6. destinados a ser

Capítulo 6 destinados

Já era noite, o pai de Elizabeth estava em seu escritório junto a sua esposa, a mesma estava ansiosa enquanto andava de um lado a outro.

— Você acha que ela viu? — Perguntou ansiosa.

— Eu já mostrei, o investigador disse que ela entrou ainda quando eles estavam lá.

— E o Campbel mais velho? Ele continua disponível para o casamento?

— Apesar de Richard ser um homem cobiçado, e ele aparecer muito pouco para isso, ele não encontraria uma esposa tão rápido, ele é tão calculista e minucioso que não escolheria qualquer mulher nem que fosse para nos despistar e me fazer cumprir a minha palavra.

— Você não sabe se ele realmente não encontrou alguém, se eu fosse você não contaria com a frieza daquele homem, ele pode simplesmente querer usar qualquer mulher quando se trata de um assunto tão importante.

— Não esse homem, não é do tipo.

— Bom… qual o prazo pelo menos?

— Na verdade, espero que ainda amanhã Elizabeth se decida, quero que ela possa se casar antes de seus irmãos irem para os Estados Unidos, eles não vão pensar em ir até ter certeza que a irmã caçula deles está bem.

Assim que Elizabeth chegou seu pai ouviu passos pesados dela passando em frente a sua porta, imediatamente saiu.

— Querida? — Chamou ele observando ela seguir de mau-humor.

Ela interrompeu os passos, ainda assim não se virou para o encarar.

— Oi, pai… — Sua voz soa sem ânimo. — Eu e Taylor não estamos mais juntos. — Avisou secamente.

— Eu sei.

— Como é? — Perguntou se virando para o encara, ele ergueu imediatamente as sobrancelhas em seguida desaprovando ao ver sua face um pouco inchada.

— Olha isso… estava chorando por aquele homem?

— O que você queria? E como sabia que eu terminei?

— Bom… além de não ter trazido ele como havíamos combinado…

Elizabeth sabia quando seu pai estava mentindo, e quando ele desviou o olhar ela ficou cética.

— Você armou mais uma, não é?

— Sabia que pensaria isso.

Ele a encarou com frieza prestes a repreendê-la, mas seus lábios trêmulos e olhar entristecido ela vai em direção ao pai.

— Tudo bem… — Suspirou ele ternamente a esperando de braços abertos. — Você tem que começar a aprender, não devemos confiar em ninguém, mesmo que sejamos ricos ou pobres, somos enganados não importa a classe, esse homem nunca mereceria você.

— Eu não sei… eu já me dediquei tanto às outras coisas e… eu prometi que mostraria o quanto eu consigo me virar sozinha.

— Não duvido de seu potencial, mas deveria tentar parar de lutar contra seu destino, se quer algo realmente bom, fique com o que escolhi para você.

— Alguém que eu não amo?

— Apenas pense sobre isso, me dê uma resposta após cinco dias, se concordar verá que não é uma escolha ruim, mas se disser não, eu desisto e faço as coisas do jeito mais arriscado, mesmo que nossa família tenha maiores chances de perder.

— Tudo bem…

Ela segue para seu quarto e mais uma vez volta a chorar, era frustrante a sua vida perfeita cair em pedaços.

Pela manhã Zeus contou a seus dois filhos, irmãos mais velhos de Elizabeth, tudo que havia acontecido e o que ele havia descoberto sobre o homem que Elizabeth havia escolhido.

Ryuk e Brian apoiavam Elizabeth nesse relacionamento e ficaram surpresos com tudo que havia sido descoberto, além das fotos que o pai deles tinha de Elizabeth saindo do prédio.

Elizabeth, mesmo sem ânimo, decidiu se levantar e ir para a faculdade, mesmo sabendo que Taylor estaria lá, mas esse era o principal motivo.

Gaby ficou surpresa quando viu a sua amiga aparecer em frente a escadaria, estava bem-vestida, chamava um pouco de atenção, mas ninguém desconfiava de quem ela era.

— Pensei que ficaria em casa. — Comentou Gaby surpresa, ela analisou a amiga de cima baixo e ajeitou o óculos em cima do boné de beisebol do time que ela torce. — Uau… da lama ao luxo, querida. — Brincou batendo palmas discretamente.

— Eu… — Murmurou sem forças ao subir o primeiro degrau.

— Você está com uma cara horrível, não deveria ter vindo, está deixando claro a sua derrota. — Disse Gaby percebendo os olhares curiosos atrás delas.

Gaby olhou furtivamente por cima dos ombros para ver quem vinha atrás e ficou surpresa, ao mesmo tempo que tirou os óculos escuros do topo da cabeça e colocou no rosto de Elizabeth.

— O que está fazendo?

— Vamos subir, só não olhe para trás. — Alertou-lhe enquanto todos cochichavam. — Gaby até tentou puxar-lhe escada acima.

— Uau… eles fazem um casal tão perfeito. — Comentou uma das meninas, o que fez Elizabeth se virar para encarar o casal atencioso que subiu a escada.

Era Emma e Taylor, eles pareciam duas celebridades daquele campus e eram, conhecidos como a segunda e a terceira família mais rica.

Elizabeth continuou os encarando por trás dos óculos, sem reação nenhuma, Gaby por sua vez suspirava aliviada porque ninguém reconhecia a sua amiga agora.

— Não preste…

Gaby nem terminou de falar, Elizabeth seguiu em alvoroço para dentro do campus, parado apenas quando encontrou um banheiro onde entrou e debruçou sobre a pia, ligando a água e lavando o rosto para esconder as lágrimas.

— Aquele desgraçado… ele não vai me ver chorar! — Anunciou se encarando no espelho com raiva, limpando as lágrimas agressivamente após jogar o chapéu e óculos sobre a pia.

— Boom… eu não vou te dizer nada, afinal ele sempre foi… sei lá, parecia verdadeiro desde que… ele ia até seu trabalho, meu trabalho para te ver. — Comentou Gaby desconcertada.

— Que se foda! — Rosnou seguindo para fora do banheiro.

Ela saiu de forma tão abrupta que se bateu contra o braço de um homem.

— Desculpa!

Jogou as palavras de forma agressiva sem nem mesmo olhar em quem foi que havia se batido.

— Desculpa… — Murmurou Gaby perdendo a falar ao analisar o homem da cabeça aos pés.

Seus lábios formaram um O em sinal de surpresa logo após disfarçar.

— Sinto muito! — Anunciou e correu atrás de Elizabeth.

— Hum… Eliza Ferrari, parece que de alguma forma estamos destinados a nos ver. — Comentou sorrindo discretamente com um olhar sutilmente leviano, porém não foi atrás, Richard Campbell continuou seu caminho até a sala do diretor.

Mas antes mesmo que conseguisse girar a maçaneta, uma moça segurou em seu pulso de forma sutil apenas para chamar sua atenção.

— Sobre… o assunto… você sabe, podemos conversar? — Perguntou a moça esperançosa, ao mesmo tempo que disfarçava um sorriso de orgulho em saber que era uma das poucas ao se aproximar dele.

Richard percebeu os olhares em sua direção, movimentando apenas seus olhos, ele encara a moça nos olhos em seguida a sua mão segurando a abotoadura de seu blazer.

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