Ângela SouzaO meu coração queima, sinto minha cabeça quente como se tivesse a colocado em brasa. Meus olhos ardem e sinto as lágrimas brotarem, fecho-os imediatamente na tentativa desesperada para impedir que elas continuem. Respiro com força, até meus pulmões ficarem cheios de ar e com passadas largas, ando em direção ao portão, como se ao menos o vazio que me envolve pudesse ser mensurado.Minhas pernas pareciam que assumiram o controle de todo o meu corpo e me levavam em direção ao lugar que o senhor Alberto estava me esperando, enquanto a minha cabeça começou a dar mil voltas sem fim.— Senhorita Ângela! — fui arrancada do tormento que me encontrava quando ouvi o som da sua voz. — Está tudo bem?— Sim, vamos logo para casa.Entrei no veículo e segundos depois, o homem com as mãos no volante o colocou em movimento. Por mais que tentasse pensar em outra coisa, os últimos acontecimentos martelam em minha cabeça e as lembranças dele sorrindo para aquela desconhecida passam como um fl
Ângela SouzaDepois que minhas palavras ressoaram dentro do ambiente, todos começaram a aproximar as mesas formando as duplas e foi Henry que acabou ficando sozinho. Mas, sendo o bom aluno que era, acabaria por ter um bom resultado. César disse como deveria ser o trabalho e com as folhas em mãos, todos começaram a executá-lo.Meus pensamentos foram afastados quando ouvi o som da voz do homem que estava ao meu lado.— Como o tema é Sociologia da educação. Seria bom nós colocarmos de início como os sociólogos notaram que a educação ocupa uma posição importante na estrutura social — pelo visto ele não era só um rosto bonito, pois, nos momentos seguintes começamos a organizar rapidamente toda estrutura do trabalho.— Acho que como desenvolvimento seria bom explicar um pouco sobre o valor que o ensino tem para cada sociedade.— Concordo com você já que a educação é, portanto, uma ferramenta do Estado para formar as futuras gerações de acordo com as intenções de cada sociedade — ele disse e
Alguns dias antes...César MedeirosNo instante que o carro conduzido por Santiago, que levaria Ângela para casa passou pelo portão. Novamente o calor escaldante tomou conta do meu corpo e as lembranças de minutos atrás surgiram como flashes em minha frente, fazendo-me novamente estar no meio de um campo de batalha. Queria provar a mim mesmo que tudo não passava de uma atração carnal e, que era só luxúria e desejo para ter algo que parecia está fora do meu alcance, no entanto, em toda a minha vida, eu jamais havia sentido aquela sensação devastadora, capaz de fazer todos os meus sentidos ficarem a mercê de um sentimento totalmente desconhecido por mim. A cada toque em sua pele, o meu corpo vibrava intensamente e quando a sua boceta deliciosa começou a se contrair em volta do meu pau, a sensação era de que uma explosão houvesse acontecido dentro de mim e todos os meus órgãos internos ficaram totalmente descontrolados. Quando juntos, alcançamos o êxtase do prazer, como se naquele mome
Ângela SouzaFiquei paralisada e os meus pensamentos estavam confusos e distantes, ele confundia-me. A minha mente viajava em busca de explicações e de saídas. Como num filme, começaram a desfilar as lembranças dos acontecimentos dos últimos dias em minha frente, só parou quando a cena do que aconteceu instantes atrás, veio num turbilhão e as palavras ditas por Susan ainda martelavam na minha cabeça. Fecho os olhos por alguns segundos e torno a abri-los, deparando-me com os olhos azuis mais brilhantes do que nunca, fixos nos meus. Ciente de que essa era a melhor decisão a ser tomada, as palavras saíram pela minha boca num tom firme.— Eu não irei ficar com você — fiz uma pequena pausa e rapidamente vi o brilho em seu olhar desaparecer, no mesmo instante que suas feições mudaram e antes que ele viesse a dizer alguma coisa, continuei. — Não hoje! Assim como você precisou de nove dias para decidir se ainda queria ficar comigo, eu também preciso de um tempo. O que aconteceu nos últimos di
