César Medeiros
Sentei-me na poltrona e, enquanto tomava pequenos goles da bebida que estava no copo que seguro firme em uma das mãos, meus pensamentos voam, ou melhor, dão cambalhotas, tropeçam sobre os acontecimentos de horas atrás. Quando cheguei naquele lugar, a única certeza que eu tinha, era que Santiago havia feito uma ótima descoberta, porém, nenhuma das que já tinha visto era aquilo que eu esperava. Susan era bonita, assim como várias outras que estavam no meu campo de visão, no entanto, quando a imagem da aluna desleixada surgiu em minha frente, o calor emanado do meu corpo se dissipou e aquela imagem me trouxe de volta a realidade. Jamais achei que ela seria o meu próximo alvo, pois, quando meu olhar ficou cravado na direção da garota, minha respiração ficou irregular, meus batimentos aumentaram no mesmo instante que uma temperatura escaldante tomou conta de todo o meu corpo. Era como se o meu lado predador estivesse assumido o controle do meu corpo, já que a minha presa estava ali a alguns centímetros de distância. Meu membro começou a pulsar freneticamente, me causando uma dor latejante, era como se o danado, assim como eu, já estivesse salivando em antecipação para devorar aquela coisinha deliciosa. Nunca fui de ter ereção de imediato, ainda mais ao ver somente o rosto de uma mulher, contudo, essa mexeu comigo de uma forma que não sei explicar. Nem mesmo a péssima aparência ofuscava a sua beleza natural, eu fiquei tão enfeitiçado pelo rosto angelical e aqueles olhos enormes como duas safiras, que faziam o contrate perfeito com seu belo rosto, que perdi a noção do tempo, do espaço transcorrido e só saí do estado catatônico que me encontrava, quando percebi que havia algo de errado com ela. O que de início parecia um pânico visível em seu olhar, logo tomou conta de todo o seu corpo e as feições dela começaram a mudar. Somente quando ela levou o objeto em direção a sua boca, entendi o motivo da sua expressão apavorada. Deixo as lembranças de lado e dou mais um gole no meu uísque, enquanto a imagem do rosto dela aparecia como flashes em minha frente.— Ângela... — pronunciei seu nome com prazer. Ainda sentia impregnado em minhas narinas o cheiro da sua pureza e inocência, que em breve serão roubados por mim. Ela será minha, somente minha e, entre as centenas que já tive, essa é aquela que não encontrarei obstáculos, pois, será uma verdadeira marionete em minhas mãos. Sobre a mesa de madeira, o meu celular vibra, tirando-me dos meus devaneios. Olho o nome que surgiu na tela e respiro fundo antes de atender a ligação. — Alô.— César, a reserva no restaurante foi confirmada. — Excelente, Marina. Passarei no horário combinado.— Estarei te aguardando, espero que seja pontual. — Pode ter certeza que sim...Minutos depois, encerrei a ligação. Essa é só mais uma vadia oferecida que ostenta uma aparência de faixada na frente de todos, porém, preciso manter as aparências enquanto não coloco minhas mãos em Ângela.Na manhã seguinte... A tentação ocorreu, mas não foi preciso nenhum esforço para vencê-la. A mulher parecia uma cadela no cio, contudo, a imagem daquela garota não saia dos meus pensamentos e antes que a vadia que aparenta ser santa viesse a dar o bote, como havia planejado com Santiago, o meu celular começou a tocar e desta forma, deixei a infeliz na sua casa e vim resolver um assunto que nunca nem existiu. Meus pensamentos foram interrompidos assim que passei pela porta giratória e o som da voz de Marina se fez presente a minha volta.— César, bom dia.— Bom dia! — Conseguiu resolver o assunto de ontem? — Sim. — Eu estava pens...Contraí minha mandíbula vigorosamente, enquanto minha respiração ficou pesada. Eu estava ansioso para chegar até a sala, porém, a mulher a minha frente não parava de falar e quando a raiva que pulsava nas minhas veias, correndo por todo o meu corpo, estava a ponto de trazer a torna o meu lado obscuro, o barulho que ecoou no espaço fez com que ela se calasse.