Mais tarde , naquela mesma noite daquele dia . Cecília b**e a porta do escritório :
“Toc , toc” duas batidas e ouve um “ pode entrar. Mais recomposta e com os pensamentos em ordem Cecília consegue falar -quero me desculpar por hoje mais cedo , pelo inconveniente… não era a minha intenção . A sua vida particular, não me diz respeito e eu compreendo… Diz Cecília com voz firme . Antes que ela termine simon fala : -não precisa pedir desculpas, está tudo bem . Eu que devo pedir desculpas. Quero dizer que… a culpa é inteiramente minha . Você é uma jovem admirável, e digna de amor , não me surpreende o Eduardo ter se apaixonado a primeira vista . Entre nós dois , Cecília , não pode haver nada … céus! E não é por falta de interesse meu , pois a vejo em meus sonhos como uma deusa despida , um ser imaculado e intocável. Inalcançável. Enquanto simon fala sua testa franze , sua voz é de uma profundidade. Cecília ali parada , sem reação apenas escuta …. -Simon recobre a consciência e diz ; não seria algo bem visto …. Eu sou o tio do Eduardo, isso de maneira alguma deveria estar acontecendo, esqueça o que disse . Simon parece um pouco atordoado com o que acabara de dizer . -Eu não estou pedindo para que você ignore as regras ou o que é certo. Estou pedindo que você olhe para nós e veja tudo que está em jogo aqui , nossos sentimentos , mesmo que isso signifique enfrentar o mundo juntos. Porque, no final, tudo que eu mais quero e suplico é você! É irrevogável não sentir é irremediável! A mocinha fala , com voz firme , mas cheia de vulnerabilidade. Seus olhares se encontram , dando um passo a frente , com o coração acelerado Cecília diz não conseguir simplesmente fingir que nada está acontecendo , há algo entre eles que não pode ser negado . Simon sente sua a proximidade … sua respiração se torna mais rápida “ não chegue mais perto , por favor “ ele fala , temendo sua a proximidade , “não irei me controlar “ termina . Cecília o toca suavemente o braço , sente como propulsores elétricos a puxassem para mais perto a medida que ela se aproxima . Seus olhos mais próximos , seus corpos em uma distância quase zero , Simon a toca levemente em seu rosto , seu aroma já não era de sabonete e nem da brisa de fim de tarde , agora , era de um amadeirado , Neste momento, a distância entre eles desaparece. Simon fecha os olhos, e, num impulso, seus lábios encontram os dela, um beijo que é ao mesmo tempo doce e desesperado, repleto de todas as emoções que tentaram sufocar. Simon com quase nenhum esforço a pega pela sua cintura e a põe sobre o móvel comprido , Os olhos de Cecília fixaram-se nos de Simon, e naquele instante, o mundo ao redor desapareceu. O ar estava carregado de eletricidade, como se cada partícula vibrasse com a intensidade do que estava prestes a acontecer. Ela podia sentir o calor emanando do corpo dele, um calor que a envolvia, tornando tudo ao redor irrelevante. Simon hesitou, o coração batendo descompassado em seu peito, enquanto a dúvida e o desejo lutavam por espaço em sua mente. Mas ao olhar para Cecília, o desejo prevaleceu. A distância entre eles se tornou insuportável, como se uma força invisível os puxasse um para o outro. Então, sem pensar, ele a puxou para mais perto. um arrepio percorreu a espinha de Cecília. O calor de Simon a envolveu como um manto, e ela se entregou ao momento, esquecendo as consequências. O beijo era uma explosão de emoções reprimidas; uma mistura de paixão, medo e uma alegria quase infantil que os fazia sentir vivos. Cecília sentiu o coração acelerar, cada batida ecoando como um tambor, enquanto a tensão se transformava em uma dança entre eles, uma coreografia de desejo e vulnerabilidade. O mundo lá fora continuava, mas dentro daquela bolha de calor e intensidade, tudo era perfeito. Eles se perderam no beijo, na promessa de um amor que desafiava as normas, entregando-se a uma paixão que, apesar de seus desafios , ardia com uma força irresistível. “ toc toc” alguém b**e a porta , quebrando toda a tensão que os envolvia , meio desconcertados, seus