Capítulo 5
Érica sorrindo sentada na borda da piscina usando um biquíni minúsculo, não deixando quase nada para a imaginação. Cássio desliza seus olhos pelo corpo da jovem reparando em cada detalhe.— Senhor?Cássio não é de se assustar fácil, mas dá um pulo assim que escuta a voz de Lucinda.— Não é, senhor?— O que? — perguntou olhando para Lucinda por um instante, mas volta a olhar para a moça que está acabando com o seu juízo desde o instante em que chegou.— O calor está de matar.— Sim, você nem imagina o quanto — diz passando os dedos pela gola da camisa se sentindo sufocado.Ela franze a testa, teve a impressão de ter duplo sentido nas palavras do patrão.— Não entendi, Senhor.— Nada, esquece. Tem aquela torta deliciosa, que só você sabe fazer? — diz tentando disfarçar seus sentimentos, dá uma última olhada pela janela e sai de perto.Cássio termina seu café com um pedaço da torta e vai tomar um banho demorado para ver se esses pensamentos vão por água a baixo e seu juízo volta ao normal.Sai do banheiro com uma toalha branca enrolada na cintura, seus corpo é todo musculoso, pernas e braços muito bem torneados dando a impressão que pode dar uma chave de braço num touro e o abater, sua barriga é toda trincada, cheia de gominhos.Por estar separado faz academia há anos, isso o ajudou muito a colocar o corpo e a mente em dia.Escolhe as roupas que vai usar para sair, coloca jeans, camisa branca, botas, chapéu e uma colônia com odor amadeirado.Sai no corredor ao mesmo tempo a porta do banheiro social se abre, Érica sai segurando uma toalha, fica boquiaberta, tinha certeza que não tinha ninguém por perto por isso não se vestiu no banheiro.Ambos ficam calados se olhando, ela não consegue dar um passo, parece que seus pés estão colados no chão.— Desculpa Senhor, achei que não tinha ninguém em casa. Licença.Envergonhada se vira e segura a maçaneta da porta de seu quarto tentando entrar rapidamente, mas Cássio a segura pelo pulso.Ela vira o rosto assustada, não esperava ser tocada por ele dessa forma, mesmo assim toda sua pele ficou arrepiada.Cássio a admira, quanto mais perto, mais bonita ela é, olhos verdes, pele levemente bronzeada do sol de Minas Gerais, unhas das mãos bem feitas, por um instante imaginou como seria se ela as passasse por suas costas no alge do prazer.Volta a olhar o rosto dela, seus lábios são cheios e tentadores, parecem extremamente macios.Por que ele me olha assim? — pensa nervosa sem saber o que fazer.Ele escuta passos vindo da cozinha, solta a mão dela, coloca o chapéu e sai.Tremendo com toda a proximidade que tiveram entra no quarto e fecha a porta atrás de si, fecha os olhos tentando controlar seus sentimentos.O que foi aquilo?Não tinha como ficar indiferente a ele, aqueles dedos grandes, grossos e quentes, o olhar penetrante, a colônia que estava usando, tem cheiro de macho.— Ah, Deus! Que tesão! Sabia que deveria ter trazido meu companheiro inseparável. Droga!***Cássio passa pela sala a passos largos, encontra o filho saindo da cozinha.— Pai, viu a Érica?— Entrou no quarto — diz com um tom seco deixando o filho com uma ruga na testa.— Certo, vou falar com ela. Obrigado.Observa o filho andar sentindo os quartos, não sabe se fica ou se continua andando. Fecha os olhos, está trabalhando uma batalha inteira consigo mesmo, não acredita que está com ciúmes da moça que o filho diz estar apaixonado.Que tipo de amizade será que eles tem?Assim que consegue coordenar o movimento de suas pernas, sai da casa indo ver a vaca que está para dar a luz.— Como ela está? — perguntou ao entrar no estábulo.— Entrou em sofrimento, Senhor — fala Dito preocupado com o animal.— Chamaram o veterinário?— Sim, está chegando.— Estará liberado quando o ele chegar.