O relógio marcava quase meia-noite quando Andrew saiu do hospital.A conversa com o médico sobre a condição de Laura ainda ecoava em sua mente."Ela está emocionalmente instável. Qualquer estresse pode piorar sua recuperação. Ela precisa de suporte e tranquilidade."Ele prometeu ficar ao lado dela, mas algo dentro dele estava inquieto.O caminho de volta para casa era silencioso, exceto pelo barulho suave da cidade adormecida.Quando pegou o celular para checar as mensagens, seus olhos foram atraídos por uma notificação inesperada.Uma foto.Bridget, sentada no jardim da Mansão Tulipa Azul, com uma taça de vinho na mão.E ao lado dela, Maxwell, sorridente.A legenda era simples, mas carregada de significado:"Brindando à vida e às surpresas que ela nos traz."O estômago de Andrew se revirou.Ele sabia que não tinha o direito de sentir o que estava sentindo, mas não conseguia evitar.O que estava acontecendo?Bridget realmente estava seguindo em frente?E se estivesse… por que aquilo d
A tensão no ar era quase palpável.O som dos passos do lado de fora da casa aumentava a cada segundo, e todos estavam prontos para qualquer coisa.Taylor segurava sua arma firme, mas seu coração estava acelerado por outro motivo.Ele olhou para Melinda.Ela estava assustada, mas havia algo mais em seus olhos—um olhar que Taylor conhecia bem.Decepção.A mesma decepção que ela demonstrou anos atrás, quando ele virou as costas para ela.Ele pigarrou, mas antes que pudesse falar, Ethan fez um sinal para todos se abaixarem.— Eles estão bem na porta. — Marcos murmurou.Marcos olhou ao redor, tentando encontrar uma saída alternativa.— Tem uma janela nos fundos. Podemos sair por ali.Taylor assentiu, mas então puxou Melinda levemente pelo braço.— Antes de sairmos, eu preciso dizer algo.Ela o olhou desconfiada.— Taylor, agora não é hora…— Me escuta. — Ele engoliu em seco. — Eu fui um covarde. Escolhi acreditar na Agnes porque era mais fácil do que enfrentar a verdade. Eu devia ter ficad
A noite caía quando o carro finalmente parou em frente a uma propriedade afastada, cercada por árvores altas e um portão de ferro imponente.— Esse é o lugar? — Ethan perguntou, descendo do carro.Marcos assentiu.— Sim. É uma casa de campo que pertencia ao meu avô. Ninguém sabe sobre ela, então é segura.Melinda saiu do carro devagar, seus olhos observando o local com cautela.— É estranho estar segura depois de tantos anos fugindo…Taylor desceu logo atrás dela, mantendo certa distância, respeitando seu espaço.— Você está segura agora — ele garantiu. — E eu vou garantir que continue assim.Antes que ela pudesse responder, um barulho na estrada chamou a atenção de todos. Marcos foi o primeiro a reagir, puxando discretamente sua arma.— Estamos sendo seguidos — ele murmurou.Ethan imediatamente puxou Melinda para trás de um dos carros, enquanto Taylor se posicionava ao lado de Marcos.As luzes de outro carro se aproximavam rapidamente. O coração de Melinda disparou.— Agnes…Melinda
Bridget estava sentada na varanda da Mansão Tulipa Azul, abraçando uma xícara de chá entre as mãos. O dia estava lindo, mas dentro dela, uma tempestade de emoções se formava.Camila e Vitória estavam sentadas ao seu lado, trocando olhares cúmplices. Elas sabiam que algo estava prestes a acontecer, mas nenhuma queria quebrar o momento.Até que o barulho de um carro parando no portão fez Bridget levantar os olhos.Seus dedos apertaram a xícara com mais força.— Acho que chegou a hora… — Vitória murmurou, tocando levemente o braço da amiga.Bridget se levantou devagar, sua respiração descompassada. Ela sentia o coração martelando no peito.A porta do carro se abriu, e um par de sapatos femininos desceu. Primeiro, ela viu as mãos trêmulas. Depois, o rosto…O rosto de sua mãe.Melinda.Bridget sentiu as pernas vacilarem, como se o chão sob seus pés tivesse sumido por um instante. Ela piscou algumas vezes, tentando se certificar de que não estava sonhando.Melinda estava ali. De verdade.Os
