Em uma noite movimentada de Nova York, estava Mary fazendo sua caminhada diária naquele bosque, as dezenove horas da noite ela saia para fazer seu exercício e tomar um ar fresco para tirar o ‘stress’ do dia a dia. Ela amava fazer aquele percurso, era um bosque lindo repleto de árvores flores e rosas cheirosas, apenas em alguns pontos faltavam um pouco de iluminação, pois as lâmpadas haviam queimado. Ela fazia uma hora e meia de caminhada entre a ida e a volta de sua casa.
Quando voltava para casa tomava um banho bem relaxante, esquentava um copo de leite ligava sua TV com seu DVD favorito já no aparelho e ali ela assistia sua série até pegar no sono.
Mary trabalhava em um escritório na área de administração. Acordava às sete da manhã todos os dias, escovava seus dentes e enquanto lavava o rosto já havia colocado água para ferver para poder coar o café, saia do banheiro e ia até seu guarda-roupa pegava seu uniforme e vestia-se, corria para cozinha passava seu café e na mesma hora já experimentava um belo gole e ia se maquiar, depois de fisicamente pronta ela sentava-se a mesa bebia seu café comendo umas bolachas de água e sal ou algo que ela tivesse no armário, pegava sua bolsa e saia para o trabalho.
Não era muito longe ela ia apé mesmo, pois era do outro lado da rua umas duas quadras de sua casa, a frente do escritório era lindo, todo espelhado bem convidativo e com o ‘slogan’ da empresa bem visível e iluminado.
Ela chegava ao escritório já pegava as correspondências que tinha e deixava na sala de seu chefe, ia para sua mesa ligava seu computador e verificava seus correios eletrônicos, ao decorrer do dia ela fazia seus lançamentos e resolvia algo que a pedissem, mas aquele dia foi um dos piores que ela teve!
Houve muitos lançamentos errados de uma estagiária e ela precisou corrigir todos, além de manter o trabalho dela em dia, algo que seria impossível de acontecer! Já no final do dia, ela resolve que vai ficar um pouco mais para deixar tudo em ordem e não atrasar o trabalho do dia seguinte!
Sua amiga Alice ia saindo quando olhou para trás e a viu toda atarefada, voltou e disse:
— Mary, amiga… Falta um mês para o dia das mães… Você quer passar conosco, la em casa?
Mary a olhou sorriu e disse:
— Claro, obrigada amiga, eu ia passar em casa mesmo.
— Então combinado. E não fique aí até tarde… Você sabe que não compensa!
— Certo, mais uma hora e termino essa bagunça.
Alice saiu e foi embora, enquanto Mary ficou colocando o trabalho em ordem. Quando se deu conta já era seis e meia da tarde, e havia finalmente terminado!
Pegou suas coisas e trancou o escritório, saindo se deu conta que estava faminta e em sua casa ainda teria que preparar algo para comer, mais a frente parou em uma cafeteria e pediu ao garçom um café grande e um misto quente no capricho.
Terminando de comer pagou a conta e começou caminhar para sua casa, atravessou a rua e quando estava quase chegando ouviu um grito vindo da direção do parque em que ela sempre caminhava, correu la e havia uma mulher no chão e algumas pessoas em volta já ligando para o pronto atendimento! Mary agachou perguntando se a moça estava bem, pois ela estava consciente e não aparentava estar mal, a moça disse:
— Um lobo me atacou… Mordeu minha perna e… quando gritei ele foi embora.
Mary disse:
— Um lobo? Aqui?
Quando ela terminou de dizer isso os para médicos chegaram pedindo para todos se afastarem, colocaram a moça em uma maca e a levaram para o hospital.
Mary ainda sem entender em como havia um lobo a solta naquele local foi em direção a sua casa e pensando…
— Um lobo? Acredito que deveria ser um cachorro e ela no susto confundiu com um lobo… Porque lobos aqui… é impossível!
Neste dia, ela chegou na sua casa e em vez de assistir sua série como sempre fazia decidiu ver o jornal para ficar atualizada dos acontecimentos. Ligou a TV e colocou no jornal e foi tomar seu banho, mas dessa vez ela precisava relaxar, então colocou sua banheira para encher e voltou a sala para aumentar o volume da televisão para ouvir enquanto tomava banho.
