- Qual seu nome? Perguntou ele.
- Manuela… respondi.
- Manuela, pra você eu sou Chefe OK?
- Sim…
- Sabe meu nome?
- Não…
- Me chamo Bernardo, mas aqui ninguém me chama pelo nome, somente de chefe, entendeu?
- Sim chefe…
- Boa menina… ele disse tirando os óculos… tenho que confessar, ele é lindo.
- Manuela eu sei que você não queria está aqui… que você foi mandada como pagamento de uma dívida a minha casa de luxo, então eu vou ficar com você…
- Que? Perguntei.
- Isso, vou ficar com você por um tempo e depois vejo o que você pode fazer aqui.
- Eu não quero ter problemas com a Marisol… eu disse.
- Problemas? Porque teria? Eu que mando aqui, ela faz o que eu mando senão é castigada.
Eu não disse nada, apenas fiquei de cabeça baixa.
- Preste atenção, aqui não é a mansão dos sonhos, é trabalho, eu não sou o cara romântico e apaixonado que trata as mulheres com carinho, se fizer algo errado eu te castigo, então seja boazinha.
- OK… eu disse.
- Agora vá para o banheiro, tome um banho, faça tudo que tiver que fazer, pegue na gaveta uma camisola, vista e volte aqui… não demore.
Eu fiquei parada, assustada, não tenho pra onde correr e nem o que fazer pra me livrar disso.
- Está esperando o quê? Vá logo… disse ele.
Me levantei e fui, fiz o que ele mandou, voltei com a camisola branca que encontrei na gaveta que por sinal haviam milhares de camisolas e lingeries de todas as cores. Parando em sua frente, eu fiquei esperando que ele dissesse algo, estava incomodada pois aquela camisola quase mostrava a minha calcinha, era de seda e também marcava muito bem os meus seios.
Ele se levantou e veio até mim.- Uma pergunta importante… você é virgem Manuela? Perguntou ele e eu gelei.
Fiquei nervosa e a resposta não saía da minha boca.
- Responda, é virgem?
Eu apenas disse que sim com a cabeça, engolindo seco.
- Mais que merda! Disse ele… vem comigo… ele pegou em meu braço me puxando, saindo do quarto, descendo as escadas e indo até o salão, me soltou com tudo quase me fazendo cair.
- Jonas! Gritou ele bravo.
- Chefe… disse ele vindo do lado de fora.
- Leve essa garota e faça o que você já sabe que tem que fazer… disse Bernardo.
- Que? Jura? Ela é virgem? Que beleza, vem com o papai gostosa! Disse ele todo empolgado.
- Não, não, por favor, por favor… eu dizia já chorando.
- Anda Jonas não tenho o dia todo…
- Sim chefe, vamos delícia… disse ele me pegando pelos cabelos e me puxando.
- Não! Não por favor eu imploro, não não… eu dizia chorando e tentando me soltar dele, mas ele segurava com força meu cabelo e doía, ele me arrastava.
- Vem logo gostosa, você vai gostar, vou fazer com toda força e vai acabar rápido… dizia ele me puxando pra fora.
Bernardo observava tudo, mas não se movia, nem sequer tinha alguma expressão.
Jonas me puxou para fora me levando até um canto do jardim, eu chorava e tentava me soltar dele, ele me prendeu na parede, eu me batia e gritava.- Me solta, me solta! Eu me batia.
- É das que resistem que eu gosto mais sabia… dizia ele beijando e mordendo meu pescoço, eu sentia nojo, tentava me soltar mas ele era mais forte que eu e me prendia.
- Não! Me solta seu nojento, me solta! Eu gritei e arranhei o braço dele.
- Sua vadia, olha o que você fez! Disse ele bravo me pegando novamente pelos cabelos.
Eu chorava muito pois estava mesmo doendo.
- Você vai me pagar… me disse virando um tapa em meu rosto me fazendo cair no chão.
Eu caí com as mãos no rosto e um pouco tonta, estava tudo meio embaçado, doeu demais esse tapa.
- Chega Jonas… disse Bernardo vindo até nós com as mãos no bolso, com um ar de tranqüilidade… Não bata na cara das garotas, não quero elas marcadas… ele disse.
- Desculpe chefe, mas essa vagabunda me arranhou sem que eu deixasse e estava resistindo.
- Desaprendeu a dominar uma mulher?
- Não, é que ela é um capeta!
- Levanta Manuela… disse Bernardo.
