Ângela Souza— Vire-se, anjo! — sua voz soou num tom autoritário, desta vez.— Você não vai colocar isso aí dentro de mim — falei quando ele começou a mergulhar o plug anal dentro da tigela de água, como se tivesse lubrificando o objeto.— Entre as regras, você não foi contra a penetração anal, tanto que sentiu prazer ao ter os meus dedos dentro desse cuzinho delicioso. Contudo, para que você sinta ainda mais prazer, precisa antes passar por essa preparação.— E o que você vai fazer com esse gengibre? — ele esboçou um sorriso.— Lição número um de hoje. Isso se dá o nome de Figging em BDSM. Uma prática antiga de introduzir o gengibre no ânus.— Isso tem uma ardência terrível, você disse que, o que importava era o prazer de ambos e tendo algo me queimando por dentro, como vou sentir prazer com tanta dor?— Lição número dois. Sempre confie em seu Mestre, pois, se você não tiver prazer, de nada adiantará tudo isso. Antes de você chegar, fiz o processo para diminuir o ardor dele. Assim q
Ângela SouzaMeu peito se aperta, meu coração dispara. Respiro longamente e profundamente ao ver que aquelas três palavras tão pequenas tiveram um peso tão grande, capaz de fazer a calmaria envolver todo o ambiente. De repente, o sossego foi rompido quando senti o coração dele bater tão forte e alto, que parecia estar prestes a sair pela boca.O que veio em seguida valeu mais do que mil palavras. Seus braços musculosos me apertaram com força e em seguida ele beijou o topo de minha cabeça. Para um homem que sempre viveu em uma vida cheia de prazer e luxúria, sem limites e nem pudores. Se entregar a um sentimento que vai além do desejo carnal, deveria ser algo que estava lhe despertando uma luta interna e a única certeza que eu tinha, era que não deixaria ninguém me impedir de ficar ao seu lado. Ficamos os dois ali sem dizer nenhuma palavra por longos minutos, até que a sua mudez, enfim, se esvaiu.— Como você está se sentindo? — levantei minha cabeça e nosso olhar se encontrou.— Sinto
Augusto Bennett— Augusto! Vamos que pessoal já está lá embaixo aguardando.— Não estou a fim de sair. Vocês podem ir sem mim.— Desde o dia do baile que você está completamente diferente. O fato de a gata borralheira ter virado uma princesa, não quer dizer que ela se tornou tão esperta. — O que você quer dizer com isso?— Ângela pode estar magoada pelo ocorrido. Porém, agora é conveniente que você se aproxime dela. A infeliz escondeu tão bem, que não tínhamos ideia que era, justamente a freirinha, a única herdeira de Richard Johnson.— Chega dessas armações, já cansei de tudo isso. — Deixa de ser idiota, primo. Não sou boba para não perceber que você está gostando dela, então basta unir o útil ao agradável. — Eu não vou voltar a cair nesse joguinho seu. — Enquanto você quer dar uma de bom samaritano. Vai aparecer alguém e fisgar a mina de ouro. Agora já vou indo, você está se tornando insuportável. Fiquei observando enquanto ela caminhava na direção da saída. No momento que Susa
Ângela Souza Ontem, depois que cheguei a minha casa, antes de passar quase duas horas direto no telefone falando com César, fui me deliciar do bolo de chocolate com calda de morango que Marta, havia feito. O que começou com uma fatia, acabou que devorei quase a metade do bolo. As horas restantes, no entanto, passei acordada até ser envolvida por um sono profundo, e nem ao menos me dediquei a estudar para o simulado. Agora tendo uma cúmplice, que estava até mais empolgada do que tudo, pois como ela mesma disse por diversas vezes enquanto relatava as histórias do seu passado, de como era astuta e diante de como ela disse, um romance proibido, que desta vez teria um final feliz. Hoje antes de sair de casa, o senhor Alberto, foi avisado por Nina, que não precisava vir me buscar, já que eu iria almoçar na casa de uma amiga. Ainda no intervalo, recebi uma mensagem de César. Sendo dele os últimos dois horários, eu não precisava me preocupar em terminar logo o simulado. Desta forma,
