55- Estado de choque

Gabriel

(5 dias depois do desaparecimento da Luma)

— Não pode ser ela — afirmo ainda encarando a cena grotesca.

O delegado se aproxima de mim e me puxa para longe do carro.

— Venha, Gabriel. O corpo será removido e levado para autopsia e necropsia.

— Não, quero ficar aqui.

— As cenas a seguir podem ser fortes demais.

— Eu não me importo, delegado, quero ficar.

Já estou em um estado de desespero que não me importo mais com o que verei, tudo o que eu quero é estar perto, ver tudo e participar do que puder.

Meus olhos continuam firmes sobre o corpo que pode ser da minha mulher, mas o meu coração continua negando. Ele diz que não é Luma ali sentada naquele banco.

— Tudo bem, então. Mas terá que sair da frente, vai atrapalhar o trabalho dos outros.

Viro-me e vejo que há homens atrás de mim, esperando que eu saia para começar o trabalho. Me afasto apenas o suficiente para permitir que trabalhem, mas fico ali, observando e acompanhando cada passo.

A porta do carro é removida, os fios que pre
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