Pov Guilherme— Você está muito estressada... — Beijei ela antes que brigasse comigo ou me respondesse com deboche.Pensei que fosse me empurrar e falar mil palavrões, mas não. Me beijou de volta na mesma hora. Segurava meus braços com força e não fez nenhum gesto de que ia resistir. Que bom, assim eu sei que ainda sente algo por mim... Encostei ela na parede e continuei beijando sua boca. Agora ela tinha as mãos no meu cabelo, onde puxava levemente. Senti tanta falta disso... Ela passou as unhas no meu pescoço e me arrepiei inteiro. Me afastei um pouco e olhei seu rosto. Tinha um olhar intenso na minha direção. Não vi nenhuma mágoa agora.— Quer isso mesmo? — perguntei confuso.— Cala a boca e anda logo!— Você que manda.Beijei ela de novo e puxei uma de suas pernas para cima. Coloquei ela em volta da minha cintura e me aproximei mais do corpo dela. Daniela suspirou e arranhou minha nuca. Resmunguei e ela sorriu. Nos beijamos por um longo período. Apesar da baia não ser um local conf
Pov DanielaLentamente segui até o estábulo. Minha cabeça estava um turbilhão! Não sei o que fazer. Já me acostumei com os animais daqui e não queria outro lugar, mas também se ficar muito perto de Guilherme, pode acontecer muitos daqueles encontros que tive naquela baia. Na hora isso não é ruim, sabe? Mas no dia seguinte, me senti uma fracassada! Gosto dele e não queria ficar longe como as pessoas acham que quero, só que ficar com alguém que não acredita em você é muito difícil. Imagina... qualquer coisinha que aparecer ele te julgar e criticar? Ainda mais se você não tiver feito nada! É muito complicado.Entrei na baia da Teci e ela estava deitada. Me aproximei e me sentei ao seu lado. Ela esticou o focinho na minha direção.— Sei que te deixei um tempo sozinha, mas isso não vai acontecer de novo — falei acariciando o focinho dela.— Que bom que voltou!Olhei a porta e Miguel estava sorrindo.— Ela ficou mal, não é?— Só ficou triste, mas agora que apareceu, ela vai ficar boa.— Espe
Pov Guilherme Tive sérias dúvidas quanto ao que aconteceu naquela baia... Isso porque meu pai disse que o Miguel me encontrou sozinho e eu estava vestido. Não coloquei a roupa na minha ilusão. Pelo menos não me lembro de ter colocado. Só que depois daquele dia, Daniela não apareceu mais no Haras e isso foi a confirmação de que aconteceu sim e ela não queria me encarar. Apesar de tudo, acho que conheço ela bem. Só podia controlar meus ataques e agora ela estaria comigo e não fugindo de mim. Burro!Meu pai disse que ela estava passando mal. Não acredito que seja isso, ela está fugindo de mim e sei que no fundo meu pai também sabe disso. Comentei com a Maria o que aconteceu. Ela tem sido minha confidente ultimamente. E tem me ajudado muito. Só queria que o pesadelo acabasse logo, ela diz que vai acabar e que eu devo ter paciência. Eu não sou muito paciente e a Daniela não facilita nada!Maria tem certeza de que ela vai falar comigo e vamos nos acertar, ainda mais que ficamos juntos nesse
Pov DanielaNo dia seguinte, acordei nervosa com a decisão que tinha tomado, mas não ia dar para trás agora. Ele tem que saber. Até porque vou precisar de ajuda. Tomei um banho demorado e peguei um ônibus para o Haras. Os dias que Gabriel estava em casa, ele sempre me levava, mas hoje ele não estava. Desci no ponto próximo ao Haras e respirei fundo. Seja o que Deus quiser!Levei susto quando alguém se aproximou de mim e encostou uma coisa dura nas minhas costas.— Fica quieta e vai andando.— Eu não tenho dinheiro... — falei nervosa.— Não quero seu dinheiro.Engoli em seco. Fui obrigada a andar com ele ou ela. Não sei. Estava com capuz do casaco cobrindo o rosto e eu apavorada! Chegamos em frente a um carro e a pessoa abriu a porta. Olhei ao redor e não tinha ninguém na rua para me ajudar. Tentei correr, mas logo recebi uma pancada forte na cabeça. Em pouco tempo fui jogada dentro do carro. Estava tudo rodando quando isso aconteceu e com certeza foi uma pancada na cabeça. Passei a mão
