Pov GuilhermeOlhei Daniela e estava completamente branca olhando os dois. Nunca em minha vida vi ela quieta tanto tempo. Deve estar muito assustada. Preciso fazer alguma coisa! Ele não pode fazer isso com ela! Aline realmente é psicopata de me colocar aqui para ver uma coisa dessas!Os dois saíram do quarto e Daniela deslizou pela parede e se sentou no chão. Apoiei as mãos no vidro. Me sentia impotente vendo-a assim e não podendo fazer nada. Daniela se deitou no chão e fechou os olhos. Ela está dormindo? Consegue dormir com tudo isso? Ou será que desmaiou? Que agonia ficar aqui olhando isso!Se passaram longos minutos e a Aline apareceu de novo onde eu estava. A encarei irritado e ela sorriu.— Não tente me bater. Ele está aqui na porta para me proteger.— Você merece, mas não sou covarde como você — falei com raiva. — Tanto tempo se passou, Aline! Por que não seguiu sua vida e deixou a gente em paz?— Porque minha vida nunca mais foi a mesma por causa dessa garota!— Não foi mais a m
Pov Guilherme Fiquei um longo momento encarando o sangue da Daniela. Ela estava de saia e facilitou ver de onde vinha, mas estava de calcinha.— Não... — Puxei ela para mais perto de mim e apertei com força. — Me desculpa... Não consegui chegar a tempo — falei chorando.Preciso ligar logo. Coloquei Daniela deitada no chão e me aproximei do cara. Minha vontade era de matá-lo e dizer que foi legítima defesa. O que não seria mentira. Procurei nas roupas dele, celular e chaves e peguei tudo. Depois peguei a Daniela e saí do quarto. Fechei a porta e tranquei o cara lá dentro. Acredito que ele não vá acordar, mas é só para garantir. Escutei Aline gritando na porta ao lado e ignorei. Liguei para o meu pai e avisei o que aconteceu e que Daniela estava machucada. Ele ficou desesperado e disse que ia nos encontrar o quanto antes.Fiquei sentado no corredor com Daniela nos braços esperando que acordasse, mas ela nem se mexia. Não queria nem olhar mais aquela coisa horrível que ele fez. Como um h
Pov Guilherme— Não quero que perca suas coisas por minha causa.— Não é por sua causa — falei calmo.— Então por que?Coloquei a mão na barriga dela e a olhei sugestivo.— Ele nem saiu ainda. Deve ser do tamanho de um arroz.Soltei uma risada.— Não importa. Quero ficar aqui perto de você e dela.— Vai ser uma grande frustração se for menino, hein?— Claro que não vai. Até porque eu sei que é menina.— Tá bom — disse sorrindo. Me aproximei dela de repente.— Posso beijar você?Daniela ficou um longo tempo me olhando nos olhos e concordou com a cabeça. Me aproximei lentamente e beijei ela bem devagar. Até que enfim vamos ficar em paz.Pelo menos eu acho que vamos...Pov Daniela Nada que eu planejo dá certo. Péssimo jeito de descobrir sobre a minha gravidez. E sempre por culpa daquela vaca! Tomara que morra na cadeia. Não que eu deseje o mal de ninguém, entende? Só seria bom para a humanidade uma coisa como ela ser extinta.Estava sentada na cama depois de uma longa discussão. Já tinha
Pov Guilherme Os dias que se seguiram não foram nada fáceis. Daniela estava impossível! Maria disse que tenho que ter paciência, que os hormônios da gravidez mexem muito com a mulher, mas a coisa está feia!— Como quer que eu tenha paciência se ela não quer nem comer? — perguntei irritado.— Não fique forçando, é pior.— Mas ela precisa se alimentar, Maria!— Ela não está comendo nada?— Pouca coisa. Diz que fica enjoada e começa a falar que a culpa é minha.Maria riu.— Não tem graça, Maria. Me ajuda!— Calma, meu filho. Isso é fase. Daqui a pouco os enjoos vão passar.— Isso vai demorar muito? Não sei se aguento. Vou amarrar ela na cadeira e fazer ela comer.— Tenha paciência, garoto. Ela tem ido ao médico?— Sim e está tudo certo.— Então pronto! Está tudo bem e você não precisa ficar assim.Suspirei contrariado.— O que me aconselha então?— Faça o que ela quiser. Assim vai parar de brigar com você.— Mas se ela não quiser comer?— Olhe, ela pode até ficar enjoada, mas uma hora va
