— Ei, se afaste dela! — Vociferou ao sair do carro a alguns metros em frente a Elizabeth.
— O quê? — Murmurou ela confusa ao olhar na mesma direção que o homem, então avistou o bandido que se assustou e correu por causa de Richard.
— Você deveria tomar mais cuidado, o que está fazendo a beira da estrada? — Perguntou indo em sua direção.
Elizabeth se levanta, porém, cai no chão ao tentar recuar e cai sobre a grama.
— O que quer? — Perguntou assustada com a visão ainda embaçada limpando as lágrimas.
— Você é tão descuidada. — Resmungou segurando em seu pulso a ajudando a se levantar. — O que está fazendo em um lugar como esse?
— Quem é você? — Rosnou ela se afastando assustada.
— Droga… — Murmurou ele inaudível se afastando dela. — Você estuda no campus Elêusis, não é?
Ele engole em seco tentando disfarçar em meio a uma postura ereta e imponente, mas ela o encarou desconfiada enquanto tenta o reconhecer, mas nunca havia visto aquele homem antes
— Quem é você?
— Eu sou um dos contribuintes daquele lugar.
Ela franze o cenho confusa, já que conhecia todos que tinham investimentos naquela escola.
— Como assim? — Perguntou confusa o analisando de cima a baixo e pelas suas roupas percebeu que não era um homem comum, além de seu carro ser um dos modelos mais caros.
“Nada modesto…” pensou contorcendo a face em desaprovação.
— Empresas R&K. - respondeu de imediato, ela ergue as sobrancelhas surpresa.
— Ohm… eu nunca tinha visto nenhum dos representantes das empresas R&K, você é?
— Bom… me chamo Kennedy. — Mentiu em seguida pigarreando se sentindo desconfortável.
— Desculpe, eu fui um pouco grossa, obrigada por afugentar aquele homem.
— Para onde está indo? Por aqui não passa muitos táxis, posso te levar. — Sugeriu a deixando insegura.
— Não sei…
— Pode confiar, é mais seguro eu te levar do que ter que caminhar… com os pés machucados assim. — Comentou enquanto analisava a mesma dos pés à cabeça, mesmo que ela tentasse disfarçar seus tornozelos estavam inchados.
“Pensei que era uma moça simples, essas roupas nem mesmo perecem réplica, nem o colar e nem o sapato”
— Eu realmente prefiro caminhar.
— Não se preocupe, apenas me diga onde te deixar e eu te levo.
— Tudo bem.
Ela comprime os lábios, receosa e também desencorajada a continuar o evitando.
Ele lhe oferece seu antebraço para que ela se apoie a possa caminhar com segurança.
— Eu vou no banco dos fundos, por favor. — Pediu quando ele tentou abrir a porta da frente.
— Claro.
Assim que entraram no carro seguiram viagem para o endereço que ela indicou, em poucos minutos de estrada Richard viu seu celular vibrar ao receber uma chamada.
/O casamento vai acontecer em breve! — Leu a mensagem que o deixou amargo.
Ele diminui a velocidade do carro observando Elizabeth pelo retrovisor, seu olhar vacilante revelava sua ansiedade como se quisesse fazer algo, enquanto ela percebia seu olhar e disfarçava ao mesmo tempo que demonstrava insegurança, internamente se arrependia por aceitar a carona, mas não se importava tanto.
Richard suspirou pesadamente mais uma vez encarando com desgosto a mensagem em seguida jogando o celular no banco vazio ao seu lado.
Parecia que seus planos poderiam ser frustrados mais rápido do que ele pensava, mas vendo Elizabeth ali, ele pensou que talvez o destino estivesse ao seu favor.
Elizabeth por sua vez agora estava curiosa ao ver no banco ao seu lado uma pasta preta, furtivamente ela esticou os braços e afastou brevemente a capa da pasta para ver o que estava ali guardado e ficou surpresa que a primeiro coisa que viu foi sua foto, um pequena que só tinha seu rosto, colada no topo da folha, ela arrebatou rapidamente a pasta e folheou a páginas que ali tinha vendo as diversas fotos de diferentes moças.
Richard estacionou o carro de forma abrupta subindo no acostamento ao ver que ela tinha pego a pasta.
“Droga! Quão descuidado eu fui agora!" Pensou preocupado ao sair do carro seguindo para o banco dos fundos se sentando ao lado de Elizabeth que se encolheu para longe assustada com a reação dele.
