CAPÍTULO 38 Valéria Muniz — Vem, vou ligar o chuveiro pra você! — ela foi me ajudando com muita agilidade, assim que tomei banho, ela já estava com uma escova de cabelo nas mãos, um secador foi ligado e muito rápido ela secou e colocou alguns plásticos nas pontas, que ela chamou de “bobes”. — AHHHH! — Quase morri de dor com a depilação, mas ela era rápida, e quando terminou, ficou inacreditável a maciez da minha pele. — Nossa, parece incrível! — “Será que não vai aparecer ainda mais as cicatrizes que Aaron me deixou nas pernas?“ — Edineia não comentou nada, então tomei coragem de perguntar: — As cicatrizes... elas são horríveis, não são? — perguntei com um nó na garganta. — Olha, eu notei algumas pequenas marcas, mas são tão insignificantes que nem perguntei. Pelo visto são marcas de queimaduras, mas se está preocupada, saiba que são muito discretas, quase não aparecem. — Ah... que bom, então... — me aliviei, embora passando a mão eu ainda as sinta. — Já vou começar a maquiage
CAPÍTULO 39 Theodoro Almeida Sexta-feira (1 dia antes do casamento) Por mim o casamento teria sido apenas no cartório, mas depois da ligação do Vicente, tudo mudou: — ”Meus pais querem ir na cerimônia, e também tem alguns amigos da Anelise e meus. O que acha de fazer numa igreja? O pai de alguns amigos nossos, conseguiu reservar para amanhã, e ainda sem custos, caso queira. Parece que um casamento foi cancelado e a igreja estava pré-decorada”. — Nossa! — O quê? — Parece bom demais. Conhece bem essas pessoas? — desconfiei. — Sim, mas posso ir com você hoje a tarde, e as crianças podem te assistir casar. A não ser que esse casamento não tenha nenhum sentimento, e queira casar de novo mais tarde... — fiquei pensando por um momento. — Não, não pretendo me casar novamente. — Por mais que não ame a Valéria, não tenho pressa em me divorciar, a pressa é dela, e realmente não me casarei de novo, então... — Isso é um “sim”? — ouvi a voz da A
CAPÍTULO 40 Theodoro Almeida Encostei seu corpo no meu, a apoiando nos meus braços, inclinando-a, fazendo as pontas do seu cabelo ficarem no ar, e vendo a expectativa que havia no rosto dela. Segurando seu queixo eu a envolvi no meu beijo, uma das mãos a segurava e a outra mostrava a ela: que estava comigo, estava segura. Seu gosto doce e envolvente me tiraram o foco de tudo, por alguns segundos esqueci dos detalhes, esqueci que a igreja estava lotada de crianças, precisei me controlar. — Estou louco para roubar a noiva. — sussurrei outra vez na sua boca, porém não pude aprofundar em intimidades, ao olhar no rosto dos oficiais que fizeram a guarda de honra da noiva. — HEEE! — ao ouvir o alvoroço dos convidados e as palmas das crianças, ergui a Valéria de novo, cuidando para que se apoiasse em mim, e desejei realmente que as coisas dessem certo. O coronel estava presente, tomou sua posição e então fiquei orgulhoso, todos os oficiais estavam em form
CAPÍTULO 41 Valéria Muniz A única coisa de que tenho medo, é de acordar. Abrir os olhos do coração e saber que não passou de um sonho, que não é real..., mas como não seria? Se a minha alma grita de emoção ao sentir a alegria de cada detalhe, cada acontecimento. “Eu te avisei... seu tenente não tirou os olhos de você!“ — sorri ao lembrar das palavras da Edineia quando nos cumprimentou. “Ah, como eu gostaria de ter visto isso!“ — meu eterno soldado me olhando. “Como seria essa sensação?“ Me perdi em pensamentos depois de comer tão bem, ele é tão cuidadoso... — Valéria? — Hum? — virei depressa para Theodoro. — Quer dançar? Por esses lados, é comum os noivos abrirem a pista de dança com a valsa! — as palavras dele foram como sentir um vento forte, tentando me derrubar. Estremeci na cadeira segurando o guardanapo. — Eu não sei, dançar! Sinto muito... — lembrei do sufoco que passei numa festa com dezoito anos. Aaron me deixou dançar co