César Medeiros— Bom dia, professor. Posso entrar?— Alunos que chegam atrasados merecem punição. Vocês todos podem sair da sala, agora!Obedecendo minha ordem, todos começaram a se levantar e instante depois, a sala ficou completamente vazia. Toda minha atenção ficou direcionada para a mulher em frente à porta e que me encarava com um olhar desafiador. Porém, antes que eu me levantasse e fosse até onde a atrevida estava e desse o castigo que ela merecia. Com passos cautelosos, ela começou a andar em minha direção e só parou quando estava a centímetros de distância de mim. — O senhor vai mesmo me castigar, mestre? — ela mordeu o lábio inferior com a intenção de disfarçar o nervosismo e aquilo fez o meu pau reagir imediatamente. Num pulo, fiquei de pé.— Ângela, se você soubesse o quanto fica mais provocante quando morde o lábio assim e minha única vontade é fodê-la até que você não sinta mais suas pernas.No momento seguinte, joguei tudo que estava em cima da minha mesa no chão e em
Alguns dias depois...— Ângela!Eu abri meus olhos assim que ouvi a voz de Nina. Ela estava com o rosto inchado, seus olhos vermelhos indicavam que havia chorado. Assustada, levanto-me rápido e acabo com a distância entre nós duas.— O que aconteceu Nina?— Desculpe tê-la acordado tão cedo, mas preciso que você me libere para ir ao hospital — fico ainda mais preocupada e vendo o meu estado de inquietação, antes que viesse a dizer algo, ela novamente profere algumas palavras. — Ana acabou caindo hoje cedo no banheiro e fraturou uma vértebra da coluna e uma costela.— Você nem precisava ter vindo me avisar, peça ao senhor Alberto que a leve ao hospital e não saia de perto da sua filha. — Hoje é sábado e como você não tem aula, não queria deixá-la sozinha — seguro em suas duas mãos.— Você sempre fez muito por mim, mas agora é a sua única filha quem precisa de você. Eu estou te dando folga hoje e pelos dias que for preciso, além dos outros funcionários, tem a Marta. Nina, não precisa se
O homem me analisou por alguns segundos, era como se estivesse contemplando cada canto do meu rosto e logo em seguida grudou sua boca na minha. Seu hálito exalava cheiro de uísque e também de menta, ele começou a me beijar. Um beijo demorado e quente, que parecia envolvido por uma ardente paixão, vasculhando cada centímetro da minha boca com sua língua, enquanto uma de suas mãos começou a apertar um dos meus seios por cima da blusa, fazendo meus mamilos, ficarem enrijecidos.Assim que interrompeu o beijo, me pegou em seus braços e saiu caminhando comigo para fora do escritório. No momento seguinte, estávamos dentro do elevador, que como num abrir e fechar de olhos chegou à parte inferior da mansão.César me colocou de pé e com o olhar fixo na cama, minha intimidade chegou a doer com o pensamento que passou rapidamente pela minha cabeça, de que provavelmente ele me faria sua em cima dela novamente. Olhei em volta do ambiente e mesmo assustada diante da sensação que me invadiu, não pod
César MedeirosMeu corpo todo vibrava com a sensação devastadora que pairou sobre mim. Senti-a estremecer sobre mim, enquanto meu coração ainda batia forte numa inquietação como se estivesse prestes a sair do meu peito. Fecho os olhos, porém, em meio a tantas sensações boas, havia algo que estava me atormentando, como se eu estivesse esquecido de alguma coisa que naquele momento a minha mente não conseguia lembrar. As lembranças dos dias anteriores passaram por mim e jamais em toda minha vida, havia me entregado a um caminho que só me levaria ao fundo do poço. Sempre bebi socialmente, mas nos últimos dias estava a devorar duas garrafas de uísque e na manhã seguinte, além da enxaqueca e um mau humor terrível, precisava tomar as rédeas da situação e encarar horas de aulas pela frente. O pobre do Santiago, de certo já não aguentava mais ter que ser a voz da razão e bancar a babá de um homem de 40 anos. Deixo as recordações lá mesmo no passado, pois agora que ela voltou novamente para mim