André Pontes, o corretor me espera do lado de fora com um sorriso simpático no rosto, desço do carro e me dou um momento para observar a imponente fachada da casa, não é aqueles caixotes que costumam construir ultimamente, uma de minhas exigências. Também possui mais alvenaria na parte externa, tenho certa aversão a tantas janelas de vidro, para que qualquer um possa ver o interior. Sei que a casa precisa de luz do sol, porém também aprecio minha privacidade.
Gosto das cores estilo cimento que cobrem as paredes externas e do contraste que faz com a porta branca e gosto mais ainda que a garagem possua portas, para que os carros também não fiquem expostos e sempre saibam quando estamos ou não em casa.
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Entramos novamente na cozinha e passamos pela lavanderia, com eletrodomésticos na cor preta e chegamos a lateral da varanda que também se tem acesso da sala de jantar, com decoração um pouco rústica que com certeza me agrada, pois de forma acoplada se encontra uma varanda gourmet, também decorada rusticamente e com uma bela churrasqueira. Em frente se encontra uma piscina de tamanho olímpico, separando a casa de um jardim amplo e bem cuidado, com uma academia de bom tamanho do lado direito. E finalmente um espaço vago onde claramente cabe uma réplica da casa da Dona Isabel. O espaço é perfeito para um solteirão convicto como eu, principalmente por conter um ambiente exclusivo para os meus
- Merda de dia que não acaba mais. – Esmurro o volante do carro ao parar em um sinal fechado. Como se não bastasse a visita ilustre de Olavo Lykaios, a minha sala, após sua saída tive o desprazer de receber a Cobra Mor. Ela foi me repreender por minha postura nada profissional ao descaradamente flertar com um cliente. Que mulher insuportável, eu não fiz isso e ela sabe, mas ela é observadora e deve ter sentido a tensão e veio apenas tentar descobrir alguma coisa. E o dia havia acabado? Claro que não, já no fim do expediente recebo a ligação do Daniel, informando que as 18:00 horas ele passaria para buscar as crianças. Ele é assim, busca eles no dia que quer, faz o que lhe dá na cabeça e não procura saber se temos a
- Não fique assim Flor, eles vão ficar bem. – Digo já a abraçando, porém não sei se estou consolando a ela ou a mim.- Eu sei, mas não gosto quando se vão. – Solta um pequeno soluço e completa: - estou terminando a janta, vá tomar um banho e venha comer, saco vazio não para em pé.- Quem disse que sou um saco vazio? – Faço cara de questionamento com as mãos na cintura.- Hum, e quando mesmo foi a última vez que você comeu, menina? – Pergunta perspicazmente e eu enrubesço.- Foi no almoço. – Respondo cabisbaixa por ter sido pega no flagra.- Apresse-se menina, já está quase pronto. Tomei um banho bem rápido e me juntei a ela para degustar a maravilha que é Hortência na cozinha. Não se
Estou a 5 min parada em uma vaga de proibido estacionar em frente ao apartamento da Nat. Quando já me encontrava no elevador, indo para a garagem ela me ligou pedindo carona, seu carro não quis ligar e ela teve que chamar um guincho. Porém, como pontualidade não é um dos seus pontos fortes, ainda aguardo sua boa vontade. Ouço uma batida no vidro da janela do lado do passageiro e quando olho me deparo com ela, seu semblante entrega seu nervosismo, então me apresso em destrancar a porta e assim que ela entre e afivela o cinto, arranco com o carro em uma velocidade mais acentuada e não cheguemos atrasadas para conhecer o local da obra. Não é um local muito afastado, fica próximo ao centro da cidade,
- Algum problema Rodrigo? – Fala me encarando.- Desculpe Sr. Olavo, estava apenas cumprimentando duas velhas amigas. – Vira-se e abre a porta do motorista, mas nos olha e com um movimento de cabeça complementa. – Foi bom revê-las meninas, a Bia vai querer vê-las também.- A vi na semana passada, mas confesso que precisamos nos reunir com calma e colocar o papo em dia. – Após isso, me viro e vou em direção ao meu carro. Entro no carro e respiro fortemente algumas vezes para acalmar meus ânimos. Porém, o momento de calmaria não dura muito, sou surpreendida por Rita que bate na minha janela e faz um gesto para que a abaixe.- Pois não Rita? – Pergunto curiosa.- Não sei como lhe dizer isso. – Me fita de forma aflita, torcendo as mãos. – É um assunto
Para minha alegria, ninguém ao meu redor parece dar por fé de quem é a pessoa na outra mesa e eu finjo que não notei sua presença, mesmo sabendo que ele percebeu que o vi. De repente todos na mesa ficam em silêncio e eu olho para a entrada, por onde passam meu chefe e Olavo acompanhados de um homem de cor negra muito lindo, por sinal. Assim como eu, percebo que todas as mulheres olham os dois espécimes de macho que entraram no ambiente. Olavo com sua beleza imponente em uma roupa casual, calças jeans que marcam suas coxas bem definidas, uma camisa bege de mangas arregaçadas até os cotovelos e os cabelos levemente desgrenhados que lhe dão um ar de mistério.&nb
Entro no carro com um ódio tão grande correndo por minhas veias, ao qual definitivamente não havia tido conhecimento até então. Logo vejo, Bernardo caminhando calmamente e entrar com o semblante tranquilo. O fulmino com os olhos e antes que eu possa me segurar, me vejo dizendo:- Qual é a sua com a Carolina? – Só percebo o meu tom autoritário quando ouço minha voz.- Hum, vejo que temos um homem apaixonado por aqui, - Diz de maneira jocosa. – Calma meu amigo, percebi pelos olhares que trocaram que ela é sua e eu não fui mais do que cordial com ela.- Não seja ridículo. – Bufo sem perceber e completo: - eu não estou apaixonado, apenas devo lembrá-lo de que ela trabalha para a firma que contratei e por consequência para mim indiretamente.- É a mim ou a voc&
Com isso, ele não esperou minha resposta, entrou no carro e se foi, me deixando pensativo. Fiquei encarando a rua por um tempo e quando olhei na entrada do hotel, vi Enrico e Raphael cumprimentando Bernardo. Parei junto a eles e dispensei formalidades, cheguei agarrando o pescoço de Enrico e dando um tapa no de Raphael, não me esqueci de sua aversão por toques. Então meu amigo dono do hotel nos convidou para um drinque no bar do Hotel, onde um certo advogado passou bem perto de levar uns pescoções, por expor meu interesse na morena desaforada. Tive que ouvir dos meus amigos que estou perdendo o jeito com as mulheres e vários outros tipos de gozações, mas no fim, acabaram por me aconselhar sobre os senti