ValentinaSentada ao lado da Cristina, escuto a conversa entre mamãe e a tia Viviane sobre as nossas famílias e o planejamento da festa de Réveillon; como os meus pais acabaram descobrindo tudo da festa em comemoração ao aniversário de casamento, as duas mulheres ficaram de decidir sobre a festa entre outros detalhes. Clarinha brincou bastante e depois de muito conversar foi dormir e a menina estava na casa alugada sendo cuidada por uma babá.Ao meu lado, Cristina, sorria, ouvindo atentamente as duas. Nossa ceia foi animada, com papai e o tio Pedro contando sobre a juventude deles, quando os dois eram desafetos e eu acabei descobrindo a verdade sobre a falsa morte do tio Pedro antes do casamento do meu pai com a tia Viviane. Acredito que os dois revelaram isso, por conta da Cristina que por se sentir acolhida pelas duas famílias, revelou alguns detalhes da infância e como foi ser criada pela tia. Papai disse que ela teria todo o apoio necessário vindo da nossa família e que ele fazia
Diego— Valentina eu….Engulo as palavras, ao ser beijado por ela. Estamos no carro, parados em uma rua deserta. No momento em que Francisco comentou comigo, quando estávamos comprando as bebidas que desejava levar a Cristina em um passeio, tratei de dizer que ele poderia ir despreocupado que Valentina iria comigo para casa. Com ela em meu colo, esqueço até de mim mesmo a cada beijo e carícia em meu rosto.— Não podemos demorar — respondi enquanto ela abre os botões da minha camisa numa rapidez incrível — avisei os seguranças da mansão que eu estava te levando embora.Valentina, finge não ouvir nada, sem deixar de me beijar um segundo sequer. Sua língua enroscada na minha, o calor da paixão no carro faz com que eu perca o raciocínio.— Prometo que quero apenas te beijar mais um pouco e vamos embora — ela diz entre risos, mesmo querendo ir além dos beijos, sentir sua boca na minha é melhor do que nada — se mexe em meu colo, até que Valentina parou ao sentir algo no bolso da minha calça
ValentinaDespertei animada e com um sorriso em meus lábios que ninguém iria tirar. Levantei disposta e segui para o banheiro, despi a minha camisola, ligando o chuveiro na água quente. De banho tomado, escolhi um biquíni para usar e por cima vesti um vestido de alcinhas, pois o dia seria de sol e era uma boa pedida para um dia na praia. Conferi a hora no relógio, passava e muito das onze horas da manhã. Fui direto para a cozinha, tia Áurea estava sentada na banqueta tomando o seu café, enquanto tia Joana e a tia Regina preparavam o almoço, uma mexia nas panelas enquanto a outra cortava os legumes.— Bom dia, meus amores!Digo indo beijar cada uma das três. Depois me servir de uma caneca de café com leite quente, indo sentar ao lado da tia Aurea.— Nossa menina acordou numa felicidade, não é mesmo Áurea?Quem comenta é a tia Joana.— Como não acordaria feliz, com a surpresa que aguarda por ela.A tia Regina é quem respondeu, deixando-me confusa com essa conversa entre elas.— Menina,
Valentina— Tia, por que a senhora não foi brincar com todo mundo?Sentada na areia, observando o mar à minha frente, penso na discussão que tive com Mateus e no sumiço do Diego. Tentei ligar para o celular dele várias vezes, sem sucesso, pois todas caíram na caixa de mensagem. — É que a tia, está com uma dorzinha de cabeça chata.Respondi para Clarinha, colocando a menina sentada no meu colo. O almoço com a presença do Mateus foi horrível e percebi que a mamãe não gostou do que o meu pai fez, chamando Mateus para ficar conosco. Recordo da chantagem que ele fez e me pergunto como Mateus descobriu a minha relação com o Diego.— Meu amor, já está treinando para os nossos filhos — ouvir a voz dele, me causa um arrepio na espinha no péssimo sentido e forço um sorriso para que Clara não perceba o meu desespero.— Princesa, o que acha de ir até em casa, pedir para a tia Áurea enviar mais uma jarra de suco de caju.Peço para a filha do meu amigo, que obedece no mesmo instante. Francisco, os
