Três meses após a prisão de Oliver, Gerald Lancaster foi a julgamento.
Eu fui intimada como testemunha e me senti extremamente feliz sobre isso, pois tinha esperança em ver Oliver. Infelizmente não foi assim que aconteceu. No lugar de ver Oliver, eu tive que ver o rosto raivoso de Gee e os olhares matadores de sua filha. A senhora Lancaster não compareceu, estava internada entre a vida e a morte por ter tentado suicídio ingerindo muitas pílulas para dormir, e o efeito além de prolongado a deixou em coma.
Como eu aprendi a duras penas a não acreditar em pessoas como aquelas, eu apenas mantive a teoria de que ele forçou ela a isso para sensibilizar o júri, adiar o julgamento. Eu não sabia. Só simplesmente duvidava de tudo o que saía da sua boca.
Eu não pude ver Ollie. Quando meu nome foi chamado, Caterine apertou minha mão, e minha tia e minh
Quando meus olhos se abriram novamente, eu estava deitada em uma cama extremamente familiar para mim. Pisquei algumas vezes, tentando tomar foco diante de meus olhos, e finalmente confirmar a minha suspeita.Eu estava no apartamento que havíamos alugado em Seattle.O que diabos eu estava fazendo aqui?Me sentei na cama rapidamente, ignorando a tontura e a dor lancinante que estava sentindo em minha cabeça. Finalmente, quando tomei a visão completa do quarto, eu a vi.– Ei, P! Pensei que você não acordaria nunca mais. Eu disse para apagar você se fosse preciso, mas não por três horas inteiras. Você sabe, quando não temos muito conhecimento para esse tipo de crime, fica complicado contratar pessoas eficientes.Ela falava como se estivéssemos conversando sobre maquiagem e sapatos.– Seu pai mandou me matar também? – Eu não queria passar tant
Levou mais de treze horas para podermos sair de Seattle rumo a San Diego.Depois da explosão de desejo e carência entre Ollie e eu na escadaria do prédio, fomos encontrados por um policial, que nos escoltou para fora do local e nos levou para uma delegacia, onde ligamos para Carter, que prontamente nos encontrou. Ela estava apavorada. Abraçou Oliver e a mim como se fosse nossa mãe.– Eu não tenho mais idade para isso! – Piada, Carter não devia passar dos trinta e cinco anos, assim como seu marido quente. Não mais quente do que Ollie, mas ainda assim quente.Nós não nos demos ao trabalho de ir buscar nada naquele apartamento, apenas seguimos com nossas roupas e documentos. Nos despedimos de Carter com a promessa de que nos encontraríamos em breve. Ela nos convidou para o casamento de Simon, seu filho adotivo mais velho, e Kennedy, que aconteceria no Central Park em um piqueniq
A noite havia caído, e com ela a temperatura. Não estava frio demais, apenas aquele clima gostoso de outono, quando um casaquinho fino era o suficiente para bastar quando você estivesse dando um passeio à beira-mar. Meus cabelos e vestido voavam com o vento, e o cheiro de maresia me invadia o tempo todo, me fazendo sorrir. Olhei para as ondas prateadas e agradeci. Apenas agradeci por tudo.Cinco meses haviam se passado desde que Ollie e eu havíamos voltado para San Diego.O início foi um pouco conturbado para nós. Tivemos que nos acostumar a não fugir, não nos esconder e nem nos preocupar com qualquer ameaça ou problema.Por algum tempo, nos preocupamos com o fato de que não tínhamos com o que nos preocupar.Nós ainda tínhamos algum dinheiro, mas não seria o suficiente para comprarmos um apartamento e seguirmos com nossos planos, então renovamos