- Não consigo… eu disse ofegante, no canto da minha boca saía sangue.
Ele não disse nada, apenas me pegou pelo braço levantando e me puxando novamente para subir as escadas e passar pelo imenso corredor até seu quarto de novo.
- Vá ao banheiro e limpe seu rosto, depois volte aqui… disse ele.
Eu fui chorando, lavei meu rosto e limpei o sangue com um algodão, passei um remédio na ferida que havia ficado e voltei para o quarto dele.
- Já viu que aqui se você não faz o que mandam você paga, não viu? Disse ele e eu não respondi.
- Agora você vai ficar aqui, mais tarde você vai colocar um dos vestidos que há no guarda roupas, se maquiar e esconder esse hematoma, ficar bem bonita pois vai descer e ver como deve agir.
Depois disso ele saiu do quarto, eu me joguei no chão e chorei, chorei horrores, não tinha nem forças pra me levantar, a minha vida virou um pesadelo, eu não tinha nem como escapar daquilo, ou fazia o que tinha que fazer ou morreria de tanto ser castigada.
Eu sei que fique aí lo no chão até a hora de me arrumar e descer. Escolhi uma roupa, um vestido preto curto de mangas longas.
Fiz uma make escondendo a marca em meu rosto, deixei os cabelos soltos e com um pouco de volume, coloquei um salto, estava pronta.
Alguém entrou no quarto, era Marisol, ela me mandou descer pois já estava cheia a casa.
- Sorria e mude essa cara de mosca morta entendeu? Ela disse.Apenas concordei com a cabeça e logo descemos.
De mulheres só tinha mesmo as que trabalhavam na casa, o resto era tudo homem… bebendo, dançando com as meninas, jogando dinheiro para as dançarinas no pole dance.Desci as escadas e fui até o bar junto com Marisol.Ela logo tratou de ir recepcionar uns americanos que chegaram.Uma menina parou do meu lado.- Oi… é nova né? Perguntou ela.
- Sim, sou… respondi.
- Clarice… prazer.
- Manuela.
- Você é uma sortuda sabia? Disse ela.
- Porque?
- Acha que é qualquer uma que fica no quarto do chefe e usa as coisas que ele tem lá? Ela disse.
- Não sei nem porque ele me escolheu, tem melhores.
- Ah gata, se ele te escolheu aproveite, ele não faz isso a muito tempo, a única foi Marisol.
- Eu não quero ficar aqui, vou fugir assim que puder.
- Se conseguir né querida, aqui eles vigiam a gente 24hrs.
- Dou um jeito… eu disse.
- Preste atenção no que eu vou dizer… seja ousada, o chefe te escolheu, seduza ele, aproveite o máximo que puder, faça ele ficar caidinho e aí quando ele menos esperar você foge pois ele vai te dá carta branca gata… ela disse.
- Como assim?
- Ele vai te dar liberdade quando ele conquistar tudo que ele quer com você, aí você vai poder fugir, seja sincera ele é lindo, só é frio, mas uma mulher pode deixar um homem louco se ela quiser, qualquer homem gata, seduz ele, faça ele comer na sua mão e aí você vai ter liberdade… Marisol só não foi embora porque ela gosta dele, e tá aí mais uma vantagem de ser escolhida, você será somente dele, não vai atender clientes.
- Parem de conversar e vão trabalhar… disse Jonas passando por nós.
- Pensa no que eu disse gata… disse ela baixinho e logo saiu.
É realmente eu fiquei pensando, se eu conseguir agradar ele, será que ele vai mesmo fazer isso que ela disse? Tenho que tentar, pela minha liberdade, e realmente ele é lindo, o problema é ser frio e não esboçar nada, nenhum sentimento, só frieza.
Vou tentar, não custa nada, se ele me escolheu é porque me quer.Tenho que perder o medo, tenho que ser forte, ousada, não vou deixar ninguém me pisar aqui, vou ser superior a todas, até mesmo a Marisol, preciso fazer isso se quero ir embora.Na mesma hora eu mudei a minha postura, levantei os ombros e o rosto, fiz cara de superior, com a auto estima lá em cima, pedi uma taça de champanhe no bar e bebi um pouco, eca era horrível, nunca havia bebido mas precisava fazer pose, depois comecei a caminhar entre as pessoas, os homens me olhavam dos pés à cabeça e eu sorria para eles levantando discretamente a taça como se estivesse cumprimentando.
