César Medeiros
_Chefe!Meus pensamentos foram interrompidos ao ouvir a voz do velho Santiago. O homem que conheço desde que vim ao mundo. Após a morte do meu pai, ele foi de grande valia ajudando-me a livrar-me daquela desgraçada, tomando posse de tudo que era meu e com isso acabou se tornando o meu braço direito. — Você já tem as informações que pedi?— Sim! Encontrei a escola perfeita em São Francisco.Ele me entregou o dossiê que tinha várias fotos de alunas que estudavam no lugar. Com todo meu dinheiro, tudo que não precisaria era ser um professor, mas acabei me tornado um dos melhores do país, e reconhecido mundialmente. Porém, há mais de dois anos vim para Alemanha, pois acompanhar de perto o funcionamento da minha empresa.Será nesse lugar que eu, César Medeiros, encontrarei um novo brinquedinho, e como sempre, depois de saciar todas as minhas vontades, será descartado.Ângela Souza — Pronto — disse a cabeleireira da minha mãe. — Obrigada, Sarah. — Você fica linda de qualquer jeito Ângela. Com esse rosto angelical, qualquer corte ficaria bom. Meu olhar ficou fixo em meu reflexo no espelho e ao ver o resultado, o sorriso brotou em meu rosto, afastando a tristeza. Algum tempo depois... De banho tomado e, arrumada, deixei o meu quarto e no instante que cheguei à sala, Nina apareceu no meu campo de visão. Como eu já esperava, era hora de ela se manifestar, já que quando liguei informando o ocorrido, sua primeira reação foi ir com o senhor Alberto ao meu encontro. — Eu irei ligar para os seus pais. Aqueles delinquentes precisam ser punidos. — Já passou, Nina. Sem querer, eles acabaram me fazendo um grande favor. Agora não preciso ter tantos cuidados com os meus cabelos. — Ângela, eu te conheço desde que veio ao mundo. Eu criei você e sei o quanto é forte, porque aceita tudo isso? — As pessoas que fazem isso tem o coração vazio. Acham que intimidando o próximo vão se tornar mais fortes. Mera ilusão, pois, agora podem estar rodeados daqueles que chamam de amigos, porém, sempre acabam sozinhos. Continuo andando em direção a cozinha e antes de desaparecer da vista dela, voltei a falar. — Você me disse uma vez que eu deveria aprender a andar antes de correr. Então tudo tem o seu tempo para acontecer.Dois dias depois...Dessa vez, eu pulei cedo da cama, antes mesmo que o barulho ensurdecedor do despertador preenchesse o ambiente ou Nina viesse ao meu quarto. Não conseguia entender o motivo, pois, desde ontem, eu estava tão angustiada e com uma sensação de inquietude. Com passadas largas, deixei o cômodo e ao passar pelo corredor, encontrei a mulher que certamente iria à busca de me despertar. — Ângela! — disse assustada ao se deparar comigo. — Bom dia, Nina. — Tinha alfinetes em sua cama? Nunca acordou tão cedo. — disse sorrindo. — Estava sem sono. — Vamos! Hoje tem panquecas. — Oba. Começamos a caminhar em direção ao primeiro andar da casa e minutos depois, já estava sentada me deliciando das gostosuras que estavam em minha frente. Se minha mãe soubesse, certamente, eu passaria dias seguindo aquela dieta que ela insiste em impor e tanto Nina como Marta, poderiam até perder o emprego por não obedecerem as suas ordens. Quando me dei por satisfeita, me levantei e fui até o meu quarto pegar a minha mochila, mas, antes de ir em direção ao carro que já estava me aguardando, me detive ao ouvir a voz que ressoou a minha volta. — Ângela! — Aconteceu algo, Nina? — Pensei que trocaria de roupa. Filha você já tem 18 anos, não seria melhor se vestir como as meninas da sua idade? Até as minhas roupas parecem mais juvenis que as suas. — Você me disse quando criança que não havia nada de errado em ser diferente, desde que eu me sentisse bem. — Nisso, você tem razão, mas, essas roupas não são apropriadas para você ir para uma escola, onde todos são tão jovens e cheios de vida. Dei de ombro, afinal, eu estou indo para estudar e não para um concurso de moda. Abri a porta e antes de passar por ela disse: — Hoje eu quero comer feijão, bife, batata frita e arroz. — Sua mãe não ia