Entrou na banheira e la estava relaxando e tentando esquecer no dia corrido e cheio de problemas que teve, quando ouviu no jornal:
— Nesta noite tivemos um caso curioso na cidade, uma moça de vinte e seis anos foi atacada por lobos! Isso mesmo pessoal, por lobos! Mas segundo ela eles não queriam a machucar, mas ela desesperada correu e começou gritar quando um deles a mordeu na perna. Ela está agora no hospital e já tomou as medicações necessárias para prevenir qualquer categoria de doenças, e encontrasse estável. No momento a ONG de proteção aos animais silvestres estão andando pela cidade para achar esses lobos e levá-los de volta ao seu habita-te natural!
Mary estava ouvindo aquilo de boca aberta, como assim lobos em uma cidade grande daquela! Mas enfim, Mary foi pega por outro pensamento! Dia das mães chegando… E ela… sentia falta de sua família, sua mãe havia falecido há três anos e seu pai faleceu quando ela tinha apenas quatro anos de idade, muitas vezes ela se sentia sozinha, mas sabia que seus pais estavam em um bom lugar! Pensar isso sempre a tranquilizava um pouco, e dava forças para ela seguir sua vida.
No dia seguinte Mary acordou bem preguiçosa, olhou pela janela e viu o sol passando pelas frestas… deu uma espreguiçada e de repente pensa. Sol? Caramba já são nove horas! Tô mais do que atrasada.
Ela se levanta correndo e pega seu celular, que havia mais de dez chamadas perdidas, escova os dentes se troca e sai depressa! Quando acaba de sair na porta do apartamento, tromba com um rapaz e acaba caindo sentada! Pede desculpas e ele a ajuda se levantar, sorri e diz:
— Sem problemas, só vai com calma…
Ela ri e sai novamente em disparada, chegando no serviço sua sorte é que seu chefe tinha a chave da entrada e não precisou esperá-la para abrir o escritório, foi diretamente na sala dele e pediu desculpas pelo atraso, ele pediu para ela fechar a porta que eles precisavam conversar!
Logo ela pensa… Droga! Vou levar uma chamada! Como fui perder hora!
— Mary, excelente trabalho você fez ontem, e fiquei sabendo que você saiu tarde daqui para deixar as coisas em ordem…
Ela responde:
— Sim.
Ele continua:
— Então, tenho uma boa notícia para você. A papelada das suas férias saíram… Eu já assinei e só falta você assinar para estar definitivamente de férias!
— Sério? Caramba! Obrigada. Posso assinar já?
— Claro que pode.
Enquanto ela assinava foi se desculpando pelo atraso, ele só a observava. Quando ela terminou de assinar, ele diz:
— Não se preocupe com seu atraso, você tecnicamente já estava de férias, agora com os papéis assinados você pode ir para casa e aproveitar. Só deixa a chave reserva comigo.
— Claro, então obrigada! E desculpe novamente.
Levantou-se e foi embora, voltou a sua casa e resolveu descansar o resto da tarde, no começo da noite foi fazer sua corrida matinal que já estava em atraso! Trocou-se e foi correr, estava com fones de ouvido para distraí-la, passado exatamente uma hora e quinze de corrida Mary foi surpreendida por um lobo que a mordeu e saiu antes mesmo que ela pudesse gritar!
Mary apavorada foi para sua casa com seu braço sangrando, pensando em como os animais daquela região estavam agressivos. Chegando em casa foi direto lavar seu braço para poder ver o estrago que aquele animal havia feito! Quando Mary lavou o braço… Pode ver os furos se cicatrizando… Algo inacreditável! Ficou desacreditada, não sabia o que estava acontecendo!
Tomou seu banho, sempre olhando o braço sem saber o que aconteceu, e deitou-se! Quando apagou a luz, percebeu poder enxergar tudo! Enxergava melhor do que se estivesse de dia! Começou ouvir cada batida do relógio, carros na rua, pessoas falando, e sentiu uma fome que não era dela. Derre pente pressentiu algo, uma sensação de alguém a olhando.
Deu um pulo tão rápido de sua cama que quando percebeu estava do outro lado da parede! Foi até sua janela puxou a cortina e olhou para rua… Foi quando viu aquele homem! Que ela havia trombado de manhã ao sair apressada. Ele estava á observando, mais do que depressa Mary abriu a porta de seu apartamento e foi até a rua para afrontá-lo! Mas ele foi embora antes de ela alcançá-lo! Olhando para todos os lados e não viu aquele homem misterioso, voltou a sua casa e deitou-se.
