P.O.V. Heitor O jatinho finalmente pousa em Chicago. Eu já não estava mais suportando ficar dentro daquele lugar. Consigo rapidamente um carro. Henrique dirige, enquanto eu fico no banco de trás. Infelizmente nesse momento não posso confiar em nenhum dos meus seguranças. Eles trabalha para a Cosa Nostra, então podem muito bem estar envolvidos com a vingança de sangue. Por esse motivo não enviei nenhum segurança para minha Angel, mas Alex parece estar fazendo um bom trabalho. Consigo ligar meu celular, já que ele estava descarregado. Vejo centenas de ligações da minha mãe. Fico confuso com isso, eu fui bem claro para ela não voltar para casa. Retorno a chamada e não demora muito para que Andrea atenda. - O que foi mãe? - Onde você está Heitor? - Acabei de chegar, vou buscar minha esposa e filho, quero manter eles protegidos. - Manter eles protegidos? E o resto da sua família? - Do que está falando? - Não consigo falar com a sua irmã, e nem com a Laila - fico em silêncio po
P.O.V. SérgioSinto minha mão doer. O idiota ainda aponta a arma para mim. Fico esperando que ele atire em mim. - Alex! - Angel grita o nome dele. Ele dispara contra mim, mas nada acontece. Reviro os meus olhos. Não acredito que vi isso. Dou passos para frente e chego perto do seu corpo. Com minha mão esquerda, eu pego a arma de sua mão. - Para atirar em mim, a arma precisa estar carregada. Você usou a última atirando na minha mão - chego mais perto e sussurro no ouvido dele - não sabia que era um amador, Alex - empurro seu corpo e ele cai. Não estava nem se aguentando de pé. Me afasto e vou para o meu carro, antes de ir, olho para Angel. Se ela tivesse me ouvir por 5 minutos... Abro a boca para falar o que realmente quero dizer, mas me lembro das consequências. - Seu desgraçado - me viro para ver a pessoa que atirou em mim gritando - vai se arrepender disso. Da próxima vez que nos encontrarmos, minha arma vai estar carregada. Vou deitar você na porrada! Entro no carro e meus
P.O.V. Angel - Filho da puta desgraçado. Vou destroçar órgão por órgão dele - reviro os olhos. - Fique parado senhor, estou terminando de fechar seus pontos - a enfermeira pede. Estamos em uma casa protegida. Assim que entramos, ela se fechou, e a única pessoa que sabe o código para abrir ela é o Heitor. Eu ainda não o vi, e estou morrendo de saudades. Sei que tem alguma coisa acontecendo com ele. Meu marido ainda não veio me ver, mas sei que isso não vai demorar a acontecer. Heitor não deixaria eu e meu filho sozinhos. Alex grita ainda com raiva do Sérgio. Eu não cometeria o erro de ir com ele novamente. Mas não sei... Senti que ele queria me falar alguma coisa. As coisas estão muito estranhas. Sinto que tem alguma coisa vindo, e isso não me agrada nenhum pouco. Já está de madrugada, e ele ainda não apareceu. Meu filho já está dormindo, depois de tomar banho e uma grande mamadeira. Eu já tomei banho também e comi alguma coisa. Não vou conseguir dormir, não depois do que acon
P.O.V. Alexander Olho para a menina sentada no sofá. Ela está com bastante sangue no vestido. Heitor tirou ela de algum massacre? A criança fica abraçada a pelúcia. Imagino que a pessoa que deu isso a ela deve ser muito importante. Quando uma pessoa fica traumatizada com alguma coisa, ela se apega sempre aquilo que mais ama. Eu me lembro que depois da morte da minha mãe, eu me apeguei a um colar que era dela, que ela me deu de aniversário. Estou com uma puta dor no meu abdômen, e no meu ombro. Mesmo com dor eu me sento no chão. Essa criança está precisando de ajuda, e eu vou tentar falar com ela. Quando minha mãe morreu eu não queria sair de cima do corpo dela, achando que em algum momento ela iria abrir os olhos. - O meu nome é Alex, e o seu? - a menina abaixa a cabeça. Henrique já tinha saído da casa a muito tempo. Ele foi comprar algumas coisas para a menina. - Essa pelúcia é muito especial? Eu amei o unicórnio - tento tocar na pelúcia, mas ela se afasta. Engraçado que a
