Na manhã seguinte...César MedeirosA sensação térmica começa a baixar, a chuva começa a ficar mais grossa. Desde que Santiago saiu para deixar o anjo em casa, que minutos depois começou a chover. Estou sentado na varanda, meus olhos vão de encontro ao copo em cima da mesa de centro e assim que pego, levo-o até a minha boca e bebo mais um gole do uísque que é para me aquecer e torno a olhar para o jardim a minha frente.Os meus pensamentos se resumem nas lembranças do dia anterior. De como todo o meu corpo vibrou dos pés até o último fio do meu cabelo, ao ouvir as palavras dela sobre passar à noite em minha casa, não que ela já não tivesse dormido aqui antes, porém, seria a primeira vez em minha vida que, além de dormir a noite toda ao lado de uma mulher, ainda a colocaria sobre a minha cama. Uma noite cheia de carícias e embora louco de desejo para sentir novamente o calor do seu interior em volta do meu pau, ela se mostrou uma aluna exemplar e mesmo ainda inexperiente, soube propor
Ângela Souza— Eu preciso falar com você.— Em primeiro lugar solte o meu braço — disse num tom grosseiro e ele imediatamente me soltou.— Eu sei que você deve estar magoada pelo que eu fiz, mas saiba que estou profundamente arrependi...Antes que ele viesse a continuar, foi interrompido pela voz grossa que ressoou a nossa volta.— Algum problema, Ângela?Meu olhar caiu vagarosamente sobre o homem alto e bonito, estava impecavelmente vestido com um terno italiano, azul. Meu coração deu cambalhotas ao vê-lo parado ali em plena luz do dia, com uma expressão fechada no rosto, o que só me deixou com mais vontade de agarrá-lo. Pelas suas feições e o olhar que eu já conhecia bem, sabia que estava enfurecido pela presença de Augusto e antes que viesse a dizer alguma coisa, num abrir e fechar de olhos, em minha mente um pensamento surgiu e depois se esvaiu numa velocidade impressionante. O que me deixou desejosa ao lembrar que certamente hoje, eu receberia uma boa punição. — Está tudo bem pr
Ângela Souza— Vire-se, anjo! — sua voz soou num tom autoritário, desta vez.— Você não vai colocar isso aí dentro de mim — falei quando ele começou a mergulhar o plug anal dentro da tigela de água, como se tivesse lubrificando o objeto.— Entre as regras, você não foi contra a penetração anal, tanto que sentiu prazer ao ter os meus dedos dentro desse cuzinho delicioso. Contudo, para que você sinta ainda mais prazer, precisa antes passar por essa preparação.— E o que você vai fazer com esse gengibre? — ele esboçou um sorriso.— Lição número um de hoje. Isso se dá o nome de Figging em BDSM. Uma prática antiga de introduzir o gengibre no ânus.— Isso tem uma ardência terrível, você disse que, o que importava era o prazer de ambos e tendo algo me queimando por dentro, como vou sentir prazer com tanta dor?— Lição número dois. Sempre confie em seu Mestre, pois, se você não tiver prazer, de nada adiantará tudo isso. Antes de você chegar, fiz o processo para diminuir o ardor dele. Assim q
Ângela SouzaMeu peito se aperta, meu coração dispara. Respiro longamente e profundamente ao ver que aquelas três palavras tão pequenas tiveram um peso tão grande, capaz de fazer a calmaria envolver todo o ambiente. De repente, o sossego foi rompido quando senti o coração dele bater tão forte e alto, que parecia estar prestes a sair pela boca.O que veio em seguida valeu mais do que mil palavras. Seus braços musculosos me apertaram com força e em seguida ele beijou o topo de minha cabeça. Para um homem que sempre viveu em uma vida cheia de prazer e luxúria, sem limites e nem pudores. Se entregar a um sentimento que vai além do desejo carnal, deveria ser algo que estava lhe despertando uma luta interna e a única certeza que eu tinha, era que não deixaria ninguém me impedir de ficar ao seu lado. Ficamos os dois ali sem dizer nenhuma palavra por longos minutos, até que a sua mudez, enfim, se esvaiu.— Como você está se sentindo? — levantei minha cabeça e nosso olhar se encontrou.— Sinto
