— Ei! — Taylor A gritou de forma que lhe assustou, mas em seu olhar havia um pouco de arrependimento.
— Ela tentou me machucar! — Emma a acusou enquanto se fazia de vítima, ele vai em direção a Emma e vê a marca da unha de Elizabeth em seu rosto.
— Como se atreve!? — Ele retorna a encarando com raiva.
— Ela é a amante e não eu! Como pode ainda defendê-la? Tudo que você disse… todos nossos juramentos… — Perguntou em lágrimas ainda sentada no chão.
Taylor sorriu meio amargo enquanto encarava o teto demonstrando ceticismo, em seguida direcionou seu olhar de asco para Elizabeth.
— Você… eu só queria te usar, eu queria que você se entregasse a mim e então eu te deixaria.
Elizabeth ficou sem reação o encarando petrificada.
— Quatro anos? Só para isso?
— Não! — Solta um riso discreto. — Também por pena, e… além disso, você era bonita, os caras te cobiçava mesmo nesses trapos… — Ele desce seu olhar analisando suas roupas percebendo que já não eram as mesmas. — Mesmo parecendo asquerosa e descuidada os homens sempre querem se aproximar, eu só fui mais esperto, uma moça virgem e ingênua, bom… mas não tão ingênua assim, afinal era esperta, se entregar só depois do casamento, até que você sabe defender o que acredita. — comentou indiferente.
— A aliança?
— Isso? Um anel velho de esquina que menti ser uma joia de família, olha… — Suspirou se agachando para lhe encarar nos olhos, ao mesmo tempo que prestava atenção no quanto ela estava diferente, literalmente parecia outra Elizabeth. — Desde o início, eu nunca me casaria com uma mulher tão simples como você, eu não posso… não tendo um sobrenome como o meu, você seria a vergonha da minha família e eu seria até mesmo deserdado por me envolver com uma mulher pobre e sem futuro como você, entenda Elizabeth, pessoas como você estão fadadas a serem funcionários medíocres em empresas que nunca vai enxergar valor nenhum em você, por mais que seja tão inteligente, você sempre será uma sombra e nada, além disso, e… — Ele se levanta estendendo a mão para Emma que orgulhosamente se posiciona ao seu lado. — Emma também é como eu, somos pessoas importantes e pessoas como nós não podemos nos misturar.
Elizabeth ficou por alguns minutos sem reação enquanto ouvia cada palavra e gravava em seu coração enquanto a mágoa crescia.
— Ela é tão patética, não sei como aguentou por tantos anos alguém tão… sei lá, inútil, nem mesmo lhe serviu como mulher. — Resmungava Emma enquanto Taylor se mantinha em silêncio, discretamente engolia em seco se sentindo confuso.
Elizabeth finalmente se levantou, enxugou as lágrimas tentando manter a dignidade, com o olhar baixo escondendo a frieza em meio a dor, ela tira a aliança e j**a contra o peito de Taylor, seu olhar frio o deixou um pouco receoso parecia que algo havia mudado em seguida se retirando do quarto.
— Que atrevida… — Resmungou Emma pegando a aliança e jogando na lata de lixo.
Assim que saiu do apartamento Elizabeth seguiu pela estrada a pé, andou quase um quilômetro sozinha até se sentar a beira da estrada sentindo só tornozelos doerem, estavam vermelhos devido aos saltos que mesmo não sendo tão altos estavam causando dor e desconforto ainda mais após Taylor a empurrar, já fazia tanto tempo que só usava tênis que aquilo estava sendo uma tortura.
Após perceber que estava longe o suficiente do apartamento, ela deixou finalmente as lágrimas caírem sem se conter.
Em meio a dor se lembrou dos sinais que ela ignorava, ao mesmo tempo que se perguntava há quanto tempo ele a traia a ponto de Emma já ser considerada a sua noiva.
