Antônio
Minha vontade era correr até ela e tomá-la em meus braços.
Era loucura, eu sabia, mas estava tão pulsante em minhas veias que eu queria sentir o gosto dos seus lábios, a textura de sua pele. Ouvir meu nome saindo de sua boca.
AntônioEu peguei no sono perto das 5h da manhã, quando não havia qualquer ruido além dos cantos da noite. Minha mente buscou soluções até finalmente se cansar e silenciar para que o sono me invadisse e levasse todas as minhas dúvidas.Acordei com o sol se infiltrando pelas janelas que deixei aberta para admirar a lua durante a noite. Eu mal conseguia me lembrar qual tinha sido a última vez que eu tive a oportunidade de conte
RoseFui atrás de Otávio que a essa hora já estava na cozinha tirando a paz das meninas e as divertindo sem parar. Depois que aprendeu a engatinhar o céu era o limite para aquele bebê. Tudo parecia muito curioso para ele.— Já, já seu pai me manda embora por não cuidar direito de você— Peguei ele no colo que não ficou feliz com a atitude.— Não faça bico, meu amor, vamos para o
AntônioEu estava irado com a audácia daquele infeliz dentro de minha casa, ele achava mesmo que eu tinha dado aquele tipo de liberdade para ele? Achar que podia vir aqui e ficar de conversinha com a Rose?Tinha que tomar uma providência e seria agora mesmo!Corri para o meu quarto e troquei de
AntônioMinha vontade era de voltar no hotel e esmurrar a cara de Arthur até que mais nada sobrasse. Ele realmente tinha coragem de me enfrentar da forma que fez, quis passar por cima do que eu havia dito e ainda distorceu as coisas. Era um verdadeiro filho da puta. Mas suas visitinhas para a Rose estavam com os dias contados e se ela não gostasse do que eu estava prestes a falar, ela que procurasse outro lugar para trabalhar.
RoseVi Janice e Antônio parados a frente da porta olhando para fora com muito interesse. Cheguei mais perto para ver o que estava acontecendo.— O que está acontecendo?— Perguntei atrás deles, mas tive vontade de correr quando os olhos negros de Antônio se cravaram nos meus como duas adagas de fogo.
Rose"O que eu deveria fazer agora? Correr para o mais longe dali ou voltar para os braços dele? E eu queria voltar para ele? "Minha boca ainda formigava com o contato a pouco, eu nunca tinha sido beijada por ninguém, nunca senti o contato tão intenso com alguém. A briga pareceu alimentar ainda mais o que estava sob a minha pele. Era como se o fogo e o gelo duelassem dentro de mim.
AntônioAssim que ela saiu de minha sala eu sabia que tinha errado feio em beijá-la, por mais que eu quisesse muito, eu não deveria. Mas foi mais forte do que eu, a vontade, o desejo de tê-la tão perto.Janice ficou olhando-a sair e me olhou acusatoriamente, imaginando o que tinha acontecido entre nós. AntônioJanice bateu à porta com força e meus olhos se voltaram para Rose que continuava olhando para o chão.— Agora você poderia se sentar?— Apontei para a cadeira na frente da mesa. Ela relutou por um tempo antes de se sentar e voltei a sentar em minha cadeira.— Olha, eu não vou me desculpar. Não por bater em uma fulana que não sabe nada sobre nós. Você sabe que eu defendo até a morte minhas irmãs e se quiser me mandar embora por causa disso, certo. Mas eu não ia ficar ouvindo ela falar delas sem fazer nada— ela cruzou os braços na altura do peito. Não sei por que eu sentia orgulho dessa atitude dela, mesmo sabendo que não tinha sido certo, aos meus sentimentos ela tinha defendido pessoas que também eram importantes para mim.— E você acha que a úniCapítulo 28