Capítulo 9Será que ela está grávida? Não! Deve ter sido apenas uma vertigem ou algo do gênero. Pensa Cássio enquanto anda até o estábulo para olhar a vaca e o bezerro recém-nascido.— Tudo bem, por aqui? - perguntou Cássio ao entrar.— Tudo ótimo, senhor. Os animais estão bem — respondeu Daniel.— Perfeito — diz olhando para o bezerro que está grudado nas mamas da mãe.Mesmo tentando se distrair, sua mente não para, em sua cabeça, só tem ela e mais nada, nunca ficou tão fascinado por uma mulher, mesmo por sua ex-esposa que amou tanto quando era adolescente e no começo do casamento até a mesma fazer esse sentimento tão grande e lindo morrer com suas traições e a bebedeira.Mesmo não estando mais excitado, está em brasas por dentro, seu corpo precisa de alívio e não pode ser com essa garota, embora sua vontade é voltar na cozinha, a debruçar na mesa e fazê-la completamente sua.Suspira resignado, pois está voltando a sentir o fogo subir por seu pescoço e sua calça voltar a apertar.— Vo
Capítulo 10Vinte minutos depois está sentada na escada da entrada da casa e observa Cássio vindo em sua direção.Agora sim, terá oportunidade de esclarecer o mal entendido, criando coragem se levanta.— Senhor Durant, eu...Lucas sai da casa, vendo o pai pergunta da égua.— Pai, como está a égua?— Ela está bem, o potro nasceu — diz se aproximando.Érica suspira e fica calada, não sabe como chegar nele para conversar e expor seus sentimentos, principalmente na frente do amigo.— O que ia me dizer?Não quer falar com o amigo por perto. É uma conversa que deve ter apenas com Cássio, mas sua falta de jeito quando está perto dele a faz perder várias oportunidades.— Nada, senhor.Ele entra e pega o violão, vai até a área gourmet onde os peões estão largados, descansando após o almoço.— Vem Lucas, vamos cantar um pouco.Cássio senta no banco e começa a dedilhar, o som das cordas bem afinadas entra em seus ouvidos como uma melodia agradável.— Bom trabalho, está bem afinado - Cássio coment
Capítulo 11Na estrada, Lucas dirige com habilidade e rapidez, infelizmente é obrigado a reduzir muito devido a grande quantidade de curvas que tem na estrada o fazendo perder tempo.Nervosa com a demora para chegarem no hospital, ela pergunta:- Onde fica o hospital mais próximo?- Quase quarenta quilômetros daqui.- O quê?!Ela olha para trás, ele ainda está inconsciente, tem um corte na cabeça e sangue na perna. Volta a olhar para frente aflita com lágrimas nos olhos.- Lucas, ele está ficando pálido - fala Dito pouco tempo depois.Lucas olha pelo espelho retrovisor:- Ah, meu Deus! - Acelera mais o carro tentando ir mais rápido ainda.Érica olha para trás novamente, ele está tão pálido que sua pele está branca como papel.- Ele deve estar perdendo muito sangue para estar pálido desse jeito - ela diz e olha para a calça dele que está encharcada de sangue.Ela tira o cinto e vai para trás.- O que está fazendo? - Perguntou Lucas.- Preciso fazer algo ou ele vai morrer.Tem um rasgo g
Capítulo 12Uma hora depois, voltam do refeitório e aguardam a liberação do horário de visitas. Minutos depois a enfermeira avisa que podem ir até o leito. Ao chegarem, Érica se levanta da cadeira de rodas. Se aproximando da cama, ela o vê dormindo e graças a Deus fora de perigo, o belo rosto não está mais pálido.— Você... — Lucas suspira, tentando encontrar as palavras certas. — Você gosta do meu pai?— Sim, gosto muito dele — respondeu passando a mão no rosto dele fazendo carinho. — Você vai ficar bem.A enfermeira entra no final do horário de visitas:— Me desculpem, o horário de visita está quase acabando. Só pode ficar o acompanhante.— Está bem, obrigado — diz Lucas e olha para Érica. — Então, você vai ficar?— Sim. Eu vou ficar com ele.— Certo, amanhã eu volto. Aqui está, fique com o meu celular. Mande mensagem para o celular do meu pai caso precise de algo.— Obrigada.Lucas beija a testa do pai e vai embora. Érica fica acordada o máximo de tempo que consegue durante a noite