Então ela se lembrou que a algum tempo Emma vinha implicando e lhe dando indiretas, então suspeitava que ele poderia estar lhe traindo por quase um ano.
Havia tantos sinais, mas Elizabeth tinha o costume de ignorar qualquer pessoa por sempre estarem falando mal dela, exceto sua melhor amiga com quem ela mora e quem lhe ajudava a suportar as adversidades que lhe sobrevinham, mas naquele momento só havia ela e sua dor e sua vontade de ficar sozinha até que a dor passasse.
Naquele mesmo horário Richard Campbell acabara de sair da mesma universidade em que Elizabeth estuda, estava na hora do almoço e por isso seguiria para um restaurante após sua frustrada busca por uma moça que se chamava Eliza Ferrari
Por algum motivo, ele tinha em mãos uma lista de garotas minuciosamente selecionadas, aquele homem de aparência marcante e de presença notável, mantinha um ar sério enquanto seguia para a saída do campus Elêusis.
— Está frustrado por não encontrar a primeira garota da lista? — Perguntou seu guarda costa e também melhor amigo Alfred. — Veja quantas garotas estão tomadas pela sua presença, qualquer uma delas aceitaria um acordo milionário com você.
— Eu não quero qualquer pessoa, quero uma mulher esperta e com um pouco de juízo, quero me livrar do acordo com a família Leblanc, mas não estou desesperado para escolher qualquer mulher e essa tal Eliza… ela parece ser bastante inteligente.
— Além de bem bonita também, mas não acha que a família Campbell vai se sentir traída?
— Não esqueça que eles mesmo me deram uma brecha, se eu já estiver casado caso milagrosamente a mimada Elizabeth aceitar o casamento, eu já estarei casado e eles não poderão me obrigar a me casar com ela.
— Você parece não gostar dessa moça. — Sugeriu Alfred.
— Você sabe, tenho problemas com mulheres mimadas e Elizabeth não passa de uma mulher que vive à sombra dos pais, sendo escondida e mimada, ela faz o que quer com eles e por isso o acordo ainda não foi firmado. — Comentava com desgosto.
— Ok… — Suspirou Alfred parando em frente ao seu carro. — Eu vou voltar à empresa, tenho algumas coisas para resolver, está tudo bem se eu te deixar sozinho?
— Sabe que gosto de almoçar sozinho.
Richard entrou em seu carro e jogou a prancheta com as informações das moças, e dirigiu em direção a um restaurante que ele tinha costume de ir, a viagem estava tranquila por causa do horário, mas o sinal vermelho era sempre algo a atrapalhar sua viagem.
— Parece que hoje estou pegando todos os sinais vermelhos possíveis. — Resmunga tendo que parar pela quarta vez.
Ele suspira pesadamente enquanto observa ao redor, até perceber uma moça sentada a beira da estrada sozinha e a alguns metros um homem estranho se aproximando com a mão na cintura demonstrando que estava indo em direção a ela para lhe assaltar.
Ele franze o cenho surpreso ao reconhecê-la, aquela era a tal Eliza Ferrari que estava no topo da lista de mulheres que ele separou, ele tinha uma ficha completa dela.
