Capítulo 4

Manuela

Bernardo é um homem amargurado, acho que ele nunca foi amado, por isso não sabe o que é amar, ele se sente o dono mundo, como se ele pudesse fazer tudo que quiser com qualquer mulher que ele desejar… Eu gostaria de saber sobre o seu passado, o que o tornou esse homem rude e cruel, sem dó e nem piedade de machucar alguém, principalmente uma mulher, será que ele tem família, o que aconteceu com ele pra ser assim? Eu sofri muito na vida, mas jamais quis ser mal desse jeito.

Será que no fundo ele tem sentimentos? Será que é capaz de gostar de alguém, de amar alguém, de sentir compaixão, dor, tristeza? Ele é um homem sem emoções.

Estava perdida em pensamentos quando Clarice entra no quarto.


- Olá gata, sou sua babá hoje.

- Olá Clarice… eu sorri.

Clarice era ruiva e linda, cabelos longos e um corpo maravilhoso.

- Olha, você deu muito azar dessa vez… disse ela.

- Porque?

- Porque você ia sair com o gostoso do chefe e ficou mal assim… olha ele demorou meses pra levar a Marisol com ele.

- Jura? Perguntei.

- Sim, e olha só, você chegou ontem e já ia passear com o deus grego.

- Ele é um deus grego por fora, mas é o diabo por dentro.

- Como assim menina? Ele é perfeito!

- Ele é um grosso, cruel, frio, sem sentimentos, ele que me deixou assim, me maltratou logo na nossa primeira vez.

- Caramba, não sabia que ele tinha uma pegada forte assim a ponto de machucar.

- Talvez não tenha, mas comigo sei que foi de propósito, queria me maltratar e conseguiu.

- Gata, um conselho, não se apaixone por ele…

- Hã? Eu? Me apaixonar por esse cafajeste, sem respeito por ninguém, frio, calculista, vingativo, maldoso… Jamais.

- Cuidado… ele não é um príncipe.

- Eu sei muito bem disso, e eu não vou ser a prisioneira dele por muito tempo, eu vou sair daqui custe o que custar.

- Não subestime ele, ele é muito esperto.


Ficamos conversando o dia todo, ela me contou que gostava do que fazia, de seduzir os homens e levar dinheiro deles, eu não entendia o lado dela, eu nunca quis me deitar com alguém por dinheiro, mas se ela gosta…  chegando à noite Clarice me ajudou a me levantar e tomar banho, depois vesti a camisola rosa e voltei para cama, Bernardo chegou assim que me deitei, Clarice já tinha ido pois precisava se arrumar.


- Melhor? Perguntou ele chegando mais perto.

- Um pouco…

- Com fome?

- Não muita.

- Precisa comer pra ficar forte, não quero você sem forças na cama comigo.

- Tudo pra você se resume ao sexo? Perguntei sem pensar, me assustei colocando as mãos sobre a boca.

- Que afiada, se não fosse tão linda levaria um tapinha bem aqui… disse ele passando o dedão sobre minha bochecha.

- Desculpe…

- Sempre fala sem pensar antes...

- É que eu nunca tive que pedir a autorização de alguém pra dizer o que penso.

- Mas agora precisa… vou pedir seu jantar.


Pegou o telefone e pediu que trouxesse o jantar, comi e depois retiraram.


- Você já comeu? Perguntei.

- Está preocupada comigo?

- Não, só foi uma pergunta.

- Já comi sim.

- Com a Marisol?

- Chega de perguntas!

- OK, desculpe.


Ele foi pro banheiro e voltou depois de alguns minutos somente de cueca, com os cabelos molhados e o abdômen cheio de gotas de água, estava sexy demais, pena ser um grosso, um ignorante.


- Preciso de uma massagem nas costas, venha… ele disse se deitando na cama de bruços.


Me cheguei pra mais perto devagar e comecei a massagem, deslizava os dedos pelos músculos de suas costas, subindo e descendo, apertando seus ombros largos, ele dava leve gemidos de satisfação.


- Que mãos heim… se são boas para massagem imagine para outras coisas.

- Que coisas?

- Nada, continue… ele disse.


Continuei a massagem com as pontos dos dedos fazendo pressão, depois com as palmas das mãos, ele estava de olhos fechados completamente anestesiado.

Fiquei admirando suas costas e era perfeitamente desenhada, com os gominhos de seus músculos, fiquei admirada, não pensei antes de fazer mas fiz, me inclinei dando um beijo leve e molhado em sua espinha… no mesmo instante ele se arrepiou e se assustou se levantando.


- Massagem com a boca? Perguntou.