— Quem disse que podia mexer em minhas coisas! — Vociferou com a voz apertada.
— Quem disse que você pode investigar coisas sobre mim? Quem você pensa que é? - rosnou de volta.
— Você não ouviu quem eu sou? — Perguntou rispidamente tentando pegar a folha da mão de Elizabeth que reluta afastando a folha.
— Me devolva isso! — Rosnou mal percebendo o quanto estava próximo dela ao avançar contra o corpo da moça que se inclinava para trás tentando afastar as folhas dele.
Ele tentava pegar as folhas até o perfume adocicado invadir suas narinas o despertando o fazendo voltar a si, por um momento seus olhos se encontraram e ele pode observar aquela figura esbelta de olhar esperto o encarando assustada e mesmo assim tendo uma reação ríspida que demonstrava estar lutando contra seu medo.
Elizabeth em meio ao desconforto daquele desconhecido tão próximo ela o afasta com as mãos sobre seu tórax o empurrando, por um momento ela pode observar e perceber o quanto aquele desconhecido tinha uma boa aparência.
Richard ajusta a postura na cadeira após desistir de recuperar as folhas. Seu olhar compenetrado a ignorava. Ela avalia seu rosto simetricamente harmonioso, enquanto ele endurece a mandíbula e transpassa os braços, permitindo que ele releia todas as informações coletadas.
Ela queria saber o que ele havia conseguido descobrir, tinha medo que ele estivesse atrás dela por causa de sua fortuna.
— Ah… — Suspirou aliviada o encarando furtivamente em seguida pegando a pasta.
Folheou com mais atenção lendo cada folha de forma rápida em seguida demonstrando surpresa.
— Por que todas as mulheres? O que está querendo?
— Bom… — Sorri de forma amarga, mas ainda assim, ele parecia ainda mais atraente. — Já não tenho mais tempo a perder, vou direto ao ponto, e se eu disser que estou buscando uma esposa ideal? - perguntou repentinamente mudando de humor lhe passando um ar de mistério.
— O quê? — Perguntou cética. — A faculdade agora é site de relacionamento?
— Não, eu só estava tentando encontrar uma mulher disposta a aceitar um acordo de casamento temporário e como pode perceber você está no topo da lista.
— Mais essa! — Resmungou com ironia.
— Você acha que sou o tipo que aceita uma coisa dessa?
— Você está namorando alguém? — Perguntou curioso.
— Você estava me investigando e não sabe?
— Nada confirmado realmente, já que tem muitos homens que estão próximos, você além de inteligente, parece bastante popular entre os homens.
Comentou ele sorrateiro se virando para a encarar, percebendo suas bochechas rubras.
— Do que está falando? Só havia… — Parou de falar pensativa. — Só havia uma menina perto de mim, não havia nenhum homem e nunca existiu.
— Eliza Ferrari, eu não me importaria se tivesse ou não, o que estou te oferecendo é melhor que qualquer relacionamento. — Seu tom soa arrogante, ao mesmo tempo que ele tenta se aproximar intencionalmente dela ao perceber seu desconforto, não havia medo, só uma moça que agora engolia em seco e tentava evitá-lo.
— Até parece que eu iria me prestar a um papel desses, mesmo que tenha poder, não significa que pode comprar tudo que quer.
— Eu não quero comprar, só estou… olha, eu nunca diria isso a ninguém, mas estou desesperado. — Seu tom soa falso, ele nem mesmo demonstrava qualquer emoção. — Preciso de uma esposa… porque… — Ele vacilava em suas palavras enquanto ela esperava já levando como mentira.
Ele lhe encarou e sorriu fingindo vergonha a fim de a enganar, mesmo com todas essas reações, ele não passava nada do que queria de forma sincera, já que ele só conhecia um tipo de emoção e essa o deixava indiferente e amargo, sorri não era seu forte, mesmo que fosse lindo quando fazia.
— É um pouco vergonhoso, mas a minha família quer que eu me case com uma mulher que não amo, porque já tenho 36 anos e nem mesmo tenho filhos.
— Quer que eu tenha filhos com você? Seu sádico!
— Não! Eu quero apenas um casamento de fachada, não quero nada de você, apenas que aceite se casar comigo, por, pelo menos, dois anos e prometo te liberar após isso, você não precisa nem mesmo morar comigo. — Fez proposta, esperançoso, ela era a sua única chance agora.