Caminhei até as escadas e fiquei parada ao lado dos degraus, observando tudo… Jonas veio até mim.
- Você está deliciosa sabia? Disse ele.
- Como sabe se não provou? Respondi.
- Que isso, está ousada agora?
- Mudei de personalidade.
- Que bom porque mais tarde eu vou terminar o serviço que o chefe me mandou hoje mais cedo e não deu… ele disse dando um sorriso de lado.
Eu engoli seco, havia me esquecido disso, quando eu disse que era virgem ele não quis ter relação comigo, eu teria que convencê-lo a isso e teria que ser essa noite ainda, como vou fazer isso? Não tenho idéia, preciso pensar, usar meu charme, me fazer de inocente, sei lá… esse homem não tem sentimentos, como convencer ele?
Perdida em pensamentos nem notei que ele vinha até mim seguido de Marisol pendurada em seu pescoço, ele a abraçava pela cintura.
- Está perfeita… Disse ele me olhando de cima a baixo.
- Obrigado, chefe… sorri de lado.
- Suba! Irei em seguida… ele disse.
Eu apenas concordei com a cabeça e subi.
- Mas chefinho… disse Marisol.
- Vá recepcionar os americanos Marisol… disse ele batendo na bunda dela, ele fez cara de safada pra ele e foi.
Caminhei até o quarto e entrei, estava nervosa, teria que dá um jeito de fazer com que ele me tomasse agora, eu não queria que fosse com o Jonas, ele me dá nojo, teria que ser com ele, mas eu não sei nada sobre ele, não sei como ele trata uma mulher, se maltrata, se bate, se machuca, mas teria que ser com ele, meu coração parecia saltar do peito de tanto nervosismo. Finalmente ele abriu a porta do quarto e entrou.
Me virei para olhá-lo e ele me encarava.Caminhou até a varanda do quarto e eu fui em seguida, ele tirou o seu paletó preto e a gravata também jogando em cima de um sofá que havia na varanda.- É assim que você deve se vestir todas noites… disse ele.- Sim chefe… eu disse.- Logo você se acostuma… escute não vai mais acontecer o que aconteceu hoje, eu não quero o rosto das minhas garotas marcados.- Sim chefe…- Venha aqui… disse ele.Me aproximei e ele pegou no outro lado de meu rosto e ficou olhando com atenção.- A maquiagem esconde bem…- Sim… Eu disse olhando pra ele, com um olhar meigo, ele me encarou mas depois se afastou rapidamente de mim.- É… eu vou dá um jeito de resolver o seu problema
ManuelaBernardo é um homem amargurado, acho que ele nunca foi amado, por isso não sabe o que é amar, ele se sente o dono mundo, como se ele pudesse fazer tudo que quiser com qualquer mulher que ele desejar… Eu gostaria de saber sobre o seu passado, o que o tornou esse homem rude e cruel, sem dó e nem piedade de machucar alguém, principalmente uma mulher, será que ele tem família, o que aconteceu com ele pra ser assim? Eu sofri muito na vida, mas jamais quis ser mal desse jeito.Será que no fundo ele tem sentimentos? Será que é capaz de gostar de alguém, de amar alguém, de sentir compaixão, dor, tristeza? Ele é um homem sem emoções.Estava perdida em pensamentos quando Clarice entra no quarto.- Olá gata, sou sua babá hoje.- Olá Clarice… eu sorri.Clarice era ruiva e linda, cabelos longos e um corpo maravilhoso.-
BernardoDepois de me deliciar com o corpo maravilhoso de Manuela eu estava exausto, mas queria dar uma liçãozinha em Marisol, ela pensa que pode me questionar, está enganada, eu faço o que quero e com quem eu quero.Deixei Manuela dormindo e fui pro quarto dela, tratei de mostrar quem manda e a safada é claro já estava acostumada e gostou muito mais do que sentiu o castigo.Depois voltei pro quarto e tomei um banho, me vesti pois receberia clientes importantes hoje.- Manuela, acorde… eu disse.- Sim chefe… ela disse sonolenta- Se arrume, você vai descer comigo hoje.- Está bem…Ela se levantou e depois de 20 minutos já estava pronta, aproveitei para me sentar na varanda e fumar um charuto.Assim que ela terminou veio até mim, estava d