Eu corei de vergonha…


- Desculpe chefe… escondi o rosto entre os cabelos.


Ele pegou em meus cabelos me puxando pra ele, começou a beijar meu queixo e a morder, descendo pelo meu pescoço e indo em direção ao meu decote, eu fechei os olhos e respirei fundo, ele dava beijos quentes no meu decote, eu me arrepiava, minha boca estava entreaberta, eu esperava por mais, mas ele me soltou rápido.


- Vá dormir, você ainda está em repouso.


Eu não disse nada, me deitei e me cobri, mas dessa vez virada para ele, ele estava de costas pra mim e quando se virou deu de cara comigo, nossos olhos ficaram se encarando.


- Vira pra lá… ele disse.

- Estou cansada de ficar pra lá.

- Tudo bem…

- Chefe eu posso perguntar uma coisa?

- Não, não pode, vá dormir.

- Por favor?

- Não, vá dormir… ele disse se virando pro outro lado.


Não sei porque mas um leve sorriso se formou em meu rosto, logo o desfiz e fechei os olhos tentando dormir.


2 semanas depois…


Bernardo

Depois de duas semanas eu já estava feito louco querendo ter Manuela, não aguentava mais dormir na mesma cama que ela e não fazê-la minha, aquela garota me deixava louco de desejo, querendo devorá-la de tão gostosa. Hoje eu acordei muito excitado e resolvi realizar um fetiche com ela, mas que depressa eu fiz umas ligações e aprontei tudo. Me arrumei e fiquei sentado na poltrona tomando café e esperando que ela acordasse, a safada era sedutora até dormindo.

Aos poucos ela foi despertando, uma das alças de sua camisola estava caída e dava levemente para ver seu seio quase nu, eu mordi o lábio inferior imaginando o que eu faria agora, mas me contive.


- Bom dia! Eu disse.

- Bom dia chefe…

- Levante, temos que sair.

- Pra onde?

- Sem perguntas.

- Certo.


Ela se levantou e foi pro banheiro, lá com certeza encontrou o que eu tinha deixado pra ela vestir e depois voltou arrumada do jeito que eu imaginei que ficaria.


- Pronta? Perguntei.

- Sim… ela sorriu… nunca havia dado um sorriso assim pra mim, será que ela queria aprontar comigo de novo?

- Vamos então… eu disse me levantando e saindo.


Fomos até o nosso destino, uma lancha ancorada no cais, pedi que ela subisse e subi em seguida, saímos na lancha em direção a uma ilha deserta.

Quando chegamos eu ancorei a lancha e descemos.


- O que viemos fazer aqui? Perguntou ela.

- Sexo… respondi.

- Nossa! Curto e grosso.

- Você ainda não viu nada… e fique quieta.


Caminhamos até uma parte da ilha que estava preparada como eu pedi, umas colunas de metal em volta de uma cama improvisada no chão com muitos lençóis brancos e almofadas espalhadas.


- Nossa! Disse ela olhando tudo.

- Não pense que isso é romantismo, isso é fetiche.

- Mas eu não pensei nada.

- Sei que pensou… venha aqui… eu disse pegando sua mão e puxando para cima dá cama improvisada.

- Nem uma palavra, quero você calada.

- OK chefe… ela não tirava seus olhos de mim, isso me deixava ainda mais maluco.


Comecei subindo minhas mãos por debaixo do seu vestido, passando pelo seu bumbum aproveitando para dar um tapa, fui subindo seu vestido até tirá-lo e jogá-lo de lado, me livrei de minha blusa e meu short ficando de cueca, empurrei ela para uma das colunas de ferro e prendi seu corpo ali, com o meu, peguei nas alças de seu sutiã e fui abaixando enquanto beijava seu ombro, joguei o sutiã de lado depois de tirar e peguei em seus seios massageando de leve, minha boca já estava seca de tanto esperar por aquilo, comecei a passar a língua e mordiscar seu biquinho, ela se arrepiava e seus seios endureceram, comecei com chupões e depois algumas mordidas com força, ela agarrou em meus cabelos e suspirava sem fazer barulho algum, somente com a respiração.

A sua calcinha eu tratei de tirar logo também deixando ela nua, deslizei minhas mãos para sua coxas a erguendo do chão, segurando em meus braços e prendendo seu corpo contra a coluna, me segurando pelo pescoço ela ficou, então sem tirar a cueca só forçando ela pra baixo eu comecei a penetrar nela, senti seu corpo tremer, ela me olhou com certo medo, pensando que eu faria aquilo novamente, mas agora não era vingança que eu queria, era prazer, tesão, queria que ela gritasse e não se aguentasse mais de pé, era isso que eu iria fazer com ela.