Seis anos depois...– Puta merda! – Gemi alto, me equilibrando no objeto flutuante.Eu estava cada vez melhor naquela “arte”. Outra onda pequena e sem força passou por nós, apenas nos fazendo mexer no lugar levemente. Oliver não deixou o meu centro pulsante. Continuava chupando e mordendo.– Oh, Deus! – Gritei alto quando finalmente meu orgasmo explodiu em sua boca enquanto seus dedos apertavam minhas pernas com força.Assim que desci da lua, desci da prancha também, me enganchando em Oliver. As ondas continuavam calmas e sem quebrar em nós. Abrindo o seu sorriso de comedor, falou:– Feliz aniversário de amor, rainha.– Feliz aniversário de amor, meu rei. – Sorri de volta.Seis anos que estávamos juntos. E cinco anos em que estávamos oficialmente casados. Esperamos até estarmos final
Em todos os meus nove anos de juventude, dos quatorze aos vinte e três, eu nunca havia surtado.Eu juro.Sempre fui uma menina calma, aquela que observava as outras crianças interagirem, esperando que conversassem comigo para realmente me envolver com algo. Quando cresci, não foi diferente. Eu analisava, esperava e escutava mais do que falava, isso até hoje. É mais fácil. Eu não preciso dar opinião antes de ninguém, tenho tempo para analisar todos os pontos de vista antes de colocar o meu próprio. Se isso se fizer necessário, é claro.Mas, de repente, eu estava me olhando no espelho e me via vestida em um pedaço de pano a vácuo, de cor preta, que acentuava os meus quadris largos, tinha o cabelo recém-pintado em várias mechas douradas, soltos em cachos, uma maquiagem que eu, em discordância da minha melhor amiga, considerava de puta barata. Tentava
Fiquei chocada com a apresentação, mas ao menos eu estava dando boas risadas. Ainda nem tinha visto os gorilas de sunga e gravata borboleta e, bem, eu não estava pensando no babaca do Mark. Ao menos não muito, o que era um grande avanço, considerando que ele havia terminado comigo havia pouco mais de vinte e quatro horas.De repente, comecei a ficar animada com a situação, não tanto quanto Leeta e Becca, que quicavam em suas cadeiras, mas realmente empolgada com o que aconteceria logo a seguir. Levantei minha mão, chamando o garçom, e pedi mais duas taças de espumante para mim e uma garrafa de água.– Está quente aqui. – Falei, agitando um pouco meus cabelos. As meninas nem me deram atenção, pois, naquele mesmo momento, Lolita Parker anunciava a primeira atração:– Então, senhoritas. Deem as boas-vindas ao Doutor Robert,
O Senhor Príncipe Encantado me disse para aguardar na sala de espera, que ficava entre a recepção e o salão principal da OK. Eu me sentia para lá de bêbada e precisava de ar para levar isso adiante, então o avisei que nos encontraríamos na entrada da boate. Não querendo correr o risco de encontrar Leeta e Becca ali, mandei uma mensagem para elas avisando que pegaria um táxi com o meu programa e iria para o meu apartamento, o que significava que Lee não deveria se aproximar por algumas horas.Vou passar a noite com Becca, mas estarei em casa pela manhã, com toda certeza. Sua puta. Use proteção.Lee respondeu me dando carta completamente branca para continuar com o plano. Não me dei ao trabalho de responder de volta. Me sentia um pouco melhor, ao menos não estava mais a ponto de desmaiar nos braços do meu
Eu contei ao todo seiscentos dólares, aquilo daria para pagar. Tinha que dar.Peguei um táxi até a boate e fiquei decepcionada quando cheguei. OK estava fechada. Todas as poucas luzes em volta do prédio estavam desligadas, e o letreiro também. Eu pensei que o clube funcionasse no final de semana todo.Frustrada, esperei até que um táxi passasse novamente e voltei para casa. Cheguei por volta das onze horas, não tive sinal de Leeta, talvez estivesse em seu quarto. Senti um misto de alívio e solidão tão grande, que não consegui evitar chorar.Peguei meu telefone em minha bolsa e liguei para Mark sem nem raciocinar o que estava fazendo.– Paige?– Ei. – Funguei, tentando me recompor.– Você está bem? Posso ajudar em algo? – Seu tom não era frio. Ele não parecia um babaca total, mas também não