Capítulo 5

Bernardo

Depois de me deliciar com o corpo maravilhoso de Manuela eu estava exausto, mas queria dar uma liçãozinha em Marisol, ela pensa que pode me questionar, está enganada, eu faço o que quero e com quem eu quero.

Deixei Manuela dormindo e fui pro quarto dela, tratei de mostrar quem manda e a safada é claro já estava acostumada e gostou muito mais do que sentiu o castigo.

Depois voltei pro quarto e tomei um banho, me vesti pois receberia clientes importantes hoje.


- Manuela, acorde… eu disse.

- Sim chefe… ela disse sonolenta

- Se arrume, você vai descer comigo hoje.

- Está bem…


Ela se levantou e depois de 20 minutos já estava pronta, aproveitei para me sentar na varanda e fumar um charuto.

Assim que ela terminou veio até mim, estava deslumbrante no seu vestido azul, bem curto como eu gostava, os cabelos soltos e a maquiagem provocante.

Me levantei deixando o charuto e fui até ela.


- Se não tivesse clientes tão importantes hoje eu tomaria você agora de novo e dessa vez você ficaria na cama por uma semana… sussurrei perto da sua boca.


Ela deu um sorriso safado e provocante, eu gostei daquilo.


- Sem provocações ou já sabe… eu disse.


Descemos e eu segurava ela pela cintura, caminhamos entre as pessoas e chegamos aos clientes, eram muitos homens acompanhados de Rogério Torre, um dos homens mais ricos dos Estados Unidos, ele era brasileiro, mas morava lá e lá construiu o seu império.


- Boa noite senhores… eu disse cumprimentando todos.

- Bernardo, meu rapaz, como vai? Disse Rogério.

- Muito bem Rogério, cada dia melhor…

- Sempre bem acompanhado não é?

- Claro… eu disse… você não gostaria de uma dessa? Perguntei e Manuela me olhou assustada.

- E como gostaria… quanto quer por uma noite com ela?

- Quanto você acha que essa jóia vale? Senti o corpo dela estremecer.

- Pagaria o que você me pedisse por essa morena.

- Uma oferta tentadora, mas vou recusar, essa daqui é exclusiva… eu disse apertando sua cintura.

- Que pena… mas ainda quero uma de suas garotas, pra mim e meus amigos se divertirem um pouco.

- Claro, espere um minuto.


Chamei Jonas e pedi que ele mostrasse a Rogério e os amigos as meninas que acabaram de chegar.

Depois fui para meu espaço reservado com Manuela, me sentei pegando uma taça de champanhe.


- Ficou com medo? Perguntei a ela.

- Sim, você disse que… eu a interrompi.

- O que eu digo, eu cumpro, não será de outro homem, só minha, até eu me cansar.

- E depois, o que vai fazer comigo?

- Te descartar, m****r pra outro lugar, outra casa quem sabe.

- Porque não faz agora?

- De novo com suas provocações, não me faça perder a paciência.

- Você não sente pena de ninguém? Ela perguntou.

Já comecei a ficar nervoso...

- Cale a boca, não me faça te castigar Manuela.

- Porque você é assim? Tão ruim?

- Já chega! Eu disse me levantando com raiva, peguei ela pelo braço, fui puxando até o jardim, para um quarto que ficava isolado da casa, entrei e a puxei pra dentro, ali era o quarto onde eu costumava deixar os meus funcionários levarem as meninas e fazerem o que quiserem.

- Me agradeça por não deixar marcado o seu rostinho lindo… eu disse pegando uma corda e amarrando ela a uma pilastra.

- Você é um monstro! Ela disse com raiva.

- Sou sim, o monstro que vai acabar com você, vai ficar aqui até eu sentir pena de você e tirá-la, reze pois eu não sinto pena de ninguém… eu dizia segurando com força seu rosto.


Sai de lá e voltei para a festa, procurei Marisol, estava muito nervoso precisava aliviar a tensão, a levei pra um canto e ali mesmo eu possuí ela, discretamente, a fim de ficar mais calmo.

A festa terminou… fui pro quarto, me despi ficando de cueca e deitei na cama, porque não paro de pensar naquela abusada, não vou tirar ela de lá agora, ela merece, eu já disse pra não me questionar, me fazer perguntas, me deixar nervoso, eu sou assim e ninguém vai me mudar. Tentei pegar no sono, me revirava na cama, a presença dela me fazia ficar calmo, eu precisava de alguém do meu lado pra dormir, não queria Marisol, ela sempre me abraça de noite e isso me incomodava, eu queria era alguém do meu lado, somente isso, mas alguém que eu quisesse mesmo e não qualquer uma, mas não vou tirá-la de lá.