— Preciso ir.Nem esperei que ela viesse a se manifestar e saí em disparada para sala que eu daria o primeiro horário de aula, era como se o tempo estivesse conspirando ao meu favor, pois, a minha última aula de hoje seria exatamente na sala de Ângela. Eu daria um jeito de começar a tecer a minha teia em volta da garota. Horas depois... — Hoje vamos revisar alguns assuntos que foram visto por vocês no ano passado. Dentro de dois dias teremos um simulado, desta forma, saberei o grau de aprendizado de cada um em relação a tudo que foi dado pelo ex-professor.Nos minutos seguintes, fizemos uma viagem no tempo. Fiquei observando a garota que tinha um gosto terrível na escolha das suas roupas. Notei que é uma excelente aluna, pois, todas as perguntas que fiz foram respondidas com precisão. No entanto, ao contrário de todas as outras, ela era a única que parecia distante. Quando faltava apenas um minuto para encerrar o meu horário, o som da voz de Susan reverberou nos quatros cantos da sala.— Professor, eu tenho uma dúvida. — Eu também— Alice falou, ela é uma morena bonita. — E eu — disse Cristina, a ruivinha da sala. Pronto! Como num piscar de olhos, elas se levantaram e vieram em minha direção. O sinal tocou e os demais alunos começaram a deixar o ambiente e antes de Alice, tapar a minha visão por completo do restante da sala, meu olhar foi de encontro a Ângela, que tinha uma expressão em seu rosto, como se estivesse vendo uma aberração e logo em seguida caminhou em direção à porta. Assim como na Alemanha, o cenário se repetia, onde as alunas esperavam o último momento para dizer que estavam com dúvidas sobre algum assunto. Sabendo que algo do tipo pudesse vir a acontecer, bastou levar uma de minhas mãos até o relógio em meu pulso, enviando o comando para Santiago, que o meu celular deu sinal de vida. Estava em evidência que com um simples estalar de dedos, qualquer uma das três estaria se derretendo na cama, enquanto se contorcia ao receber o meu pau duro contra sua boceta, que a tempo deixou de ser virgem. Assim que me livrei delas, meus olhos passearam em volta do pátio e não encontrei quem estava procurando. Não dando tempo para que o grude da Marina surgisse, segui até o meu carro, já que Santiago estava me aguardando. Quase um minuto depois, o veículo entrou em movimento e no instante que o homem no controle do volante ia seguir para a direita, a imagem que apareceu em minha frente roubou minha atenção.— Pare! Fiquei observando a garota à minha frente, pela vestimenta eu a reconheceria em qualquer lugar. Alguns metros a sua frente tinha um carro luxuoso e um chofer que certamente estava esperando alguém, mas, para minha total surpresa, assim que ela diminuiu a distância, o homem que até então estava parado, se voltou para a porta a abrindo, para logo em seguida ela entrar no automóvel. Entretanto, as dúvidas pairaram sobre mim. Por qual motivo ela andaria uma distância tão longa? Quem realmente é essa garota? As perguntas martelavam minha cabeça e só havia algo a fazer.— Santiago, você tem mais um serviço que precisa ser feito o quanto antes. Quero saber tudo sobre a vida de Ângela Sousa, pois, não importa de quem ela seja filha. Será minha de qualquer maneira.