Não havia sido uma boa ideia ter ido a praia com a minha mãe, minha tia e Camilla, além de algumas colegas, entre escutar as conversas e uma hora e outra perceber que Camilla me olhava de lado, como se quisesse me dizer algo, era um verdadeiro tédio ir a praia.Continuei lendo o meu livro sobre direito civil, quieta, apenas atenta a ele e a tudo a minha volta. - A tia ao menos já sabe que está saindo com um cara do morro?Camilla sentou do meu lado perguntando. - Acredito que não é algo que a interesse no momento, parece que a minha mãe tem outros interesses.Riu fraco com as mãos sobre os joelhos, em momento algum escondeu interesse sobre Rodrigo, e em momento eu quis demonstra isso pra ninguém.- Quem diria logo você, né, a santinha de tudo, envolvida com um traficante, juro Tessália eu ainda tento entender.Não havia pensado que aceitar o convite pra ir a praia me renderia algumas indagações, tornando uma chatice. - Ninguém diria que você estaria dando o rabo ao meu namorado nas comemor
Acordei olhando a mulher dormindo ao meu lado, os cabelos escuros espalhados pela cama, um monte de fios pretos perdidos ebagunçados.Ela é bonita pra caralho, não poderia negar, mas as vezes parece ser de uma bocado de personalidade. Era bem diferente, de mais cedo, fazendo birra, sendo infantil, um pouco complicada, mas ainda assim, eu tava curtindo a cachaça da maluca.Era a primeira mulher que eu não queria ficar só no sexo, queria saber mais dela, das coisas que gosta, e do que esperava do futuro, apesar de saber que eu não me encaixo em nada com ela.Mas desde o jeito de sorri, ao jeito de falar era diferente, o oposto de tudo que era esperado, Tessália não queria chamar a minha atencão em momento algum.Estava sempre em seu mundinho, nas suas ideias, fazendo com que eu me interessasse em saber. Ajeitei uns fios de cabelo solto tirando do seu rosto, colocando pra o lado.O morro já ganhava o dia, a noite já tinha ido embora a muito tempo. Com o meu gesto, se moveu devagar, abrindo os
Algo não estava indo tão bem, não sei se me ajudava a agir ou a faze-lo confiar mais em mim, mas agia e se comportava diferente demais, de tudo que eu já conhecia dele, tomamos café juntos depois que eu desci para a aquela casinha, na verdade não poderia defini-la como casinha, era um barraco de dois quartos, piso bem simples marrom.Sem janela, e pelo jeito sem porta dos fundos, os rapazes chegaram montando uma mesa farta de café da manhã, enquanto ele me olhava de uma maneira diferente, quis entender o seu olhar em mim, mas fingir não notar.— Tos eles vão comer também? — Alguns me olharam, outros apenas de cabeça baixa sairam. — Não, a gente vai pô. — Não era a primeira vez que ele fazia tal feito, tentei ao máximo enquanto comia olhar pra os lados, observar tudo, mas não tinha muita coisa a ser visto, a casa com moveis velhos, passava-se por casa, mas só tinha homens nela, apesar da simplicidade, um local limpo.Ao terminar me sentia pesada, descemos o morro até a saída, com relutânc
Não importava quão apaixonado ele demonstrava estar, aos meus olhos, enquanto ele se importava em demonstrar, eu tinha completa certeza, apenas uma. Quero vingança por cada gota de sangue do meu pai que foi derramada, por cada momento que eu sofri, que nós sofremos.E pra isto, eu seria capaz de qualquer coisa, tudo que ele me disse não era o terço do que eu queria, palavras, palavras? O vento leva, queria que ele demonstrasse, mesmo que o seu sorriso fosse o mais largo, mais intenso e mais solto naquele momento.Terminei de saborear o strogonoff de frango que a sua mãe fez, saboreando entre os lábios, a senhora Railda de fato, era boa na cozinha e não poderia negar que em muitas outras coisas. — Nossa, é simplesmente maravilhoso! — Elogiei amplamente levando outra gafada a boca.— Ah filha, que bom que gostou. — Ainda mastigava quando ela sorridente ao lado dele falou, rindo de canto a canto. — é o melhor que eu já comi. — Soltei ainda de boca cheia, mas o homem a minha frente, prendeu
