Passado alguns dias e ela se adaptava bem as mudanças, passou andar muito mais longe do que ia normalmente em suas caminhadas, até que um dia desses ela encontrou uma garota chorando sentada na escadaria de sua casa, Mary parou e perguntou se ela estava bem, pois seu bom coração havia amolecido também.
Aquela garota devia ter entre dez a doze anos e aparentava ser muito inocente doce e meiga pelo jeito em que chorava, sentada e abraçando suas próprias pernas.
Mary aproximou dela e falou:
— Tudo bem mocinha?
A menina olhou para ela, enxugou as lágrimas com a gola da camiseta e soluçando disse:
— Meus pais estão brigando…
Mary olhou em direção a casa dela e se concentrou, com isso estava aprendendo mais uma das suas mudanças, por se transformar em um lobisomem a sua superaudição alcançava quilômetros… Com isso pode ouvir o motivo da discussão… Que era exatamente eles não terem condições de quitar uma dívida com um agiota, e com isso estavam prestes a perder a casa!
Mary olhou para a garota e perguntou seu nome.
— Me chamo Nádia…
— Nádia, acalme-se deve ser só um desentendimento e já eles param de brigar.
— Eles estão brigando porquê papai falou que precisamos sair de casa dia nove do mês que vem.
— Dia nove de maio? Nossa… dia nove é o dia…
Quando Mary ia terminar de falar, Nádia completa.
— Dia das mães…
Mary se comove, porque primeiramente ninguém deveria perder sua casa, e o dia das mães é um dia muito importante, principalmente para ela que havia perdido sua mãe e estava praticamente sozinha!
— Nadia, você sabe para quem eles estão devendo a casa?
Nadia inocente, nem questiona em como Mary sabia que eles estavam devendo a casa e responde:
— Eu ouvi eles falando que o Robert koppen deu a data limite para sairmos da nossa casa.
— Certo Nádia, agora acalme-se e pare de chorar tá bom?
Nádia balança a cabeça acenando que sim, Mary se levanta e volta para sua casa.
Alguns dias depois, Mary havia voltado de suas férias e enquanto ela trabalhava, procurava esse tal de Robert Koppen, investigava sem se cansar, pois, precisaria fazer algo para ver aquela mãe em especial feliz no seu dia. Derre pente aparece um anúncio em sua tela, escrito:
Está no sufoco? Precisa de dinheiro? Venha pegar com Koppen, ele te empresta o valor que precisa para mudar sua vida!
Lendo isso, sorriu e nem acreditou que ela havia procurado tanto, por dias, e aquele anúncio havia aparecido em sua tela! Anotou o endereço do anúncio e no final de seu expediente avisou seu chefe que precisava resolver um problema pessoal na parte da manhã do dia seguinte, e se atrasaria um pouco para chegar ao escritório.
No dia seguinte, se arrumou e chamou um táxi, foi para o endereço do agiota! Chegando la era apenas uma casa normal, com portões grandes de correr, tocou a campainha e saiu uma mulher muito bem-vestida e aparentava ser de classe alta!
Mary disse:
— Vim falar com Sr. Koppen.
Mais que depressa aquela moça abriu o portão e pediu para ela entrar. Assim que entrou fechou o portão novamente e direcionou Mary para dentro da casa, onde havia uma grande sala e pediu para ela aguardar, sem demora aquela mulher elegante volta e pede para a seguir até o escritório do Sr. Koppen.
Assim que entrou acomodou-se em uma cadeira confortável olhou para o rapaz e disse:
— Sr. Robert Koppen?
— Sim, prazer, você precisa de dinheiro?
— Não! Vim saber como esta a dívida de um casal que o senhor deu o prazo para eles saírem da casa até dia nove de maio!
Koppen franziu a testa e fez expressão de quem não gostou nada do que ela havia falado.
— Você é advogada? Eu disse para eles não colocarem ninguém no meio disso!
Ao falar isso ele foi se levantando alterado e nervoso, Mary pulou em sua frente, sem nem perceber que seu rosto mudou de formato e suas presas apareceram! Colocou a mão sobre o peito dele e o mandou sentar! Koppen assustado lançou mil questões a ela e se tremia todo!
— O que você é? Quem você é? O que quer?
Mary o olhou diretamente nos olhos e mandou ele se calar!
— Agora me diga! Quanto aquela família está devendo para você?
— Os pais da pequena Nádia?
— Sim, exatamente!