Ângela Souza Passei todo trajeto de volta para casa em silêncio. Eu estava nervosa, já que Alberto me informou que meus pais haviam chegado. Entrei em casa no instante em que minha mãe descia a escada. Fiquei parara no mesmo lugar assim que a vi, enquanto que ela se livrou do último degrau e olhou-me duramente de cima a baixo, semicerrando os olhos, como se me tivesse visto pela primeira vez na vida. Por fim, o silêncio foi quebrado quando ela e repeliu-me com indignação. — Desleixada como sempre, Ângela. Como se não me bastasse os vários defeitos que você tem. Sempre está muito mal vestida e agora a combinação ficou a pior possível com esse cabe... — Filha! Antes que ela terminasse de proferir suas palavras, que certamente iriam terminar ao dizer que tem vergonha de ter uma filha como eu, o som da voz do meu pai se fez presente. Ele logo me envolveu em um forte abraço. — Eu estava com saudades, pai. — A garotinha do papai está, cada dia, mais linda — disse isso e deu um beijo no
César Medeiros Havia um demônio adormecido dentro de mim, passei anos tentando sossegar a minha mente para não despertá-lo, mas depois de tudo que aquela maldita me fez passar, acabou acordando o meu lado mais sombrio. O menino frágil se tornou um homem poderoso, podendo e fazendo tudo que me agradasse. Gosto de luxo e não me reprimo em me dar uma vida de conforto, grandeza e luxo. Com os olhos fixos na direção do espelho da sala, ao observar minha imagem refletida nele, fico satisfeito com o que eu vejo. Estou trajando um terno com corte italiano, azul escuro, com uma impecável camisa branca, gravata de seda, sapatos de couro legítimo e relógio de ouro reluzente. Sigo em direção à garagem e quando o carro entra em movimento, concentro minha atenção no parelho que está em minhas mãos, desviando por um momento para olhar o fluxo de veículos que era intenso a minha volta, pois, a cidade que nunca dorme estava a todo vapor, não me importei com isso. O tempo foi passando e assim que o ve
Ângela Souza Meu coração pulsava com tanta força, que podia senti-lo querendo atravessar o peito. Minha respiração ficou acelerada, as minhas pernas fracas e a impressão que eu tinha, era de que a qualquer momento cairia no chão. Jamais imaginei que o amigo do meu pai, fosse justamente o professor César. Enquanto observava sua postura a minha frente, perdi a noção de espaço e do tempo. Ele me olhava da cabeça aos pés, como se estivesse apreciando a imagem diante de si, estremeci, sentindo a pele de todo o meu corpo se arrepiar e quando saí do momento de estupor em que me encontrava, as minhas pernas, que antes estavam pesadas demais sob meus joelhos, de repente voltaram ao normal me fazendo prosseguir. Eu andava com meus passos vacilantes, sob o olhar de reprovação da minha mãe, já que mudei uma das peças de roupa que ela havia escolhido. Como se eu fosse usar aquela blusa cropped, que me deixou com a sensação de estar pelada e ainda ter que passar aquele spray fixador nos meus cabel
César Medeiros Durante a aula, fiquei observando-a e suas feições mudaram no instante que seu olhar ficou cravado no simulado. Seus olhos analisavam minuciosamente o papel a sua frente e não demorou muito para uma expressão de surpresa assoma-lhe o rosto. Enquanto o anjo estava com várias dúvidas ao redor da sua mente, eu só conseguia imaginar sua voz gemendo meu nome, enquanto meu pau entrava profundamente. Cada vez mais forte, cada vez mais fundo, tocando o seu ventre. Horas mais tarde me encontrava inquieto, ansioso pela expectativa do grande momento e depois que cheguei à casa de Richard, a mulher que ostentava um belo sorriso no rosto, já estava causando-me ânsia e, não via a hora de a garota surgir em minha frente. Contudo, quando ela apareceu no topo da escada, senti uma onda de eletricidade passar pelo meu corpo e uma forte luz no meu olhar, como se alguém tivesse acendido um facho. Seus olhos estavam arregalados indicando o quanto estava surpresa pela minha presença Ângela,