Pov GuilhermeOlhei Daniela e estava completamente branca olhando os dois. Nunca em minha vida vi ela quieta tanto tempo. Deve estar muito assustada. Preciso fazer alguma coisa! Ele não pode fazer isso com ela! Aline realmente é psicopata de me colocar aqui para ver uma coisa dessas!Os dois saíram do quarto e Daniela deslizou pela parede e se sentou no chão. Apoiei as mãos no vidro. Me sentia impotente vendo-a assim e não podendo fazer nada. Daniela se deitou no chão e fechou os olhos. Ela está dormindo? Consegue dormir com tudo isso? Ou será que desmaiou? Que agonia ficar aqui olhando isso!Se passaram longos minutos e a Aline apareceu de novo onde eu estava. A encarei irritado e ela sorriu.— Não tente me bater. Ele está aqui na porta para me proteger.— Você merece, mas não sou covarde como você — falei com raiva. — Tanto tempo se passou, Aline! Por que não seguiu sua vida e deixou a gente em paz?— Porque minha vida nunca mais foi a mesma por causa dessa garota!— Não foi mais a m
Pov Guilherme Fiquei um longo momento encarando o sangue da Daniela. Ela estava de saia e facilitou ver de onde vinha, mas estava de calcinha.— Não... — Puxei ela para mais perto de mim e apertei com força. — Me desculpa... Não consegui chegar a tempo — falei chorando.Preciso ligar logo. Coloquei Daniela deitada no chão e me aproximei do cara. Minha vontade era de matá-lo e dizer que foi legítima defesa. O que não seria mentira. Procurei nas roupas dele, celular e chaves e peguei tudo. Depois peguei a Daniela e saí do quarto. Fechei a porta e tranquei o cara lá dentro. Acredito que ele não vá acordar, mas é só para garantir. Escutei Aline gritando na porta ao lado e ignorei. Liguei para o meu pai e avisei o que aconteceu e que Daniela estava machucada. Ele ficou desesperado e disse que ia nos encontrar o quanto antes.Fiquei sentado no corredor com Daniela nos braços esperando que acordasse, mas ela nem se mexia. Não queria nem olhar mais aquela coisa horrível que ele fez. Como um h
Pov Guilherme— Não quero que perca suas coisas por minha causa.— Não é por sua causa — falei calmo.— Então por que?Coloquei a mão na barriga dela e a olhei sugestivo.— Ele nem saiu ainda. Deve ser do tamanho de um arroz.Soltei uma risada.— Não importa. Quero ficar aqui perto de você e dela.— Vai ser uma grande frustração se for menino, hein?— Claro que não vai. Até porque eu sei que é menina.— Tá bom — disse sorrindo. Me aproximei dela de repente.— Posso beijar você?Daniela ficou um longo tempo me olhando nos olhos e concordou com a cabeça. Me aproximei lentamente e beijei ela bem devagar. Até que enfim vamos ficar em paz.Pelo menos eu acho que vamos...Pov Daniela Nada que eu planejo dá certo. Péssimo jeito de descobrir sobre a minha gravidez. E sempre por culpa daquela vaca! Tomara que morra na cadeia. Não que eu deseje o mal de ninguém, entende? Só seria bom para a humanidade uma coisa como ela ser extinta.Estava sentada na cama depois de uma longa discussão. Já tinha
Pov Guilherme Os dias que se seguiram não foram nada fáceis. Daniela estava impossível! Maria disse que tenho que ter paciência, que os hormônios da gravidez mexem muito com a mulher, mas a coisa está feia!— Como quer que eu tenha paciência se ela não quer nem comer? — perguntei irritado.— Não fique forçando, é pior.— Mas ela precisa se alimentar, Maria!— Ela não está comendo nada?— Pouca coisa. Diz que fica enjoada e começa a falar que a culpa é minha.Maria riu.— Não tem graça, Maria. Me ajuda!— Calma, meu filho. Isso é fase. Daqui a pouco os enjoos vão passar.— Isso vai demorar muito? Não sei se aguento. Vou amarrar ela na cadeira e fazer ela comer.— Tenha paciência, garoto. Ela tem ido ao médico?— Sim e está tudo certo.— Então pronto! Está tudo bem e você não precisa ficar assim.Suspirei contrariado.— O que me aconselha então?— Faça o que ela quiser. Assim vai parar de brigar com você.— Mas se ela não quiser comer?— Olhe, ela pode até ficar enjoada, mas uma hora va