Koppen começou a puxar em seu computador, os dados e mostrou os resultados para Mary, ao total eles deviam em torno de vinte mil reais para ele, porém continham muitas parcelas em atraso e o valor estava em torno de cinquenta mil reais. Mary olhou-o e disse:
— Pegue a papelada e de baixa! Assine um comprovante de pagamento! Vou quitar a dívida deles e como vou pagar a vista você vai aceitar o valor de vinte mil reais!
Robert Koppen estava em estado de choque que não questionou Mary, apenas levantou de sua mesa foi até o armário ao lado e pegou as papeladas da família de Nádia, voltou a mesa assinou todas como pagamento realizado e fez uma carta a punho assinando-a para comprovar o pagamento e entregou a Mary.
Ela checou todos os documentos para ter certeza que eram validos pegou sua bolsa retirou o dinheiro e entregou-lhe, e disse:
— Confira por favor!
Koppen conferiu e acenou com a cabeça que estava correto. Mary levantou-se e disse:
— Não os perturbes mais! E não conte a ninguém o que viu aqui! Senão virei atrás de você!
Falando isso, saiu pegou outro táxi e foi direto para seu trabalho. Concluiu seu dia normalmente e ao sair sua amiga Alice a chamou.
— Mary? Amanhã você vai em casa né?
— Sim, amiga vai ser um prazer passar o dia das mães com vocês… Obrigada por me convidar.
— Que isso, você já é da família. Beijos amanha a gente se vê.
— Tchau! Beijo.
Mary saiu do trabalho passou naquele café que ela adorava e pediu um café bem forte com açúcar e um bolo de milho para acompanhar, comeu e foi para sua casa. Chegando la ligou sua TV como a muitos dias ela não fazia… Encheu sua banheira tomou seu banho e relaxou por um tempo.
Por volta das dez da noite, Mary pegou toda aquela papelada colocou em um envelope passou uma fita vermelha com um lindo laço e saiu em direção a casa de Nádia. Chegando la, Mary escalou o muro com tanta facilidade que em menos de segundos estava dentro do quintal dos pais da pequena Nádia, colocou aquele envelope perto da porta de entrada ao chão e bateu à porta, assim que bateu pulou o muro de volta e ficou do outro lado da rua, pois, estava escuro e ninguém poderia vê-la, ficou ali até que saiu a mãe de Nádia na porta e pegou o envelope! Ela pegou o pacote e começou abrir, enquanto ela abria chegou seu marido por trás para ver o que estava acontecendo, ela pega a papelada e começa ler… vê a assinatura do Sr. Robert Koppen e começa a chorar, olha para o marido e diz:
— Não é possível… nossa dívida está quitada!
Eles se olham e começam a se abraçar, ele pega o envelope da mão dela e olha dentro… Mary havia deixado um bilhete para a mãe de Nádia.
— Só espero ter ajudado vocês, a dívida está totalmente quitada! Guardem esses papéis como prova de pagamento. E senhora… FELIZ DIA DAS MÃES.
Quando o marido dela acaba de ler o bilhete, ambos escutam um uivo, um uivo alto e longo, como se fosse uma forma de dizer-lhes que foi ele ao ajudar… Os dois se olham e ela diz…
— O Uivo do bem!
Saindo dali Mary encontra Henri, ele havia visto tudo o que ela fez por aquela família! Porque mesmo sem ela saber, ele a vigiava de longe para que ela não percebesse.
E então ele diz:
— Você os ajudou… usou sua nova vida para fazer o bem! Parabéns, Mary.
Mary o olha e sem dizer nada apenas vão seguindo em direção a sua casa. Chegando la, Henri a chama para conhecer o clã e ela aceita! E então ele diz: — Você já se transformou? Mary responde: — Não, eu apenas… Antes de ela terminar de falar ele completa!