Bernardo voltou do banheiro vestindo um terno preto e gravata vermelha.Caminhou até mim e ficou me admirando.- Perfeita! Ele disse deslizando seus dedos pelos meus braços.- Você acha mesmo? Perguntei.- Se eu não achasse não teria escolhido você… já viu que um homem é capaz de pagar milhões por você não viu?- Sim, vi.- Pois é, estou perdendo uma boa grana mantendo você comigo, com você atendendo aqui eu ficaria bilionário.- E porque me quer só pra você?- Porque sou o chefe e a mulher do chefe não pode ser mulher de mais ninguém… e chega disso, vamos logo.Descemos as escadas e fomos lá pra fora em direção ao seu carro. Era um Hyundai ix25 Branco, um carro maravilhoso, enorme.Entramos no carro e ele saiu… depois de quase meia hora nós chegamos ao centro dá cidade, nossa como era bom ver novame
Entrei no quarto e me joguei na cama satisfeita, eu teria conseguido que ele ficasse com ciúmes de mim? Acho que sim, pois ele estava destilando fogo pelos olhos.Estava me revirando de felicidade quando ele entra no quarto e bate a porta com tudo, me assustei dando um pulo da cama, ele veio rapidamente até mim e me pegou pelos braços com força.- Nunca mais deixe nenhum homem tocar você! Disse bravo.- Mas foi você que… eu dizia mas ele me interrompeu com um beijo violento, mordendo e devorando os meus lábios, seus braços se envolveram em mim me apertando a ele, eu fiquei imóvel.- Você é minha entendeu, só minha… ele dizia entre o beijo.- Tá me deixando sem ar… eu disse com dificuldade.Ele me soltou rápido e foi para a varanda, sentou em uma cadeira e ficou fitando o horizonte, parecia pensar… fui até lá fora, me sentei ao seu lado.- O que foi?&nbs
Estava distraída e nem percebi a hora passar, já era 17h e eu nem estava pronta ainda… alguém bateu na porta do quarto, eu disse que podia entrar, era Marisol.- O que quer Marisol? Perguntei.- Você não vai sair daqui com o meu Chefe, ele é meu sua vadia, você não vai com ele… ela dizia com raiva.- Eu não escolhi isso, foi ele que disse que vai me levar.- Mas você chegou aqui agora, não merece isso, eu sim mereço.- Marisol eu estou atrasada, o chefe disse que vem me buscar às 17h.- Você não vai com ele… ela disse vindo pra cima de mim e pegando em meu braço.- Me solta Marisol! Eu gritei puxando meu braço.Ela agarrou meus cabelos e começamos a br
Os meses foram passando e Henry e eu nos tornamos amigos, claro que sem o Bernardo saber... eu pedi a ele que mantivesse a nossa amizade em segredo pois Bernardo era muito ciumento e podia implicar e ele concordou... minha relação com Bernardo era a mesma, nada havia mudado, eu estava me sentindo tão mal, acho até que estava depressiva, todos os dias eu era submissa e fazia o que ele queria, mas ele não se importava com o que eu sentia... estava na varanda de casa sentada em um pequeno sofá de balanço suspenso pelo teto... abraçada as minhas pernas eu olhava o horizonte e chorava, pois minha vida não era nada como eu havia imaginado pra mim... eu estava vivendo em modo automático... de uma coisa eu sabia, me apaixonei por ele, mas não pelo Bernardo que ele era e sim pelo que pensei que ele seria se eu conseguisse fazê-lo mudar e só tinha uma saída para não sofrer mais, era ir embora... distraída nem vi Bernardo chegar.- O que faz aí? Perguntou el
Chegando em casa eu subi correndo pro quarto, entrei e quando me virei dei de cara com Bernardo sentado em uma poltrona, meu coração gelou.- Estava aonde? Perguntou ele.- Eu.. fui dar uma volta.- Sozinha?- Sim… sozinha.- Tem certeza? Disse ele se levantando e vindo até mim.- Tenho, eu estava sozinha… respondi.- Mentirosa! Disse ele virando em meu rosto um tapa me fazendo cair no chão… não negue, você estava com um homem, eu te disse, eu disse que não deixasse nenhum homem se aproximar e nem tocar em você.- Ele é meu amigo! Gritei, minha boca estava sangrando… ele me escutava, me dava conselhos, me ajudava a ficar bem todos os dias, você só me faz sofrer, todos os dias!- Cala a boca! Disse ele me pegando pelos cabelos e me arrastando até a cama, me jogou com tudo sobre a mesma… eu vou