- Vou fazer gostoso, não fica com medo… sussurei perto do seu ouvido.


Então comecei a penetrar, aos poucos foi indo até está todo dentro dela, aí então eu comecei a aumentar o ritmo aos poucos, cada vez um pouco mais rápido e mais fundo… suas mãos agarram meus cabelos e seu queixo se apoiou em meu ombro, eu sentia sua respiração forte em meu pescoço, os movimentos iam ficando mais rápidos e mais fortes, eu sentia que ela não aguentava segurar os gemidos, mas por eu ter mandado ela ficar quieta ela tentava.


- Geme gostosa, pode gemer, eu deixo, grita de prazer, eu sei que você quer, eu sei que faço gostoso e você não resisti.


A cada movimento eu aumentava mais o ritmo e aí ela gemeu, e eu fiquei todo satisfeito, que gemido excitante, me deixava mais louco ainda.

Coloquei seus pés no chão virando ela de costas pra mim, pressionando seu corpo contra a coluna, comecei a colocar por trás, num ritmo devagar e depois cada vez mais rápido, segurava um dos seus seios e apertava, mordia seu ombro e dava tapas em sua bunda.


- Delícia, você gosta sua safada, rebola pro seu chefe, rebola delícia! Eu dizia e ela gemia e às vezes até gritava, ofegante e com os lábios entreabertos.


Novamente eu a puxei fazendo ela se deitar e ficando por cima, abri suas pernas e penetrei, fazendo-a movimentos rápidos, apertando um de seus seios, mordendo e dando chupões no outro, o corpo dela tremia, estava queimando e suando junto com o meu, seus cabelos estavam espalhados nos lençóis brancos, aquela visão dela virando o rosto de um lado para outro, cheia de tesão, delirando e gemendo me deixava louco por ela, não me contendo só com isso eu coloquei ela de quatro e penetrei mais uma vez, puxava o corpo dela pela sua cintura, com força fazendo ela bater com tudo em mim, percebi que ela já estava quase sem forças nenhuma, levantei seu corpo e segurei em sua barriga, e de joelhos eu terminei fazendo movimentos fortes e com vontade até chegar ao meu auge.

Ela caiu de bruços nos lençóis, completamente cansada, suada e ofegante.

Deitei ao lado de frente recuperando meu fôlego.

Depois de minutos olhei para o lado ela estava de bruços com os cabelos sobre o rosto e agora respirava mais calma.

Peguei nos seus cabelos colocando pro lado.


- Se recomponha, ainda não acabei com você… eu disse.

- Só uns minutos, por favor, mal consigo me mexer… ela disse com a voz fraca.

- Fique aqui, eu já volto… me levantei e fui até uma mesa improvisada também, pegando água e algumas algemas com correntes.


Voltei até ela e ela estava de olhos fechados, fiquei reparando as marcas que ficaram em seu corpo por conta do peso do meu apertando ela na pilastra, mais tarde iriam doer.


- Manuela, senta… eu disse.

Ela se levantou devagar e sentou-se.

- Beba… entreguei a água a ela e ela bebeu depressa.

- Agora me dê as mãos… eu disse, ela esticou os braços e eu a algemei. Puxei a corrente fazendo ela se levantar e levei até uma das colunas prendendo na mesma com os braços no alto.

- O que vai fazer agora? Ela perguntou.

- Já disse pra não fazer perguntas.

- Ok…


Pressa na coluna eu aproveitei do seu corpo todo, fiz sexo com ela até ela ficar toda mole e não se aguentar de pé novamente. Soltei seus braços e ela foi caindo nos meus, desacordada, inexperiente dá nisso, quando faz sexo demais fica desse jeito, agora vou ter que carregá-la pra casa.

Me vesti e coloquei somente o vestido nela, voltei pro barco a carregando e logo nós chegaríamos em casa.

Chegando eu a levei pro quarto, Marisol me acompanhou.


- O que ela tem? Perguntou.

- Morreu de prazer… eu disse colocando ela na cama.

- Você insiste em ficar com ela, tá na cara que ela não aguenta nada.

- Não pedi a sua opinião, certo? Se fiquei com ela pra mim foi porque ela me atrai como instrumento de prazer, nada mais, assim como você.

- Depois de tanto tempo ainda sou só isso? Perguntou ela.

- Fique feliz por ainda ser, se você não estivesse mais me satisfazendo já teria ido pra outro lugar, agora sai, vá pro seu quarto, daqui a pouco estarei lá.

- OK chefe… disse ela saindo com raiva.


Continua...

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