Pov Guilherme— Não quero que perca suas coisas por minha causa.— Não é por sua causa — falei calmo.— Então por que?Coloquei a mão na barriga dela e a olhei sugestivo.— Ele nem saiu ainda. Deve ser do tamanho de um arroz.Soltei uma risada.— Não importa. Quero ficar aqui perto de você e dela.— Vai ser uma grande frustração se for menino, hein?— Claro que não vai. Até porque eu sei que é menina.— Tá bom — disse sorrindo. Me aproximei dela de repente.— Posso beijar você?Daniela ficou um longo tempo me olhando nos olhos e concordou com a cabeça. Me aproximei lentamente e beijei ela bem devagar. Até que enfim vamos ficar em paz.Pelo menos eu acho que vamos...Pov Daniela Nada que eu planejo dá certo. Péssimo jeito de descobrir sobre a minha gravidez. E sempre por culpa daquela vaca! Tomara que morra na cadeia. Não que eu deseje o mal de ninguém, entende? Só seria bom para a humanidade uma coisa como ela ser extinta.Estava sentada na cama depois de uma longa discussão. Já tinha
Pov Guilherme Os dias que se seguiram não foram nada fáceis. Daniela estava impossível! Maria disse que tenho que ter paciência, que os hormônios da gravidez mexem muito com a mulher, mas a coisa está feia!— Como quer que eu tenha paciência se ela não quer nem comer? — perguntei irritado.— Não fique forçando, é pior.— Mas ela precisa se alimentar, Maria!— Ela não está comendo nada?— Pouca coisa. Diz que fica enjoada e começa a falar que a culpa é minha.Maria riu.— Não tem graça, Maria. Me ajuda!— Calma, meu filho. Isso é fase. Daqui a pouco os enjoos vão passar.— Isso vai demorar muito? Não sei se aguento. Vou amarrar ela na cadeira e fazer ela comer.— Tenha paciência, garoto. Ela tem ido ao médico?— Sim e está tudo certo.— Então pronto! Está tudo bem e você não precisa ficar assim.Suspirei contrariado.— O que me aconselha então?— Faça o que ela quiser. Assim vai parar de brigar com você.— Mas se ela não quiser comer?— Olhe, ela pode até ficar enjoada, mas uma hora va
Pov DanielaFui com a Michelly e o Gustavo. Os dois estavam estranhos e pensam que eu não notei. Michelly queria comer hambúrguer, mas isso me deu um baita enjoo.— Podemos comer outra coisa?— Por quê? Você adora hambúrguer... — Me olhou desconfiada.— É, mas agora eu não quero.— Me diga porquê.Suspirei. Gustavo dirigia em silêncio. Estava no banco de trás e Michelly ao lado dele.— É uma longa história...— Resuma ela então.— Estou grávida.O carro ficou silencioso por um longo momento.— O que? — perguntou histérica.— Você pediu pra resumir.Ela me olhava com cara de espanto.— Minha nossa! Você não tomava remédio?— Eu disse que a história era longa...— Então não quer hambúrguer por isso? Acha que vai engordar finalmente?A encarei com fúria.— Não quero hambúrguer, pois estou enjoada.Os dois trocaram olhares.— Tudo bem. O que quer comer então?— Que tal aquela pizza que você faz em casa? — perguntei com um grande sorriso. Michelly suspirou.— Vamos ao mercado então.Gustavo
Pov Daniela— O que foi?Comecei a vomitar. Odeio isso! Guilherme segurou meu cabelo e eu continuei colocando as tripas para fora. Que nojo! Só algo assim para me fazer vomitar. É a primeira vez. Sempre sinto enjoo, mas não tinha vomitado ainda. M*****a! Fui até a pia e escovei os dentes quando finalmente terminei de passar mal. Respirei fundo e me olhei no espelho. Estava quase transparente de tão pálida.— Vamos pra cama. — Guilherme segurou minha cintura e foi me guiando pela casa. Na hora de subir as escadas, senti uma grande tontura e meu corpo foi para trás. Guilherme me segurou com força.— Estou tonta... — resmunguei.Ele me pegou no colo e subiu as escadas. Apoiei a cabeça no peito dele. Me sentia muito cansada agora. Guilherme me colocou na cama e beijou minha testa.— Viu? Por isso não gosto de falar desse assunto.Fiz careta.— Então não me faz lembrar — resmunguei.— Está bem. Descansa agora.Fechei os olhos e tentei dormir. Guilherme acariciava meu cabelo e isso ajudou mu
