ValentinaA conversa entre Cristina e Francisco foi positiva e a ex-primeira dama aceitou assumir a direção do centro jurídico em Estrela Guia e também concordou em viajar com a família Pascal para as comemorações de final de ano. A mulher além de ser bastante inteligente, tinha ideias boas e me contou sobre ser formada em pedagogia, porém não exercia a profissão, porém trabalhou por muitos anos, com causas sociais e o fato de ser esposa de um político bastante conhecido no Estado abriu várias portas para auxiliar a quem precisasse. Em determinado momento da reunião, Francisco pediu licença para atender uma ligação importante e sozinha com Cristina, ouvi a mulher contar que Mário usava o coração bondoso dela, para conseguir votos, principalmente das eleitoras.Após acertarmos tudo, a tia Viviane chamou Cristina para auxiliar no jantar, enquanto fui com Francisco sentar na varanda, aguardando a volta do tio Pedro. Clarinha, dormia, depois da diversão na cozinha com a avó.— Estou na co
DiegoTive um dia de merda, resolvendo questões daquela porcaria de partido, que eu nem mesmo tenho algo a ver, porém, como foi um pedido do presidente, não posso negar. Existia uma movimentação por debaixo dos panos, para o pupilo do Mário, concorrer à prefeitura de São Paulo, porém os aliados não concordavam com a escolha do nome. O genro do Luiz, que foi mal sucedido na última eleição para vereador, seria o nome escolhido pelo partido conservador para disputar as eleições. Ao ser notificado, o presidente entrou em contato comigo para verificar o que Mário planejava. Penso que ao chegar no apartamento dela, encontraria Valentina me esperando, mas dei de cara com o lugar vazio e ela, até essa hora na companhia do filho do Pascal. Voltei para o sofá, esperando ela vir atrás de mim, algo que não demorou um minuto para acontecer. Tenho que controlar meu ciúme, mas é mais forte do que eu. Imaginar que os dois passaram a tarde inteira conversando, rindo e se divertindo. Recordo da vez que
ValentinaDeitada em minha cama, espero o Diego voltar da cozinha. Voltamos as boas e agora é o momento de organizar as coisas da viagem e encontrar uma forma de ficar junto dele, sem deixar que as pessoas percebam. Principalmente o meu pai, que não é nada bobo. Olhando o teto do quarto, começo a rir sozinha do ciúme que o Diego sentiu, mas com a mão na consciência de que não deveria ter chegado a esse ponto, apenas porque eu me atrasei e fiquei a tarde inteira com o meu melhor amigo. Ouço os passos no corredor, Diego surgiu usando apenas a cueca preta, nas mãos a bandeja com um copo de vitamina.— Precisamos ir ao supermercado amanhã. As frutas e verduras acabaram e eu não gosto que você fique sem comer uma fruta pela manhã.Escutei ele falando, me acomodando melhor no colchão. Diego me entrega o copo, bebo um gole do líquido sentindo o gosto da banana com a maçã.— Gostoso como tudo que você faz — respondo, recebendo um beijo em meu pescoço. Estou nua por baixo do lençol e nem me de
ValentinaEstamos na estrada rumo a Ubatuba. Diego, ao meu lado, dirige prestando atenção na estrada, enquanto estou deitada no banco do carona, mexendo no meu celular. Sofia pergunta se vamos demorar muito, pois o nosso pai começou a reclamar do atraso. Devido ao atraso na cesariana, acabei sendo a última a viajar. Todos já se encontravam na casa da praia. — Amor, minha irmã disse aqui, que o papai comentou que se eu demorasse um pouco mais, iria te avisar para vir de helicóptero, por estar preocupado com a estrada.Digo, arrumando o banco na posição correta no carro. Peguei minha garrafa de água, bebendo um gole, pois o calor hoje tá demais.— Seu pai ligou para mim, enquanto eu te esperava na sala do apartamento, para perguntar o motivo de você não escolher o helicóptero ao invés do carro.Diego diz, com um sorriso. — E o que você respondeu? — Que a filha dele queria relaxar um pouco viajando de carro. Uma desculpa bastante esfarrapada que até duvido do seu pai acreditando no qu
