TESSÁLIA NARRANDO
Viver aqui em Miami está sendo um sonho, no início eu não queria, era muito longe e viver com minha mãe e meu pai é tudo que eu sempre quis, eu sempre estive no morro, eu não queria ter saído de lá, mas a vida me fez parar aqui, e nossa eu transformei tudo isso em algo bom, eu aprendi a conviver aqui, eu aprendi a falar outras línguas, e também aprendi vários costumes diferente ao que eu estava acostumada, como dizem lá no morro, hoje eu sou uma "patricinha". Nunca quis ser uma patricinha, eu gostava de ser uma "favelada" como minha melhor amiga Nanda dizia, mas a partir do momento que eu fui crescendo eu fui aprendendo tantas e tantas coisas, que hoje eu sou uma pessoa melhor. O tempo que estou aqui, eu não quis arrumar um namorado, isso porque sempre priorizei os meus estudo, para futuramente pensar em arranjar um namorado, acabei que hoje cá estou sem namorar ninguém. Até porque isso nunca me fez falta, o que me deixa feliz é saber que estou realizando o sonho da minha mãe, eu tenho vivido com a minha tia, e ela é uma pessoa maravilhosa, a minha prima Rúbia, sempre esteve comigo, me ajudou em tudo, e me ensinou muitas coisas. A Rúbia, é uma mulher já feita, ela tem 22 anos, e já ficou com tantos rapazes que eu só fiquei todo o tempo observando isso porque eu nunca quis me envolver. Vez ou outra ela sempre jogou um cara na minha frente para que eu me envolvesse, mas eu não quero, eu já disse a ela, que primeiro vem meus estudos. Apesar que tem 1 mês que eu acabei meus estudos, e ela estava me chamando para irmos a uma boate, mas eu não estava muito afim, afinal eu quase nunca gostei de curtir essas coisas. Porém hoje eu estava louca para curtir um pouco, afinal eu não sou de ferro e mereço um descanso.
Rúbia: Vamos logo Tess, vamos nos atrasar, e o Cássio está nos esperando lá embaixo. - ela diz e eu reviro os olhos.
Tess: Estou indo. - digo e termino de arrumar meus cabelos, assim que finalizo coloco um perfume e saio do meu quarto, vou até ela e assim que me ver ela sorrir.
Rúbia: Está gata demais, vamos logo. - ela diz e me puxa pelo braço, a gente caminha até a porta de saída e assim que chegamos ouvimos a tia.
Tia: Olhem a hora de chegar em casa, e você Rúbia, tome conta da sua prima. - ela diz séria.
Rúbia: Parece até que ela é uma criança. - diz e da risada.
Tia: Não é criança, mas eu tenho a responsabilidade dela e você sabe. - ela diz e ela revira os olhos.
Tess: Tudo bem tia, eu vou me cuidar, e voltarei cedo. - digo sorrindo e ela sorrir.
Rúbia: Fale por você. - ela diz e me puxa porta a fora.
Seguimos as duas até o elevador, chamamos o mesmo e assim que ele chegou, a gente entrou e apertou no botão para o térreo. A gente mora em um apartamento em Miami Beach, um dos lugares mais frequentados de toda a Miami, o que me faz lembrar muito do Rio de Janeiro, aquela praia linda, e a praia daqui são incomparáveis de tão lindas. Assim que chegamos no térreo ela correu para os braços do amado, o Cássio é o namorado da Rúbia, mas vez ou outra eu pego ele me olhando, o que me incomoda, as vezes tenho vontade de falar com a Rúbia sobre o assunto, mas tenho medo dela achar que sou eu que estou dando em cima dele, coisa que não quero. Então caminhamos até o carro dele, assim que chegamos no mesmo eu entrei na parte traseira e ela na frente com ele, eu estava vestindo um conjunto, uma calça jeans e cropped preto, o que realçou o meu corpo, deixei meus cabelos soltos, abri a janela da parte traseira e coloquei o rosto do lado de fora, e enquanto ele dirigia eu sorria como uma boba, por sentir aquela brisa no meu rosto, eu estava me dando um pouco de folga, minha prima fez o mesmo colocou o rosto pra fora e ficamos rindo as duas, ela segurou minha mão e ficamos igual duas bobonas, a gente deu gargalhada da nossa idiotice. O bom de ter a Rúbia comigo é que ela é maluca e sempre está a meu lado, ela é uma das poucas que eu realmente posso confiar. Quando chegamos em frente a boate, o namorado dela estacionou e entramos as duas para dentro novamente, ele fechou as janelas e assim que estacionou a gente desceu juntas.
