Bridget estava sentada na varanda da Mansão Tulipa Azul, abraçando uma xícara de chá entre as mãos. O dia estava lindo, mas dentro dela, uma tempestade de emoções se formava.Camila e Vitória estavam sentadas ao seu lado, trocando olhares cúmplices. Elas sabiam que algo estava prestes a acontecer, mas nenhuma queria quebrar o momento.Até que o barulho de um carro parando no portão fez Bridget levantar os olhos.Seus dedos apertaram a xícara com mais força.— Acho que chegou a hora… — Vitória murmurou, tocando levemente o braço da amiga.Bridget se levantou devagar, sua respiração descompassada. Ela sentia o coração martelando no peito.A porta do carro se abriu, e um par de sapatos femininos desceu. Primeiro, ela viu as mãos trêmulas. Depois, o rosto…O rosto de sua mãe.Melinda.Bridget sentiu as pernas vacilarem, como se o chão sob seus pés tivesse sumido por um instante. Ela piscou algumas vezes, tentando se certificar de que não estava sonhando.Melinda estava ali. De verdade.Os
Quando chegaram, a primeira coisa que viram foi Ethan.Ele estava encostado na parede, ofegante, o cabelo desgrenhado como se tivesse corrido até ali.Ele ergueu a cabeça ao vê-los.— Vocês também receberam a ligação?Taylor assentiu, ainda tentando recuperar o fôlego.— O que aconteceu?Ethan passou a mão pelo rosto, visivelmente abalado.— Ela entrou em choque quando soube da prisão da mãe. Os médicos disseram que a pressão dela despencou, quase entrou em colapso.Bridget sentiu um aperto no coração.— Ela já está estável?Antes que Ethan respondesse, a porta do quarto de Callie se abriu e um médico saiu.— Vocês são a família da paciente?— Sim — Taylor disse de imediato. — Como ela está?O médico tirou os óculos, parecendo cansado.— Ela está estável agora, mas a crise foi severa. O estado emocional dela está extremamente frágil. O ideal seria que ela não passasse por estresse nesse momento.Bridget fechou os olhos por um instante, absorvendo aquelas palavras.Ethan olhou para o m
Antes que Andrew pudesse decidir o que fazer, seu celular vibrou em seu bolso. Era uma mensagem de Laura.Laura: “Onde você está? O médico quer falar com você.”Ele fechou os olhos por um instante, exausto. Entre todas as coisas que estavam acontecendo, agora tinha que lidar com Laura, sua recuperação e toda a complexidade daquele relacionamento. Ele lançou um último olhar para Bridget antes de se virar e sair dali.No quarto de Callie, Taylor ainda tentava acalmá-la, mas Ethan percebeu que ela estava à beira de um colapso.— Callie, você precisa descansar. — A voz de Ethan era baixa e firme. — Eu vou ficar aqui, tá? Você não está sozinha.Ela fungou, olhando para ele como se tentasse decidir se podia confiar naquelas palavras. Por fim, assentiu, exausta demais para continuar resistindo.Taylor olhou para Ethan com gratidão silenciosa.— Obrigado — disse ele.Ethan apenas balançou a cabeça.— Eu prometi que estaria aqui para ela. E eu cumpro minhas promessas.Bridget voltou ao quarto
Ao chegar ao hospital, Bridget encontrou Taylor de pé no corredor, passando a mão pelo rosto como se tentasse conter a frustração e o desespero.— Como ela está? — Bridget perguntou ao se aproximar.Taylor soltou um suspiro pesado.— Nada bem. Ela acordou em pânico, começou a gritar, dizendo que não queria ficar aqui. Quando tentaram acalmá-la, ela entrou em colapso.Bridget olhou para a porta do quarto, sentindo um aperto no peito.— Eu quero vê-la.Taylor hesitou, mas assentiu.Bridget entrou no quarto e encontrou Callie deitada, ainda sob efeito dos sedativos. Ethan estava ao lado dela, segurando sua mão. Quando viu Bridget, ele se levantou e caminhou até ela.— Ela está pior do que imaginávamos — ele sussurrou.Bridget se aproximou da cama e olhou para Callie. Pela primeira vez, não viu a garota arrogante e manipuladora que sempre a atormentou. Apenas uma jovem quebrada, perdida.Ela pegou uma cadeira e se sentou ao lado da cama, observando Callie respirar lentamente.— Callie… —
