A tarde já avançava quando todos começaram a sair do restaurante. O grupo de amigos se despediu aos poucos, enquanto o vento fresco da cidade soprava suavemente, trazendo consigo o aroma do mar ao longe.— Eu vou levar a Bridget para casa — Maxwell anunciou, abrindo a porta do carro para ela.Bridget hesitou por um segundo, mas ao ver o olhar calmo e protetor dele, assentiu.— Tudo bem, obrigada, Max.Do outro lado, Marcos, Ethan, Vitória e Camila decidiram seguir juntos, indo na direção oposta.— A noite foi longa, mas foi boa! — Vitória comentou, esticando os braços e sorrindo para Marcos.Ele piscou para ela.— E vai ficar melhor. Acho que merecemos estender um pouco mais, o que acha?Vitória corou levemente, mas disfarçou com um sorriso malicioso.— Só se for para um café... ou algo mais interessante.— Opa! Eu gostei disso — Ethan brincou.. — E você, Camila? Tá afim de continuar a noite?Camila riu.— Depende do que vocês têm em mente.— Confia em mim, vai valer a pena — garantiu
Na manhã seguinte Andrew acordou, sentindo o leve efeito do álcool no corpo. Laura, sempre atenta, aproveitou-se do momento e segurou seu braço até o abraçando.— Você bebeu um pouco demais, amor — ela disse com um sorriso doce, embora seus olhos brilhassem com segundas intenções.— Estou bem — Andrew murmurou, sentando-se na cama e passando a mão pelo rosto.Laura desapareceu por alguns minutos e logo retornou com um copo nas mãos.— Aqui, beba isso. Vai te ajudar a relaxar — ela entregou a bebida a ele, disfarçando seu sorriso ao vê-lo dar um grande gole sem questionar.O efeito foi quase imediato. Andrew piscou algumas vezes, sentindo-se ainda mais tonto, seu corpo pesado.— Vem, eu te ajudo a levantar — Laura disse, puxando-o gentilmente.Sem forças para contestar, Andrew deixou-se levar. No banheiro, Laura ajudou-o a se sentar na privada e deslizou suas mãos por seus ombros.— Você precisa descansar… — sua voz era um sussurro.Andrew ergueu os olhos para ela, e em um momento de v
Bridget ainda sentia o gosto do beijo de Maxwell em seus lábios quando Andrew a puxou bruscamente para o carro. Seu coração disparou, não pelo medo, mas pela fúria que crescia dentro dela. Andrew estava ofegante, suas mãos apertavam seus braços com firmeza, mas sem machucá-la. Ela ainda estava atordoada com tudo que tinha acontecido. Seu coração disparava, e seu rosto ainda ardia pelo impacto da mão de Laura. Maxwell tinha aparecido como um verdadeiro salvador, e agora, ali estava ela, dentro do carro de Andrew, sendo arrastada para uma conversa que ela não sabia como terminaria.— O que diabos você pensa que está fazendo, Bridget?! — Andrew esbravejou, sua voz rouca de raiva, os nós dos dedos ainda vermelhos do soco que tinha dado em Maxwell.Bridget tentou se soltar, mas ele a segurava firme. Ela cruzou os braços, tentando não demonstrar sua confusão interna.— O que eu estou fazendo?! Eu que deveria perguntar isso! — ela retrucou. Você que me puxou para cá feito um louco! Eu nem se
O vento frio da noite cortava minha pele, mas nada se comparava à tempestade dentro de mim. Meus pés batiam contra a calçada molhada, e cada passo ecoava no silêncio das ruas vazias. Eu não sabia ao certo para onde estava indo. Meu corpo apenas seguia em frente, como se fugir fosse a única opção.Meu coração ainda pulsava forte dentro do peito, e a lembrança do olhar de Andrew cravado em mim como uma lâmina ardia mais do que a marca da mão de Laura em meu rosto. Eu deveria estar acostumada com os jogos dele, com os sentimentos contraditórios que ele insistia em despertar em mim, mas desta vez… desta vez foi diferente.Quando seus dedos apertaram meu braço e ele me puxou para aquele carro, eu vi nos olhos dele algo além do ciúme. Era dor. Era raiva. Mas, acima de tudo, era um desespero que eu não conseguia entender.“Você acha que pode seguir em frente? Com Maxwell? Você acha que ele pode te dar o que eu te dei?” Ele cuspiu as palavras, sua voz carregada de algo que eu não sabia nomear