Rúbia: Vamos logo amor. - ela diz e puxa ele e o mesmo da risada.
Cássio: Vamos minha gostosa. - ele fala segurando na mão dela, e caminhamos os três para a entrada da boate.
Rúbia: Seu amigo colocou nosso nome na lista? - ela pergunta enquanto caminhamos.
Cássio: Colocou sim minha gatinha. - ele fala e beija seu rosto. O que me faz apenas caminhar, eu fico pensando o quão feliz eu sou por nunca ter me envolvido com ninguém, eu acho que foi uma das melhores coisas que me aconteceu, apesar que tem um garoto que vive no meu pé, o Brian, ele sempre vive querendo condição, mas eu não consigo dar condição a ninguém no momento.
Rúbia: Terra chamando Tessália. - ela me sacode e eu olho na sua direção.
Tess: Estava pensando. - digo e vamos entrando na boate.
Rúbia: Eu vou te contar, o Brian está aqui também. - ela diz e reviro os olhos.
Tess: Eu não dou condição a ele, você sabe disso, não sei porque essa insistência. - digo chateada, mas ela nem liga muito pelo que falo, ela apenas me puxa para o meio das pessoas e começa a dançar comigo e o namorado dela, minutos depois ela se agarra no namorado e o Brian acaba nos achando, ele se encosta em mim, e dança colado no meu corpo e me afasto.
Brian: O que foi? - ele pergunta e eu reviro os olhos.
Tess: Eu nunca te dei condições, e você faz isso. - digo alterada, e ele se aproxima me puxando para colar seu corpo no meu.
Brian: Não pensa assim, você sabe que eu te amo. - ele diz e eu empurro ele.
Tess: Não toca em mim Brian, eu não gosto disso. - digo brava.
Então depois de muito rejeitar ele, o mesmo se afastou, e eu fiquei ali sentada perto do bar, eu realmente me chateie, eu achei a Rúbia e chamei ela para irmos para casa, mas a mesma não quis, então eu sair da boate, peguei um taxi e fui para casa, eu estava cansada, e bem chateada, onde já se viu, tentar me agarrar dessa forma, eu não gostei disso e não quero mais sair dessa forma, se esse garoto estiver eu não vou mais. Não sou obrigada a passar por essa inconveniência, é muito ruim a gente empurrar alguém e ele continuar insistindo, se isso acontecesse no morro eu garanto que ele já tinha morrido. Sinto meus olhos marejarem, só de pensar naquele morro, sinto saudades de lá, mas não tanta quanto eu sentia quando cheguei aqui, cheguei em casa já estava amanhecendo, paguei o taxi e fui para o elevador, assim que cheguei no mesmo eu entrei nele, e apertei para o meu andar, o que não demorou muito, assim que cheguei no meu andar, sair do elevador e fui andando até a porta abrir a mesma e entrei, logo que entrei eu vi minha tia aflita ao telefone, o que me deu um aperto no peito.
Tia: Meu amor, graças a Deus que você chegou, o seu pai está no telefone. - ela diz e eu pego o telefone.
Tess: Obrigada tia, o que ta acontecendo? - pergunto pra ela.
Tia: Atenda, ele vai lhe explicar. - ela diz e concordo.
•LIGAÇÃO ON•
Tess: Pai.
Pai: Filha, onde você estava?
Tess: Tinha saído com a Rúbia, mas acabei de chegar em casa.
Pai: Entende, mas como você está? Soube que acabou o ensino médio.
Tess: Estou bem, só um pouco cansada, mas estou bem. E sim eu acabei tem um mês.
Pai: Fico feliz que isso tenha acontecido. Mas eu te liguei por outro motivo.
Tess: Pode falar pai, cadê minha mãe?
Pai: É sobre ela mesmo que te liguei.
Tess: Pode falar pai, estou ouvindo.
Pai: Então minha princesa, eu sei que notícia por telefone nunca é bom, mas acredite é difícil.
Tess: Está me assustando pai.
Pai: Eu preciso que você pegue o primeiro avião para o Brasil e venha para o morro, vou transferir todo o dinheiro para você vim aqui.
Tess: O que aconteceu?
Pai: Sua mãe inventou de trocar tiro na invasão e foi me salvar, então ela acabou sendo atingida, e eu preciso que você venha agora, ou pode ser tarde.