DiegoApós organizar minhas coisas no quarto, o presidente me chamou para uma conversa em particular no seu escritório. Na mansão se encontrava apenas alguns funcionários, Valentina, seu pai e eu. A primeira-dama junto dos outros ainda estavam passeando pela cidade, mas logo estariam de volta para começar a organização para a ceia de Natal à noite. Enquanto aguardo o senhor Leonardo finalizar a ligação com um aliado político, recordo do beijo trocado com Valentina, antes de nos separarmos no corredor da mansão. Como ela ficaria ocupada com sua família, combinamos de que eu deixaria a porta do meu quarto aberta, depois que todos fossem dormir. Geralmente no Natal a família se recolhia para os quartos um pouco após a meia-noite. Então seria tranquilo para o nosso encontro mais tarde, mesmo eu achando perigoso tudo isso. Porém é como Valentina disse: O perigo existe para ser vivido e enfrentado.— Pensei que o Alexandre, continuaria falando até sabe Deus que horas. Véspera de Natal e o h
ValentinaSentada ao lado da Cristina, escuto a conversa entre mamãe e a tia Viviane sobre as nossas famílias e o planejamento da festa de Réveillon; como os meus pais acabaram descobrindo tudo da festa em comemoração ao aniversário de casamento, as duas mulheres ficaram de decidir sobre a festa entre outros detalhes. Clarinha brincou bastante e depois de muito conversar foi dormir e a menina estava na casa alugada sendo cuidada por uma babá.Ao meu lado, Cristina, sorria, ouvindo atentamente as duas. Nossa ceia foi animada, com papai e o tio Pedro contando sobre a juventude deles, quando os dois eram desafetos e eu acabei descobrindo a verdade sobre a falsa morte do tio Pedro antes do casamento do meu pai com a tia Viviane. Acredito que os dois revelaram isso, por conta da Cristina que por se sentir acolhida pelas duas famílias, revelou alguns detalhes da infância e como foi ser criada pela tia. Papai disse que ela teria todo o apoio necessário vindo da nossa família e que ele fazia
Diego— Valentina eu….Engulo as palavras, ao ser beijado por ela. Estamos no carro, parados em uma rua deserta. No momento em que Francisco comentou comigo, quando estávamos comprando as bebidas que desejava levar a Cristina em um passeio, tratei de dizer que ele poderia ir despreocupado que Valentina iria comigo para casa. Com ela em meu colo, esqueço até de mim mesmo a cada beijo e carícia em meu rosto.— Não podemos demorar — respondi enquanto ela abre os botões da minha camisa numa rapidez incrível — avisei os seguranças da mansão que eu estava te levando embora.Valentina, finge não ouvir nada, sem deixar de me beijar um segundo sequer. Sua língua enroscada na minha, o calor da paixão no carro faz com que eu perca o raciocínio.— Prometo que quero apenas te beijar mais um pouco e vamos embora — ela diz entre risos, mesmo querendo ir além dos beijos, sentir sua boca na minha é melhor do que nada — se mexe em meu colo, até que Valentina parou ao sentir algo no bolso da minha calça
ValentinaDespertei animada e com um sorriso em meus lábios que ninguém iria tirar. Levantei disposta e segui para o banheiro, despi a minha camisola, ligando o chuveiro na água quente. De banho tomado, escolhi um biquíni para usar e por cima vesti um vestido de alcinhas, pois o dia seria de sol e era uma boa pedida para um dia na praia. Conferi a hora no relógio, passava e muito das onze horas da manhã. Fui direto para a cozinha, tia Áurea estava sentada na banqueta tomando o seu café, enquanto tia Joana e a tia Regina preparavam o almoço, uma mexia nas panelas enquanto a outra cortava os legumes.— Bom dia, meus amores!Digo indo beijar cada uma das três. Depois me servir de uma caneca de café com leite quente, indo sentar ao lado da tia Aurea.— Nossa menina acordou numa felicidade, não é mesmo Áurea?Quem comenta é a tia Joana.— Como não acordaria feliz, com a surpresa que aguarda por ela.A tia Regina é quem respondeu, deixando-me confusa com essa conversa entre elas.— Menina,