O sol da manhã iluminava a cidade, trazendo um calor agradável ao dia. Bridget decidiu que era hora de visitar a livraria e ver como estava a reforma. Camila, sempre animada para acompanhar a amiga, não hesitou em aceitar o convite. E, dessa vez, Bridget quis levar sua mãe, Melinda, para que ela pudesse ver o sonho que construiu ao longo dos anos.Ao chegarem ao local, Bridget sentiu um aperto no peito. A livraria estava tomando forma novamente, e cada detalhe reformado era um passo para recuperar o espaço que tanto amava. Melinda olhou ao redor com admiração, passando os dedos pelas prateleiras vazias.— Você criou algo incrível aqui, minha filha — disse Melinda, com um sorriso orgulhoso.Bridget sorriu, emocionada.— Sempre foi meu refúgio. Cada livro aqui me ajudou a suportar os dias difíceis.Camila olhou para a amiga e segurou sua mão.— E agora está voltando a ser o que sempre foi. Um lar para suas histórias e para você mesma.Enquanto exploravam o local, o celular de Bridget vi
Laura estava deitada na cama do hospital, observando Andrew com olhos atentos. Desde que perdeu o bebê, ele permaneceu ao seu lado, cumprindo a promessa de não abandoná-la. Mas havia algo diferente nele. Pequenos lapsos de memória estavam surgindo, e isso a preocupava profundamente.— Andrew… — ela murmurou com um tom frágil. — Eu não quero voltar para casa sozinha.Ele suspirou, segurando a mão dela.— Eu posso te acompanhar, pelo menos até você se sentir melhor.Ela sorriu levemente, mas por dentro já começava a planejar. Sabia que, se ele continuasse assim, logo se lembraria de tudo sobre Bridget e do amor que sentia por ela. Isso não podia acontecer. Precisava dar um jeito de continuar administrando os remédios que o mantinham na escuridão.Enquanto Laura arquitetava seus planos, Bridget seguia firme com a reforma de sua livraria. Naquela manhã, ela decidiu dar uma olhada no progresso da obra levou sua mãe, Melinda, para acompanhá-la.— Eu ainda não acredito que estou aqui para ve
Eu não sabia exatamente por que me sentia tão confortável perto de Bridget, mas ali estava eu, na livraria, ajudando-a a organizar os últimos detalhes para a reinauguração. O cheiro de tinta fresca ainda impregnava o ar, misturado ao aroma reconfortante dos livros novos que haviam chegado naquela manhã.Bridget estava concentrada, os cabelos presos de qualquer jeito em um coque bagunçado, enquanto checava as prateleiras e anotava algo em seu caderninho de anotações. O jeito como sua testa franzia levemente quando estava focada me fazia sorrir sem perceber.— Está quase tudo pronto — ela murmurou, mais para si mesma do que para mim. — Só preciso resolver a disposição dos móveis na área do café.— Posso ajudar com isso — me ofereci, encostando no balcão.Ela ergueu os olhos para mim, surpresa, mas depois sorriu. Um sorriso sincero, que me fez sentir um calor estranho no peito.— Sabe mesmo mexer com decoração, Maxwell? — ela provocou.— Sei que você tem bom gosto, então qualquer coisa q
Foi então que, ao sair do provador de uma das lojas mais renomada do shopping, percebeu uma movimentação estranha. Funcionários sussurravam entre si, e um segurança se aproximou com expressão severa.— Com licença, senhorita, precisamos que nos acompanhe.Bridget franziu a testa.— O que está acontecendo?Antes que pudesse entender, Laura surgiu ao lado da gerente da loja, com um sorriso falso.— Aparentemente, alguém tentou sair sem pagar por um dos colorares mais caros da coleção. Que coisa feia, Bridget.O sangue de Bridget gelou. Uma armadilha.Camila e Vitória se colocaram ao lado dela, prontas para defendê-la.— Isso é um absurdo! — Vtória protestou.— Podemos verificar as câmeras de segurança — Camila sugeriu com firmeza.Laura apenas sorriu de lado, como se tivesse tudo sob controle.Bridget sentiu o peito apertar. Seria mais um jogo sujo de Laura para humilhá-la publicamente?O que aconteceria a seguir?O burburinho no shopping só aumentava. As pessoas paravam curiosas, cochi