Tess: Não pai, isso é uma brincadeira né? - digo e começo a chorar desesperadamente.
Pai: Vou transferir agora, não espere muito vem logo, vou desligar o médico está vindo da notícias.
•LIGAÇÃO OFF•
Assim que ele desligou as lágrimas molhava meu rosto, eu não sabia o tamanho da dor que eu estava sentindo naquele momento, eu não sei o que fazer, mas sei que preciso me segurar firme, para chegar no aeroporto e pegar um voo para o Brasil o mais rápido possível, a minha tia estava chorando do outro lado, e ela já devia saber o que estava acontecendo, eu corri no quarto e fiz minha mala, peguei tudo que iria precisar e sair as pressas do quarto, a minha tia se levantou e veio junto comigo, a gente saiu de casa, e foi para o elevador, assim que descemos, a gente se bateu com a Rúbia, a mesma ao ver minha mala, ela me agarrou e perguntou o que estava acontecendo, eu estava chorando muito, mas a tia conseguiu explicar pra ela, então nós três fomos para o aeroporto, a gente não demorou muito, pois como a Tia tem carro foi mais rápido de chegarmos. Assim que chegamos eu corri até um terminal e comprei a minha passagem, a moça que me vendeu disse que meu voo é o próximo e que eu aguardasse. Assim que me aproximei de minha tia eu abracei ela.
Tia: Minha princesa, vai dar tudo certo, não tenha medo e confie em Deus. - ela diz enquanto me abraça.
Rúbia: Eu queria ir com você, mas eu não sabia de nada, estou sem nada para ir. - ela diz e me abraça.
Tess: Não se preocupem, eu vou ficar bem, e quando você quiser ir, vá. - digo sentindo as lágrimas caírem pelo meu rosto.
Tia: Minha menina, vá e volte quando quiser, não sei se quando chegar lá você vai preferir ficar lá, ou você vai voltar, mas nossa casa é sua casa sempre. - ela diz e suas lágrimas molham seu rosto.
Rúbia: Vou sentir saudades. - diz chorando.
Tess: Eu volto assim que minha mãe estiver bem. - digo e enxugo as lágrimas das duas e ouvimos a chamada do meu voo. - Bom até breve. - digo tentando tranquilizar elas, e seguro minha pequena mala, abraço as duas e vou andando para a área de embarque, assim que entro arrumo minha mala dentro do avião, como ela é pequena posso levar ela comigo, respirei fundo, eu tenho 6 horas e meia de voo até o Rio de Janeiro. Respirei fundo e me aconcheguei na poltrona do avião, e minutos depois o avião decolou, eu estava todo minuto em oração, eu queria que minha mãe saísse dessa com saúde, e que eu pudesse chegar a tempo, eu chorei em silêncio enquanto orava pela vida da minha mãezinha.
Depois de 6 horas e meia de viagem cheguei no Rio de Janeiro, quando desembarquei eu corri até um ponto de taxi e peguei o primeiro que me apareceu, entrei e dei o endereço, e o mesmo me levou até a barreira do morro do alemão, assim que cheguei eu paguei e desci do carro, assim que fui caminhando apressada, eu vi um movimento estranho, o pessoal tudo agitado, até que cheguei perto e um vapor me parou.
Vapor: Aí ruiva, vai subir pra onde? - ele pergunta.
Tess: Eu sou a Tessália, filha do Lobo. - digo e ele me olha estranho.
Vapor: Você é filha da dona Liz? Bem que você parece com ela. - ele diz e me da passagem.
Tess: Sou sim, filha deles. - digo e vou subindo, no meio da ladeira perto do postinho, ouvir uma senhora falando.
Senhora: A senhora Liz acabou de falecer, ela não resistiu aos ferimentos. - quando ouvir isso eu gritei, e acabei caindo no chão, eu estava desesperada, a dor que me atravessou foi muito maior que eu podia esperar, eu fiquei no chão por alguns minutos chorando muito até que o JN chegou ali.
JN: Vem minha menina. - ele me da sua mão e eu seguro, ele me puxa para seus braços e me abraça forte. - Eu sinto muito minha pequena. - ele diz e eu choro ainda mais.
Tess: Isso é mentira né tio? - pergunto e ele fica em silêncio.
JN: Minha pequena, venha, vou lhe levar até seu pai. - ele diz e vai me puxando, ele me leva até o postinho, e eu vi meu pai de costas pra porta, eu estava tão mal, eu me tremia tanto que o MG percebeu que eu estava ali e tocou nele, ele olhou para trás e ficou ali paralisado me olhando, eu não pensei muito, corri na sua direção e me grudei nele, eu chorei desesperadamente no seu ombro.