Com o dia já amanhecendo, Mary não conseguia sair de casa, pois aquele sol era muito quente para ela! Então decidiu acalmar-se e assistir algo para passar as horas!
Quase seis da tarde, a campainha toca.
Quando abriu a porta não acreditou! Era ele…
Sem ela falar uma palavra, aquele homem misterioso foi entrando e já lhe dizendo que eles precisavam conversar!
Mary olhava para ele sem saber o que dizer, apenas segurava seu braço mordido com a mão esquerda! Então ele começou se apresentar.
— Sou Henri… Desculpe-me por ontem… Não era para Aila ter atacado você!
Mary o encara, franzi a testa e diz:
— Aila? Me atacado? Do que você está falando? Eu… eu nem te conheço… Você estava me espionando ontem porquê? O que está acontecendo? Ontem eu trombei em você, mas eu pedi desculpas, é por isso que está aqui?
Henri lança um olhar de piedade a ela, pois estava com pena…
— Mary… Ontem a noite você foi atacada por um lobo, não foi?
— Sim, eu… Não sei bem, foi rápido…
Henri diz:
— Não foi um lobo qualquer… Foi uma, lobisomem! Ela é nova e… cedeu aos instintos.
Mary espantada, diz:
— Você é louco! Sai daqui!
— Mary me escuta! Tenho certeza que já notou as diferenças… cicatrização! Audição! Velocidade! Você agora é uma de nós! Precisa aprender como se manter normal e driblar seus instintos. É apenas questão de você aprender, e poderá viver tranquilamente.
— Cara, isso é impossível! O que está acontecendo comigo?
Mary diz essas palavras e começa chorar, chora desesperadamente.
— Calma… Eu vim aqui para te ajudar… Existe mais de nós e todos conseguimos viver sem machucar ninguém! Por isso vim te ajudar para você não fazer com ninguém oque fizeram com você!
Mary olhou para ele e derre pente, desmaiou!
Como Henri sabia que ela deveria estar faminta, ele já havia se adiantado e comprado alguns bifes para ela. Ele a deitou na cama, pegou um bife e passou perto de seu nariz para ela sentir o cheiro, e depois colocou em sua boca, ela em um ato automático começou a comer, abriu os olhos segurou com as duas mãos aquela carne crua e suculenta e comeu um… dois… três… pedaços sem nem perceber!
Olhou para Henri e disse:
— E agora? O que farei?
— Eu vou ajudar você, precisa saber que sua força triplicou de tamanho, sentirá muito mais fome e para saciá-la você vai ter que ser forte para não atacar as pessoas, por isso te dei esses bifes, assim você não precisa ser uma aberração como alguns clãs são, vou vir diariamente aqui te ver e te ajudar no que for preciso… e se precisar pode me ligar.
Ele anotou seu número em um papel e entregou-lhe.
— Henri.. E o sol? Porque ele aparenta estar mais quente?
— Isso é só questão de adaptação, você julga que ele está mais quente porque todos os seus sentidos estão apurados, mas você se acostuma!
Mary o observava e não tinha mais o que falar apenas ficou analisando os acontecimentos e mudanças, Henri foi embora e ela ficou ali, sentada na cama, pensando em como sua vida mudaria de agora em diante.
