Antônio
A atenção que ela dedicava a Otávio me encantava, ela não precisava fazer tanto e pela grande quantidade de babas que eu tive, eu sabia como elas não faziam nem um terço do que Rose se dispunha a fazer.
Não havia uma coisa naquela mulher que não estivesse mexendo com sentimentos dentro de mim, eu precisava resolver tudo que envolvia Margareth, mesmo com a promessa e com as coisas que eu vinha descobrindo.
RoseQuase o beijei de novo!Se Otávio não tivesse se infiltrado entre nós eu teria o beijado de novo sem nenhum remorso. Mordi a boca e senti a dor se alastrar, tinha me esquecido do pequeno corte. Levei a mão e senti o gosto metálico se espalhar pela minha língua.— Ai&nbs
RoseFiquei ali perdida naquele momento por um tempo infindável e ainda assim rápido demais. Tudo que eu precisava era me decidir se queria ou não o conhecer melhor, mas a incerteza de ser apenas um momento de loucura dele me fazia querer esperar um pouco mais.— Buuuuh— Otávio veio engatinhando ao nosso encontro e abraçou nossas pernas olhando para nós dois com um grande sorriso no rosto.<
AntônioOs próximos momentos passaram como um sonho, ela se aproximou e nos abraçou. Sua alma pura se conectou a minha e a de Otávio, ela estava ali para nós, queria aquela família para ela, eu pude sentir e nunca teria como recusar aquilo. Eu simplesmente não conseguia não a ter por perto.— Antônio, eu quero te conhecer melhor, mas não quero ser sua segunda opção, nem sua amante, nem nada desse tip
RoseJá estava esperando que quando nos olhássemos de novo, algo constrangedor acontecesse e eu saísse correndo, mas um imã me prendia aquele homem, não existia lugar no mundo onde eu quisesse estar mais do que perto dele.— Só queria ter certeza de que estamos bem com relação ao que conversamos ontem— ele me levou até seu escritório e fechou a porta.
RoseAntônio saiu levando meus sentidos todos com ele, eu já nem me reconhecia mais, parecia que eu queria orbitar a sua volta e essa não era eu. Eu tinha que parar de criar essa necessidade de estar sempre perto dele, querendo seu contato e seus olhos nos meus. Tudo isso por causa de uma pequena fagulha de sentimento. Otávio brincava com meu cabelo enquanto eu ficava perdida em pensamentos, aquele pequeno tinha me trazido a uma situação que eu
— Aconteceu uma única vez quando ele e os irmãos era pequenos, Álvaro sempre foi muito arteiro, ainda mais por conta da diferença de idade entre os dois. Um dia Álvaro foi para a escola e sumiu. O motorista foi buscá-lo e ele não estava na escola. Eu e Henrique ficamos desesperados, mas Antônio surtou, ele pegou um dos motoristas e foi a todos os bairros da cidade, revirou cada beco, fez um estardalhaço na cidade, até achar o moleque jogando bola em um campinho clandestino.— Comecei a gargalhar com as peripécias do meu cunhado. Com certeza era a cara dele fazer algo desse tipo. AntônioEu ansiei pelo nosso reencontro o dia todo, não consegui me concentrar em nada na fábrica, até meus irmãos perceberam que algo estava acontecendo e já imaginaram coisa errada quando eu não respondia o que eles queriam. Álvaro quase acerto o motivo dos meus devaneios, contudo desconversei e o mandei voltar ao trabalho.— É melhor a gente parar, as meninas podem nos ver— ela falou assim que nos afastamos para recuperar o ar. Sua testa estava encostada a minha.— Nós temos que ser mais cuidadosos.— Você é irresistível, Rose. Eu fiquei o dia inteiro longe de você— eu estava fazendo drama, sim! Mas ela tinha razão.— Vou tentar me controlar, prometo— nos afastamos e vi que seu rosto estava coberto de pintinhas vermelhas. Acariciei seu rosto.—O que foi?&Capítulo 40
1 mês depoisRoseO mês pareceu correr e tão depressa que não parecia existir tempo o suficiente para mim e Antônio passarmos algum tempo juntos. Sempre que conseguimos um tempo, nós dedicávamos a nós, a nos conhecer a cuidar desse relacionamento que estava surgindo e era tão intenso que nenhum de nós sabia com tínhamos ficado tanto tempo um longe do outro.
Último capítulo