P.O.V. Angel Abro meus olhos lentamente. Meu corpo está um pouco dolorido depois de ontem a noite. Me levanto e vou para o banheiro. Tomo banho e escovo os dentes. Depois de terminar eu vou para o quarto e coloco um macaquinho. Penteio meu cabelo e decido ficar sem maquiagem. Olho as horas e vejo que já dormi até demais. Desço as escadas e vejo Alex com a menina de ontem no colo. Ainda não perguntei a Heitor quem é essa menina. - Ela disse alguma coisa? - Se chama Aurora - me agacho na frente deles. - Oi princesa - ela esconde o rosto no pescoço do Alex. - Não fala nosso idioma, apenas russo - franzo o cenho meio confusa. Saio dali e vou até a cozinha. Pego um morango e levo a minha boca lentamente. - Está me provocando? - me assusto ao ver Heitor do meu lado. Meu marido estava no batente da porta, com uma expressão seria no rosto, o que estava deixando ele muito sexy. Mordo meu lábio e levo o morango a minha boca novamente. Ele vem até a mim e me puxa para um beijo. Eu s
P.O.V. Raul Chuto a cadeira com raiva. Maldita pirralha nojenta e maldito Sérgio também! As coisas não deveriam ter sido assim. Heitor também é um estúpido, será que ele não consegue simplesmente matar uma criança? Aquela maldita menina é mais esperta do que aparenta. Se Aurora soltar alguma coisa para alguém... Toda a porra do meu plano vai para o quinto dos infernos. Eu passei anos planejado essa vingança contra Heitor Lombardi, anos orquestrando essa vingança contra ele. Tudo começou a muito tempo, quando eu conheci Roger Del Rey. Ele era um velho ganancioso que faria de tudo por dinheiro. Ele estava me contando sua história de vida de merda. De como tinha vendido a filha para um mafioso. Eu não me importei no início, mas quando ele tocou no nome do Heitor... Ai eu fique interessado. Foi ai que tudo começou. Eu falei para ele fazer o acidente com Heitor e a filha dele. Eu garanti que ela não iria morrer. Depois foi muito simples. Usei Andrea para sumir com o filho dele, a c
P.O.V. Angel Coloco um vestido preto e sapato preto. Enquanto eu faço isso aproveito para chorar o que ainda não chorei. A morte da Stefane me afetou muito. Me lembro do nosso último dia juntas. Eu não sabi que seria o último, a gente nunca sabe. Eu só queria ter ficado mais tempo com ela, só queria ter falado para ela ficar. Talvez ela ainda estivesse viva. Eu nunca odiei tanto uma pessoa como odeio a pessoa que matou ela. Stefane não merecia aquilo. Minha amiga disse que não era forte. Mas ela foi sim muito forte. Aguentou horas de tortura, para mim, isso é ser forte. Limpo meu rosto das lágrimas que caem por ele. Respiro fundo. Ainda preciso ser forte pelo meu marido. Ele ainda precisa de mim. Apesar de não aparentar muito, Heitor ainda está sentindo a morte da irmã. Pego Anthony do berço que fica no meu quarto. Meu filho sorri para mim e isso alegra o meu dia. Desço as escadas e vou para a sala. Vamos velar o corpo na antiga casa, mas o enterro vai ser no cemitério da fam
P.O.V. Heitor Deixo Angel com um dos meu seguranças, um dos confiáveis para variar. Alex me ajudou a conseguir alguns deles. Dirijo até a delegacia. Depois de um tempo eu saio do carro e entro no local. Vou até a sala do delegado, que trabalha para mim. Eu não sou burro e muito menos estúpido para não comprar alguns policiais. - Senhor Lombardi - ele ajeita a postura - pode se sentar! Me sento em frete a ele, deixando a mesa entre nós dois. O homem retira alguns papéis de dentro da gaveta. - Eu consegui o DNA de um fio de cabelo que estava no corpo da sua irmã. Tinha dna, seu e da sua mãe, mas tinha de mais uma pessoa... - ele coloca o resultado na mesa. Dou um sorriso e nego com a cabeça, isso não deveria me deixar surpreso, mas deixou e muito. Não sei se ele quer que eu descubra isso por mim mesmo. O desgraçado não deixaria uma evidência tão boba assim. - Tudo bem, isso é o suficiente para mim. Quero o exame que pedi. - Sobre isso - ele limpa a garganta - Alexander é procu