Capítulo 5. Acordo entre seus pais.
Elizabeth ficou alguns minutos em silêncio observando enquanto Richard limpava a garganta desconfortável novamente mantendo seu olhar disperso e com a postura ereta observava o lado de fora do carro pelo vidro da frente— Qual é! Cada um com seus problemas! — Berrou enfurecida tentando abrir a porta.— O carro está trancado. — Avisou demonstrando calma.— Me deixe sair, eu nunca vou me casar com você, odeio essa gente rica que acha que pode ter tudo e nos tratar de qualquer jeito só porque tem muito dinheiro.— Não falei nada ofensivo para você, só te dei a chance de sua vida, você poderá viver bem pelo resto de sua vida, qualquer moça pobre que nem você aceitaria.— Há, mais essa! Como se o dia já não tivesse sido ruim o suficiente.— Aceite o acordo e tenha a vida que toda garota sonha.— Você acha que as coisas funcionam assim? Todos pensam assim? — Perguntou com os lábios trêmulos e olhar triste. — Eu não quero ser forçada a me casar com ninguém. Qual o problema de vocês? Ninguém mais liga para uma união tão importante, algo que deve ser feito por amor e não por interesses?— No mundo em que vivemos, o amor nunca é posto a mesa, sempre negócios, acordos entre outros, você está sendo dramática, aquela casa rústica em que você mora está caindo aos pedaços, você pode viver como uma rainha, sem precisa servir a ninguém, muito menos a mim, eu não te obrigaria a ter obrigações de mulher comigo, mesmo sendo tão atraente, não sou do tipo que forçaria.— Já disse! Eu nunca vou me casar com você, além disso, você é do tipo que tem plano B, na verdade, o alfabeto todo. — Apenas pegue sua lista e vá para próxima, ela deve ter menos valores.Richard sorri encarando cético.— Está falando de valores? Quais? Por causa desses valores fantasmas da sua cabeça, vai ficar sempre assim na ruína, pessoas como você sempre perdem grandes oportunidades de crescer e você está tendo uma chance rara, qualquer mulher ficaria de joelhos para estar ao meu lado.— Sei… muito modesto.— Estou sendo realista.— Se fosse assim, você não estaria pagando qualquer uma para estar ao seu lado, por isso… abra a porta, já estou de saco cheio dessa conversa!— Eliza! Aceite o acordo, não é algo ruim, estou te oferecendo uma condição de vida melhor.— Prefiro morrer! — Rosnou se afastando dele.— Só o que faltava, eu não deveria insistir, ainda mais para uma mulher tão insignificante que tem um ego tão inflado, pode ser por causa desse colar caro, parece que você já encontrou alguém que lhe compre essas coisas.— O que quer dizer? — Perguntou sem reação.— Que você… já tem alguém que compra você com joias caras, afinal você não tem nem onde cair morta…Um estalo soa alto dentro do carro enquanto Richard fica mudo, a palma da mão de Elizabeth fica dolorida após atingir com toda força o rosto de Richard.Ele aperta os punhos a encarando enfurecido, naquele momento ela se arrependeu por sua coragem, afinal não tinha nem mesmo como correr, pensou que ele revidar de alguma forma, mas ele apenas ajeitou o colarinho como um gesto para relaxar enquanto sente sua face arder.— Saia do meu carro, espero que nunca mais nossos caminhos se cruzem, nunca! Nenhuma mulher se atreveu... — Ele endurece a mandíbula ainda contendo a raiva e vontade de a gritar.Apesar de tomado pela raiva, ele percebeu o quanto ela ficou coagida após o atingir, mas também, em tamanho, Richard era intimidador para ela que só tinha 1,68 de altura, enquanto ele estava na faixa de 1,82 de altura.Assim que Richard abriu a porta ela saiu descalça deixando seus sapatos no carro dele, ela nem mesmo olhou para trás enquanto as lágrimas caiam, em meio ao alívio e a frustração pelo tratamento e palavras de Richard misturado aos acontecimentos com seu ex namorado.Richard pensava em seguir para a faculdade e tentar encontrar outra garota, mas preferiu ir para casa para se acalmar.Elizabeth não estava muito longe da casa de sua babá, ela se sentia com sorte por ele não ter descoberto sua verdadeira casa, ela caminhou por quase dez minutos, descalça e com os pés doloridos.— Liz! Por que está descalça? — Perguntou Gabrielly, sua melhor amiga e confidente.— Gaby… — Choramingou abraçando sua amiga. — Esse de longe é um dos piores dias da minha vida… — Balbuciou enquanto Gaby acaricia seu cabelo.Ela contou tudo que aconteceu após seguirem para o quarto em que as duas compartilhavam dormindo em camas separadas, os móveis eram novos e o local arrumado, ainda assim tinha o aspecto de uma casa antiga.— Sabe… — Murmurou Gaby desconfortável. — Esse lugar, essa vida, nada disso é para você, está na hora de voltar para casa, por que não volta? — Perguntou enquanto Elizabeth está jogada na cama com o rosto debaixo do travesseiro.