Capítulo 4. Proposta descabida — Ei, se afaste dela! — Vociferou ao sair do carro a alguns metros em frente a Elizabeth. — O quê? — Murmurou ela confusa ao olhar na mesma direção que o homem, então avistou o bandido que se assustou e correu por causa de Richard. — Você deveria tomar mais cuidado, o que está fazendo a beira da estrada? — Perguntou indo em sua direção. Elizabeth se levanta, porém, cai no chão ao tentar recuar e cai sobre a grama. — O que quer? — Perguntou assustada com a visão ainda embaçada limpando as lágrimas. — Você é tão descuidada. — Resmungou segurando em seu pulso a ajudando a se levantar. — O que está fazendo em um lugar como esse? — Quem é você? — Rosnou ela se afastando assustada. — Droga… — Murmurou ele inaudível se afastando dela. — Você estuda no campus Elêusis, não é? Ele engole em seco tentando disfarçar em meio a uma postura ereta e imponente, mas ela o encarou desconfiada enquanto tenta o reconhecer, mas nunca havia visto aquele homem antes —
Capítulo 5. Acordo entre seus pais.Elizabeth ficou alguns minutos em silêncio observando enquanto Richard limpava a garganta desconfortável novamente mantendo seu olhar disperso e com a postura ereta observava o lado de fora do carro pelo vidro da frente— Qual é! Cada um com seus problemas! — Berrou enfurecida tentando abrir a porta. — O carro está trancado. — Avisou demonstrando calma.— Me deixe sair, eu nunca vou me casar com você, odeio essa gente rica que acha que pode ter tudo e nos tratar de qualquer jeito só porque tem muito dinheiro.— Não falei nada ofensivo para você, só te dei a chance de sua vida, você poderá viver bem pelo resto de sua vida, qualquer moça pobre que nem você aceitaria.— Há, mais essa! Como se o dia já não tivesse sido ruim o suficiente.— Aceite o acordo e tenha a vida que toda garota sonha.— Você acha que as coisas funcionam assim? Todos pensam assim? — Perguntou com os lábios trêmulos e olhar triste. — Eu não quero ser forçada a me casar com ninguém
Capítulo 6 destinadosJá era noite, o pai de Elizabeth estava em seu escritório junto a sua esposa, a mesma estava ansiosa enquanto andava de um lado a outro.— Você acha que ela viu? — Perguntou ansiosa.— Eu já mostrei, o investigador disse que ela entrou ainda quando eles estavam lá.— E o Campbel mais velho? Ele continua disponível para o casamento?— Apesar de Richard ser um homem cobiçado, e ele aparecer muito pouco para isso, ele não encontraria uma esposa tão rápido, ele é tão calculista e minucioso que não escolheria qualquer mulher nem que fosse para nos despistar e me fazer cumprir a minha palavra.— Você não sabe se ele realmente não encontrou alguém, se eu fosse você não contaria com a frieza daquele homem, ele pode simplesmente querer usar qualquer mulher quando se trata de um assunto tão importante.— Não esse homem, não é do tipo. — Bom… qual o prazo pelo menos?— Na verdade, espero que ainda amanhã Elizabeth se decida, quero que ela possa se casar antes de seus irmãos
Capítulo 7. o esperado sim — Senhorita Kalgazar… — Murmurou seu nome com desprezo, ainda assim mantendo a compostura ao afastar as mãos dela. — Não estou com tempo agora, mas assim que estiver tomado uma decisão eu te encontro. — Avisou secamente. — Eu espero que possamos nos ver em breve, sei que serei a pessoa adequada para ser a pessoa que você procura. Ela recua e se retira seguindo para o grupo de amigas que a esperava. — Não mesmo… — Suspirou indiferente enquanto mantinha seu olhar em direção contrária ao que ela ia, se lembrando de Eliza. “Não sei o que está acontecendo para que ela esteja em meus pensamentos assim” seguia pensativo. Elizabeth, mas sua amiga Gaby estão no campo do campus onde os alunos se reúnem para sentar na grama, ela tenta mais uma vez segurar as lágrimas, mesmo que seja quase impossível. — Quando você vai parar de vir aqui, sei que isso te machuca, então… — Eu… eu só preciso vê, ver até que doa tanto que eu deseje a morte, mas invés de me matar eu