Capítulo 5. Acordo entre seus pais.Elizabeth ficou alguns minutos em silêncio observando enquanto Richard limpava a garganta desconfortável novamente mantendo seu olhar disperso e com a postura ereta observava o lado de fora do carro pelo vidro da frente— Qual é! Cada um com seus problemas! — Berrou enfurecida tentando abrir a porta. — O carro está trancado. — Avisou demonstrando calma.— Me deixe sair, eu nunca vou me casar com você, odeio essa gente rica que acha que pode ter tudo e nos tratar de qualquer jeito só porque tem muito dinheiro.— Não falei nada ofensivo para você, só te dei a chance de sua vida, você poderá viver bem pelo resto de sua vida, qualquer moça pobre que nem você aceitaria.— Há, mais essa! Como se o dia já não tivesse sido ruim o suficiente.— Aceite o acordo e tenha a vida que toda garota sonha.— Você acha que as coisas funcionam assim? Todos pensam assim? — Perguntou com os lábios trêmulos e olhar triste. — Eu não quero ser forçada a me casar com ninguém
Capítulo 6 destinadosJá era noite, o pai de Elizabeth estava em seu escritório junto a sua esposa, a mesma estava ansiosa enquanto andava de um lado a outro.— Você acha que ela viu? — Perguntou ansiosa.— Eu já mostrei, o investigador disse que ela entrou ainda quando eles estavam lá.— E o Campbel mais velho? Ele continua disponível para o casamento?— Apesar de Richard ser um homem cobiçado, e ele aparecer muito pouco para isso, ele não encontraria uma esposa tão rápido, ele é tão calculista e minucioso que não escolheria qualquer mulher nem que fosse para nos despistar e me fazer cumprir a minha palavra.— Você não sabe se ele realmente não encontrou alguém, se eu fosse você não contaria com a frieza daquele homem, ele pode simplesmente querer usar qualquer mulher quando se trata de um assunto tão importante.— Não esse homem, não é do tipo. — Bom… qual o prazo pelo menos?— Na verdade, espero que ainda amanhã Elizabeth se decida, quero que ela possa se casar antes de seus irmãos
Capítulo 7. o esperado sim — Senhorita Kalgazar… — Murmurou seu nome com desprezo, ainda assim mantendo a compostura ao afastar as mãos dela. — Não estou com tempo agora, mas assim que estiver tomado uma decisão eu te encontro. — Avisou secamente. — Eu espero que possamos nos ver em breve, sei que serei a pessoa adequada para ser a pessoa que você procura. Ela recua e se retira seguindo para o grupo de amigas que a esperava. — Não mesmo… — Suspirou indiferente enquanto mantinha seu olhar em direção contrária ao que ela ia, se lembrando de Eliza. “Não sei o que está acontecendo para que ela esteja em meus pensamentos assim” seguia pensativo. Elizabeth, mas sua amiga Gaby estão no campo do campus onde os alunos se reúnem para sentar na grama, ela tenta mais uma vez segurar as lágrimas, mesmo que seja quase impossível. — Quando você vai parar de vir aqui, sei que isso te machuca, então… — Eu… eu só preciso vê, ver até que doa tanto que eu deseje a morte, mas invés de me matar eu
Capítulo 8 o homem com quem vou me casar Elizabeth mal conseguiu descansar, seguiu para o jardim onde ficou caminhando até tarde, ficava pensando em como Taylor reagiria em saber que ela de repente estava casada, mas também estava com medo não tinha ideia como era o homem com quem se casaria, isso deixava seu peito ainda mais aflito, em segundos ela pensava em mil possibilidades e infernos que poderia viver nas mãos daquele homem que seu pai intitula ser alguém que vai lhe deixar segura. Após muito pensar isso só piorou sua insônia, ainda assim ela entrou em seu quarto se trancou e tentou, pela manhã bem cedo ela acordou com a sua mãe abrindo a cortina de sua grande janela iluminando todo o quarto. — Mãe! — Protestou ao mesmo tempo que as empregadas entraram ansiosas. — Se levante, ok? Mesmo que seja um casamento às cegas, vamos fazer isso ser perfeito, hoje mesmo você vai casar e… está tudo sendo preparado às pressas. — E esse vestido? — Perguntou indiferente quando a empregada c