— Sim, patrão.Minutos depois, Cássio passa a mão fazendo carinho na barriga da vaca, o veterinário entra no estábulo correndo.— Irá precisar de ajuda? — Cássio perguntou o veterinário abrindo a maleta para preparar uma injeção.— Não, senhor. Está tudo sobe controle, qualquer anormalidade eu aviso o capataz.— Ótimo.***Lucas passa pelo corredor parando direto no quarto da amiga e b**e na porta.— Princesa, posso entrar?— Ainda não. Espere um instante.Momentos depois, ele entra no quarto e ficam conversando sem perceberem o tempo passar.Lucas sente o estômago vazio, olha para o relógio e diz:— Estamos há um tempão conversando, vamos jantar?— Vamos, também estou faminta.Eles saem do quarto dando de frente com Cássio que os olha com intensidade, em seguida desvia o olhar entrando no próprio quarto resmungando alguma coisa.— Que vergonha, Lucas. Será que ele pensou que estávamos fazendo algo a mais?— Certeza absoluta que pensou.— Ai que mancada.— Fica calma, já disse que meu pai é tranquilo.— Hum, não está parecendo muito tranquilo.Na cozinha, Érica e Lucas se servem enquanto conversam.— Ele vai jantar conosco?— Não, vai sair. Vai beber a noite toda, ele come alguma coisa por lá mesmo e volta para casa apenas ao amanhecer.Rodrigo entra na cozinha, banho tomado e tão cheiroso quanto o pai do amigo, também é um homem muito charmoso que chama atenção por onde passa, ele é sério e muito gato.Seus olhos vêem curiosos o belo homem que é um pouco mais jovem que o pai do amigo.Cássio entra na cozinha e a pega olhando o Capataz com muito interesse em seu olhar.O que é isso? Que tipo de mulher ela é? Parece uma leoa pronta para dar o bote — Cássio pensa insatisfeito.Irritado encosta no balcão pensativo, está na hora de sair, mas novamente seus sentimentos o traem.Era só o que me faltava sentir ciúmes de uma moça que mal conheço — pensa desgostoso.Lucinda chega perto dela e diz baixinho enquanto Cássio franze a testa observando indignado:— Te falei que todos são lindos.— Verdade — Érica responde com um sorriso nos lábios cheios e tentadores.Incrédulo, com o que viu e escutou, coloca o chapéu e sem dizer nada, pega a chave do carro.— Oba, carona — falou Dito ao ver o patrão indo até a garagem.— Vou junto — fala Daniel.— Vamos logo — Cássio diz mal humorado entrando no carro e o ligando.***Após o jantar todos os funcionários se recolhem. Érica ajuda Lucinda a deixar a cozinha arrumada e limpa para o dia seguinte.— Obrigada por me ajudar, querida. O que você achou do patrão?— Ele não é de falar muito, é meio seco, não sei o que dizer exatamente, mas tem uma voz tão bonita, se cantasse iria se dar bem na vida.— E quem te disse que ele não canta? Ele canta todo fim de semana ao entardecer e após o almoço. Não sei porque hoje foi diferente, mas amanhã será outro dia. O rapaz tem uma voz de anjo, quando o ouvir cantando você vai entender.— Fiquei curiosa agora — diz e sorri.Conversam mais um pouco até o Lucas voltar do estábulo.— Voltei meninas.— O bezerro nasceu? — Perguntou Érica preocupada com o animal.— Sim, já estão fora de perigo.— Que bom.Lucinda seca as mãos e tira o avental dizendo:— Vou indo crianças. Tenham uma boa noite — Lucinda se despede indo embora.Capítulo 6Cássio estaciona a caminhonete em frente ao Bar dos Primos, tira o cinto e desce. Está calado, seus pensamentos o perturbaram, nunca sentiu tanta vontade de estar perto de uma mulher e a ter, como sente com a moça que o filho diz gostar.Sente-se mal com tais pensamentos, mas não consegue evitar, em sua opinião a melhor decisão que resolveu tomar foi ir no bar dos Primos pegar algumas gatinhas como diz o Dito e os demais.Observa seus garotos descendo do carro, como sempre são barulhentos, faladores e brigam por tudo ou por nada.— Quanta gata, patrão! — diz Dito ao entrarem no Bar.Seu sorriso como sempre vai de orelha a orelha, nunca o viu triste, raramente o vê sério.Cássio vai direto para o balcão e pede uma cerveja sem olhar para os lados.— Patrão, tudo bem? Nunca o vi tão calado — perguntou Daniel estranhando.— Não é nada demais. Só ando pensativo e um pouco preocupado — diz, termina a cerveja num gole, e pede outra em seguida.— Já tem meia dúzia de mulheres de olh