— Antes ser ofendida por ser simples, do que enganada e sendo iludida por pessoas interesseiras que só vão se dar bem comigo por causa do meu dinheiro, você é tão sortuda, sabia?— Verdade, é uma benção você ainda confiar em mim depois de todos esses pés na bunda que você leva. — Comentou com deboche.— Pensei que estava tentando me consolar, além disso, estou falando que ninguém nunca vai se aproximar de você por interesse. — Resmungou jogando um travesseiro contra a amiga, em seguida se levantando.— Isso até saberem de quem eu sou amiga. — Resmungou com a voz inaudível.— Estou cansada de tudo isso, ainda mais depois que… aquele desgraçado me traiu!— Bom… chega de chorar não é? — Perguntou observando Elizabeth limpando as lágrimas de forma que revelava sua face vermelha. — O que está pensando?— O que me resta… é voltar para casa e acabar com toda essa farsa, além disso… eu não vou deixar barato o que ele fez comigo, ninguém vai pisar em uma Leblanc.Seu olhar trazia uma frieza em meio a uma determinação.Gaby ajudou Elizabeth a arrumar suas coisas, ao menos o básico que tinha ali, sabia que nada daquelas roupas seriam úteis na sua mansão por serem roupas que ajudaram ela a se misturar às pessoas mais comuns e trabalhar na lanchonete.Capítulo 6 destinadosJá era noite, o pai de Elizabeth estava em seu escritório junto a sua esposa, a mesma estava ansiosa enquanto andava de um lado a outro.— Você acha que ela viu? — Perguntou ansiosa.— Eu já mostrei, o investigador disse que ela entrou ainda quando eles estavam lá.— E o Campbel mais velho? Ele continua disponível para o casamento?— Apesar de Richard ser um homem cobiçado, e ele aparecer muito pouco para isso, ele não encontraria uma esposa tão rápido, ele é tão calculista e minucioso que não escolheria qualquer mulher nem que fosse para nos despistar e me fazer cumprir a minha palavra.— Você não sabe se ele realmente não encontrou alguém, se eu fosse você não contaria com a frieza daquele homem, ele pode simplesmente querer usar qualquer mulher quando se trata de um assunto tão importante.— Não esse homem, não é do tipo. — Bom… qual o prazo pelo menos?— Na verdade, espero que ainda amanhã Elizabeth se decida, quero que ela possa se casar antes de seus irmãos
Capítulo 7. o esperado sim — Senhorita Kalgazar… — Murmurou seu nome com desprezo, ainda assim mantendo a compostura ao afastar as mãos dela. — Não estou com tempo agora, mas assim que estiver tomado uma decisão eu te encontro. — Avisou secamente. — Eu espero que possamos nos ver em breve, sei que serei a pessoa adequada para ser a pessoa que você procura. Ela recua e se retira seguindo para o grupo de amigas que a esperava. — Não mesmo… — Suspirou indiferente enquanto mantinha seu olhar em direção contrária ao que ela ia, se lembrando de Eliza. “Não sei o que está acontecendo para que ela esteja em meus pensamentos assim” seguia pensativo. Elizabeth, mas sua amiga Gaby estão no campo do campus onde os alunos se reúnem para sentar na grama, ela tenta mais uma vez segurar as lágrimas, mesmo que seja quase impossível. — Quando você vai parar de vir aqui, sei que isso te machuca, então… — Eu… eu só preciso vê, ver até que doa tanto que eu deseje a morte, mas invés de me matar eu
Capítulo 8 o homem com quem vou me casar Elizabeth mal conseguiu descansar, seguiu para o jardim onde ficou caminhando até tarde, ficava pensando em como Taylor reagiria em saber que ela de repente estava casada, mas também estava com medo não tinha ideia como era o homem com quem se casaria, isso deixava seu peito ainda mais aflito, em segundos ela pensava em mil possibilidades e infernos que poderia viver nas mãos daquele homem que seu pai intitula ser alguém que vai lhe deixar segura. Após muito pensar isso só piorou sua insônia, ainda assim ela entrou em seu quarto se trancou e tentou, pela manhã bem cedo ela acordou com a sua mãe abrindo a cortina de sua grande janela iluminando todo o quarto. — Mãe! — Protestou ao mesmo tempo que as empregadas entraram ansiosas. — Se levante, ok? Mesmo que seja um casamento às cegas, vamos fazer isso ser perfeito, hoje mesmo você vai casar e… está tudo sendo preparado às pressas. — E esse vestido? — Perguntou indiferente quando a empregada c
