Diego— Pode ir, meu garoto. Valentina deve estar achando que você vai se atrasar.Diná e eu estamos terminando de fechar o caixa, o dia foi bem movimentado e em um mês o restaurante vem tendo uma boa aceitação e os lucros se tornam maiores a cada dia. Após as férias em Rio das Pedras ao lado da minha mulher, voltamos ao mundo real e de obrigações que por quinze dias deixei esquecido. Durante a viagem, fui surpreendido com uma proposta tentadora que pode ajudar e muito a minha parte financeira, mesmo depois de dizer que eu não trabalharia mais na área da segurança, contudo as circunstâncias mudaram tudo e agora me vejo dividido entre aceitar ou não ser consultor em uma grande empresa de segurança privada.— Mal posso esperar para ouvir o coração do nosso filho hoje — digo guardando os recibos de cartão de crédito dentro da gaveta, saindo do escritório com Diná ao meu lado.— Valentina, deve tá numa felicidade enorme, imagino a felicidade de vocês dois, em um momento mais do que especi
Diego— Amor, pensei que você iria se atrasar — estamos aguardando a consulta sentados nas cadeiras confortáveis do hospital de luxo da família da minha garota. Desde a hora que eu cheguei, Valentina não parou de falar um segundo sequer sobre o ultrassom e também contou que sua mãe chegou a São Paulo e que nos convidou para um jantar amanhã. Jéssica quer conversar sobre o nosso casamento e a recepção.— O dia foi bem corrido no restaurante, Diná vai contratar mais uma funcionária, para trabalhar no caixa, pois anda ficando sobrecarregado para ela coordenar a cozinha e receber o dinheiro.— Certeza, que vocês irão se sair bem na contratação — Valentina diz, com a cabeça encostada em meu ombro. — Vamos colocar o anúncio essa semana. Não tinha noção que em poucos dias, o restaurante teria um movimento agitado como o que estamos tendo.Digo, tocando seu rosto com carinho. Valentina sorri para mim, pegando minha mão para colocar em sua barriga por cima do vestido.— Tive uma reunião com a
— Uma menina! Vamos ter uma filha, meu amor — Estou deitada na cama, aguardando por Diego, que está verificando algumas mensagens em seu celular. Após a consulta, saímos para jantar fora e comemorar a notícia de que vamos ser pais de uma garotinha. Contei para os meus irmãos, por mensagem, até enviei uma foto do ultrassom e pedi que os dois não contassem nada para a nossa mãe ainda. Queria falar pessoalmente para a dona Jéssica, que eu esperava uma menina. Nosso almoço estava confirmado para o dia seguinte e eu tirei o dia de folga amanhã, para passar um tempo com mamãe. Diego achou a ideia boa e disse que nós duas poderíamos passar a tarde no shopping, vendo roupinhas para bebês.— Sua mãe, vai nos encontrar no restaurante? Ou você prefere que eu te deixe na casa dos seus avós, você fica um pouco com eles e depois me encontro com você e a sua mãe?Diego me pergunta, vindo se deitar ao meu lado. Encosto a minha cabeça em seu peito nu, aproveitando para me aconchegar ainda mais perto d
ValentinaApós o almoço com mamãe, Diego teve que retornar ao restaurante e nós duas fomos acompanhadas dos seguranças para um passeio. Contei que estava me cuidando bem, que Diego me trata com muito amor e carinho e que eu mal posso esperar para o nosso casamento. Ao questionar sobre a cerimônia, contei para mamãe que decidimos em comum acordo, que tanto a festa quanto a cerimônia civil aconteceriam no restaurante. O lugar além de espaçoso, não pretendemos convidar tantas pessoas assim, mesmo que eu seja a filha mais velha do presidente.— Valentina, seu pai e eu não estamos muito bem em nosso casamento — ouço mamãe contar. Nós duas estamos sentadas, descansando enquanto aguardamos a chegada dos pedidos. Compramos tantas coisas, que só depois recordei que no apartamento não tinha tanto espaço assim, porém mamãe disse que tudo daria certo.— Mãe, não diga que é por minha causa?Perguntei, vendo-a balançar a cabeça negando, porém sei que eu sou o principal, motivo da discussão entre os