CAPÍTULO 42 Theodoro Almeida — Eu não sou essa pessoa que você pensa! Eu... eu... — saí de cima dela, passando as mãos pelo rosto — Theodoro! — levantei da cama. — Valéria, porque você não disse? Eu fiquei todos esses dias pensando isso de você, e não é prostituta? — ela sentou de cabeça baixa, mas depois a levantou, falando mais alto. — Foi você quem deduziu, Theodoro! Só porque eu estava no seu quarto, começou a me acusar, fiquei com raiva! Depois você não se lembrou de mim — levantou da cama — Você precisa me entender! Porque eu te diria? — senti uma revolta dentro de mim. — Eu não acredito, nisso! Pensei mal de você, quando nem era verdade? — meu sangue ficou quente, segurei o corpo dela e empurrei contra a parede para beijá-la. Segurando no seu queixo, a beijei intensamente até perder o ar, encostando meu corpo no dela, a apertando em mim — Me diz o que foi fazer lá? Porquê me procurou no meu quarto, então? — Eu apenas te ouvi chamar, fui te
CAPÍTULO 43 Theodoro Almeida — Você está me deixando louco! — sussurrei ao me sentir inchar ainda mais. — É? — a sua voz inocente me deixou ainda mais excitado. — Sim... — chupei os seus seios com mais intensidade. Ela tem bicos pequenos e são marrons-claros, lindos demais. — Eu não sei como é, como gosta... — eu já estava completamente fora de mim, e ela inocente, pensando que precisava entender mais. Levei a mão até a sua intimidade, lisinha agora, onde meus dedos deslizaram e Valéria gemeu, soltando parcialmente a mão do meu pau. Comecei a esfregar mais, fazendo círculos no seu clitóris, e ela me soltou, apertando meus braços com força. — Caramba, eu te quero demais! — Lambo sua boca. Ela puxa minha língua, chupando gostoso e gemendo. O meu pau dói, sinto que está a ponto de explodir. — Como isso é bom! Eu também o quero...— falou e eu escorreguei pelo seu corpo, estava louco para senti-la com a boca outra vez. Valéria e
CAPÍTULO 44 Valéria Muniz O meu corpo parecia estar em chamas. A cada segundo eu sentia mais que pertencia a ele, como se o meu corpo não fosse mais meu, e se na minha mente não tivesse mais nada, além de Theodoro. Ele me faz se sentir bem, me faz ver sem abrir os olhos, sentir com o coração. Seus beijos me deixam sem ar, suas mãos ao me tocarem, me dão um misto de tranquilidade e desejo, que fazem o meu corpo chegar a convulsionar de prazer. Consigo confiar nele, sinto que esse homem jamais me machucaria, até mesmo as minhas cicatrizes, se tornaram menores agora. (...) — Como se sente? — ouço a sua voz grave, e as suas mãos grandes passando pela minha barriga, me arrepio a cada vez. — Estou ótima! — sorri, procurando pela sua voz, tocando o seu rosto, tão lisinho, sem barba nenhuma. Ele me acariciou nos seios devagar. Subiu pelos meus braços e notei que encontrou uma cicatriz; paralisei. — Posso tocar as cicatrizes agora? —
CAPÍTULO 45 Theodoro Almeida Acordei completamente torto, com o corpo dolorido. Dormi no sofá para não correr o risco de machucá-la durante a noite, já que tem apenas uma cama no quarto. “Quem garante que ela conseguiria me trazer de volta de uma nova crise?“ Olhei para o seu belo corpo espalhado na cama num vestido longo, tentando pensar num modo de ajudá-la a usar roupas diferentes, já que fica desconfortável só com calças, e vestidos que cobrem até os pés. Embora fique linda nesses vestidos, deve se sentir incomodada. Passei as mãos no rosto e me levantei indo até a cama, fiquei poucos minutos olhando pra ela e já acordou. Na primeira esticada que deu com o braço, me encontrou. — Théo? — perguntou baixinho. — Sim. Bom dia, esposa! — beijei suavemente seu rosto. — Bom dia! — Acabei dormindo no sofá, vim agora pra cá, mas está um dia lindo lá fora, podemos fazer algumas coisas. — ela sorriu. — Está bem. “Como pode