Cheguei em casa um pouco receosa para explicar a minha mãe olhando nos olhos, não por telefone, que eu passei a noite fora e quase um dia com um homem, chegando a porta eu chegava mais a conclusão de que a minha vida para ela não era um livro tão aberto assim.Certamente ela pensaria que este homem seria o meu primeiro, de fato foi, mas houve muitos outros, portanto não é o único, abri a porta com o celular vibrando na mão, olhei de relance a tela. — Já tô com saudades preta. — Engoli em seco, já?— Boa tarde! — Cunprimentei a minha mãe sentada no sofá, bem ela parecia costura uma blusa, ergueu a cabeça chupando a ponta do dedo. — Oras finalmente você acertou o caminho de casa, Tessália Dourado. — Sorri fraco, ela não sendo brincalhona, e eu não tinha muito o que dizer.— Deixa a menina Tarcia, ela só estava se divertindo. — A voz da minha tia veio abrupta da direção da cozinha, chegando a sala. — Você nunca foi disto, precisamos conversar, não acha? — Assenti a sua pergunta, mas o que e
Os comedia se aproximava de toda maneira, não era de ontem que eles estavam cercando o morro. Meu parceiro como sempre colado comigo, não tirou da cabeça que o traidor estava ali no meio da gente, entre nós, comendo no mesmo prato, como Judas.Diné foi chamado no barraco, o interrogatório ia ser do mesmo jeito que é com os pilas, Léo até pode ser bonzinho, ás vezes, mas nem sempre, quando o negão brotou na casinha, já veio bicudo, com o olhar desconfiado, na nossa direção.— Qual foi chefe? Chamou no comando. — Não respondi, ia deixar com o gerente, só assistir o movimento. — A ideia né com o chefe não Diné, a letra tu vai trocar é com o pai aqui.Assentiu de pé, eu ainda avaliava o magrela, quando sem medo nenhum ele não mostrou medo. — Então deseonrola a fita, pow, tô cheio de corre pra fazer hoje aí. — Já chegou soltando pra o lado dele. — Corre? Que tipo de corre? — Perguntei curioso, dedo indicador na direção do nariz, examinando o caso.Será que ele era mesmo o traidor de tudo? —Ven
- Passo 1: Não grude muito no boy, dê espaço pra ele sentir a sua falta, demonstre que para tê-la, ele vai ter que vir atrás. - Continuei sentada na cama ouvindo as orientações da palestrante na live de como seduzir o boy.Rolei os olhos, na primeira dica, com o Rodrigo se eu não aparecesse, a minha falta nem seria sentida, o que não falta são Marias pistolas para assumir o meu lugar.- Passo 2: Quando ele mandar mensagem, não se faça de rogada minha filha, seja safada, mas não oferecida. - Continuei a observar a ruiva bem bonita na tela, já é um pouco coroa. - ...Faça ele sentir que com você ele não perde tempo, ele vai ganhar tempo, prazer diversão.A maneira que ela erguia os dedos falando em passos continuei a examinar a sua postura, quantos relacionamentos já deve ter tido na vida?- Passo 3- Comece com fotos picantes, mande fotos que o deixe louco, não faça promessas, apenas uma parte do corpo, uma peça íntima, já são como preliminares.Escuta-la relatar isto, me fez lembrar no dia q
A batida da músicas vinham para todos os lados da favela, caminhei na frente, enquanto as duas mulheres tanto Camila e Jéssica, não me importavam tanto.O problema estava em sair de casa, em sair do meu conforto, a medida que andei sentir falta somente de uma jaqueta, a cada passo em meio a multidão algumas mulheres nos olhavam, certa moradoras dali, ou não, notei algumas patricinhas também, e elas não eram da favela.Seus olhos nos avaliavam, ou melhor o de algumas devorarava-me por inteira. - Tessa! - Parei quando a voz masculina ecoou em alto som.A nossa frente surgiu o homem que menos esperava que me chamasse, que viesse até mim, não ali naquele lugar, o morro de Manguinhos.Inspirei profundo enchendo o meu peito de ar, os fazendo inflar. - Boa noite...- Afastei um pouco quando o seu hálito de hortelã veio na minha direção.Olhei pra Messias de baixo, ele é mais alto que eu pouca coisa, mas admito, estou me habituando a algo maior, não que me agrade pensar nesta perspectiva.- Boa noit