Passado alguns dias e ela se adaptava bem as mudanças, passou andar muito mais longe do que ia normalmente em suas caminhadas, até que um dia desses ela encontrou uma garota chorando sentada na escadaria de sua casa, Mary parou e perguntou se ela estava bem, pois seu bom coração havia amolecido também. Aquela garota devia ter entre dez a doze anos e aparentava ser muito inocente doce e meiga pelo jeito em que chorava, sentada e abraçando suas próprias pernas. Mary aproximou dela e falou: — Mary o olha e sem dizer nada apenas vão seguindo em direção a sua casa. Chegando la, Henri a chama para conhecer o clã e ela aceita! E então ele diz: — Você já se transformou? Mary responde: — Não, eu apenas… Antes de ela terminar de falar ele completa!3. A matilha
Mary seguiu para a casa de Alice, chegando la a mesa de jantar estava maravilhosa! Repleta de doces do jeitinho que ela amava, tinha pudins, bolos, e havia também petiscos salgados como, pasteizinhos, bolinhas de queijo, minicoxinhas e muito mais! Mary desejou feliz dia das mães para dona Sônia a mãe de Alice e ali elas passaram a noite jogando conversas fora sorrindo e se deliciando com aquela mesa farta! Se divertiram tanto que Mary agradeceu demais a Alice, pois a tempos ela não passava um dia das mães tão alegre depois da morte de sua mãe. Com um abraço de despedida Mary saiu e foi rumo a sua casa, era por volta da meia-noite e decidiu ir caminhando, pois, estava uma noite tranquila e linda, e sua casa também não ficava muito longe apenas algumas quadras dali. Mary estava distraída caminhando lentamen
Juntaram tudo que poderiam precisar e foram para rua pois precisavam de um carro, Henri avistou um Chevrolet ano 1968 motor v8 uma máquina exatamente do que eles precisavam, cor preta, e com sua habilidade com alfinetes abriu a porta do carro e fez ligação direta! Uma pena porque aquele carro era uma relíquia e Henri era apaixonado por carros antigos, todos entraram no carro e foram ao resgate de Mary, mas demoraria um pouco para chegarem, pois era bem afastada a fazenda onde Koppen prendeu-a. Após andarem por horas chegaram as terras da fazenda, devia ser por volta do meio-dia era um lugar fantástico um descampado enorme que envolvia toda a casa, não havia cercas ou porteiras… era tudo aberto árvores frutíferas e muitas flores, se não fosse as circunstâncias seria um lugar perfeito para passar um belo dia! Todos aparentemente bem só Henri com a perna machucada, quando foram ver o porque ele não cicatrizou, perceberam que as balas que o falecido Koppen estava usando eram de prata com símbolos estranhos, foi terrivelmente doloroso para tirarem aquela bala de sua perna! Assim que retiraram demorou um pouco para a cicatrização ocorrer enquanto estavam de olho nele, Mary acorda e se depara com Edna, pois a deixaram em seus aposentos, Edna pergunta como ela está, mas Mary estava muito fraca e ela sabia exatamente do que Mary precisava, de um belo e grande pedaço de carne! Como já havia se prevenido foi até a cozinha e pegou o bife que já havia deixado pronto e o levou para que ela pudesse se alimentar e recuperar suas forças, quando Mary sentiu o cheiro daquele bife enorme e muito suculento comeu com a mão mesmo, escorria sangue entre seus dedos e ela passava a língua para não desperdiçar nadinha,6. Conversa informal
Os dois se levantam e vão sentido ao grande barracão, sentam-se novamente e gradualmente vai chegando todos os membros do conselho, Leda, Eli, Edna, Marcondes, Noah, Estélio e Paulo. Os membros do conselho não foram aleatoriamente escolhidos, cada um tinha uma história e uma qualidade que os diferenciavam! Edna não era somente a esposa de Eli como também era uma excelente curandeira, conhecia quase todas as plantas medicinais e as não medicinais também, ela sabia desde tratar uma dor de dente até em provocar terríveis alucinações caso necessário! Já Eli seu esposo, veio de uma linhagem rara de lobisomens conhecida como Wright, ele foi um dos sobreviventes a um grande ataque de caçadores que ocorreu em sua vila a décadas atrás, e desde então vem recrutando lobos
— Obrigada por cuidar disso para mim… — Não precisa agradecer… Você está pronta para hoje? Henri a questiona terminando de apertar o último parafuso. — Sim! Quando quiser! Ela o responde. Então Henri se levanta e diz estar pronto, os dois saem e vão dar uma volta perto da casa de Koppen, para ver se havia câmeras e como fariam para entrar, passando pelo quarteirão avistaram uma câmera bem no portão dele e não teriam outra opção a não ser chamá-lo para ver se havia alguém na casa, e então Henri grita: — Ao voltarem a aldeia colocaram Mary na casa de Estélio enquanto Henri ficou com a casa do Marcondes, Eli reuniu todos da aldeia para dar a notícia do falecimento de seus amigos. Todos queriam saber como aconteceu e o porque, mas Eli marcou uma reunião para o dia seguinte para falar os detalhes a todos eles! Saindo dali todos foram tomar um banho quente e vestir roupas secas! Henri chama Edna e diz que precisa falar com ela a sós, e então ela vai até à casa dele, e ele diz: — Você poderia trocar as roupas de Mary? Ela está encharcada. — Sim, já irei la se não ela pega um resfriado. Responde Edna. — Último capítulo9. DNA