gostar de ver você comer tanta coisa. — Minha mãe só sabe que eu existo quando é conveniente. Agora preciso ir, porque ainda não sei quem será o professor substituto e só espero que eu goste das aulas dele tanto quanto gostava das do professor Cristóvão.César MedeirosNovamente estava em solo americano, porém, tive que comprar uma mansão em São Francisco, já que a minha ficava em Atherton, que é a cidade mais rica dos Estados Unidos. Hoje acordei logo nas primeiras horas da manhã, e no momento que entrei na San Francisco Academy, vários pares de olhos se voltaram em minha direção. Realmente Santiago tinha toda razão, o lugar estava repleto de presas, que logo serão encurraladas por mim, porém, minha atenção foi desviada na direção da mulher que surgiu no meu campo de visão. Meus olhos caíram sobre a bela imagem a minha frente. Uma mulher bonita, com belas curvas, porém, não faz o meu estilo e muito menos é capaz de satisfazer todos os meus desejos mais sórdidos e egoístas. Saio do estado de estupor que me encontrava quando ouço sua voz.— Cesar, não é?— Sim. — Muito prazer, eu sou Marina Oliveira. — Igualmente.— Seja bem-vindo e será um prazer em tê-lo como professor da nossa instituição. Venha comigo até a sala dos professores.Minutos depois... Após ter conhecido todo o corpo docente, segui para sala a qual daria a primeira aula. Instantes depois, eu estava no ambiente, sentado na poltrona, enquanto o lugar que antes estava vazio começou a se tornar o palco de uma pequena multidão. Meu olhar automaticamente correu a sala e viu, uma bela loira, que fez imediatamente um pensamento pecaminoso entrar em minha mente. O meu membro, que desde o momento que cheguei nesse lugar, já havia dado sinal de vida, começou a lateja em busca de libertação, quando a atenção que antes estava direcionada para o meu rosto ganhou outro rumo. Levei uma das mãos na direção do meu pau e mesmo por cima da calça fiquei apertando e alisando. Eu contínuo com o olhar cravado na mesma direção, porém, logo fui interrompido quando outra imagem surgiu em minha frente, me fazendo perder toda concentração. Não deu para ver o rosto, mas essa sem duvida não era uma imagem agradável, já que fez minha ereção se desfazer de imediato. A garota que caminhava estava usado o vestido mais feio que já tinha visto na vida e tinha os cabelos bem curto. Foco minha atenção no ipad que estava sobre a minha mesa, tentando me livrar da imagem que estava formada em minha cabeça, depois de confirmar a presença de todos, me levantei e comecei minha aula. — Bom dia!— Bom dia — responderam todos em um só coro.— Sou César Medeiros, e estarei com vocês durante todo o ano letivo, administrando a disciplina de Sociologia, dada antes pelo professor Cristóvão. E, o nosso primeiro assunto será "Liberdade de expressão". — Alguém pode me dizer o que significa liberdade de expressão?— Eu — a loira que despertou meu interesse foi a primeira a se manifestar. Dei algumas passadas em sua direção e me detive a uma distância considerável.— Seu nome é? — Susan — pelo olhar dado em minha direção, embora bonita, eu sinto cheiro de vadia à distância e essa só serve para uma foda e depois ser descartada. Em seguida, ela começou a falar.— É o direito que permite as pessoas manifestarem suas opiniões sem medo de represálias. — pelo menos não era burra, no entanto, a voz suave que ecoou a minha volta foi capaz de fazer meus batimentos cardíacos disparar.— O direito de se expressar não indica que não haja imposição de limites éticos e morais. Ter liberdade não dá a ninguém o direito de ofender as pessoas, devemos saber usar os nossos direitos e principalmente cumprir o nosso maior dever "respeitar o nosso próximo".Assim que virei na direção daquele som, pela roupa, já sabia que era a desconhecida que tem péssimo gosto para se vestir. Mas, quando levantei a minha cabeça e meus olhos encontraram o seu rosto, todo o meu corpo começou a vibrar violentamente e meus pensamentos impuros só gritavam uma única coisa, "adoraria sentir o meu pau pulsando dentro daquela boquinha e fodê-la até que a mesma não sentisse mais suas pernas.".