Adrian não fazia ideia de que se apaixonaria pela garota que ele mais odiava. Mas quanto mais o tempo passava, ele descobria que Luna era mais do que só uma garota irritante. Ele não sabia ainda se tudo que estava sentindo e descobrindo sentir era por causa dessa ligação. Segundo Luna, eles eram ligados pela alma, pelo destino, para sempre. Tudo para que a maldição que os prendia naquela cidade fosse quebrada. Ele ainda não entendia sobre a bucharia, e muito menos como aconteceria. Ver todo o colégio tremendo, sendo derrubado, as folhas e os galhos batendo na janela de vidro. E Luna, quase explodindo a cabeça de uma aluna, o fez pensar que ela era mais do que só uma bruxa comum. E ela já havia dito isso, só que ele custou acreditar. Afinal, bruxas apenas pronunciam petiços, criavam maldições, eram tenebrosas. Bem, era isso que seu pai dizia. Nathan odiava bruxas. Sua geração passada e toda a alcateia as caçou e as queimou por vingança. Óbvio que esses séculos, décadas, milhares
LunaAcabei aceitando que eu nunca mais vou ter uma noite de sono no qual eu possa amanhecer relaxada e alegre. Desde o dia que pisei aqui, tudo mudou, e todos os dias é uma coisa nova que descubro. Agora, eu tinha na mente tudo que ouvi e vi naquele mundo paralelo, onde uma versão minha mais velha era casada com Adrian, e ela basicamente falou que eu não preciso de professores, que o caos é natural e que há uma energia dentro de mim que irá me guiar. O problema é que, se essa energia está me guiando agora, ela está fazendo isso erroneamente. Eu não quero machucar as pessoas. Eu não quero ficar descontrolada e jogar as coisas contra a parede. Não quero quebrar vidros, derrubar espelhos nem quadros. Eu quero controle. Eu quero saber como destruir essa maldição, quitar a minha dívida e viver a minha vida. Estou de saco cheio dessa coisa de feiticeira, de bruxa, de lobos. Eu só quero me concentrar nos estudos, passar na faculdade que eu quero, estudar, trabalhar, suceder ao meu pai,
Assim que Adrian saiu do carro que foi o buscar na escola e adentrou na casa, ele notou que seu pai estava lá. Geralmente, a esse horário, ele ainda estava na empresa ou reunido com alguns integrantes da matilha.Ultimamente eles estavam bastante alarmados e depois da morte de Kate, por uma possível bruxa, isso só os preocupava ainda mais e os unia contra ela. Adrian viu seu pai bastante irritado com um funcionário da casa. Ele retraiu seus músculos, apertou a bolsa de luxo que tinha os seus materiais ao se aproximar.Nathan ouviu os passos do filho. Ele nem precisava virar para ver que era Adrian. O perfume, a forma de andar, o medo que sentia toda vez que se aproximava dele.Isso Nathan odiava. Ele nem queria provocar medo em seu filho. Queria que ele o respeitasse, tanto como pai como como líder. Mas ele estava pecando e não podia se dar ao luxo, agora, de mudar isso, pois havia uma inimiga na cidade no qual ele achou que havia se livrado para sempre.Mas nunca conseguiriam se liv
Nathan estava focado em transformar o seu filho em um “lobo de verdade”. Apesar de a transformação ainda não ter acontecido totalmente, com os acontecimentos recentes ele temia que o filho corresse perigo.Só que ele não fazia ideia dos segredos que seu próprio filho guardava. Ele estava ligado a uma bruxa que descendia daquela que criou a maldição, no qual seu pai odiava. E se ele descobrisse que Luna fazia parte disso, não perderia tempo.Iria atrás dela e a queimava no fogo, assim como fez com as outras. Ele tinha que protegê-la. Era mais do que só uma paixão, era um instinto. Um instinto que lhe dizia que ela não podia ser machucada, que ninguém poderia tacar nela e que ele morreria para defendê-la.No exato momento, Nathan havia levado Adrian para o círculo no meio da floresta, onde aconteceu a morte de Kate, sua colega de escola, no qual ela foi sacrificada por uma bruxa.O local estava todo cercado e delimitado pela polícia, mas seu pai tinha muito poder e muitos dos policiais