corpos se tornam distantes novamente, simon se recompondo passa as mãos sobre a boca . “ pode entrar” , diz ele . É Judite , a empregada , anunciando que o jantar estara servido . Ele agradece e diz que já irá descer .Simon agradeceu a Judite com um aceno, mas seus olhos ainda estavam fixos em Cecília, buscando nela algum vestígio do que acabara de acontecer. O silêncio que se seguiu era ensurdecedor, cada batida do coração de Cecília ecoando como um trovão. Ela desviou o olhar, sentindo o rosto corar, e ajeitou o vestido amassado tentando em vão disfarçar o tremor das mãos. "Eu... eu preciso ir", murmurou, a voz quase inaudível. Simon assentiu, sem dizer uma palavra, e a observou sair do escritório, a porta se fechando com um clique suave. O jantar foi de olhares tímidos, o silêncio ecoava com os sons dos talheres sobre a mesa , porém, o que pairava no ar ,eram ainda as faíscas das chamas que foram acesas . O olhar furtivo de Cecília, se desvia quando Simon a olha . Algo ainda não está completo , não fora totalmente encerrado . Sem mais delongas , o jantar se encerra mais cedo que o normal . Em direção ao amplo corredor do casarão , Cecília caminha a passos curtos . O silêncio é interromp
Amanhece, e Cecília abre os olhos , deitada sobre a cama de simon . Ela ver que o dia estava começando , o sol dava seu primeiro vestígio , delatando uma noite que se encerrara. O quarto que era pouco iluminado se torna mais claro , a medida que os raios de luz entra pelas frestas . Simon se levanta ainda despido , Cecília o segue com os olhos ...ele segue em direção ao banheiro. Minutos depois ela escuta o cair da água , o chuveiro ligado . Ela se vira para cima , olhando pro teto , não acreditando naquela noite . Simon sai do banho envolto pela toalha na cintura , ele ver que Cecília acordou , se senta ao lado da cama a acariciando e beijando a testa . " eu preciso ir a cidade agora cedo " diz simon, olhando com doçura e cuidado para a moça. Ela se levanta e põe seu vestido , diz que também precisa ir , antes que os funcionários comecem a andar pelo corredor. Com um beijo de despedida ela se vai . A noite de quinta para sexta fora animada para Cecília e simon . A moça s
Chegando na cidade , Cecília abre a porta do apartamento da prima . - que zona ! Exclama . -Entre céci, me ajuda a escolher o que vou usar hoje a noite . Fala Victoria a sua prima, envolta de roupas e sapatos pelo chão , em frente ao espelho vendo qual dos muitos vestidos a cai bem. - vai sair com o seu pretendente,qual o nome dele mesmo ? Aroldo ? Pergunta Cecília tentando recordar o nome do rapaz - Não ! Faz tempo que não o vejo , desde quando ao invés de chamá-lo de Aroldo o chamei de Beto , acredita nisso ? Diz Victoria , incrédula . Cecília olha a prima , e ri . Porque não seria possível ouvir Victoria sem expressar nenhuma risada . -Ou deve ter assustado o rapaz com os seus vários vestidos e mil pares de sapatos ! Diz Cecilia, sendo sarcástica . "Ri céci, pode rir . " falou sua prima . Mudando de assunto , Victoria pergunta Cecília sobre simon , e como estava depois das cartas e depois de ter o visto no baile aquela noite . " como consegue ficar na mes
A noite chega ,e as luzes da cidade se ascendem , o ar gelado da noite eram como agulhas finíssimas sobre a pele de Cecília, ela enfim chega novamente a casa da prima e se troca . Já arrumadas, se encaminham até o bistrô. O local era bem frequentado pela alta sociedade ... lustres bem colocados , iluminados em tom ambiente trazia sensação de aconchego a quem estivesse sentado a mesa , um bar com taças de cristais pendurados trazia um requinte a mais ao local , as vozes ao fundo em risadas discretas e silenciosas, revelava que o local era reservado . Sentado em uma mesa de quatro lugares , estava; Srt Veras , Simon, o prefeito e o secretário. Victoria diz : -olha , parece que o seu galã está bem ali . -estou vendo , e com ele a turma toda . A mocinha dá um sorrisinho. Não deixando de demonstrar que estava contente em vê-lo . O novo pretendente de sua prima já estava a esperando em uma das mesas com poltrona , ela o vê. -ali está ele , venha . Diz a prima de Cecília
