No dia anterior, por volta das dez e meia da noite, num aplicativo de mensagens a agitação tomava conta de todos os envolvidos.
Grupo Casa Nova
Rica: Gente, não vai dar tempo, a Kátia chega amanhã depois do almoço... A surpresa foi pro espaço. (carinha triste)
Dr.: Calma, nem tudo tá perdido, a casa já tá vazia e eu posso mandar duas das faxineiras da Oasis pra lá ainda hoje, elas costumam trabalhar a noite e hoje tá tranquilo, acho até que vou ter prejuízo...
Clara: Isso, se a casa estiver limpa logo cedo agiliza bastante. Érica, os móveis antigos da Kátia ainda estã
Passava um pouco das sete e meia da noite quando eles se aproximavam da antiga casa de Mauro e Murilo. - Murilo, porque estamos indo pra casa velha tua e do teu irmão? - Tenho uma coisa aqui no carro que preciso deixar lá, se importa se passarmos lá primeiro Jú? Juliana que mexia no celular responde distraída:- De jeito nenhum, o Douglas que espere. - Ótimo, quando eu casar vou querer uma mulher que se preocupe assim comigo. Juliana olha atravessado para Murilo e murmura: 
Murilo se aproximou dos rapazes com as mãos nos bolsos e suspirou: - Cara! Que dia mais cansativo! Os outros olharam atravessado para ele, que se limitou a rir alto. - Quê? Todos vocês tavam de folga, só o escravo do sistema aqui teve que bater cartão hoje... Rubens, Mauro, Douglas e Hector responderam ao mesmo tempo: - Vai se f***r! - Imbecil! - Va
Enquanto os homens estavam reunidos ao redor da churrasqueira, comendo e bebendo cerveja, as mulheres estavam divididas entre a sala e a cozinha, conversando e preparando arroz e saladas que possivelmente apenas elas iriam comer novamente. Érica não suportando mais a curiosidade coletiva, fez a pergunta suspensa no ar: - Kátia, quem é o cara? - O quê? - Não se faz de sonsa, quem é o cara que veio de Joinville contigo? - Ah! O Edgar? Um amigo que fiz ontem a noite quando fui janta
Depois que Kátia e Murilo se despediram e entraram no carro, Edgar também pediu licença para Juliana e foi para o quarto dele. De repente o cansaço dos últimos três dias parecia que tinha o alcançado e por mais que ele quisesse sair da pousada e tomar um banho de mar, achou melhor tomar um banho na pousada mesmo e dormir cedo e se reorganizar logo pela manhã, ele que era conhecido por ser um homem metódico agora estava com seu cronograma todo bagunçado, e para a própria surpresa, não estava muito preocupado com isso. Foi então que ele, esvaziando a mochila onde levava seu “escritório” percebeu o telefone celular que já tinha at&eac
Kátia abriu os olhos e não acreditou onde estava, tudo na noite de ontem parecia um sonho, ela olhou para o relógio, nove e meia da manhã e ela não tinha nada o que fazer, estava sozinha e sem emprego, já tinha se formado e o dinheiro que ela ainda possuía estava numa conta poupança que ela abriu para emergências quando ainda era solteira o que foi sua salvação após o divórcio. Ela olhou o celular e no aplicativo de mensagens apareciam mais de uma centena de mensagens, inclusive as fotos do churrasco, Rita tinha essa mania, sempre que se reuniam ela batia várias fotos e depois publicava no grupo. Mas as mais de trinta mensagens em outro grupo do qual ela faz parte a deixou preocupada e i
Kátia sentou na cama e olhou ao redor e se surpreendeu com o que viu. Tudo estava lá, o mancebo de madeira envernizada com as bolsas e chapéus que ela costumava usar na praia, a poltrona branca estofada com a almofada que tinha como estampa um gato branco com óculos escuros. Ela riu ao lembrar da história da almofada ganha em um bingo da igreja que ela convenceu o irmão mais velho a leva-la, ele reclamou tanto, que uma moça reparou nele e pediu Irineu em namoro na saída do evento, o rapaz, então com vinte e um anos ficou vermelho e um dos primos tirou uma foto dele nesse momento. - O Galo odeia aquela foto...
Edgar acordou cedo e as sete e meia já tinha tomado café da manhã, na noite anterior tinha atacado alguns pacotes de sequilho e um chocolate quente. Realmente, isso era muito confortável e talvez ele adotasse isso no próprio escritório em São Paulo. Durante o café na sala de jantar da pousada, ele finalmente conheceu Douglas que após alguns minutos de conversa cedeu um dos seus ajudantes para ser guia de Edgar pela cidades de Camboriú e Balneário, Júlio o “guia”, era um homem de meia idade que sempre morou na região e desde que foi assaltado em Florianópolis, deixou o Taxi e virou auxiliar de cozinha na pousada. Edgar tinha voltado ao q
Mais tarde, naquele mesmo dia, a mãe de Kátia ligou para ela: - Tata, o Galo me disse que tu ligou mais cedo e que já está em Camboriú, o que tu tá fazendo aí filha, vem pra casa, teu lugar é aqui com a gente. - Mãe, eu tou bem. Meus amigos me arrumaram uma casa numa rua tranquila não muito longe do centro. Eu estou bem instalada, pode ficar tranquila. - Tu já disse isso Tata, mas a mãe não consegue acreditar, como teus amigos montaram uma casa tão rápido pra ti? - Mãe, parte dos mó