Capítulo 8 o homem com quem vou me casar Elizabeth mal conseguiu descansar, seguiu para o jardim onde ficou caminhando até tarde, ficava pensando em como Taylor reagiria em saber que ela de repente estava casada, mas também estava com medo não tinha ideia como era o homem com quem se casaria, isso deixava seu peito ainda mais aflito, em segundos ela pensava em mil possibilidades e infernos que poderia viver nas mãos daquele homem que seu pai intitula ser alguém que vai lhe deixar segura. Após muito pensar isso só piorou sua insônia, ainda assim ela entrou em seu quarto se trancou e tentou, pela manhã bem cedo ela acordou com a sua mãe abrindo a cortina de sua grande janela iluminando todo o quarto. — Mãe! — Protestou ao mesmo tempo que as empregadas entraram ansiosas. — Se levante, ok? Mesmo que seja um casamento às cegas, vamos fazer isso ser perfeito, hoje mesmo você vai casar e… está tudo sendo preparado às pressas. — E esse vestido? — Perguntou indiferente quando a empregada c
Capítulo 9 entregue a quem eu odeio. Elizabeth estava pronta e ansiosa, ela mantinha seu olhar fixo no relógio de mesa na sua cômoda, se torturando com cada minuto que passava como se estivessem voando. — Mãe, esse relógio está quebrado? — Perguntou aborrecida o virando para esconder sua tela. — O que acha? Está demorando demais? Eu sei, estou tão ansiosa. — Comentou empolgada atraindo o olhar sério de Elizabeth que fica pasma. — Não! É ao contrário, está passando tão rápido, de repente falta menos de uma hora, eu estou… — Liz… não sei como você pode aceitar isso… é tão assustador. — Resmungou Gaby aflita. — Meu deus! Como você está linda! — Anunciou Brian encantado com a sua irmã de noiva. — Nunca pensei que veria uma noiva tão linda. — Comemorou Ryuk. — Vamos, desfile para vermos como ficaria andando se houvesse um altar. — Vocês… ao menos vocês estão com a cabeça no lugar. — Resmungou e seguida ajeitando a postura se pondo a andar. A noiva estava deslumbrante em seu lindo v
Capítulo 10 discreta atração O casamento para Elizabeth estava sendo como um funeral, constantemente seu estômago revirava. Após o forçado “sim” e a cerimônia ser concluída com os contratos assinados, não houve mais contato entre eles. Ela permaneceu no salão, já que seu pai não a permitia sair. — Então? — Perguntou Gaby, receosa. — Eu só quero sair daqui quanto antes! — Resmungou, enquanto observa furtivamente Richard, que está ao lado de seu pai e sua mãe, todos concentrados em uma conversa animada. Seus pais sorriam animados, e Richard tentava parecer receptivo, mesmo que não sorrisse. No entanto, em poucos segundos de contato, seu olhar se cruzou com o olhar emburrado de Elizabeth, o que era uma das poucas coisas que o fazia sentir vontade de rir, embora isso não passasse de vontade. — Aquele cretino, como se atreve a prosseguir com o casamento. — Continua a resmungar. — Por que continua reclamando? Ele não parece ser tão ruim, mesmo que as circunstâncias não sejam das melho
Capítulo 11. Acordo ou ameaça. Richard aceitou prontamente o convite da mãe de Elizabeth que o convidou para dançar assim que os viu se afastando. Elizabeth, generosa, presenteou cada um dos irmãos com uma canção. — Irmãos... meu pé está latejando e esta atmosfera está começando a me deixar nervosa. Vou dar um passeio lá fora e deixar vocês cuidarem de Gaby, que parece estar bastante desanimada. — Você está tramando algo, Elizabeth? — perguntou Brian, desconfiado, pois conhecia bem sua irmã. — Não é nada de mais, apenas me deixem sozinha. Elizabeth se retirou, atravessando o salão até uma das varandas, onde se sentou em um banco perto do parapeito. Suspirou aliviada ao tirar finalmente os saltos que estavam machucando seu tornozelo. Enquanto isso, Richard continuava conversando distraído com seus pais, como se Elizabeth não estivesse presente. — Ainda acredito que você e Elizabeth podem se dar bem. É um pouco estranho, após terem sido marido e mulher, continuam distantes — comen