Já de saída , a reunião de Simon acaba . Ainda olhando para a entrada , procurando vestígios da presença de Cecília que não retornara , ele se despede com apertos de mãos e agradecimentos. Senhorita Veras o olha , e nota sua preocupação. -acho que a Cecília preferiu ir embora . Ela fala .- o que disse a ela ? Eu às vi conversando . Da mesa dava pra ver que conversavam . Simon pergunta , sério e com voz firme .Elionor ,por sua vez , diz que nada de mais . Simon a olha , seus olhos querendo arrancar algo dela . Ele se vira e vai em direção a mesa de Victoria . Pergunta se a mocinha já fora embora mais cedo . A prima não sabia responder e isso a preocupou . Simon sai pela porta junto com Victoria e o moço que a acompanhava e saíram , a procura da jovem . " nós procuramos por esta direção! " Victoria exclama . "Certo!" Responde Simon. algumas andadas por aquela passarela e Simon a avista de longe , sentada em um banco , rindo alto com um desconhecido. Simon percebe q
Simon , no seu quarto . Não podia olhar aquele espaço sem se recordar da noite passada em que esteve com Cecília, isso o perturbava . Agora ,cada canto o fazia lembrar da mocinha , seu cheiro de lavanda do campo , estava entre os lençóis. Ele franze a testa ,tentando esconder o enorme vazio que estava sentindo . A noite que fora longa , acaba . O sábado chega , e com ele a enorme enxaqueca que Cecília estava . " a senhorita marta está a aguardando , gostaria que eu a despachasse ? " diz a governanta a Cecília . " não , obrigada.diz que já estou descendo " -Ai! Estou incomodando! Marta fala - claro que não ! Você é sempre bem vinda . Diz com um sorriso de canto a canto para a amiga . Em um passeio pelo jardim , as duas caminham . Conversam sobre assuntos diversos . Mas a ressaca de ontem ainda estava perturbando Cecília , que se incomodava com os raios de sol . Marta pergunta se está tudo bem , ela diz que sim. Mas que ontem acabou bebendo um pouco de mais . Surpree
O que dizer quando o coração está em cacos ? O que falar quando o sentimento que era outrora irremediável ,se torna uma quebra de expectativa ?. A carta deixada por Elionor , foi reveladora e Cecília não podia negar a sua frustração , não podia acreditar que se entregara ao homem que a salvou de todas as formas, de corpo e de alma e que ao mesmo tempo a faz se perder com uma facilidade que a confunde . Ela já não sabia por quem se apaixonou , mas, de uma coisa Cecília tinha certeza , já não podia alimentar aquele sentimento dentro dela . O dia logo passa , e a jovem percebe que ficou quase o dia inteirinho passeando pelo jardim , tentando assimilar tudo de informação que continha na carta . Chegando a mansão , pergunta se o Simon já retornara , a governanta informa que , não . Aquela noite , Cecília custa a pegar no sono , se levanta anda pelo seu quarto , em direção a ampla janela , ela repousa seus braços, olhando para o céu estrelado. Dentro de uma cômoda ela retira alguns pap
O investigador mais velho, um homem de meia-idade com uma expressão séria, se aproxima de Simon e Cecília. - Senhor Simon Mendonza, precisamos conversar com você sobre a morte de Elionor Veras - diz o investigador. Simon, prestativo e com um tom de preocupação, responde: - Claro, estou à disposição. O investigador se vira para Cecília e pergunta: - E você é...? Cecília responde: - Sou Cecília Vívian mendonza, viúva do sobrinho do Senhor Simon . O investigador anota algo em seu caderno e se vira novamente para Simon. - Senhor Mendonza, podemos conversar em particular? - pergunta o investigador. Simon concorda e os dois se dirigem para uma sala próxima, acompanhados pelo outro investigador. - Senhor Mendonza, sabemos que você e Elionor Veras trabalhavam juntos. Podemos saber mais sobre o relacionamento de vocês? - pergunta o investigador. Simon hesita antes de responder: - Sim, nós trabalhávamos juntos. Ela era minha secretária. O investigador se vira para