Ângela Souza Meus olhos ficaram fixos na direção do casal a minha frente, enquanto isso, eles começaram a descer os degraus da escada. Embora sentindo sempre os dois longe de mim, até quando estavam por perto, eu ficava imensamente feliz pelos poucos dias em que ficavam em casa. Contudo, a volta deles tão repentina, quando na verdade só iriam chegar na próxima semana, me causou uma sensação ruim, como se toda a minha felicidade fosse se esvaindo dando lugar a uma angústia profunda, e um aperto forte em meu peito, como se meu coração estivesse sendo esmagado. Fui tirada do estado de estupor em que me encontrava quando senti os braços do meu pai me envolvendo, dando-me um abraço apertado. Algo que quando criança sempre fazia-me sentir segura, mas hoje somente sinto isso quando estou nos braços de César, como se nada e ninguém pudesse me machucar. — Estava com saudades princesa — disse ele assim que se afastou um pouco. — Também estava pai. — Então suas alunas deram resultado?— fa
Richard Johnson Eu estava consumido pela raiva, a ponto de tornar-me irreconhecível. O meu ódio era tanto, que se aquele desgraçado estivesse em minha frente nesse exato momento, cometeria uma atrocidade. Com o aparelho em mãos, comecei a andar rapidamente, quase correndo em direção à porta. Cheguei ao jardim, porém, o meu coração estava acelerado e parecia que iria sair pela boca. Minha respiração estava ofegante e então fui obrigado a parar e segurar a respiração para que voltasse a funcionar no ritmo normal. Meu olhar foi de encontro ao homem que estava saindo da entrada que dava acesso a cozinha e certamente havia terminado de almoçar. — Alberto! — ele ao ouvir minha voz e tratou rapidamente de diminuir a distância que nos separava. — Vamos sair agora mesmo. O homem deve ter achado estranho o fato de sair com ele e não com o meu motorista, porém, não disse nada e caminhou até a porta do veículo, assumindo o controle do volante. Instantes depois, o carro entrou em movimento
Ângela Souza Eu estava assustada e tremendo de medo. Nunca, em toda a minha vida, eu havia visto aquela expressão em sua face. Era assustadora. Vários sentimentos misturados, ódio, raiva, ira, tudo se mesclando em seu semblante, enquanto ele olhava para mim como se estivesse se controlando para conter tudo que estava sentido. De repente o silêncio foi quebrado pela minha mãe. — Richard, o que está acontecendo? Como resposta, ele passou um de seus dedos na direção da tela do aparelho que estava sobre sua posse e somente quando estendeu na direção dela, eu percebi que era o meu celular. Os olhos de Gisele ficaram cravados no visor e o homem que estava fazendo voto de silêncio resolveu interrompê-lo. — Veja que tipo de aula a sua filha estava tendo. De repente, os meus pulmões começaram a funcionar aos espasmos, como se estivessem queimando como brasa. Minha garganta ardia e eu não conseguia respirar, enquanto a mulher se virou em minha direção e seus olhos estavam faiscando de fúr
César Medeiros Depois do confronto com Richard. Eu sabia que ele e Gisele, fariam de tudo para afastá-la de mim, no entanto, não esperava que ele fosse agir tão rápido. Não adiantava ligar para ela, já que sabia que seu celular estava sob a posse dele e muito menos fazer algo agindo por impulso ou colocaria tudo a perder. Entretanto, ao ir para escola no dia seguinte, sabia que poderia não encontra-la, e após quase cinco horas de aula, ao sair e ver o sorriso vitorioso no rosto da infeliz e em seguida ouvir as palavras que foram ditas por ela. Precisava ser muito mais rápido que os dois ou Ângela seria afastada de mim para sempre, porém, se eu não soube a forma que Richard descobriu tudo, teria eu mesmo dado um fim naquela vadia, que ao saber que Ângela, estava prestes ai estudar em outro país, estava explodindo de felicidade, como se tivesse ganhado na loteria. Uma corrida contra o tempo foi iniciada, e nunca me foi tão útil na vida ser um homem dono de uma fortuna exorbitante