Capítulo 9 entregue a quem eu odeio. Elizabeth estava pronta e ansiosa, ela mantinha seu olhar fixo no relógio de mesa na sua cômoda, se torturando com cada minuto que passava como se estivessem voando. — Mãe, esse relógio está quebrado? — Perguntou aborrecida o virando para esconder sua tela. — O que acha? Está demorando demais? Eu sei, estou tão ansiosa. — Comentou empolgada atraindo o olhar sério de Elizabeth que fica pasma. — Não! É ao contrário, está passando tão rápido, de repente falta menos de uma hora, eu estou… — Liz… não sei como você pode aceitar isso… é tão assustador. — Resmungou Gaby aflita. — Meu deus! Como você está linda! — Anunciou Brian encantado com a sua irmã de noiva. — Nunca pensei que veria uma noiva tão linda. — Comemorou Ryuk. — Vamos, desfile para vermos como ficaria andando se houvesse um altar. — Vocês… ao menos vocês estão com a cabeça no lugar. — Resmungou e seguida ajeitando a postura se pondo a andar. A noiva estava deslumbrante em seu lindo v
Capítulo 10 discreta atração O casamento para Elizabeth estava sendo como um funeral, constantemente seu estômago revirava. Após o forçado “sim” e a cerimônia ser concluída com os contratos assinados, não houve mais contato entre eles. Ela permaneceu no salão, já que seu pai não a permitia sair. — Então? — Perguntou Gaby, receosa. — Eu só quero sair daqui quanto antes! — Resmungou, enquanto observa furtivamente Richard, que está ao lado de seu pai e sua mãe, todos concentrados em uma conversa animada. Seus pais sorriam animados, e Richard tentava parecer receptivo, mesmo que não sorrisse. No entanto, em poucos segundos de contato, seu olhar se cruzou com o olhar emburrado de Elizabeth, o que era uma das poucas coisas que o fazia sentir vontade de rir, embora isso não passasse de vontade. — Aquele cretino, como se atreve a prosseguir com o casamento. — Continua a resmungar. — Por que continua reclamando? Ele não parece ser tão ruim, mesmo que as circunstâncias não sejam das melho
Capítulo 11. Acordo ou ameaça. Richard aceitou prontamente o convite da mãe de Elizabeth que o convidou para dançar assim que os viu se afastando. Elizabeth, generosa, presenteou cada um dos irmãos com uma canção. — Irmãos... meu pé está latejando e esta atmosfera está começando a me deixar nervosa. Vou dar um passeio lá fora e deixar vocês cuidarem de Gaby, que parece estar bastante desanimada. — Você está tramando algo, Elizabeth? — perguntou Brian, desconfiado, pois conhecia bem sua irmã. — Não é nada de mais, apenas me deixem sozinha. Elizabeth se retirou, atravessando o salão até uma das varandas, onde se sentou em um banco perto do parapeito. Suspirou aliviada ao tirar finalmente os saltos que estavam machucando seu tornozelo. Enquanto isso, Richard continuava conversando distraído com seus pais, como se Elizabeth não estivesse presente. — Ainda acredito que você e Elizabeth podem se dar bem. É um pouco estranho, após terem sido marido e mulher, continuam distantes — comen
Capítulo 12 Naquele dia, os pais de Elizabeth não estavam em casa, pois estavam em um jantar de negócios e não poderiam acompanhá-la. Isso, na verdade, era um alívio para ela. Quando Richard a informou que estava esperando por ela em frente ao portão, ela desceu para encontrá-lo. No entanto, ao avistá-la, ele ficou petrificado, enquanto ela se aproximava lentamente, evitando manter contato visual. Assim que ela chegou ao portão, ele recobrou a compostura e abriu a porta do carro para que ela entrasse. Como era de se esperar, ela hesitou e tentou seguir em direção à porta dos fundos. — Não pense em fazer o que está pensando. — Richard a alertou. — Eu não quero sentar ao seu lado. — Elizabeth, querida, eu não vou deixar minha linda esposa senta no banco dos fundos, a herdeira Campbel deve chegar ao meu lado. — você só quer me exibir? — Exatamente, apenas entre e dance conforme a música. Assim que entraram no carro, Richard nunca se sentiu tão desconfortável ao lado de uma mulher.
a má fama de ElizabethApesar da admiração de muitos, Elizabeth estava sendo alvo de fofocas também, principalmente de grupos que Emma se juntava.— Ela não é nada além de alguém que tenta seduzir homens ricos, meu Taylor que seria uma das vítimas dessa golpista.— Fico surpresa que Taylor sendo um dos solteiros mais cobiçados por tantos anos acabou dando espaço a uma qualquer, ele desceu muito no meu conceito. — Resmungou uma das moças enquanto observava com asco o casal.— Não importa que ele esteja com ela, não vai durar muito, até porque Richard parece que a comprou já que é uma golpista ela não vai durar muito e isso significa que ele já está aberto a relacionamentos, não sei vocês, mas assim que isso acabar, eu vou tentar.— Vai sonhando, eu vou conseguir, eu tenho um jeito mais sofisticado.— Bom… — Murmurou a outra apontando para Elizabeth ao se servir. — Vai ter que no mínimo ser mais sofisticada que ela.— Por Deus, basta ser de uma boa família que já está acima dela, golpist