para uma mulher que parecia ser uma das doceiras e disse: - Pegue essas geleias e monte um bolo degustação, vou falar com a cliente para ela vir até aqui a tarde para provar.
Edgar acelerava o máximo que podia e em poucos minutos chegou a Oásis, estacionando a cerca de cinquenta metros da portaria, sem pensar muito apenas trancou o carro e desceu preocupado em como entrar rápido e levar Kátia logo para casa, afinal ele ainda pretendia dormir mais um pouco antes de embarcar no avião e seguir viagem. No entanto, ao se aproximar mais da portaria, uma confusão gigantesca o recepcionou, os seguranças tentavam impedir Hector de bater mais ainda em um homem que gritava com ele, as pessoas saiam da boate para assistir a briga, Yara, noiva de Hector chorava e segurava o braço do empresário, tentando impedir que as agressões continuassem. Todo o quadro apenas deixou Edgar mais inquieto ainda, pelo que ele conhecia Hector, poucas situaçõ
Edgar cai ao lado dela no sofá, Kátia tomada pelo desejo o beija apaixonadamente, deixando suas mãos percorrerem livremente o corpo de Edgar, que já entregue faz o mesmo e aos poucos ambos vão sem perceber largando a roupa pelo chão, Kátia passa as pernas ao redor da cintura dele e depois de morder sua orelha, sussurra: - Me leva pra cama... agora! Entregue ao impulso e embriagado de paixão, ele obedece levando ela como estava para o quarto. Na manhã seguinte... O despertador toca, são sete da manhã, Kátia olha ao redor e percebe que está
Edgar embarcou no avião e relaxou o corpo, ele precisava dormir, afinal, logo depois de ajudar Kátia a se vestir, ele esperou até que ela estivesse em sono profundo para só então sair do quarto, antes porém, ele pegou uma camiseta que estava embaixo do travesseiro e que tinha caído no chão. A peça tinha o perfume dela, sem resistir ele a pegou e agora só pensava em pega-la na sua mala e sentir outra vez o doce perfume de Kátia. E assim com os pensamentos na madrugada de paixão entre os dois ele adormeceu sorrindo. Ao desembarcar, foi direto ao estacionamento, onde sabia que o carro da família o esperava. - Sr. Edgar. – Cumprimentou respeitosamente o motorista. - Lúcio. Tudo bem contigo? – Edgar respondeu, já colocando as malas no carro.  
Com a partida de Edgar, Douglas retomou completamente a rotina da pousada, os últimos dias foram intensos, Kátia voltou, trouxe um “amigo”, os Exilados correram de um lado para o outro até finalmente conseguirem que o tio dos gêmeos alugasse a casa que grupo mobiliou e decorou, tudo isso de olho no engenheiro, que acabou se revelando um milionário e herdeiro de uma grande empresa de renome nacional e que está em expansão por toda América Latina. Douglas pensava em tudo isso deitado na rede enquanto olhava as fotos do último churrasco no quiosque, quando o telefone dele começa a tocar. - Fala Rubens! - Douglas, o Edgar tá na pousada? - Não, já saiu faz dois dias. Ele alugou um apartamento aqui e e