Capítulo Treze

Estava na mesma posição que havia dormido: de bruços, os braços presos debaixo do corpo, o celular ao lado do rosto.

Piscou os olhos lentamente enquanto ganhava consciência e sentia os dedos formigarem com a falta de circulação sanguínea, mas não se sentia desconfortável o bastante para se mexer até que a luz do celular incomodou seus olhos.

Gemendo, Laura livrou uma das mãos que estava sob a barriga e bloqueou a luminosidade com a palma, mas o sentiu vibrar e suspirou, virando o aparelho em sua direção e sentindo os olhos lacrimejarem com a ardência provocada pela luz.

Martina.

Bom dia, Laurtiz! Queria te avisar que te joguei um feitio quando você dormiu sem se despedir de mim e agora você está perdidamente apaixonada pela minha pessoa.

E Laura riu, seu riso soando baixo pela sonolência e por ter escondido o rosto no travesseiro e não notou que atendeu o telefone com a chamada de Martina Lopez até que ouviu sua voz.

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