Capítulo 13Érica, sorri feliz por fazer aulas de ginástica olímpica desde criança. A elasticidade do seu corpo a faz encostar as mãos no chão, sem precisar dobrar os joelhos.Vendo as partes íntimas dela tão expostas a seus olhos, o deixa mais do que faminto.- O que foi, querido?Cássio, está no pico do tesão. A vontade é tanta, que dói.Como pode essa mulher fazer uma coisa dessas comigo estando todo lascado?Volta a roer as unhas por não conseguir fazer mais nada a não ser olhar. Em seguida, soca a cadeira e rosna nervoso por estar nesse estado lamentável.- Calma, gato. Agora é a sua vez.Ficando atrás dele lava os seus cabelos fazendo massagem em seu couro cabeludo o deixando todo arrepiado mesmo embaixo da água morna.Com menos dor devido a medicação forte, consegue mexer o braço a ponto de tentar pegar a perna dela. Mas ela se esquiva rindo ao escutá-lo suspirar forte de decepção.Ficando de frente para ele, ensaboa o peito forte, descendo até as pernas lavando devagar e com de
Capítulo 14O cirurgião plástico foi chamado para fechar o ponto aberto. De volta ao quarto, o médico lhe diz que no dia seguinte estará de alta.Érica manda mensagem para que Lucas traga roupas para ela. Às quatro horas da tarde, Lucas chega com a tropa para visitar o pai. Rodrigo, Daniel, Benê, Dito e Lucinda.- Querido, fiquei tão preocupada - fala Lucinda entrando no quarto.- E aí, patrão. Rapaz, o corte na perna foi feio hein? O touro quase arranca suas bolas - comenta Daniel.- Faltou pouco mesmo - Fala Cássio rindo do comentário. - Como estão as coisas, Rodrigo?- Tudo em ordem, patrão, pode ficar sossegado.- Pai, pedi para colocarem uma rampa leve na entrada da cozinha.- Obrigado, filho.Cássio sabe que chegou a hora de conversar com o filho sobre a Érica.- Quero ficar a sós com o Lucas - diz num tom mais alto para que todos saiam.Todos se olham e saem, Cássio começa a falar quando o filho o interrompe.- Filho, eu...- Não precisa dizer nada, pai. Érica escolheu o senhor.
Capítulo 15Cássio nunca imaginou que andar de carro seria tão desagradável e doloroso.- Falta muito para chegar? - perguntou para o filho fechando os olhos ao sentir um enjoo forte.- Esqueceu o caminho? - Lucas brinca sem perceber que o pai não se sente muito bem.- Não - respondeu suspirando com a mão na cabeça começando a ficar pálido. - Estou muito enjoado.Lucas olha pelo retrovisor ao escutar Érica falar.- Pare o carro, Lucas. Ele não comeu nada, teimoso. O balanço do carro lhe dá enjôo pois está indo muito rápido.- Não aguentava mais comer aquela comida. Ninguém cozinha como a Lucinda - diz Cássio se defendendo.- Vá na frente, ajuda a reduzir o enjôo - diz Érica e o acomoda no banco da frente, pede para Lucas sair do volante. - Você é ótimo no volante, mas não consegue andar devagar quando precisa.- Tá bom princesa, fica à vontade - diz sedendo o lugar.Érica senta ao lado de Cássio e sai com o carro devagar. Ele estende a mão esquerda segurando a dela por cima da manopla
Capítulo 16Érica sorri para Lucas, não tem como não o desculpar, são amigos há muitos anos.- Está tudo bem, já passou.Sorridente dá um abraço tão apertado nela, que a faz gemer de dor fazendo o pai rir.- Ai! Chega Lucas! - diz a última frase com a voz estrangulada.- Como sempre exagerado - fala o pai os observando.- Amigos? - Ele pergunta com receio.- Para sempre - ela responde o abraçando.Cássio toma seu café com a torta de maçã que Lucinda fez especialmente pra ele.- Lindo, vou ligar para meus pais. Eu deveria ter voltado no domingo.- Tá bom, vou sair um pouco com o Lucas.Lucas leva o pai empurrando a cadeira de rodas e Érica vai ligar para os pais.- Vamos usar a rampa que fizemos pai.- Ficou muito bom e bonito de madeira.- Se fosse de concreto ia demorar para ficar pronta, acredito também que ficaria feio.O gramado facilita a cadeira deslizar como onde vão passar é plano não tem dificuldades.- Senhor, fico feliz em vê-lo - fala Rodrigo ao ver o patrão. - Sente-se mel