Capítulo 9 entregue a quem eu odeio. Elizabeth estava pronta e ansiosa, ela mantinha seu olhar fixo no relógio de mesa na sua cômoda, se torturando com cada minuto que passava como se estivessem voando. — Mãe, esse relógio está quebrado? — Perguntou aborrecida o virando para esconder sua tela. — O que acha? Está demorando demais? Eu sei, estou tão ansiosa. — Comentou empolgada atraindo o olhar sério de Elizabeth que fica pasma. — Não! É ao contrário, está passando tão rápido, de repente falta menos de uma hora, eu estou… — Liz… não sei como você pode aceitar isso… é tão assustador. — Resmungou Gaby aflita. — Meu deus! Como você está linda! — Anunciou Brian encantado com a sua irmã de noiva. — Nunca pensei que veria uma noiva tão linda. — Comemorou Ryuk. — Vamos, desfile para vermos como ficaria andando se houvesse um altar. — Vocês… ao menos vocês estão com a cabeça no lugar. — Resmungou e seguida ajeitando a postura se pondo a andar. A noiva estava deslumbrante em seu lindo v
Capítulo 10 discreta atração O casamento para Elizabeth estava sendo como um funeral, constantemente seu estômago revirava. Após o forçado “sim” e a cerimônia ser concluída com os contratos assinados, não houve mais contato entre eles. Ela permaneceu no salão, já que seu pai não a permitia sair. — Então? — Perguntou Gaby, receosa. — Eu só quero sair daqui quanto antes! — Resmungou, enquanto observa furtivamente Richard, que está ao lado de seu pai e sua mãe, todos concentrados em uma conversa animada. Seus pais sorriam animados, e Richard tentava parecer receptivo, mesmo que não sorrisse. No entanto, em poucos segundos de contato, seu olhar se cruzou com o olhar emburrado de Elizabeth, o que era uma das poucas coisas que o fazia sentir vontade de rir, embora isso não passasse de vontade. — Aquele cretino, como se atreve a prosseguir com o casamento. — Continua a resmungar. — Por que continua reclamando? Ele não parece ser tão ruim, mesmo que as circunstâncias não sejam das melho
Capítulo 11. Acordo ou ameaça. Richard aceitou prontamente o convite da mãe de Elizabeth que o convidou para dançar assim que os viu se afastando. Elizabeth, generosa, presenteou cada um dos irmãos com uma canção. — Irmãos... meu pé está latejando e esta atmosfera está começando a me deixar nervosa. Vou dar um passeio lá fora e deixar vocês cuidarem de Gaby, que parece estar bastante desanimada. — Você está tramando algo, Elizabeth? — perguntou Brian, desconfiado, pois conhecia bem sua irmã. — Não é nada de mais, apenas me deixem sozinha. Elizabeth se retirou, atravessando o salão até uma das varandas, onde se sentou em um banco perto do parapeito. Suspirou aliviada ao tirar finalmente os saltos que estavam machucando seu tornozelo. Enquanto isso, Richard continuava conversando distraído com seus pais, como se Elizabeth não estivesse presente. — Ainda acredito que você e Elizabeth podem se dar bem. É um pouco estranho, após terem sido marido e mulher, continuam distantes — comen
Capítulo 12 Naquele dia, os pais de Elizabeth não estavam em casa, pois estavam em um jantar de negócios e não poderiam acompanhá-la. Isso, na verdade, era um alívio para ela. Quando Richard a informou que estava esperando por ela em frente ao portão, ela desceu para encontrá-lo. No entanto, ao avistá-la, ele ficou petrificado, enquanto ela se aproximava lentamente, evitando manter contato visual. Assim que ela chegou ao portão, ele recobrou a compostura e abriu a porta do carro para que ela entrasse. Como era de se esperar, ela hesitou e tentou seguir em direção à porta dos fundos. — Não pense em fazer o que está pensando. — Richard a alertou. — Eu não quero sentar ao seu lado. — Elizabeth, querida, eu não vou deixar minha linda esposa senta no banco dos fundos, a herdeira Campbel deve chegar ao meu lado. — você só quer me exibir? — Exatamente, apenas entre e dance conforme a música. Assim que entraram no carro, Richard nunca se sentiu tão desconfortável ao lado de uma mulher.