Laura deslizou os dedos pela pele nua de Andrew, seus lábios roçando levemente seu pescoço. A luz suave do amanhecer filtrava-se pelas cortinas do quarto, iluminando os lençois bagunçados.— Você está tão tenso, meu amor... — ela murmurou, sua voz doce como mel, enquanto seus dedos percorriam seu peito.Andrew soltou um suspiro, os pensamentos dispersos. A imagem de Bridget beijando Maxwell ainda estava viva em sua mente, queimando como uma ferida aberta. Ele fechou os olhos, tentando afastar aquela sensação estranha no peito.Laura percebeu seu silêncio e, com um sorriso astuto, deslizou para cima dele, envolvendo-o com suas curvas perfeitas.— Deixa eu cuidar de você... — sussurrou, sua boca encontrando a dele em um beijo quente e exigente.Ele cedeu, deixando-se levar pelo desejo, usando Laura para apagar as emoções conflitantes que o atormentavam. E Laura, satisfeita, tinha exatamente o que queria: Andrew cada vez mais preso a ela.Depois do momento intenso entre os dois, Laura se
Após o almoço, Maxwell permaneceu na mansão Tulipa Azul por mais um tempo, conversando com Bridget e Melinda na sala de estar. Ele se sentia à vontade ali, especialmente com a doçura de Bridget e a receptividade de sua mãe. No entanto, o olhar observador de Vovó Nívea ainda o deixava um pouco desconfortável.Bridget percebeu e segurou a mão de Maxwell, dando-lhe um sorriso reconfortante. — Não liga para minha avó, ela só precisa de um tempo para se acostumar — sussurrou para ele.Maxwell sorriu de volta e apertou levemente a mão dela. — Eu entendo. Família tradicional... faz parte.Nívea pigarreou, atraindo a atenção deles. — Bridget, minha querida, você pode me ajudar com algo na cozinha? — perguntou, claramente querendo afastá-la de Maxwell por um momento.Bridget suspirou, mas assentiu. — Claro, vovó.Quando ela se afastou, Maxwell permaneceu sentado, tomando um gole de seu café. Melinda olhou para ele com um semblante mais amigável. — Não leve para o lado pessoal. Minha mãe sempre
Maxwell ainda estava na sala de estar quando Andrew foi embora. Elizabeth se sentou, analisando o irmão por um instante. Desde que Andrew havia perdido a memória, Elizabeth se mostrava preocupada e atenta a tudo que acontecia ao redor do filho. Maxwell sabia que ela não demoraria a questioná-lo.— Então, Maxwell... você e Bridget? — Elizabeth perguntou sem rodeios, sentando-se à frente dele. — Há algo acontecendo entre vocês?Maxwell suspirou e sorriu de canto.— E se houver?Elizabeth arqueou uma sobrancelha.— Você sabe que ela e Andrew têm uma história, não sabe? Ele pode não lembrar agora, mas...— Mas isso não significa que Bridget tenha que ficar presa ao passado. — Maxwell interrompeu. — Ela merece ser feliz, independentemente do que Andrew lembra ou não.Elizabeth o analisou por um instante antes de suspirar.— Eu gosto de você, Maxwell. E gosto de Bridget. Mas essa situação... pode acabar mal para todos.Antes que Maxwell pudesse responder, a porta se abriu novamente, era a
Laura saiu apressada do prédio da Miller Enterprises, o coração ainda disparado pela conversa que ouvira. A mente girava em torno da investigação de Andrew sobre ela. Como ele podia suspeitar dela depois de tudo? Depois do que tinham vivido?O sol forte refletia nos vidros dos carros estacionados na rua, criando um brilho intenso que incomodava seus olhos. Laura colocou a mão na testa, sentindo uma leve tontura. Precisava se recompor. Precisava encontrar um jeito de virar esse jogo a seu favor.Ela caminhou em direção ao estacionamento, mas antes que pudesse alcançar seu carro, sentiu suas pernas fraquejarem. O mundo girou ao seu redor, e então tudo ficou escuro.— Senhorita Laura! — um funcionário gritou ao vê-la cair no chão.Alguns transeuntes se aproximaram, preocupados. Um deles, um segurança do prédio, pegou o celular e discou rapidamente para o escritório de Andrew.— Aqui é da recepção. A senhorita Laura acabou de desmaiar na saída da empresa!No mesmo instante, Vivian entrou