Ângela Souza Quando surgi na porta da sala, como sempre todos os olhares foram direcionados em minha direção. Susan, com seu grupinho, mantinha o olhar cravado em meus cabelos, ostentando um esboço de sorriso no rosto. A cada passo que dava, sentia como se os meus membros inferiores estivessem grudados ao chão, pois, estava cada vez mais difícil me mover e no instante que passei perto dela, um sorriso cínico surgiu em sua face. Depois que acomodei-me em uma das cadeiras, a voz grave do homem que certamente era o substituto do professor Cristóvão, ecoou no espaço. Mas, no momento que ele iniciou a sua aula e o som da voz enjoativa de Susan se fez presente, minha respiração se tornou escassa, meu coração batia num ritmo alucinante, minha garganta estava ardendo, tamanho era o nó que se formou ao ouvir as palavras que estavam sendo proferidas por ela. Imediatamente, como prevenção, eu peguei minha bombinha de ar. Se minha língua antes estava presa ou enrolada pela revolta que cresceu de
César Medeiros Sentei-me na poltrona e, enquanto tomava pequenos goles da bebida que estava no copo que seguro firme em uma das mãos, meus pensamentos voam, ou melhor, dão cambalhotas, tropeçam sobre os acontecimentos de horas atrás. Quando cheguei naquele lugar, a única certeza que eu tinha, era que Santiago havia feito uma ótima descoberta, porém, nenhuma das que já tinha visto era aquilo que eu esperava. Susan era bonita, assim como várias outras que estavam no meu campo de visão, no entanto, quando a imagem da aluna desleixada surgiu em minha frente, o calor emanado do meu corpo se dissipou e aquela imagem me trouxe de volta a realidade. Jamais achei que ela seria o meu próximo alvo, pois, quando meu olhar ficou cravado na direção da garota, minha respiração ficou irregular, meus batimentos aumentaram no mesmo instante que uma temperatura escaldante tomou conta de todo o meu corpo. Era como se o meu lado predador estivesse assumido o controle do meu corpo, já que a minha presa es
Ângela Souza Passei todo trajeto de volta para casa em silêncio. Eu estava nervosa, já que Alberto me informou que meus pais haviam chegado. Entrei em casa no instante em que minha mãe descia a escada. Fiquei parara no mesmo lugar assim que a vi, enquanto que ela se livrou do último degrau e olhou-me duramente de cima a baixo, semicerrando os olhos, como se me tivesse visto pela primeira vez na vida. Por fim, o silêncio foi quebrado quando ela e repeliu-me com indignação. — Desleixada como sempre, Ângela. Como se não me bastasse os vários defeitos que você tem. Sempre está muito mal vestida e agora a combinação ficou a pior possível com esse cabe... — Filha! Antes que ela terminasse de proferir suas palavras, que certamente iriam terminar ao dizer que tem vergonha de ter uma filha como eu, o som da voz do meu pai se fez presente. Ele logo me envolveu em um forte abraço. — Eu estava com saudades, pai. — A garotinha do papai está, cada dia, mais linda — disse isso e deu um beijo no
César Medeiros Havia um demônio adormecido dentro de mim, passei anos tentando sossegar a minha mente para não despertá-lo, mas depois de tudo que aquela maldita me fez passar, acabou acordando o meu lado mais sombrio. O menino frágil se tornou um homem poderoso, podendo e fazendo tudo que me agradasse. Gosto de luxo e não me reprimo em me dar uma vida de conforto, grandeza e luxo. Com os olhos fixos na direção do espelho da sala, ao observar minha imagem refletida nele, fico satisfeito com o que eu vejo. Estou trajando um terno com corte italiano, azul escuro, com uma impecável camisa branca, gravata de seda, sapatos de couro legítimo e relógio de ouro reluzente. Sigo em direção à garagem e quando o carro entra em movimento, concentro minha atenção no parelho que está em minhas mãos, desviando por um momento para olhar o fluxo de veículos que era intenso a minha volta, pois, a cidade que nunca dorme estava a todo vapor, não me importei com isso. O tempo foi passando e assim que o ve