LOBO NARRANDOFalar com a Tessália me fez ver que ela não era mais aquela menininha que vivia pendurada no meu pescoço, a tia dela acabou me contando que ela já tinha acabado de terminar os estudos o que foi ótimo para ela, mas passar 8 anos longe do morro certamente modificou toda a sua personalidade, eu sei que ela é já é uma mulher, e certamente quando vim para o Brasil vai trazer algum namorado ou noivo com ela, o que não é de se esperar. Desde que ela foi embora eu sempre evitava conversar com ela, era muito dolorido para mim, eu criei essa menina até a idade que foi embora, mas precisei me afastar eu não queria que ela descobrisse nunca que eu não era seu pai, afinal eu sempre quis ser pai, mas eu nunca de fato quis tentar nada com a Liz, eu só conseguia ver ela como uma irmã, então era impossível que eu ficasse com ela, muitos aqui da comunidade sempre soube que eu não tocava dela, porque se eu tocasse nada, eu não procuraria fora, ou não sei, a minha mente me prega várias peça
TESSÁLIA NARRANDOQuando eu vi o meu pai ali, eu não pensei muito, eu apenas corri na sua direção e abracei ele, eu chorei, mas chorei muito, eu estava tão nervosa, e aquilo não podia ter sido verdade, eu estava em um pesadelo, e eu precisava acordar, precisava sair daquele sonho ruim. Eu estava tão desesperada, era uma dor tão forte que eu não sabia como estava aguentando essa dor. Então meu pai se afastou um pouco e colocou suas mãos no meu rosto me fazendo olhar pra ele, e eu falei o quanto estava doendo sentir aquilo. Fiquei um pouco agarrada no meu pai até que a Gabrielle apareceu ali, eu sei que ela e minha mãe tinha um tipo de amizade, mais eu nunca entende muito, afinal eu sempre fui uma menina que gostava de viver dentro de casa, mas minha mãe sempre dizia que não confiava nela, e isso eu ouvia as vezes quando ela conversava com a senhora Maria. A Gabrielle até tocou no meu ombro e falou que sentia muito, mas infelizmente eu não conseguia responder, eu estava muito mal e eu p
LOBO NARRANDOEu fiquei um pouco ali conversando com o JN antes de entrar, eu sabia que a Tessália não iria está muito bem, afinal perder alguém que amamos como a mãe é algo que jamais vamos entender ou saber o que é a perda de alguém, mas como eu já tinha perdido a minha mãe, eu sabia um pouco da dor, mas eu não conseguia deixar ela sair para doer em mim. Mas infelizmente eu sentir a dor da perda da Liz, afinal de contas desde de crianças a gente foi muito ligado um ao outro, até que chegou esse dia horrível e doloroso, para mim doeu por eu ter ficado todos esses anos ao lado dela, e nunca ter dado mais valor a mulher que conviveu comigo por tantos anos. Sei que não será fácil depois explicar para a Tessália tudo que aconteceu e que acontece, uma hora ou outra eu vou ter que enfrentar as minhas dores, mas espero que esse dia nunca chegue de ter que demonstrar toda a minha dor. Então acabei entrando e o JN foi resolver o resto do velório, assim que entrei eu olhei ao redor e vi tudo e
TESSÁLIA NARRANDOA minha queda de pressão acabou fazendo meu pai me pegar nos braços, foi algo que eu achei que daria conta de caminhar até o caixão da minha mãe, porém foi mais forte que eu, a minha vida estava completamente destruída, e eu sabia que a partir daquele momento seria apenas eu e meu pai no mundo, onde eu não saberia como reagir, até porque eu fui sempre mais próxima a minha mãe, meu pai quase não falava comigo quando ela ligava, eu nunca entendi os motivos dele, mas um dia eu creio que eu vá compreender tudo isso. Assim que ele me colocou sentada na cadeira que estava ao lado da minha mãe, eu não aguentei ver ela ali sem vida, eu chorei desesperadamente, eu me joguei em cima dela, e chamei por ela. Chamei tanto por ela, que eu não aguentava ficar em pé, meu pai me segurava de um lado e a Nanda do outro, eu não estava bem com isso, eu sentia tudo ao meu redor se desfazendo e não podia fazer nada para impedir, eu apenas queria trocar de lugar, eu queria que ela estivesse