Ângela Souza As poucas palavras ditas por ele, me deixaram no estado de petrificação, pois, os meus pés pareciam que haviam grudados no chão, enquanto isso, o par de olhos azuis me sondava intensamente. Eu estava cada vez mais confusa e intrigada com os efeitos que a voz e o olhar de César Medeiros, causavam sobre mim e, aqui estou eu, frente a frente com o homem de beleza estonteante, que despertou a luxúria e o interesse em várias alunas, porém, era eu, a única pessoa que queria manter distância dele, que estava prestes a entrar no lugar onde por duas horas, só ficaria nós dois. — Ângela! E, o som da sua voz reverberou novamente no espaço, meus pensamentos se voltaram para minha bombinha, que estava guardada na minha bolsa e só espero que não seja preciso usá-la. — Professor! — falei em um sussurro. — Entre, por favor. Ele fez um gesto com uma das mãos, me incitando a me mover e foi inacreditável, pois, meus membros inferiores obedeceram aquele comando e, ao diminuir a distânci
César Medeiros Toda minha atenção estava direcionada para tela do meu celular. Meus batimentos ficaram alterados no momento que meu olhar caiu sobre o e-mail que tinha acabado de receber. Senti como a raiva penetrava por cada poro da minha pele, assim que o nome da infeliz surgiu entre as diversas palavras escritas no documento. Mas, antes que chegasse a ler o final, ouvi som de passos se aproximando, imediatamente, coloquei o objeto em meu bolso e me levantei. O rangido da porta ressoou no ambiente e quando ela foi aberta, o anjo surgiu em minha frente. Dei uma olhada de cima abaixo, varrendo o seu corpo com o olhar, até que finalmente meus olhos se concentraram no seu belo rosto. Embora ela estivesse usando um vestido horroroso, que era tão largo quanto a vestimenta de uma freira, mergulhei num tensão que se tornava insuportável ao imaginar o que estava escondido por debaixo daquele monte de panos em volta do seu corpo. Uma minúscula calcinha de renda preta, sem sutiã,
Ângela Souza— Santiago, por favor, acompanhe a senhorita até meu escritório — disse César, assim que começou a subir os degraus da escada.Com passos estreitos comecei a caminhar assim que o homem a minha frente andou rumo ao escritório. Quando chegamos frente ao cômodo, a voz de Santiago reverberou pelo corredor assim que ele abriu a porta, e com alguns passos adentrei o ambiente.— Fique a vontade senhorita Ângela. Deseja algo para beber? — ele perguntou, atencioso.— Não, obrigada! — respondi, querendo logo me ver sozinha.Dito isso, ele fechou a porta e assim que ouvi o som de passos se distanciando, peguei minha mochila e segui até o sofá de couro que tinha dentro do escritório. Depois de tirar um caderno, a caneta e minha bombinha. Coloquei a bolsa na posição onde daria para câmera captar bem a imagem do centro do ambiente. Em pensar que não queria aceitar o celular que o meu pai trouxe de Moscou, pois achei um absurdo pagar tão caro por um aparelho, no entanto, agora me seria
César MedeirosDepois de aturar aquela garota irritante, mas que será útil, caso Ângela fizesse o que eu estava cogitando, fui direto para piscina. Não estava em meus planos dar aulas para mais ninguém, no entanto, vesti minha armadura do professor que tinha boa índole, exibindo um ar sério. A ninfeta até que tinha um corpo cheio de belas curvas, mas, eu já tinha um único alvo em mente, sendo assim, ela teria uma única serventia. Ser o álibi perfeito para provar a todos a minha boa conduta.Vibrei intensamente de alegria quando seus olhos caíram sobre o meu corpo ao sair de dentro da piscina. Só pelas mudanças de suas feições e o jeito como as veias saltadas do seu pescoço se contraiam, dava para ver que sua respiração estava ofegante. Momentos depois, assim que subi os degraus da escada, passos largos foram dados rumo ao meu quarto e assim que entrei no cômodo, como o notebook já estava ligado, avancei na direção do objeto e foi no exato momento que Santiago, abriu a porta e segundos