Capítulo 7Cássio sobe as escadas, está instável, cada degrau é como um precipício. Precisa de um banho frio urgente para ver ser essa bebedeira passa de uma vez por todas.- Pai, precisa de ajuda? - Lucas perguntou preocupado.- Está tudo bem - diz Cássio com a voz um pouco embargada.Cássio abre a porta entrando na casa, conforme anda suas pernas parecem não o obedecer. Assim que entra, encosta o corpo e a cabeça na porta após fecha-la, suspira algumas vezes de olhos fechados.- Droga!Segundos depois abre os olhos e assim que consegue comandar seu corpo vai direto para o quarto.***Ainda na varanda, Érica olha para o amigo com um ponto de interrogação na testa.- Não dá pra acreditar que ele veio dirigindo nesse estado - Érica perguntou boquiaberta.- Com certeza, se soubesse teria ido buscá-lo.- Bom, você disse que ele viria ao amanhecer. O que será que aconteceu?- Não faço a mínima ideia - diz Lucas escutando seu celular tocar.- Nossa, a essa hora? É um pouco tarde.- Já é mei
Capítulo 8No dia seguinte, Érica demora mais que o normal para acordar, pois, passou a noite toda desejando um certo vaqueiro.Às nove horas da manhã, encontra Lucinda na cozinha começando a preparar o almoço.— Desculpa, perdi a hora do café — diz Érica.— Está tudo bem, minha querida. Sente-se, tem café na garrafa, torta e pão de queijo na mesa embaixo do pano.— Obrigada — diz ao sentar.Cássio entra para tomar um gole de café, no instante em que se veem é como se o tempo tivesse parado. Érica é a primeira a falar:— Bom dia, senhor Durant.— Bom dia! - diz perturbado e sai sem tomar o café.— O que foi isso? — Lucinda perguntou estranhando a atitude do patrão. — Sabe de uma coisa, minha querida? Estou desconfiada que você mexe com ele. Ele ficou todo sem jeito ao te ver.— Imagina, acredito que não.— Conheço meu garoto há anos, ele está diferente desde que você chegou.Dito entra na cozinha para xeretar:— Oi minha deusa maravilhosa. — diz referindo-se a Lucinda. — O que vai faze
Capítulo 9Será que ela está grávida? Não! Deve ter sido apenas uma vertigem ou algo do gênero. Pensa Cássio enquanto anda até o estábulo para olhar a vaca e o bezerro recém-nascido.— Tudo bem, por aqui? - perguntou Cássio ao entrar.— Tudo ótimo, senhor. Os animais estão bem — respondeu Daniel.— Perfeito — diz olhando para o bezerro que está grudado nas mamas da mãe.Mesmo tentando se distrair, sua mente não para, em sua cabeça, só tem ela e mais nada, nunca ficou tão fascinado por uma mulher, mesmo por sua ex-esposa que amou tanto quando era adolescente e no começo do casamento até a mesma fazer esse sentimento tão grande e lindo morrer com suas traições e a bebedeira.Mesmo não estando mais excitado, está em brasas por dentro, seu corpo precisa de alívio e não pode ser com essa garota, embora sua vontade é voltar na cozinha, a debruçar na mesa e fazê-la completamente sua.Suspira resignado, pois está voltando a sentir o fogo subir por seu pescoço e sua calça voltar a apertar.— Vo