LOBO NARRANDOPerceber o quão frágil a Tessália estava, acabou com as minhas barreiras, eu sabia que a morte da Liz não iria ser nada fácil, tudo era muito ruim, olhar para todos os lados e não ver ela ali, seria horrível. Não que eu via ela como mulher, afinal eu sempre vi ela como uma irmã, uma irmã que eu nunca tive, e ao assumir ela, eu nunca deixei de cumprir com minhas obrigações, sempre mantive ela com tudo que ela tinha direito. A Tessália foi um brinde, essa menina mudou completamente a minha vida, cuidar dela, e fazer ela crescer de uma forma madura foi a minha melhor escolha, acredito que se o pai dela estivesse vivo daria a vida por ela, até porque ele sempre foi muito firmeza, e agora ela só tem a mim, porque jamais poderemos contar com a ajuda da família da Liz do nordeste, afinal eles sempre rejeitaram ela, mas eu e minha mãe sempre acolhemos ela, sempre fizemos dela uma boa pessoa, e hoje infelizmente ela se foi. Eu caminhava com a Tess nos braços até chegar em casa. A
TESSÁLIA NARRANDOEu acabei dormindo por mais ou menos uma hora, e o resto da noite eu não conseguir dormir, a minha dor não me permitia dormir, eu não conseguia deixar o sono me levar, eu acabaria sonhando, o que eu não quero sonhar, pelo menos não agora, eu fiquei quieta na cama, pois a Nanda tinha dormido e eu não queria acordar ela, eu fiquei ali chorando a minha dor, a saudade da minha mãe estava tão forte que quando eu olhei no celular eu vi algumas fotos dela e as minhas lágrimas caíam uma após a outra, eu não conseguia ver a foto dela e saber que eu não cheguei a tempo de dizer tanta coisa para ela. Mas eu tenho certeza que um dia eu conseguirei superar tudo isso que estou vivendo, eu sei que para tudo existe um propósito, e tenho absoluta certeza que eu vou passar por esse obstáculo na minha vida. Eu vou confiar em Deus, e deixar ele agir na minha vida. Minha vida está um pouco conturbada, mais eu sei que para tudo Deus tem um propósito e eu creio nisso, então fiquei ali por
LOBO NARRANDOEu acabei dormindo ali com ela, algo que eu tinha que apenas está ali para dar apoio moral e proteção para a minha pequena, mais as vezes eu me pergunto o porque eu sinto que tem algo faltando? Porque eu não consigo parar de pensar tantas coisas confusa na minha mente? Respirei fundo e ao me acordar, eu fui me soltando do corpo dela, fiquei um tempinho observando ela dormir, e logo em seguida eu sair do quarto dela, eu vou cuidar dos afazeres e depois eu vou pedi uma pizza para comer com ela, afinal eu sei que ela mal ta se alimentando, e super compreensivo, ela perdeu a mãe, e eu super compreendo ela, mas eu sei que com o meu apoio, em breve ela vai sair desse poço que ela está, e eu estarei sempre ao lado dela. Eu tenho que da uma passada na casa de uma das minhas putas, vou ver se passo na casa da Elaine pra dar um trato naquela puta, e depois eu volto pra casa. Então ao sair do quarto da Tessália, eu fui para o meu, fui me arrumar para da um pulo lá na boca. Então qu
TESSÁLIA NARRANDOEu não tinha ânimo para nada, mas a minha cabeça fervia, e sinceramente eu estava tão mal com tudo, que apenas a revolta estava tomando conta de mim, eu podia está ao lado da minha mãe todos esses anos, mas ela preferiu me mandar para longe dela, e eu não sei e nunca entenderei os motivos dela. Isso me deixou um pouco cismada e os dias foram se passando e eu só conseguia ficar dentro de casa, a Nanda sempre veio me visitar e pedia para que eu saísse do quarto, mais minha cabeça estava a mil todos os dias, eu ficava pensando, até que hoje eu acordei disposta a sair desse quarto, estou farta de viver dentro do quarto, já faz uns dias que tudo aconteceu, acredito que já faz 1 mês que a minha mãe se foi, e ela sempre me disse para que eu jamais ficasse triste, e eu vou fazer o que ela dizia, ser feliz e curtir a vida que tenho, pois o meu luto eu guardarei dentro de mim, essa dor ficará presente todos os dias, e eu vou ter isso comigo. Então quando a Nanda chegou eu já e