3. Um estranho conhecido

Capítulo 3

— Ei! — Taylor A gritou de forma que lhe assustou, mas em seu olhar havia um pouco de arrependimento.

— Ela tentou me machucar! — Emma a acusou enquanto se fazia de vítima, ele vai em direção a Emma e vê a marca da unha de Elizabeth em seu rosto.

— Como se atreve!? — Ele retorna a encarando com raiva.

— Ela é a amante e não eu! Como pode ainda defendê-la? Tudo que você disse… todos nossos juramentos… — Perguntou em lágrimas ainda sentada no chão.

Taylor sorriu meio amargo enquanto encarava o teto demonstrando ceticismo, em seguida direcionou seu olhar de asco para Elizabeth.

— Você… eu só queria te usar, eu queria que você se entregasse a mim e então eu te deixaria.

Elizabeth ficou sem reação o encarando petrificada.

— Quatro anos? Só para isso?

— Não! — Solta um riso discreto. — Também por pena, e… além disso, você era bonita, os caras te cobiçava mesmo nesses trapos… — Ele desce seu olhar analisando suas roupas percebendo que já não eram as mesmas. — Mesmo parecendo asquerosa e descuidada os homens sempre querem se aproximar, eu só fui mais esperto, uma moça virgem e ingênua, bom… mas não tão ingênua assim, afinal era esperta, se entregar só depois do casamento, até que você sabe defender o que acredita. — comentou indiferente.

— A aliança?

— Isso? Um anel velho de esquina que menti ser uma joia de família, olha… — Suspirou se agachando para lhe encarar nos olhos, ao mesmo tempo que prestava atenção no quanto ela estava diferente, literalmente parecia outra Elizabeth. — Desde o início, eu nunca me casaria com uma mulher tão simples como você, eu não posso… não tendo um sobrenome como o meu, você seria a vergonha da minha família e eu seria até mesmo deserdado por me envolver com uma mulher pobre e sem futuro como você, entenda Elizabeth, pessoas como você estão fadadas a serem funcionários medíocres em empresas que nunca vai enxergar valor nenhum em você, por mais que seja tão inteligente, você sempre será uma sombra e nada, além disso, e… — Ele se levanta estendendo a mão para Emma que orgulhosamente se posiciona ao seu lado. — Emma também é como eu, somos pessoas importantes e pessoas como nós não podemos nos misturar.

Elizabeth ficou por alguns minutos sem reação enquanto ouvia cada palavra e gravava em seu coração enquanto a mágoa crescia.

— Ela é tão patética, não sei como aguentou por tantos anos alguém tão… sei lá, inútil, nem mesmo lhe serviu como mulher. — Resmungava Emma enquanto Taylor se mantinha em silêncio, discretamente engolia em seco se sentindo confuso.

Elizabeth finalmente se levantou, enxugou as lágrimas tentando manter a dignidade, com o olhar baixo escondendo a frieza em meio a dor, ela tira a aliança e j**a contra o peito de Taylor, seu olhar frio o deixou um pouco receoso parecia que algo havia mudado em seguida se retirando do quarto.

— Que atrevida… — Resmungou Emma pegando a aliança e jogando na lata de lixo.

Assim que saiu do apartamento Elizabeth seguiu pela estrada a pé, andou quase um quilômetro sozinha até se sentar a beira da estrada sentindo só tornozelos doerem, estavam vermelhos devido aos saltos que mesmo não sendo tão altos estavam causando dor e desconforto ainda mais após Taylor a empurrar, já fazia tanto tempo que só usava tênis que aquilo estava sendo uma tortura.

Após perceber que estava longe o suficiente do apartamento, ela deixou finalmente as lágrimas caírem sem se conter.

Em meio a dor se lembrou dos sinais que ela ignorava, ao mesmo tempo que se perguntava há quanto tempo ele a traia a ponto de Emma já ser considerada a sua noiva.

Então ela se lembrou que a algum tempo Emma vinha implicando e lhe dando indiretas, então suspeitava que ele poderia estar lhe traindo por quase um ano.

Havia tantos sinais, mas Elizabeth tinha o costume de ignorar qualquer pessoa por sempre estarem falando mal dela, exceto sua melhor amiga com quem ela mora e quem lhe ajudava a suportar as adversidades que lhe sobrevinham, mas naquele momento só havia ela e sua dor e sua vontade de ficar sozinha até que a dor passasse.

Naquele mesmo horário Richard Campbell acabara de sair da mesma universidade em que Elizabeth estuda, estava na hora do almoço e por isso seguiria para um restaurante após sua frustrada busca por uma moça que se chamava Eliza Ferrari

Por algum motivo, ele tinha em mãos uma lista de garotas minuciosamente selecionadas, aquele homem de aparência marcante e de presença notável, mantinha um ar sério enquanto seguia para a saída do campus Elêusis.

— Está frustrado por não encontrar a primeira garota da lista? — Perguntou seu guarda costa e também melhor amigo Alfred. — Veja quantas garotas estão tomadas pela sua presença, qualquer uma delas aceitaria um acordo milionário com você.

— Eu não quero qualquer pessoa, quero uma mulher esperta e com um pouco de juízo, quero me livrar do acordo com a família Leblanc, mas não estou desesperado para escolher qualquer mulher e essa tal Eliza… ela parece ser bastante inteligente.

— Além de bem bonita também, mas não acha que a família Campbell vai se sentir traída?

— Não esqueça que eles mesmo me deram uma brecha, se eu já estiver casado caso milagrosamente a mimada Elizabeth aceitar o casamento, eu já estarei casado e eles não poderão me obrigar a me casar com ela.

— Você parece não gostar dessa moça. — Sugeriu Alfred.

— Você sabe, tenho problemas com mulheres mimadas e Elizabeth não passa de uma mulher que vive à sombra dos pais, sendo escondida e mimada, ela faz o que quer com eles e por isso o acordo ainda não foi firmado. — Comentava com desgosto.

— Ok… — Suspirou Alfred parando em frente ao seu carro. — Eu vou voltar à empresa, tenho algumas coisas para resolver, está tudo bem se eu te deixar sozinho?

— Sabe que gosto de almoçar sozinho.

Richard entrou em seu carro e jogou a prancheta com as informações das moças, e dirigiu em direção a um restaurante que ele tinha costume de ir, a viagem estava tranquila por causa do horário, mas o sinal vermelho era sempre algo a atrapalhar sua viagem.

— Parece que hoje estou pegando todos os sinais vermelhos possíveis. — Resmunga tendo que parar pela quarta vez.

Ele suspira pesadamente enquanto observa ao redor, até perceber uma moça sentada a beira da estrada sozinha e a alguns metros um homem estranho se aproximando com a mão na cintura demonstrando que estava indo em direção a ela para lhe assaltar.

Ele franze o cenho surpreso ao reconhecê-la, aquela era a tal Eliza Ferrari que estava no topo da lista de mulheres que ele separou, ele tinha uma ficha completa dela.

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