Me levantei saindo do quarto e desci as escadas até a cozinha, pegando um copo de água eu me sentei no balcão, muitas lembranças me vieram a cabeça agora, lembranças que eu queria esquecer e nunca mais pensar, mas elas me perseguiam, ainda mais agora com a chegada de Manuela…  estava perdido em lembranças quando ouvi alguém abrir a porta do quarto onde eu havia trancado Manuela. Me levantei e fui até lá, fiquei espiando pela pequena janela, um de meus seguranças havia entrado e estava observando ela, ela muito assustada quis gritar mas ele tapou sua boca e com a outra mão ia subindo o seu vestido. Eu fiquei como um cachorro com raiva, entrei com tudo no quarto.


- Solta ela agora! Disse firme.

- Senhor! Me desculpe, eu pensei que ela estava aqui pra gente se divertir…

- Você não é pago pra pensar, saia daqui e nunca mais toque nessa garota, entendeu?

- Sim senhor… ele disse saindo.


Manuela chorava e parecia estar cansada de ficar presa de pé todo esse tempo. Caminhei até ela e soltei seus braços.


- Foi por pouco, ele iria te violentar.

- Pouco me importa, não estou aqui pra isso, pra ser violentada todos os dias por você? Disse ela chorando.

- Manuela eu não abuso de você, te dou prazer, te satisfaço.

- Errado, você se satisfaz, na primeira vez você fez o que? Quase me matou me deixando duas semanas na cama por ser um bruto.

- É melhor se calar… eu disse pegando em seus cabelos com força.

- Me bate, pode bater, eu já estou me acostumando a essa vida, só me pergunto o que eu fiz de tão ruim pra merecer tudo isso.

- Chega, chega Manuela! Eu gritei…  Anda, não vou deixar você aqui correndo o risco de ser de outro, você é minha.


Em silêncio voltamos para o quarto, ela tomou um banho e depois se deitou ao meu lado… as lembranças não paravam de vir como flash em minha mente… isso não pode me atormentar de novo, esqueça isso Bernardo, esqueça isso, eu dizia a mim mesmo.


- Manuela, está com fome? Perguntei.

- Não… ela estava virada pro outro lado.

- Seja uma boa menina e eu não vou maltratar você, posso até te dar coisas que eu não dei a nenhuma garota…

- Eu não quero nada, chefe.

- Impossível, toda mulher quer milhares de coisas…

- Essas coisas fúteis e materiais não me importam, eu não sou o tipo de garota que trabalha aqui, nunca me imaginei nessa situação.

- Você se acostuma… pelo menos tem somente um homem pra satisfazer.

- Que sorte a minha… o homem mais cruel do mundo.

- Outra vez não, vá dormir, não me faça perder a razão de novo.

- Sim chefe, como o senhor m****r…


O silêncio pairou entre nós, Manuela  não era mesmo como as mulheres que eu tinha ou as que estavam em minha volta, todas me queriam, queriam o que eu dava a elas, isso me entediou, ela não me querer me deixava mais louco por ela, por isso eu era tão ruim com ela, porque ela não desmontava interesse nenhum por mim, ou me desejava, ou queria está comigo. Adormeci virado para ela, sentindo de longe o perfume dos seus cabelos.


Manuela

Abri os olhos devagar e já era dia… Bernardo dormia virado pra mim, fiquei observando ele… como eu queria entender o porquê dele ter se tornado esse homem rude… não dava pra negar a sua beleza, ele era todo desenhado, cada parte do seu corpo parecia esculpida, sua expressão dormindo era serena, quem o visse assim não diria que ele é tão ruim… eu sentia muito medo dele, medo do que ele era capaz, mas se quero sair daqui, preciso está bem com ele, pra que ele me de liberdade, mas eu não consigo me controlar e sempre acabo deixando ele completamente irritado. Me levantei da cama e fui tomar banho, me vesti e prendi meus cabelos, voltei para o quarto e ele estava tomando café sentado à uma mesa que havia na varanda.


- Vem Manuela… ele disse me chamando.

Fui até lá e me sentei.

- Bom dia chefe… Eu disse.

- Bom dia… está calminha hoje?

- Sim, perdoe meu comportamento, eu sou assim muitas vezes falo e hajo sem pensar, mas vou me controlar mais, prometo.

- Boa menina, é assim que eu quero você, comportada e calminha, fazendo tudo que seu homem m****r.

- Prometo me esforçar mais… eu disse.

- Tome café, nós sairemos em meia hora… disse ele se levantando e indo pro banheiro.


Tomei o café rapidamente e depois coloquei uma roupa melhor pra sair com ele, um vestido branco bem curto por sinal, cabelos soltos, salto e maquiagem leve pois era dia. Estava pronta e curiosa pra saber onde ele me levaria.


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