Quando chegaram, a primeira coisa que viram foi Ethan.Ele estava encostado na parede, ofegante, o cabelo desgrenhado como se tivesse corrido até ali.Ele ergueu a cabeça ao vê-los.— Vocês também receberam a ligação?Taylor assentiu, ainda tentando recuperar o fôlego.— O que aconteceu?Ethan passou a mão pelo rosto, visivelmente abalado.— Ela entrou em choque quando soube da prisão da mãe. Os médicos disseram que a pressão dela despencou, quase entrou em colapso.Bridget sentiu um aperto no coração.— Ela já está estável?Antes que Ethan respondesse, a porta do quarto de Callie se abriu e um médico saiu.— Vocês são a família da paciente?— Sim — Taylor disse de imediato. — Como ela está?O médico tirou os óculos, parecendo cansado.— Ela está estável agora, mas a crise foi severa. O estado emocional dela está extremamente frágil. O ideal seria que ela não passasse por estresse nesse momento.Bridget fechou os olhos por um instante, absorvendo aquelas palavras.Ethan olhou para o m
Antes que Andrew pudesse decidir o que fazer, seu celular vibrou em seu bolso. Era uma mensagem de Laura.Laura: “Onde você está? O médico quer falar com você.”Ele fechou os olhos por um instante, exausto. Entre todas as coisas que estavam acontecendo, agora tinha que lidar com Laura, sua recuperação e toda a complexidade daquele relacionamento. Ele lançou um último olhar para Bridget antes de se virar e sair dali.No quarto de Callie, Taylor ainda tentava acalmá-la, mas Ethan percebeu que ela estava à beira de um colapso.— Callie, você precisa descansar. — A voz de Ethan era baixa e firme. — Eu vou ficar aqui, tá? Você não está sozinha.Ela fungou, olhando para ele como se tentasse decidir se podia confiar naquelas palavras. Por fim, assentiu, exausta demais para continuar resistindo.Taylor olhou para Ethan com gratidão silenciosa.— Obrigado — disse ele.Ethan apenas balançou a cabeça.— Eu prometi que estaria aqui para ela. E eu cumpro minhas promessas.Bridget voltou ao quarto
Ao chegar ao hospital, Bridget encontrou Taylor de pé no corredor, passando a mão pelo rosto como se tentasse conter a frustração e o desespero.— Como ela está? — Bridget perguntou ao se aproximar.Taylor soltou um suspiro pesado.— Nada bem. Ela acordou em pânico, começou a gritar, dizendo que não queria ficar aqui. Quando tentaram acalmá-la, ela entrou em colapso.Bridget olhou para a porta do quarto, sentindo um aperto no peito.— Eu quero vê-la.Taylor hesitou, mas assentiu.Bridget entrou no quarto e encontrou Callie deitada, ainda sob efeito dos sedativos. Ethan estava ao lado dela, segurando sua mão. Quando viu Bridget, ele se levantou e caminhou até ela.— Ela está pior do que imaginávamos — ele sussurrou.Bridget se aproximou da cama e olhou para Callie. Pela primeira vez, não viu a garota arrogante e manipuladora que sempre a atormentou. Apenas uma jovem quebrada, perdida.Ela pegou uma cadeira e se sentou ao lado da cama, observando Callie respirar lentamente.— Callie… —
O sol da manhã iluminava a cidade, trazendo um calor agradável ao dia. Bridget decidiu que era hora de visitar a livraria e ver como estava a reforma. Camila, sempre animada para acompanhar a amiga, não hesitou em aceitar o convite. E, dessa vez, Bridget quis levar sua mãe, Melinda, para que ela pudesse ver o sonho que construiu ao longo dos anos.Ao chegarem ao local, Bridget sentiu um aperto no peito. A livraria estava tomando forma novamente, e cada detalhe reformado era um passo para recuperar o espaço que tanto amava. Melinda olhou ao redor com admiração, passando os dedos pelas prateleiras vazias.— Você criou algo incrível aqui, minha filha — disse Melinda, com um sorriso orgulhoso.Bridget sorriu, emocionada.— Sempre foi meu refúgio. Cada livro aqui me ajudou a suportar os dias difíceis.Camila olhou para a amiga e segurou sua mão.— E agora está voltando a ser o que sempre foi. Um lar para suas histórias e para você mesma.Enquanto exploravam o local, o celular de Bridget vi