Campus da Faculdade, alguns quatro anos antes...
- Argh! Eu odeio o Elton! Juro que se pudesse deixava ele na casa dele cuidando da família por dois anos... Esbravejou uma jovem de cabelo preto curto com mechas roxas, calça jeans justa e uma blusinha preta com uma grande rosa brilhante estampada na frente, nos pés apenas um tênis baixo de tecido com cadarços xadrez preto e pink.
Ela tinha acabado de esbarrar em alguém.
- Ei! Cuidado comigo! Respondeu outra jovem vestida mais discretamente, com seus jeans preto e uma blusa creme com detalhes em renda, seus longos cabelos ondulados estavam presos em um rabo de cavalo, ela usava apenas uma maquiagem leve e um batom rosado, nos pés um sapato preto de salto baixo.
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- Kátia? Acho que chegamos. Disse Edgard trazendo a mulher ao seu lado para o presente. - Sim, mas aqui é o restaurante, pega a entrada a direita e chegamos na pousada. Edgard seguiu as orientações dela e em poucos minutos eles estavam de frente para uma grande casa de tijolos a vista, com portas e janelas de madeira, o telhado era alto e a varanda tomava toda a frente, nas paredes e colunas ganchos para pendurar redes. Não muito longe se via um caminho por entre a areia que levava até a praia, a pousada ficava longe das áreas mais badaladas e tinha um ambiente aconchegante e familiar. 
- Irmãzinha, quem é teu amigo? - Murilo, esse é o Edgard, ele é engenheiro civil, veio de São Paulo pra procurar áreas para investir aqui no estado. - Edgard, esse é o Murilo, ele faz parte dos Exilados e é o bancário que te falei. Murilo olha para Juliana com uma expressão desconfiada. - Irmãzinha, cê falou da gente pra ele? - Sim, não pude evitar, ele almoçou comigo no Tio Manel. Muri
No dia anterior, por volta das dez e meia da noite, num aplicativo de mensagens a agitação tomava conta de todos os envolvidos.Grupo Casa Nova Rica: Gente, não vai dar tempo, a Kátia chega amanhã depois do almoço... A surpresa foi pro espaço. (carinha triste) Dr.: Calma, nem tudo tá perdido, a casa já tá vazia e eu posso mandar duas das faxineiras da Oasis pra lá ainda hoje, elas costumam trabalhar a noite e hoje tá tranquilo, acho até que vou ter prejuízo... Clara: Isso, se a casa estiver limpa logo cedo agiliza bastante. Érica, os móveis antigos da Kátia ainda estã
Passava um pouco das sete e meia da noite quando eles se aproximavam da antiga casa de Mauro e Murilo. - Murilo, porque estamos indo pra casa velha tua e do teu irmão? - Tenho uma coisa aqui no carro que preciso deixar lá, se importa se passarmos lá primeiro Jú? Juliana que mexia no celular responde distraída:- De jeito nenhum, o Douglas que espere. - Ótimo, quando eu casar vou querer uma mulher que se preocupe assim comigo. Juliana olha atravessado para Murilo e murmura: 
Murilo se aproximou dos rapazes com as mãos nos bolsos e suspirou: - Cara! Que dia mais cansativo! Os outros olharam atravessado para ele, que se limitou a rir alto. - Quê? Todos vocês tavam de folga, só o escravo do sistema aqui teve que bater cartão hoje... Rubens, Mauro, Douglas e Hector responderam ao mesmo tempo: - Vai se f***r! - Imbecil! - Va
Enquanto os homens estavam reunidos ao redor da churrasqueira, comendo e bebendo cerveja, as mulheres estavam divididas entre a sala e a cozinha, conversando e preparando arroz e saladas que possivelmente apenas elas iriam comer novamente. Érica não suportando mais a curiosidade coletiva, fez a pergunta suspensa no ar: - Kátia, quem é o cara? - O quê? - Não se faz de sonsa, quem é o cara que veio de Joinville contigo? - Ah! O Edgar? Um amigo que fiz ontem a noite quando fui janta
Depois que Kátia e Murilo se despediram e entraram no carro, Edgar também pediu licença para Juliana e foi para o quarto dele. De repente o cansaço dos últimos três dias parecia que tinha o alcançado e por mais que ele quisesse sair da pousada e tomar um banho de mar, achou melhor tomar um banho na pousada mesmo e dormir cedo e se reorganizar logo pela manhã, ele que era conhecido por ser um homem metódico agora estava com seu cronograma todo bagunçado, e para a própria surpresa, não estava muito preocupado com isso. Foi então que ele, esvaziando a mochila onde levava seu “escritório” percebeu o telefone celular que já tinha at&eac
Kátia abriu os olhos e não acreditou onde estava, tudo na noite de ontem parecia um sonho, ela olhou para o relógio, nove e meia da manhã e ela não tinha nada o que fazer, estava sozinha e sem emprego, já tinha se formado e o dinheiro que ela ainda possuía estava numa conta poupança que ela abriu para emergências quando ainda era solteira o que foi sua salvação após o divórcio. Ela olhou o celular e no aplicativo de mensagens apareciam mais de uma centena de mensagens, inclusive as fotos do churrasco, Rita tinha essa mania, sempre que se reuniam ela batia várias fotos e depois publicava no grupo. Mas as mais de trinta mensagens em outro grupo do qual ela faz parte a deixou preocupada e i