Laura estava deitada na cama do hospital, observando Andrew com olhos atentos. Desde que perdeu o bebê, ele permaneceu ao seu lado, cumprindo a promessa de não abandoná-la. Mas havia algo diferente nele. Pequenos lapsos de memória estavam surgindo, e isso a preocupava profundamente.— Andrew… — ela murmurou com um tom frágil. — Eu não quero voltar para casa sozinha.Ele suspirou, segurando a mão dela.— Eu posso te acompanhar, pelo menos até você se sentir melhor.Ela sorriu levemente, mas por dentro já começava a planejar. Sabia que, se ele continuasse assim, logo se lembraria de tudo sobre Bridget e do amor que sentia por ela. Isso não podia acontecer. Precisava dar um jeito de continuar administrando os remédios que o mantinham na escuridão.Enquanto Laura arquitetava seus planos, Bridget seguia firme com a reforma de sua livraria. Naquela manhã, ela decidiu dar uma olhada no progresso da obra levou sua mãe, Melinda, para acompanhá-la.— Eu ainda não acredito que estou aqui para ve
Eu não sabia exatamente por que me sentia tão confortável perto de Bridget, mas ali estava eu, na livraria, ajudando-a a organizar os últimos detalhes para a reinauguração. O cheiro de tinta fresca ainda impregnava o ar, misturado ao aroma reconfortante dos livros novos que haviam chegado naquela manhã.Bridget estava concentrada, os cabelos presos de qualquer jeito em um coque bagunçado, enquanto checava as prateleiras e anotava algo em seu caderninho de anotações. O jeito como sua testa franzia levemente quando estava focada me fazia sorrir sem perceber.— Está quase tudo pronto — ela murmurou, mais para si mesma do que para mim. — Só preciso resolver a disposição dos móveis na área do café.— Posso ajudar com isso — me ofereci, encostando no balcão.Ela ergueu os olhos para mim, surpresa, mas depois sorriu. Um sorriso sincero, que me fez sentir um calor estranho no peito.— Sabe mesmo mexer com decoração, Maxwell? — ela provocou.— Sei que você tem bom gosto, então qualquer coisa q
Foi então que, ao sair do provador de uma das lojas mais renomada do shopping, percebeu uma movimentação estranha. Funcionários sussurravam entre si, e um segurança se aproximou com expressão severa.— Com licença, senhorita, precisamos que nos acompanhe.Bridget franziu a testa.— O que está acontecendo?Antes que pudesse entender, Laura surgiu ao lado da gerente da loja, com um sorriso falso.— Aparentemente, alguém tentou sair sem pagar por um dos colorares mais caros da coleção. Que coisa feia, Bridget.O sangue de Bridget gelou. Uma armadilha.Camila e Vitória se colocaram ao lado dela, prontas para defendê-la.— Isso é um absurdo! — Vtória protestou.— Podemos verificar as câmeras de segurança — Camila sugeriu com firmeza.Laura apenas sorriu de lado, como se tivesse tudo sob controle.Bridget sentiu o peito apertar. Seria mais um jogo sujo de Laura para humilhá-la publicamente?O que aconteceria a seguir?O burburinho no shopping só aumentava. As pessoas paravam curiosas, cochi
Bridget estava animada e ao mesmo tempo ansiosa enquanto terminava de se arrumar para o encontro com Maxwell. Ela olhou para o espelho e sorriu ao ver sua mãe, Melinda, e Cida atrás dela, observando-a com orgulho.— Você está deslumbrante, minha menina — disse Melinda, ajeitando um cacho solto do cabelo de Bridget.Cida assentiu, cruzando os braços com um sorriso satisfeito.— Seu brilho é natural, Bridget, mas essa maquiagem só realçou ainda mais sua beleza.Bridget sorriu timidamente e olhou para o reflexo no espelho. Ela usava um vestido longo rosé com fendas laterais, delicado e sofisticado. Seus cabelos estavam soltos, caindo em ondas suaves sobre os ombros. A maquiagem leve apenas para ressaltar seus traços delicados, com um batom nude e olhos bem definidos.— Será que não está demais? — Bridget perguntou, alisando o tecido do vestido.— Está perfeita — Melinda garantiu. — Maxwell vai perder o fôlego quando te ver.Bridget riu, sentindo-se mais confiante. Logo, Maxwell chegou pa