Mary seguiu para a casa de Alice, chegando la a mesa de jantar estava maravilhosa! Repleta de doces do jeitinho que ela amava, tinha pudins, bolos, e havia também petiscos salgados como, pasteizinhos, bolinhas de queijo, minicoxinhas e muito mais! Mary desejou feliz dia das mães para dona Sônia a mãe de Alice e ali elas passaram a noite jogando conversas fora sorrindo e se deliciando com aquela mesa farta! Se divertiram tanto que Mary agradeceu demais a Alice, pois a tempos ela não passava um dia das mães tão alegre depois da morte de sua mãe. Com um abraço de despedida Mary saiu e foi rumo a sua casa, era por volta da meia-noite e decidiu ir caminhando, pois, estava uma noite tranquila e linda, e sua casa também não ficava muito longe apenas algumas quadras dali. Mary estava distraída caminhando lentamen
Juntaram tudo que poderiam precisar e foram para rua pois precisavam de um carro, Henri avistou um Chevrolet ano 1968 motor v8 uma máquina exatamente do que eles precisavam, cor preta, e com sua habilidade com alfinetes abriu a porta do carro e fez ligação direta! Uma pena porque aquele carro era uma relíquia e Henri era apaixonado por carros antigos, todos entraram no carro e foram ao resgate de Mary, mas demoraria um pouco para chegarem, pois era bem afastada a fazenda onde Koppen prendeu-a. Após andarem por horas chegaram as terras da fazenda, devia ser por volta do meio-dia era um lugar fantástico um descampado enorme que envolvia toda a casa, não havia cercas ou porteiras… era tudo aberto árvores frutíferas e muitas flores, se não fosse as circunstâncias seria um lugar perfeito para passar um belo dia! Todos aparentemente bem só Henri com a perna machucada, quando foram ver o porque ele não cicatrizou, perceberam que as balas que o falecido Koppen estava usando eram de prata com símbolos estranhos, foi terrivelmente doloroso para tirarem aquela bala de sua perna! Assim que retiraram demorou um pouco para a cicatrização ocorrer enquanto estavam de olho nele, Mary acorda e se depara com Edna, pois a deixaram em seus aposentos, Edna pergunta como ela está, mas Mary estava muito fraca e ela sabia exatamente do que Mary precisava, de um belo e grande pedaço de carne! Como já havia se prevenido foi até a cozinha e pegou o bife que já havia deixado pronto e o levou para que ela pudesse se alimentar e recuperar suas forças, quando Mary sentiu o cheiro daquele bife enorme e muito suculento comeu com a mão mesmo, escorria sangue entre seus dedos e ela passava a língua para não desperdiçar nadinha,6. Conversa informal
Os dois se levantam e vão sentido ao grande barracão, sentam-se novamente e gradualmente vai chegando todos os membros do conselho, Leda, Eli, Edna, Marcondes, Noah, Estélio e Paulo. Os membros do conselho não foram aleatoriamente escolhidos, cada um tinha uma história e uma qualidade que os diferenciavam! Edna não era somente a esposa de Eli como também era uma excelente curandeira, conhecia quase todas as plantas medicinais e as não medicinais também, ela sabia desde tratar uma dor de dente até em provocar terríveis alucinações caso necessário! Já Eli seu esposo, veio de uma linhagem rara de lobisomens conhecida como Wright, ele foi um dos sobreviventes a um grande ataque de caçadores que ocorreu em sua vila a décadas atrás, e desde então vem recrutando lobos
— Obrigada por cuidar disso para mim… — Não precisa agradecer… Você está pronta para hoje? Henri a questiona terminando de apertar o último parafuso. — Sim! Quando quiser! Ela o responde. Então Henri se levanta e diz estar pronto, os dois saem e vão dar uma volta perto da casa de Koppen, para ver se havia câmeras e como fariam para entrar, passando pelo quarteirão avistaram uma câmera bem no portão dele e não teriam outra opção a não ser chamá-lo para ver se havia alguém na casa, e então Henri grita: — Ao voltarem a aldeia colocaram Mary na casa de Estélio enquanto Henri ficou com a casa do Marcondes, Eli reuniu todos da aldeia para dar a notícia do falecimento de seus amigos. Todos queriam saber como aconteceu e o porque, mas Eli marcou uma reunião para o dia seguinte para falar os detalhes a todos eles! Saindo dali todos foram tomar um banho quente e vestir roupas secas! Henri chama Edna e diz que precisa falar com ela a sós, e então ela vai até à casa dele, e ele diz: — Você poderia trocar as roupas de Mary? Ela está encharcada. — Sim, já irei la se não ela pega um resfriado. Responde Edna. — Falando isso fechou a porta seguiu para seu banheiro tomou um banho e arrumou-se, passou na cozinha pegar uma grande xícara de café, seguiu diretamente para casa de Eli e todos já estavam a esperando! Bebeu um belo gole daquele café e colocou a xícara sobe a mesa pegou o papel que Noah a entregou e começou a ler! Olhando seriamente aquele papel, ficou um momento em silêncio e em seguida disse: — Inacreditável! — O quê? Diga! Exclama Henri nervoso e preocupado. — 9. DNA
10. Transmutada