Augusto Bennett— Augusto! Vamos que pessoal já está lá embaixo aguardando.— Não estou a fim de sair. Vocês podem ir sem mim.— Desde o dia do baile que você está completamente diferente. O fato de a gata borralheira ter virado uma princesa, não quer dizer que ela se tornou tão esperta. — O que você quer dizer com isso?— Ângela pode estar magoada pelo ocorrido. Porém, agora é conveniente que você se aproxime dela. A infeliz escondeu tão bem, que não tínhamos ideia que era, justamente a freirinha, a única herdeira de Richard Johnson.— Chega dessas armações, já cansei de tudo isso. — Deixa de ser idiota, primo. Não sou boba para não perceber que você está gostando dela, então basta unir o útil ao agradável. — Eu não vou voltar a cair nesse joguinho seu. — Enquanto você quer dar uma de bom samaritano. Vai aparecer alguém e fisgar a mina de ouro. Agora já vou indo, você está se tornando insuportável. Fiquei observando enquanto ela caminhava na direção da saída. No momento que Susa
Ângela Souza Ontem, depois que cheguei a minha casa, antes de passar quase duas horas direto no telefone falando com César, fui me deliciar do bolo de chocolate com calda de morango que Marta, havia feito. O que começou com uma fatia, acabou que devorei quase a metade do bolo. As horas restantes, no entanto, passei acordada até ser envolvida por um sono profundo, e nem ao menos me dediquei a estudar para o simulado. Agora tendo uma cúmplice, que estava até mais empolgada do que tudo, pois como ela mesma disse por diversas vezes enquanto relatava as histórias do seu passado, de como era astuta e diante de como ela disse, um romance proibido, que desta vez teria um final feliz. Hoje antes de sair de casa, o senhor Alberto, foi avisado por Nina, que não precisava vir me buscar, já que eu iria almoçar na casa de uma amiga. Ainda no intervalo, recebi uma mensagem de César. Sendo dele os últimos dois horários, eu não precisava me preocupar em terminar logo o simulado. Desta forma,
Ângela Souza Meus olhos ficaram fixos na direção do casal a minha frente, enquanto isso, eles começaram a descer os degraus da escada. Embora sentindo sempre os dois longe de mim, até quando estavam por perto, eu ficava imensamente feliz pelos poucos dias em que ficavam em casa. Contudo, a volta deles tão repentina, quando na verdade só iriam chegar na próxima semana, me causou uma sensação ruim, como se toda a minha felicidade fosse se esvaindo dando lugar a uma angústia profunda, e um aperto forte em meu peito, como se meu coração estivesse sendo esmagado. Fui tirada do estado de estupor em que me encontrava quando senti os braços do meu pai me envolvendo, dando-me um abraço apertado. Algo que quando criança sempre fazia-me sentir segura, mas hoje somente sinto isso quando estou nos braços de César, como se nada e ninguém pudesse me machucar. — Estava com saudades princesa — disse ele assim que se afastou um pouco. — Também estava pai. — Então suas alunas deram resultado?— fa
Richard Johnson Eu estava consumido pela raiva, a ponto de tornar-me irreconhecível. O meu ódio era tanto, que se aquele desgraçado estivesse em minha frente nesse exato momento, cometeria uma atrocidade. Com o aparelho em mãos, comecei a andar rapidamente, quase correndo em direção à porta. Cheguei ao jardim, porém, o meu coração estava acelerado e parecia que iria sair pela boca. Minha respiração estava ofegante e então fui obrigado a parar e segurar a respiração para que voltasse a funcionar no ritmo normal. Meu olhar foi de encontro ao homem que estava saindo da entrada que dava acesso a cozinha e certamente havia terminado de almoçar. — Alberto! — ele ao ouvir minha voz e tratou rapidamente de diminuir a distância que nos separava. — Vamos sair agora mesmo. O homem deve ter achado estranho o fato de sair com ele e não com o meu motorista, porém, não disse nada e caminhou até a porta do veículo, assumindo o controle do volante. Instantes depois, o carro entrou em movimento