Bridget chegou em casa após o encontro com Maxwell, ainda com um leve sorriso nos lábios. A noite tinha sido surpreendentemente agradável, e a companhia dele a fez esquecer, nem que fosse por algumas horas, toda a confusão que Laura tinha armado mais cedo.Assim que entrou em seu quarto, seu celular vibrou. Era o grupo de mensagens com Camila e Vitória.Camila: "Então??? Como foi o encontro??? Queremos detalhes!!! 😍"Vitória: "Sim, não se atreva a dormir sem contar tudo, mocinha! 😂"Bridget riu, balançando a cabeça enquanto se jogava na cama. Respondeu rapidamente:Bridget: "Calma, gente! Foi ótimo, saímos para o cinema, depois ele me levou para jantar e terminamos a noite caminhando na praia. Foi muito gostoso."Camila: "Ah, que romântico! E como ele estava? Muito charmoso? 👀"Vitória: "E ele tentou te beijar???"Bridget corou, lembrando-se da forma como Maxwell a olhou durante o jantar e do jeito que ele segurou sua mão na praia. Mas não, não houve beijo. Ainda.Bridget: "Ele foi
Camila entrou no restaurante com o coração acelerado. Jacob já estava esperando em uma mesa perto da janela, e ao vê-la, abriu um sorriso encantador.— Uau, você está deslumbrante.Ela sorriu, tentando esconder o nervosismo.— Obrigada. Você também está muito elegante.Jacob se levantou e puxou a cadeira para ela sentar.— Confesso que estava ansioso por esse jantar — ele disse, depois de fazerem os pedidos.— Eu também. Na verdade, não sabia se aceitava.— E por quê?Camila suspirou.— Sei lá… você é um empresário importante, afilhado da mãe da Bridget, e eu sou só… eu.Jacob riu.— Você é incrível, Camila. Eu gosto da sua energia, da sua sinceridade.Ela corou um pouco, mas disfarçou bebendo um gole de suco.— Bom… se você gosta de sinceridade, já vou avisando que sou péssima em encontros.— Sorte a minha que eu sou ótimo.Os dois riram, e o jantar seguiu de forma leve e descontraída. Entre risadas e histórias sobre suas vidas, Camila começou a relaxar. Jacob era carismático, atenci
O tribunal estava lotado. Jornalistas, curiosos e até figuras importantes da cidade ocupavam os assentos para assistir ao julgamento de Agnes. O caso havia tomado proporções gigantescas desde sua prisão, e agora, a justiça finalmente daria seu veredito.Bridget ajeitou o vestido discretamente e olhou ao redor. Melinda estava ao seu lado, com um semblante sério, mas sereno. Maxwell, sentado próximo, lhe lançou um olhar reconfortante. Ele sempre parecia estar por perto quando ela precisava. Camila, Vitória, Ethan e Marcos também estavam ali, todos unidos para dar apoio.Na primeira fileira, Andrew chegou acompanhado de Laura. O olhar dele se perdeu por um momento em Bridget, mas foi interrompido quando viu Maxwell pousar a mão no ombro dela e sussurrar algo. Bridget sorriu em resposta, e aquilo o incomodou mais do que deveria.Laura percebeu o incômodo e se aproximou de Andrew, pegando em sua mão de maneira sutil.— É inacreditável que essa mulher tenha feito tudo isso... — ela murmurou
O almoço continuava animado, com todos trocando risadas e brincadeiras. Bridget, apesar de ainda sentir um aperto no peito ao ver Andrew com Laura, se esforçava para se divertir.— Acho que foi um dos julgamentos mais tensos que já vi — disse Ethan, bebendo um gole de seu suco.— E olha que você já viu muita coisa, hein? — brincou Marcos.— Mas nada que envolvesse tanta sujeira, traição e drama digno de novela mexicana! — completou Camila.Bridget riu e pegou sua taça para um gole de vinho.— Bem, pelo menos agora sabemos quem são nossos verdadeiros inimigos.— Exato — concordou Maxwell, sorrindo de lado.Tudo parecia estar fluindo bem... até que Bridget resolveu se levantar.— Vou ao banheiro — avisou, se afastando da mesa.Mas o destino tinha outros planos.Bridget deu apenas dois passos quando sentiu algo escorregadio sob os pés. Ela não teve tempo de reagir. Seu equilíbrio foi pelos ares, e ela soltou um grito de susto.— Cuidado! — ouviu alguém exclamar.Em uma fração de segundo,