O tempo passou, e a cada clique do relógio, Luna ficou ainda mais furiosa com Adrian, que prometeu ir com ela até o escritório de registro. Ela esperou muito, seus pais foram dormir, os empregados se recolheram, e lá estava ele, olhando pela sua janela, sentindo que iria o matar da próxima vez que o encontrasse. Ela não ficaria ali, perderia seu sono, caso deitasse sem ao menos descobrir quais eram os segredos que aquela morte escondia. Kate não era a Luna mais exemplar, a mais cativante, mas ela era a mais popular. Luna não fazia ideia do porquê ela foi escolhida pela bruxa. Havia tantas outras pessoas ao seu redor, ela já tinha usado Adrian, e falhou. Luna estava confiante, sentindo seu poder crescer a cada minuto.Ela não poderia esperá-lo mais. Todos já estavam dormindo, seus pais, os empregados, todos se recolheram. Não era tão cedo, mais de dez da noite, no qual ela sabia que se colocasse a cabeça no travesseiro, não iria dormir até resolver este assunto. Luna estava determina
Ela foi engolida pelas visões, vendo flashes da noite em que Kate foi morta. Sentiu o medo e a dor de Kate, viu os olhos frios e impiedosos de seu assassino, e a escuridão que envolveu tudo. Era como se estivesse lá, vivendo o último momento da garota. A bruxa foi cruel, usando outra pessoa, um homem, no qual não dava para ver seu rosto. Ele pegou Kate, que se debatia, e a levou de floresta a dentro. Ele a jogou no chão, nos pés na mulher, que estava vestindo um vestido preto, moderno. Ali, Luna só conseguia ver o que a própria Kate viu, e ao levantar o rosto, Kate enxergou a mulher.A professora. Os olhos arregalados de Luna presenciaram algo terrível. A garota teve seu corpo levado, por magia, até o altar, onde não pode se mexer. A professora, que havia se revelado, ser a sua maior inimiga, empunhava a adaga, que não era nova, aos olhos de Luna. Era a mesma usada naquele ritual, séculos atrás, pela bruxa primordial. Quando as visões finalmente cessaram, Luna estava tremendo. Ela
Nathan estava em seu escritório na empresa, tentando se concentrar nos papéis à sua frente. A cabeça estava cheia de preocupações. Seu filho, Adrian, estava prestes a completar 18 anos, o que significava que sua transformação total estava para acontecer novamente. Nathan notava o autocontrole de Adrian. Ele não sentia tanta raiva quanto antes, o que era impressionante, considerando que alguns dos logos demoravam bastante para se adaptarem. Nathan deveria estar aliviado, mas as novas surpresas na cidade estavam tirando sua paz.Ele estava dividido entre ser um pai protetor, o alfa de uma alcateia que previa problemas iminentes, e o gestor de uma multinacional. Nathan respirou fundo, encostou-se na cadeira e cruzou os dedos sobre o corpo e sobre a mesa. De repente, foi surpreendido por uma mulher muito bonita entrando pela porta do seu escritório sem ser anunciada ou bater.Ele a olhou dos pés à cabeça, sem nenhuma intenção particular. Estava surpreso. Ela era extremamente bonita, magra
Adrian atravessou o corredor da casa, o coração acelerado. A imagem das revelações recentes ainda queimava em sua mente, o que só aumentava sua ansiedade. Ao entrar na sala de leitura, seus olhos varreram o ambiente à procura de sua mãe. Ela estava sentada em sua poltrona favorita, a expressão calma contrastando com o turbilhão interno que ele sentia.— Mãe, preciso falar com você — disse Adrian, tentando controlar o tremor em sua voz.Melissa levantou os olhos do livro e percebeu imediatamente o estado agitado do filho. Fechou o livro com cuidado e o colocou de lado, a preocupação evidente em seu rosto.— O que aconteceu, meu filho? — perguntou ela, com a voz suave, convidando-o a se sentar ao seu lado.Adrian olhou em volta, quase esperando que seu pai aparecesse de repente. Respirou fundo e se sentou, as palavras se atropelando em sua mente. Ele precisava contar tudo, mas por onde começar? Seu pai estava obcecado em encontrar a bruxa responsável pelo caos recente, mas Adrian sabia