Pov DanielaEstava tão bom! Bom demais para ser verdade mesmo. Por que minha mãe fez isso? Ela sabe que detesto a Débora. Parece que faz de propósito. Guilherme me olhava com os olhos arregalados. Estou falando muito sério. Se ela não for embora, eu vou.— Como quer tirar ela daqui?— Se for preciso, pelos cabelos! — falei estressada.— Daniela, eu não posso expulsar ela assim.— Por que não? Eu não a quero aqui! E que eu me lembre, o casamento é meu e seu, ou seja, eu também tenho opinião aqui!— Não disse que você não tem opinião. Só estou dizendo que não posso expulsar ela. Os outros convidados ficarão constrangidos.— Então eu mesma coloco ela pra fora.— Ai meu Deus... — resmungou. Sabe muito bem meu jeito de lidar com esse tipo de gente.— Vamos fazer isso de maneira discreta.— Se ela colaborar até dá, mas sei que não vai colaborar.Guilherme respirou fundo. Seguimos de volta à mesa onde estava a megera e Guilherme calmamente falou que era melhor ela ir embora, pois já tinha tid
Pov Guilherme No dia seguinte, Daniela acordou com uma enorme disposição. Ainda mais que contei as coisas que tínhamos para fazer. Ela estava muito empolgada. Fomos para a praia, que era em frente ao hotel e a Daniela não parava de sorrir. A água era azul clara e a areia fina. Na areia tinha camas cobertas e coqueiros em volta.— Sabia que isso era um paraíso!Colocamos nossas coisas em uma das camas e tive que segurar a Daniela para passar o protetor. É pior do que criança! Entramos na água. Era tão perfeito o lugar. Acho que todo mundo devia conhecer. É maravilhoso. Estava dentro da água com Daniela. Ela tinha os braços em volta do meu pescoço. A água batia em meu peito.— Foi você ou seu pai que escolheu esse lugar?— Ele me indicou e logo aceitei. Sempre quis conhecer aqui.— É perfeito! E vai ficar mais quando visitarmos os golfinhos.Sorri. Ela realmente ficou empolgada com isso. Ficamos na praia esperando a hora que iríamos ver os golfinhos. Foram momentos ótimos esses de esper
Achei que seria muito complicada a vida de casada e ainda por cima com filho, mas não posso reclamar. No início, ficava desesperada com os choros constantes de Manuela. Ela se contorcia e eu não sabia o que fazer. Maria vinha e fazia milagre, pois ela parava de chorar na hora. Como ela sabe dessas coisas se nunca teve filho?Depois do nascimento da minha filha, eu e Guilherme paramos as constantes brigas, não que não brigássemos mais, pois isso é impossível. Mas pelo menos diminuiu muito a frequência das brigas. Acho que por termos que amadurecer rápido por conta de Manuela. Não sei, mas foi bom.Três anos se passaram. Guilherme não competiu mais, mas treinava muita gente boa em competições. Com a ajuda de Guilherme, muitos conseguiam vencer ou quase isso. Guilherme disse que não queria competir mais, por causa da Manuela e também porque o Cometa não é mais um jovem cavalo e ele não quer prejudicar a saúde dele. Eu disse que ele é forte e que poderia competir mais, só que Guilherme zel
Esperava Daniela aparecer. Estava de braços cruzados em pé no portão de um dos cercados do Haras. Não sei como ela conseguiu me convencer disso, mas... Manuela estava ao meu lado e muito empolgada com a ideia da mãe louca dela.Minutos se passaram e a Daniela apareceu com a Teci.— Mamãe, não ia ser meu cavalo?— Outro dia. Para a primeira montagem você vai comigo. Respirei um pouco aliviado. Ela não é tão louca assim. Achei que ia colocar Manuela em cima do cavalo e deixar ela andar sozinha... Daniela subiu em Teci e me pediu para colocar Manuela. Coloquei ela em frente a Daniela.— Vai devagar.Daniela revirou os olhos quando falei isso.— Eu não sou tão louca assim! — disse estressada.— Tudo bem! — Levantei as mãos em rendição e me afastei um pouco.— Como faço ela andar? — Manuela perguntou ansiosa.— Primeiro vou te explicar como controlar ela e depois como andar.— Tudo bem — disse empolgada.Daniela explicou como ela comandava o cavalo com as rédeas lentamente e fazia Manuela