Pov DanielaFui com a Michelly e o Gustavo. Os dois estavam estranhos e pensam que eu não notei. Michelly queria comer hambúrguer, mas isso me deu um baita enjoo.— Podemos comer outra coisa?— Por quê? Você adora hambúrguer... — Me olhou desconfiada.— É, mas agora eu não quero.— Me diga porquê.Suspirei. Gustavo dirigia em silêncio. Estava no banco de trás e Michelly ao lado dele.— É uma longa história...— Resuma ela então.— Estou grávida.O carro ficou silencioso por um longo momento.— O que? — perguntou histérica.— Você pediu pra resumir.Ela me olhava com cara de espanto.— Minha nossa! Você não tomava remédio?— Eu disse que a história era longa...— Então não quer hambúrguer por isso? Acha que vai engordar finalmente?A encarei com fúria.— Não quero hambúrguer, pois estou enjoada.Os dois trocaram olhares.— Tudo bem. O que quer comer então?— Que tal aquela pizza que você faz em casa? — perguntei com um grande sorriso. Michelly suspirou.— Vamos ao mercado então.Gustavo
Pov Daniela— O que foi?Comecei a vomitar. Odeio isso! Guilherme segurou meu cabelo e eu continuei colocando as tripas para fora. Que nojo! Só algo assim para me fazer vomitar. É a primeira vez. Sempre sinto enjoo, mas não tinha vomitado ainda. M*****a! Fui até a pia e escovei os dentes quando finalmente terminei de passar mal. Respirei fundo e me olhei no espelho. Estava quase transparente de tão pálida.— Vamos pra cama. — Guilherme segurou minha cintura e foi me guiando pela casa. Na hora de subir as escadas, senti uma grande tontura e meu corpo foi para trás. Guilherme me segurou com força.— Estou tonta... — resmunguei.Ele me pegou no colo e subiu as escadas. Apoiei a cabeça no peito dele. Me sentia muito cansada agora. Guilherme me colocou na cama e beijou minha testa.— Viu? Por isso não gosto de falar desse assunto.Fiz careta.— Então não me faz lembrar — resmunguei.— Está bem. Descansa agora.Fechei os olhos e tentei dormir. Guilherme acariciava meu cabelo e isso ajudou mu
Pov DanielaEstava tão bom! Bom demais para ser verdade mesmo. Por que minha mãe fez isso? Ela sabe que detesto a Débora. Parece que faz de propósito. Guilherme me olhava com os olhos arregalados. Estou falando muito sério. Se ela não for embora, eu vou.— Como quer tirar ela daqui?— Se for preciso, pelos cabelos! — falei estressada.— Daniela, eu não posso expulsar ela assim.— Por que não? Eu não a quero aqui! E que eu me lembre, o casamento é meu e seu, ou seja, eu também tenho opinião aqui!— Não disse que você não tem opinião. Só estou dizendo que não posso expulsar ela. Os outros convidados ficarão constrangidos.— Então eu mesma coloco ela pra fora.— Ai meu Deus... — resmungou. Sabe muito bem meu jeito de lidar com esse tipo de gente.— Vamos fazer isso de maneira discreta.— Se ela colaborar até dá, mas sei que não vai colaborar.Guilherme respirou fundo. Seguimos de volta à mesa onde estava a megera e Guilherme calmamente falou que era melhor ela ir embora, pois já tinha tid
Pov Guilherme No dia seguinte, Daniela acordou com uma enorme disposição. Ainda mais que contei as coisas que tínhamos para fazer. Ela estava muito empolgada. Fomos para a praia, que era em frente ao hotel e a Daniela não parava de sorrir. A água era azul clara e a areia fina. Na areia tinha camas cobertas e coqueiros em volta.— Sabia que isso era um paraíso!Colocamos nossas coisas em uma das camas e tive que segurar a Daniela para passar o protetor. É pior do que criança! Entramos na água. Era tão perfeito o lugar. Acho que todo mundo devia conhecer. É maravilhoso. Estava dentro da água com Daniela. Ela tinha os braços em volta do meu pescoço. A água batia em meu peito.— Foi você ou seu pai que escolheu esse lugar?— Ele me indicou e logo aceitei. Sempre quis conhecer aqui.— É perfeito! E vai ficar mais quando visitarmos os golfinhos.Sorri. Ela realmente ficou empolgada com isso. Ficamos na praia esperando a hora que iríamos ver os golfinhos. Foram momentos ótimos esses de esper