Ângela Souza Meu coração pulsava com tanta força, que podia senti-lo querendo atravessar o peito. Minha respiração ficou acelerada, as minhas pernas fracas e a impressão que eu tinha, era de que a qualquer momento cairia no chão. Jamais imaginei que o amigo do meu pai, fosse justamente o professor César. Enquanto observava sua postura a minha frente, perdi a noção de espaço e do tempo. Ele me olhava da cabeça aos pés, como se estivesse apreciando a imagem diante de si, estremeci, sentindo a pele de todo o meu corpo se arrepiar e quando saí do momento de estupor em que me encontrava, as minhas pernas, que antes estavam pesadas demais sob meus joelhos, de repente voltaram ao normal me fazendo prosseguir. Eu andava com meus passos vacilantes, sob o olhar de reprovação da minha mãe, já que mudei uma das peças de roupa que ela havia escolhido. Como se eu fosse usar aquela blusa cropped, que me deixou com a sensação de estar pelada e ainda ter que passar aquele spray fixador nos meus cabel
César Medeiros Durante a aula, fiquei observando-a e suas feições mudaram no instante que seu olhar ficou cravado no simulado. Seus olhos analisavam minuciosamente o papel a sua frente e não demorou muito para uma expressão de surpresa assoma-lhe o rosto. Enquanto o anjo estava com várias dúvidas ao redor da sua mente, eu só conseguia imaginar sua voz gemendo meu nome, enquanto meu pau entrava profundamente. Cada vez mais forte, cada vez mais fundo, tocando o seu ventre. Horas mais tarde me encontrava inquieto, ansioso pela expectativa do grande momento e depois que cheguei à casa de Richard, a mulher que ostentava um belo sorriso no rosto, já estava causando-me ânsia e, não via a hora de a garota surgir em minha frente. Contudo, quando ela apareceu no topo da escada, senti uma onda de eletricidade passar pelo meu corpo e uma forte luz no meu olhar, como se alguém tivesse acendido um facho. Seus olhos estavam arregalados indicando o quanto estava surpresa pela minha presença Ângela,
Ângela Souza As poucas palavras ditas por ele, me deixaram no estado de petrificação, pois, os meus pés pareciam que haviam grudados no chão, enquanto isso, o par de olhos azuis me sondava intensamente. Eu estava cada vez mais confusa e intrigada com os efeitos que a voz e o olhar de César Medeiros, causavam sobre mim e, aqui estou eu, frente a frente com o homem de beleza estonteante, que despertou a luxúria e o interesse em várias alunas, porém, era eu, a única pessoa que queria manter distância dele, que estava prestes a entrar no lugar onde por duas horas, só ficaria nós dois. — Ângela! E, o som da sua voz reverberou novamente no espaço, meus pensamentos se voltaram para minha bombinha, que estava guardada na minha bolsa e só espero que não seja preciso usá-la. — Professor! — falei em um sussurro. — Entre, por favor. Ele fez um gesto com uma das mãos, me incitando a me mover e foi inacreditável, pois, meus membros inferiores obedeceram aquele comando e, ao diminuir a distânci
César Medeiros Toda minha atenção estava direcionada para tela do meu celular. Meus batimentos ficaram alterados no momento que meu olhar caiu sobre o e-mail que tinha acabado de receber. Senti como a raiva penetrava por cada poro da minha pele, assim que o nome da infeliz surgiu entre as diversas palavras escritas no documento. Mas, antes que chegasse a ler o final, ouvi som de passos se aproximando, imediatamente, coloquei o objeto em meu bolso e me levantei. O rangido da porta ressoou no ambiente e quando ela foi aberta, o anjo surgiu em minha frente. Dei uma olhada de cima abaixo, varrendo o seu corpo com o olhar, até que finalmente meus olhos se concentraram no seu belo rosto. Embora ela estivesse usando um vestido horroroso, que era tão largo quanto a vestimenta de uma freira, mergulhei num tensão que se tornava insuportável ao imaginar o que estava escondido por debaixo daquele monte de panos em volta do seu corpo. Uma minúscula calcinha de renda preta, sem sutiã,