Me levantei da cama indo em direção a Emma. O vestido era simplesmente perfeito, com uma saia em voal reto. A parte superior era toda rendada, com um discreto decote e mangas trabalhadas. Acho que nunca tinha visto algo tão lindo como aquele vestido.
— Gostou? — sua pergunta era carregada de expectativa.
— Você está brincando? Eu amei! Como sabia que eu queria algo assim?
AntônioOlho para todos que estão na igreja nos aplaudindo ao sairmos e é surreal tudo que está se passando em minha mente. Finalmente o nosso sim foi dito, nossas vidas estão entrelaçadas da forma que deveria ser desde o começo. E o sorriso dela, nossa, nem sei como descrever a forma que ele me rouba o ar toda vez que vejo.Quando entrou na igreja, tive vontade de correr e abraçá-la, dois dias sem ela eram demais para
— Se comporte meu anjinho, não faça bagunça com os vovôs— ele a abraçou parecendo saber que não ficaria com ela. Seus pequenos olhos se encheram de lágrimas quando minha mãe tentou pegá-lo e desatou a chorar quando o afastaram de Rose.— Não sei se posso suportar isso— ela me falou suplicante.— Ele vai ficar bem— ela me olhou desolada da mesma forma que meu filho a olhava.
AntônioAcordo antes de Rose e observo como ela está tranquila ao meu lado. Sempre gostei de admirá-la enquanto dormia, mas agora parecia que tudo estava mais claro. Saber que seria assim para o resto de nossas vidas me fazia sorrir que nem um bobo.Levanto-me na ponta dos pés para não acordá-la e pego uma roupa básica apenas para descer, queria levar um café na cama para ela e tinha quase certeza que Luana e Bianca já deveri
3 meses depois.RoseNão havia um dia que eu não acordasse sem acreditar que aquela era a minha vida. Minha cabeça só conseguia registrar a emoção de ter conquistado um lugar naquela família, de ser importante para eles da mesma forma que eles eram para mim. Era um sonho que eu tinha muito medo de acordar. Antônio— O que faz aqui debaixo desse temporal?— dei espaço para ela entrar e sair da chuva.— Por favor senhor Campos, me ajude— ela se ajoelhou aos meus pés e a segurei pelos ombros para se levantar.— Eu não tenho para onde ir.—Como assimCapítulo 66
AntônioSai de casa ainda angustiado, estava claro que aquela mulher só estava ali para destruir a minha vida. Passei na fábrica e avisei a Álvaro o que estava acontecendo.— Quer que eu te ajude a achar algum lugar?— André já tinha ido para Colinas a alguns dias e ainda não tinha nos dado nenhum sinal de vida, o que também me deixava preocupado.
AntônioCheguei em casa e o silêncio reinava, até parecia que ninguém poderia atiçar o mal que estava vivendo debaixo do nosso teto e isso inflou ainda mais meu ódio.Subi as escadas de dois em dois, eu só precisava ter certeza de que minha mulher e meu filho estavam bem. Parei na frente da porta do nosso quarto ouvindo risadas e conversas, abri lentamente a porta e me deparei com muitas roupas espalhadas pelo quarto.
RoseA aura de minha casa continuava nublada, era como se algo ruim estivesse nos espreitando, esperando para nos atacar a qualquer momento e isso me causava calafrios. Antônio estava mais calado que o normal, conversava o necessário e sua cabeça ficava criando jeitos dele sair daquela situação da melhor forma possível.Tudo parecia nos fazer afundar cada vez mais, nos distanciando do objetivo que era tirar aquela mulher de dentro da nossa casa. Eu só queria que as coisas voltassem ao normal, para tudo se encaixasse de uma vez e nós pudéssemos viver tranquilamente como nos últimos meses.— Querida, de hoje não passa, não se preocupe com nada.— Vou ficar esperando ansiosamente— ele sorriu e me deu um beijo na testa antes de sair para a fábrica. Voltei para a cozinha apenas para terminar de escolher algumas frutas para o