ValentinaDiego simplesmente desapareceu! Até o meu pai não falava dele e o Francisco, até tentou conseguir alguma informação, mas parece que o homem havia sumido da face da terra. Após muita insistência, percebi que o meu número foi bloqueado e o desespero tomou conta de mim, por não entender o que de fato estava acontecendo. Papai e o Mateus passaram os dias entre conversas e planos e o clima da viagem ficou péssimo com a presença do meu ex-namorado. Os meus avós já planejavam a cerimônia de noivado e casamento e cada vez que essa palavra era dita me sobe um ódio tão grande por tudo que o Mateus estava fazendo comigo. O Francisco por várias vezes tentou conversar, porém, eu dizia que não era nada e que comigo encontrava-se tudo bem. Não quero sair do meu quarto, para comemorar o ano novo ao lado de todos. Chorei sozinha no meu quarto, por ficar confusa com o afastamento dele, a falta de notícias e a atitude do meu pai, que nem parecia o homem bondoso que me criou. Minha mãe não disf
DiegoDe volta a Ubatuba, tentei chegar antes da ceia, porém o congestionamento da estrada que liga a cidade a capital atrasou meus planos. Tive que voltar aqui, para entregar um documento importante para o presidente e que deveria ser entregue em mãos. Estava sem encontrar Valentina há uma semana, desde a noite do Natal. Ao acordar no dia vinte e cinco, fui chamado até o escritório do senhor Leonardo e informado que não era necessário meu serviço, durante as férias em família. A segurança que o Pedro levou era suficiente e a minha surpresa maior, foi dar de cara com aquele pirralho metido a adulto. Ao encontrar com Mateus no escritório do meu chefe, controlei a fúria que senti ao ouvir aquele garoto, dizendo que o convite foi feito em um bom momento e o presidente fez questão de falar que o casamento da filha mais velha com aquele garoto iria acontecer em breve. Disfarcei a raiva, sorri e até tive a coragem de parabenizar o presidente. Peguei a estrada naquela manhã com ódio por tudo
DiegoValentina me beija, agarrada ao meu pescoço, me apertando tão forte como se estivesse com medo de que eu fugisse. Enlaço meus braços em torno da sua cintura, sentindo seu cheiro gostoso, sua boca ávida pela minha. Nosso beijo com saudade e paixão. Ouvir seu desabafo, me fez entender que o que temos juntos é mais forte do que tudo. Ela afasta nossas bocas abruptamente me encarando com seu olhar furioso. O local em que estamos não é tão escuro assim e consigo vislumbrar no olhar dela a raiva, mas, ao mesmo tempo, o amor que ela sente por mim.— Você é um idiota e eu sou uma tola porque ainda corro atrás de você.Escuto Valentina falar e a primeira coisa que faço é manter o corpo dela ainda mais junto ao meu. Abraçados, ela segue falando que eu sumi por dias, quase deixando-a louca de tanta preocupação.— Me desculpa, por ter sumido — digo beijando o topo da sua cabeça — eu agi de cabeça quente quando encontrei aquele garoto aqui na mansão.Confesso a verdade por saber, no fundo, q
Valentina— Que confusão é essa aqui?A voz alterada do meu pai, é o que impede o Diego de continuar enforcando o Mateus. Tentei me enfiar no meio da briga dos dois, mas os meus gritos serviram apenas para chamar a atenção de todos. Não imaginei que todos iriam saber da gente em meio a uma baixaria dessas. Mateus nos flagrou juntos, ofendeu o Diego, atiçando a ira do homem que não pensou duas vezes em ir para cima dele.— Leonardo, esse doente pervertido queria me matar.Mateus, diz tentando se fazer de vítima. O rosto chocado de todos, estão focados em nós três e sinto vergonha ao ser pega dessa forma pelos meus pais, os tios e o meu melhor amigo.— Filha, por que o Diego quer agredir o Mateus? O que esse garoto fez contigo.Mamãe questiona, vindo para perto de mim, puxando-me para os seus braços. Papai faz o mesmo, com o tio Pedro e o Francisco a tiracolo. Tia Vivi se mantém longe, mas vejo quando mamãe e ela trocam olhares e ela se afasta da confusão, voltando para a festa.— O que