Capítulo 10Vinte minutos depois está sentada na escada da entrada da casa e observa Cássio vindo em sua direção.Agora sim, terá oportunidade de esclarecer o mal entendido, criando coragem se levanta.— Senhor Durant, eu...Lucas sai da casa, vendo o pai pergunta da égua.— Pai, como está a égua?— Ela está bem, o potro nasceu — diz se aproximando.Érica suspira e fica calada, não sabe como chegar nele para conversar e expor seus sentimentos, principalmente na frente do amigo.— O que ia me dizer?Não quer falar com o amigo por perto. É uma conversa que deve ter apenas com Cássio, mas sua falta de jeito quando está perto dele a faz perder várias oportunidades.— Nada, senhor.Ele entra e pega o violão, vai até a área gourmet onde os peões estão largados, descansando após o almoço.— Vem Lucas, vamos cantar um pouco.Cássio senta no banco e começa a dedilhar, o som das cordas bem afinadas entra em seus ouvidos como uma melodia agradável.— Bom trabalho, está bem afinado - Cássio coment
Capítulo 11Na estrada, Lucas dirige com habilidade e rapidez, infelizmente é obrigado a reduzir muito devido a grande quantidade de curvas que tem na estrada o fazendo perder tempo.Nervosa com a demora para chegarem no hospital, ela pergunta:- Onde fica o hospital mais próximo?- Quase quarenta quilômetros daqui.- O quê?!Ela olha para trás, ele ainda está inconsciente, tem um corte na cabeça e sangue na perna. Volta a olhar para frente aflita com lágrimas nos olhos.- Lucas, ele está ficando pálido - fala Dito pouco tempo depois.Lucas olha pelo espelho retrovisor:- Ah, meu Deus! - Acelera mais o carro tentando ir mais rápido ainda.Érica olha para trás novamente, ele está tão pálido que sua pele está branca como papel.- Ele deve estar perdendo muito sangue para estar pálido desse jeito - ela diz e olha para a calça dele que está encharcada de sangue.Ela tira o cinto e vai para trás.- O que está fazendo? - Perguntou Lucas.- Preciso fazer algo ou ele vai morrer.Tem um rasgo g
Capítulo 12Uma hora depois, voltam do refeitório e aguardam a liberação do horário de visitas. Minutos depois a enfermeira avisa que podem ir até o leito. Ao chegarem, Érica se levanta da cadeira de rodas. Se aproximando da cama, ela o vê dormindo e graças a Deus fora de perigo, o belo rosto não está mais pálido.— Você... — Lucas suspira, tentando encontrar as palavras certas. — Você gosta do meu pai?— Sim, gosto muito dele — respondeu passando a mão no rosto dele fazendo carinho. — Você vai ficar bem.A enfermeira entra no final do horário de visitas:— Me desculpem, o horário de visita está quase acabando. Só pode ficar o acompanhante.— Está bem, obrigado — diz Lucas e olha para Érica. — Então, você vai ficar?— Sim. Eu vou ficar com ele.— Certo, amanhã eu volto. Aqui está, fique com o meu celular. Mande mensagem para o celular do meu pai caso precise de algo.— Obrigada.Lucas beija a testa do pai e vai embora. Érica fica acordada o máximo de tempo que consegue durante a noite
Capítulo 13Érica, sorri feliz por fazer aulas de ginástica olímpica desde criança. A elasticidade do seu corpo a faz encostar as mãos no chão, sem precisar dobrar os joelhos.Vendo as partes íntimas dela tão expostas a seus olhos, o deixa mais do que faminto.- O que foi, querido?Cássio, está no pico do tesão. A vontade é tanta, que dói.Como pode essa mulher fazer uma coisa dessas comigo estando todo lascado?Volta a roer as unhas por não conseguir fazer mais nada a não ser olhar. Em seguida, soca a cadeira e rosna nervoso por estar nesse estado lamentável.- Calma, gato. Agora é a sua vez.Ficando atrás dele lava os seus cabelos fazendo massagem em seu couro cabeludo o deixando todo arrepiado mesmo embaixo da água morna.Com menos dor devido a medicação forte, consegue mexer o braço a ponto de tentar pegar a perna dela. Mas ela se esquiva rindo ao escutá-lo suspirar forte de decepção.Ficando de frente para ele, ensaboa o peito forte, descendo até as pernas lavando devagar e com de