Diego— Amor, você tem certeza de que irá convidar apenas essas pessoas?Valentina se encontra sentada no sofá, com as pernas por cima da minha, mexendo em seu Ipad, enquanto eu assisto ao jornal na televisão. Estamos com praticamente tudo organizado, faltando apenas a minha parte dos convidados. Como não conheço muitas pessoas e nem gosto de tanta agitação, optei apenas em convidar Raimundo que foi meu companheiro por anos na equipe da segurança, Khalid que fez questão de ficar para o meu casamento, Diná e os funcionários do restaurante.— Tenho certeza e não se preocupe que não vou chamar mais ninguém além desses.Respondi, começando uma massagem na sola dos pés dela. Notei que Valentina vem se cansando bastante e até tivemos uma discussão devido a sua teimosia em querer fazer os serviços domésticos, quando eu já havia dito que a diarista foi contratada para que ela não precisasse fazer nada.— Ok, senhor Monteiro — minha noiva diz, tentando se levantar com uma certa dificuldade.—
ValentinaO grande dia chegou! Nem acredito que hoje é o meu casamento com Diego. Tudo organizado com tanto amor e carinho por nós dois. Mesmo que o meu futuro marido diga que não cooperou em nada, se não fosse sua presença ao meu lado em cada detalhe eu não teria conseguido sozinha. Meus irmãos e os meus avôs estão aguardando pela cerimônia e a única mudança foi que tivemos que trocar o restaurante por um salão de festa, visto que a imprensa descobriu o local e Diego com medo de algo acontecer, concordou com a mudança de última hora. Nosso casamento vai acontecer em um lugar com verde, flores e uma paz, algo que sempre sonhei. Papai não deu sinal, não sei se ele virá ou não e sinceramente se for para ele, aparecer e estragar tudo prefiro que fique em casa.— Menina, vai demorar muito? Todos te aguardam com ansiedade — sou pega de surpresa com a chegada da mamãe que apareceu na sala em que estou aguardando a chamada da cerimonialista. Notei um sorriso além do normal em seu rosto, poré
Quase quatro horas depois, o avião pousou no aeroporto de Congonhas. Sentia dores na coluna, cabeça doendo de preocupação. Mateus acabou dormindo e cutucava seu ombro para ver se acordava. O piloto nos desejou uma boa estadia na cidade e saímos do avião rumo a sala de desembarque. Como acabamos saindo de casa apressados, acabei colocando algumas peças de roupa na mochila, documentos e o restante das coisas daria um jeito de mandar buscar depois. Nem o meu chefe sabia que eu estava em São Paulo e ligaria para ele mais tarde. Mamãe me enviou mensagem, avisando que os seguranças do papai iriam nos buscar no aeroporto. Eu detestava essas coisas, mas infelizmente eram ordens do senhor Leonardo e eu não poderia recusar uma ordem vinda do presidente do país. De mãos dadas com Mateus, andamos até os “homens do papai” como eu costumava chamar os funcionários dele. Fiquei surpresa ao encontrar o chefe da segurança acompanhando os outros três homens. Diego trabalhava para minha família há mais d
DiegoTrabalhar como chefe da segurança do homem mais importante do país, além de ser um trabalho feito com seriedade, deixa qualquer homem com a mente totalmente fodida. Horas atrás o doutor Leonardo estava em reunião com parlamentares em Brasília, para lidar com o primeiro ano do seu mandato como Presidente. Agora se encontrava na sala de espera do hospital da família, aguardando notícias sobre a saúde do seu pai. Conheço a família Martinez há mais de vinte e cinco anos, quando comecei a trabalhar era apenas um recém- policial formado de vinte e poucos anos. Que começou como um dos seguranças do então secretário de saúde e graças a competência e lealdade conseguiu conquistar o cargo de chefe da segurança que mantenho até hoje. Agora com quarenta e oito anos, estou prestes a me aposentar. Jurei que encerraria minha carreira aos cinquenta anos, que aconteceria daqui dois anos e começaria a trabalhar com meu próprio negócio. Muitos devem achar que eu penso em montar uma empresa de segu